Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 26
Leah


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que gostem beijos e até segunda.



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Não podia acreditar que quase havia perdido o amor da minha vida por causa de uma especiaria, e isso só me deixava com vontade de erradicar a canela do mundo, apenas para que ela não machucasse meu imprinting outra vez. Se tivesse demorado mais um pouco, Elliot não teria resistido, e a loba dentro de mim se agitou inquieta, por pensar na possibilidade de perder seu macho.

 Se meu lado irracional não tivesse entrado em cena e sentindo o cheiro estranho no rosto de Elliot, a uma hora dessas ele teria morrido, já que Cece e Ária estavam descontrolada demais para perceber o que tinha acontecido.

—Como ele está? - Cece questionou aflita assim que Carlisle se aproximou de nós e balancei a cabeça afastando tais pensamentos da minha mente.

—Apesar do grande susto o doutor Marshall está bem. - ele garantiu e respiramos aliviadas. - A administração da adrenalina foi na hora certa e fundamental para que ele pudesse chegar ao hospital. Ária, você salvou a vida do seu pai.

—Não fui eu doutor Cullen, foi a Leah que percebeu o cheiro de canela no papai. Se não fosse por ela...- Ária sussurrou e começou a chorar e a abracei com carinho enquanto acariciava seu cabelo.

—Está tudo bem querida. Não precisa mais chorar ou pensar no pior, todas nós ajudamos o Elliot. - disse olhando para Cece que dirigiu igual uma louca chegando ao hospital em tempo recorde.

—Quando podemos vê-lo Carlisle? - questionei ainda acariciando os cabelos de Ária.

—Agora mesmo. Estava esperando apenas que Elliot melhorasse um pouco antes de avisá-las. - ele disse e agradecemos antes de segui-lo.

—Elliot, suas garotas vieram ver como você está. - Carlisle disse assim que abriu a porta e respirei aliviada por vê-lo de olhos abertos e sorrindo.

—Graças a Deus. - Cece disse antes de correr ao lado de Ária para abraçar Elliot.

—Me desculpe assustar vocês. - ele sussurrou com a voz grossa e rouca, como se sua garganta estivesse irritada.

—Ele está realmente bem Carlisle?  Não esconda nada de mim.- sussurrei para ele que estava ao meu lado sem tirar os olhos de Elliot.

—Está Leah, não se preocupe. A garanta dele está irritada, por isso a voz rouca, mas isso é normal. E a pele dele está um pouco vermelha também, mas os antialérgicos que Elliot está tomando irão desinchar a garganta e desaparecer com a vermelhidão. Fique despreocupada. - ele me assegurou sério.

—Eu quase o perdi não foi Carlisle? - sussurrei com dor.

—Não pense nisso Leah. Elliot está bem é isso que importa. E acho que ele quer você perto dele agora. -Carlisle disse e concordei, apesar de não poder falar muito alto consegui ouvi quando Elliot sussurrou meu nome.

Como se estivesse sob o encanto de algum feitiço, caminhei em direção ao meu imprinting, assim que estava perto do seu leito me sentei ao seu lado e envolvi o pescoço de Elliot em um abraço, sem querer soltá-lo, e foi impossivel segurar as lágrimas. Sem dizer nada, Elliot acariciou meus cabelos com carinho intercalando seu gesto com beijos em minha bochecha, tentando me tranquilizar enquanto meu corpo era sacudido por soluços.

—Eu estou bem amor, foi só um susto. - Elliot sussurrou amoroso enxugando as minhas lágrimas assim que consegui controlar minha crise de choro.

—Eu quase te perdi Elliot. - solucei com dor enquanto olhava em seus olhos castanhos.

—Claro que não Leah. Você me fez querer lutar, e lutei para ficar com você, quando achei que estava tudo perdido, você salvou a minha vida. E agora, não quero mais vê-la chorando, isso me deixa triste. Pode parar de chorar por mim? - ele pediu enxugando as minhas lágrimas e concordei antes dele sorrir para mim e eu sorrir em resposta. - Eu te amo muito sabia?

—Sabia, e eu também te amo muito. - disse carinhosa enquanto fazia um carinho em seu rosto que estava vermelho por causa da reação alérgica.

—Que belo encontro eu te proporcionei.

—Não fala assim, você não teve culpa. Como está se sentido?

—Irritado por assustá-las, e frustrado por não poder ter um tempo a sós com você.

—Não me importo com isso, o que me importa é que você está bem e aqui comigo. Pensei que fosse te perder.

 -Você não vai me perder nunca, eu prometo.

—Promete? - questionei com a voz embragada e ele enxugou a minhas lágrimas com cuidado.

—Prometo. Agora acho que mereço um beijo, afinal quase morri hoje.

—Isso não tem graça Elliot. - disse seria enquanto olhava em seus olhos.

—Me desculpe, foi uma piada horrível. - ele disse envergonhado por sua brincadeira.

—Está tudo bem, não precisa pedir desculpas, acho que nem você está sabendo lidar direito com o que houve.

—Você tem razão...- ele disse fechando os olhos e respirando fundo antes de abri-los. - Acho que ainda não consegui processar o fato de que escapei da morte por muito pouco.

—Isso é algo que ninguém consegui processar de uma vez amor. - disse e ele concordou antes de sorrir para mim de forma maliciosa o que me fez rir.

—Então, sobre o meu beijo...- Elliot sussurrou e não deixei que concluísse sua fala pois o interrompi com um beijo.

E esse beijo havia sido tão doce e carinhoso, muito mais do que os outros que trocamos ontem, porque esse tinha gosto de reencontro, como se eu tivesse passado anos sem vê-lo ou beijá-lo. Por mais que quisesse continuar beijando meu imprinting a necessidade de oxigênio fez com que interrompêssemos nosso beijo. Enquanto tentávamos normalizar a nossa respiramos, mantivemos nossas testas unidas apreciando aquela complexidade que tínhamos após nos beijarmos.

—Só mais um. - ele pediu carente assim que me afastei e sorri carinhosa.

—Acho que seu médico não vai gostar disso. - disse e Elliot revirou os olhos enquanto segurava meu casaco, mantendo-me perto dele.

—Eu sou médico, Lê e recomendo mais beijos. O amor cura qualquer coisa. - ele explicou e foi inevitavelmente não rir de seu argumento.

— Tudo bem dr. Marshall, só mais um, e assim que você estiver melhor, vou te dar todos os beijos que quiser. - sussurrei e ele concordou antes de me puxar para um beijo do qual retribui apaixonadamente, mas antes de forma prematura me afastei de Elliot que não ficou nada feliz em ter interrompido nosso beijo.

 -Apenas, não fiquei chateado comigo, só estou pensando no seu bem. - sussurrei suave olhando em seus olhos e ouvi um bip baixo vindo do monitor.

—Jamais vou ficar chateado com o amor da minha vida. - ele sussurrou sonolento e fiquei preocupada.

—Acho melhor, chamar Carlisle. - questionei preocupada e Elliot olhou para o monitor ao qual estava conectado.

—Está tudo bem, foi só a dose de antialérgico administrada pelo monitor, ele deve ter liberado enquanto você me beijava. - ele disse tentando manter os olhos abertos.

—Tem certeza? Você está sonolento. - disse preocupada e Elliot segurou a minha mão enquanto tentava se manter acordado.

—Está tudo bem... Só que a dosagem dos antialérgicos está muito alta...Por isso o sono... Fica aqui comigo...- ele pediu com a voz arrastada enquanto tentava se manter acordado.

—Eu fico amor, pode dormir traquilo. - disse acariciando seu rosto de leve. - Não vou te deixar sozinho.

Sem dizer nada Elliot acabou se rendendo ao sono profundo enquanto segurava a sua mão, garantindo a ele que estava ali velando seu sono.

—Está tudo bem? O monitor me bipou avisando que Elliot teve um aumento da frequência cardíaca. - Carlisle disse assim que entrou no quarto e olhou para nós.

—Acho que foi minha culpa. Eu beijei ele.- disse sem graça e Carlisle sorriu antes de se aproximar do aparelho.

—Se você tinha alguma dúvida em relação aos sentimentos dele pode ficar tranquila, o coração do Elliot acabou de comprovar o quanto ele é louco por você.

—Eu jamais tive dúvidas disso. - disse acariciando os cabelos de Elliot que dormia profundamente. -Quando ele vai poder ir para casa?

— Tudo vai depender da sua resposta a medicação, por enquanto Elliot está reagindo muito bem. Se continuar assim, lhe darei alta amanhã. Mas por enquanto, acho prudente mantê-lo internado por hoje até a crise alérgica passar. Elliot está super sensível a qualquer substância, o que poderia lhe provocar outra crise alérgica que poderia ser fatal. -Carlisle explicou enquanto verificava algo no monitor e concordei.

—Obrigada por tudo Carlisle, principalmente por se preocupar com o Elliot.

—Não precisa agradecer, gosto do Elliot e fiquei realmente preocupado quando o vi entrar pela emergência quase sufocando.

—Imagine eu quando o vi deitado no chão. - sussurrei e estremeci de pavor assim que me lembrei de quando entrei na sua casa e o vi no chão respirando com dificuldade, quase morrendo.

—Não pense mais nisso, Elliot está bem e daqui a pouco estará em casa.

—É tudo o que desejo. - sussurrou olhando para Elliot que dormia de forma serena e tranquila.

Elliot dormiu durante a tarde inteira o que me deixou preocupada, mas Carlisle assegurou que era normal, pela quantidade de antialérgicos que ele estava tomando. Foi praticamente uma batalha fazer Cece levar Ária para casa ao cair da noite, mas sabia que se estivesse acordado Elliot não iria querer ver a filha e muito menos a amiga dormindo no hospital.

—Mas o meu pai precisa de mim, Leah. - Ária implorou quase chorando enquanto me olhava e isso partiu meu coração.

—Eu sei querida, mas hospital não é lugar para você, tenho certeza que seu pai concordaria comigo se estivesse acordado. - disse acariciando seu rosto de leve e ela desviou os olhos de mim para ver o pai.

—Você tem razão. Ele iria ficar bravo, mas eu quero cuidar dele. Só temos um ao outro. - ela sussurrou suave.

—Ária, meu bem, você e o seu pai tem a Cece e sei que pode ser algo muito recente, o meu namoro com o seu pai, mais você tem a mim também. E eu jamais vou deixá-los sozinhos. - prometi olhando em seus olhos, os meus olhos herdados do pai.

—Você promete?

—Eu prometo. - disse olhando em seus olhos e ela concordou antes de me dar um abraço apertado.

—Vem querida, vamos nos despedir do Elli antes de irmos para casa. - Cece disse e Ária concordou antes de me soltar e ir até o pai.

—Você precisa ficar bom logo pai e voltar para casa, afinal quem vai ficar me chamando de Ária Carolina quando fizer algo errado?  Eu te amo pai. - ela sussurrou e beijou a testa de Elliot.

—Vou ficar grudado no celular Leah, não importa a hora, me ligue avisando qualquer mudança do Elliot. - Cece pediu e concordei antes das duas se despedirem de mim e saírem.

—Leah...- Elliot sussurrou sonolento abrindo os olhos depois de um tempo e sai da cadeira em que estava para me sentar ao seu lado na cama.

—Estou aqui amor, como se senti? - questionou suave enquanto segurava a sua mão.

—Meio dopado. - ele disse e sorri, mesmo doente Elliot não perdia a chance de me fazer rir. - Que horas são?

—São oito meia da noite. - disse olhando o horário no monitor que estava conectado a ele.

—Minha filha ainda está aqui?

—Não, eu mandei a Ária e a Cece pra casa.

—E porque você não foi também? Vou ficar bem aqui no hospital. - ele disse e o olhei chocada, afinal jamais o deixaria sozinho no hospital, na realidade desde que o vi pela primeira vez e tive o meu imprinting sabia que nunca mais o deixaria sozinho.

—Porque eu jamais vou te deixar sozinho, não importa onde esteja. Eu sempre vou cuidar de você.

—Passar a noite no hospital é cansativo Lê. - Elliot alertou suave tentando me fazer mudar de ideia.

—Não me importo. E mesmo que você não me queira aqui eu vou ficar. - disse seria enquanto olhava em seus olhos e Elliot gemeu derrotado.

—Porque fui cair de amores por uma mulher tão geniosa meu Deus. - ele gemeu e foi impossivel não sorrir.

—Eu digo o mesmo dr. Marshall. - disse e ele sorriu se conformando com a ideia que eu iria ficar ali cuidando dele.

—Que bom que acordou Elliot. Deseja alguma coisa para comer? - Carlisle perguntou assim que entrou no quarto e viu meu namorado de olhos abertos.

—Sim, estou morrendo de fome. - ele disse e Carlisle concordou antes de se aproximar de Elliot para examiná-lo.

—Vou diminuir a dosagem e a frequência dos antialérgicos antes de pedir para alguem trazer um lanche leve para você, afinal Leah me contou que você não almoçou hoje.

—Verdade, o biscoito que roubei da minha filha acabou com nosso encontro hoje. - Elliot disse frustrado e foi impossivel não rir da sua piada.

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—É tão bom estar em casa.- Elliot disse ainda com a voz um pouco rouca assim que entramos na sua casa após a sua alta no hospital no dia seguinte, com muitas recomendações de Carlisle que deu uma semana de atestado para Elliot, permitindo que ele se recuperasse da crise alérgica antes de começar a trabalhar.

—Pensei que você gostasse de hospitais, pai. - Ária disse confusa enquanto ajudava Elliot a tirar seu casaco.

—Gosto quando eu não sou o paciente. - ele brincou e sorrimos.

—Leah, você pode ficar com o Elliot enquanto Ária e eu vamos compras os remédios e algumas coisas que Carlisle receitou para o ele.

—Claro Cece, nem precisava me pedir. Pode ir tranquila. - assegurei e ela agradeceu enquanto saia com Ária.

—Elliot? - chamei confusa, afinal não o tinha visto sair da sala.

—Na cozinha. - ouvi ele dizer e fui até ele.

—O que foi? - questionei preocupada assim que vi Elliot olhando o saco de biscoitos jogado em cima da bancada da cozinha, o mesmo pacote que quase o matou ontem. Sem dizer mais nada fui até ele e o abracei por trás antes de beijar as suas costas com carinho. -Você está bem?

—Eu estou bem amor, só estou pensando. - ele sussurrou suave sem desviar os olhos do saco.

—Pensando em que? - questionei antes de beijar novamente suas costas.

—Sou eu que faço as compras da casa, é praticamente meu hobby. E sempre leio todas as embalagens para prevenir qualquer acidente como o de ontem, e isso funcionou durante anos. Como é que fui me descuidar agora? Eu nem lembro de ter comprado esse biscoito. - ele disse perdido em pensamentos.

—Amor, não pense mais nisso.  Esse biscoito pode ter parado por engano nas suas compras, tudo que importa é que você está bem. -pedi e ele concordou antes de virar para me ver. -Se quiser, dá próxima vez podemos ir juntos para o supermercado assim não há riscos de algo com canela vir por engano.

—Tudo bem, eu vou subir tomar um banho e dormir um pouco. - Elliot disse visivelmente cansado.

—Está bem. Eu vou sumir com esse biscoito e fazer uma batida por aqui, atrás de qualquer canela assassina. - disse e ele sorriu antes de me beijar com carinho.

—Quem diria que você sabia fazer piadas. - ele disse surpreso acariciando meu rosto e sorri.

—Conviver com você está fazendo isso. - segredei e ele sorriu antes de me beijar com carinho.

— Quer que eu faça algo para você comer?

—Não amor, só quero descansar um pouco. - ele agradeceu antes de acariciar meu rosto com carinho enquanto me olhava nos olhos. -Obrigado por salvar a minha vida, Leah.

—Não precisa agradecer.

—Preciso, se não fosse você ter sentindo o cheiro de canela em mim eu teria morrido. Afinal, Cece e Ária ficaram desesperadas e nem perceberam o que estava acontecendo. -Elliot disse e acariciou meu nariz com o seu. -Vou ficar te esperando na cama...Não demora muito. É o segundo quarto a esquerda.

—Tudo bem. - sussurrei ainda atordoada por seu toque e Elliot me deu um último beijo antes de subir para o seu quarto.

Assim que ele me deixou me apoiei na bancada e respirei fundo tentando clarear a minha mente que estava agitada por causa do convite de Elliot. Não sabia o porquê do meu nervosismo, afinal já havia estado várias vezes no quarto dele, mas uma coisa era isso acontecer quando ele estava dormindo e outra era ele está completamente acordado.

—Só esquece esse detalhe Leah. - sussurrei para mim mesma tentando me acalmar e decidi começar a limpar a cozinha, me livrando de qualquer vestígio do cheiro de canela. Nessas horas era muito bom ser uma loba com o olfato apurado.

Depois que a cozinha estava cheirando apenas a matérias de limpeza e os armários haviam sido vasculhados atentamente por mim, em busca de qualquer coisa que tivesse canela em seu conteúdo, decide que estava na hora de subir para o quarto de Elliot.

Parei em frente à sua porta com o coração acelerado e com as mãos tremulas, tive que recuar alguns passos para trás me apoiando na parede tentando me acalmar, porque não podia estar perto do meu imprinting tão descontrolada daquela forma. Não poderia deixar a minha loba assumir o controle, apesar de Elliot ser o macho dela, meu lado irracional poderia machucá-lo o que nos causaria uma imensa dor. Por mais enlouquecida de amor e desejo, eu deveria ser o lado racional ali, e proteger Elliot. Logo minha mente foi inundada por pensamentos que vinham da minha loba interior.

Nosso.

Nosso macho.

Nosso imprinting.

E foi ali que percebi que a minha outra parte, a minha loba interior, não estava mais lutando contra mim por Elliot, ela havia aceitado dividi-lo comigo. Ela havia aceitado que ele era nosso. Nosso macho, o nosso imprinting. Com essa certeza, respirei fundo e fui em direção a porta do quarto de Elliot e bati antes de ouvi-lo dizer que eu poderia entrar.

—Eu preciso desligar madre Angélica, sim a Leah está aqui comigo. - Elliot sussurrou para o telefone assim que entrei no quarto. - Sim, por são Lucas eu estou bem e vou tomar cuidado com a canela. Sua benção... Obrigado e mande um beijo para todos do orfanato.

—Ela deve ter ficado muito preocupada. - disse assim que ele desligou o telefone.

—Sim, se estivesse em Nova York ela teria feito questão de ir para a minha casa cuidar de mim, acho que ela ainda não pegou o primeiro avião para cá porque tem medo de voar

—Não subestime o amor de uma mãe, Elliot. - disse sem perceber e ele sorriu concordando comigo.

—Verdade. A Madre angélica é como uma mãe para mim, e não ficaria surpreso em abrir a porta da frente e vê-la do outro lado. - ele disse dando de ombros antes de me olhar ainda perto da porta. -Você demorou meu bem. O que tanto fazia lá em baixo?

—Estava tendo meu momento de maníaca por limpeza. Acho que vocês irão precisar comprar mais álcool. - disse e ele sorriu suave antes de bater no espaço que havia ao seu lado na cama.

—Vem cá, deitada aqui do meu lado. - ele pediu e fui para o seu lado sem ao menos hesitar.

Assim que estava aconchegada em seus braços afundei meu nariz em seu pescoço sentindo seu cheiro característico, e isso fez Elliot gemer de prazer antes de me beijar.

Um beijo que começou de forma inocente e logo se tornou algo quente e envolvente, eu queria beijar cada pedaço de Elliot, queria amá-lo até que fosse impossivel nos separar. Meu cheiro e o dele misturados era como um aroma afrodisíaco que me incentivava a beijá-lo cada vez mais e o mesmo acontecia com ele, mas antes que pudesse prosseguir em minha deliciosa exploração por seu corpo Elliot me deteve, e seu ato me deixou confusa.

—Porquê? - questionei confusa por ele me afastar.

Estava louca de desejo por ele, e podia ver sem seus olhos que Elliot se sentia da mesma forma, mas algo o impedia de prosseguir saciando nossos desejos.

—Não acredito que vou dizer isso... Mas está cedo demais amor, e apesar de te amar loucamente nós mal nos conhecemos. -Elliot sussurrou tentando controlar o desejo que sentia naquele momento, e pude ver em seus olhos que ele estava enfrentando uma verdadeira batalha.

—Então você não me quer... Você está me rejeitando? - solucei com dor ao entender que ele não me queria como sua mulher, e meu coração se apertou. Afinal, a rejeição do objeto de imprinting e fatal para o lobo.

—Leah, não estou te rejeitando amor. Só Deus sabe a força que estou fazendo para não agarrá-la e amá-la até esquecer meu nome. Mas, queria conhecer melhor a mulher por quem me apaixonei, antes de ficarmos juntos dessa forma. Só quero fazer a coisa certa, entende?

—Mas a coisa errada parece muito mais atrativa. - disse e ele gemeu concordando o que me fez rir.

—Ainda mais vendo você desse jeito toda arfante por causa dos meus beijos, se não me ajudar vou acabar desistindo de fazer o que é certo, meu bem. - ele implorou enquanto me olhava com desejo no olhar, e foi só então que percebi que a minha blusa estava com os três primeiros botões abertos, o que me fez corar de vergonha.

—Bem, se vamos fazer a coisa certa, acho melhor abotoar a minha blusa e respirarmos um pouco. O que acha?

—Acho que seria um bom começo. - Elliot sussurrou respirando fundo tentando se acalmar e comecei a fazer o mesmo enquanto abotoava a minha blusa.


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