Recomeçar escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 23
Elliot


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de Recomeçar, espero que gostem.
Beijos e até segunda.



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Havia chegado o grande momento de contar a mulher que eu amava o que sentia por ela, meu coração estava acelerado e minhas mãos tremiam de nervoso, mas precisava continuar.

Precisava confessar o que sentia por ela o quanto a amava e seria capaz de tudo para conquistá-la se fosse preciso.

—Quando perdi minha esposa, prometi a ela que seria fiel até o meu último suspiro e foi assim durante oito anos. Mas quando te conheci, todas as minhas certezas foram abaladas. Era como se todo o meu mundo tivesse sido atingido por um tsunami, me transformado. E foi ai que comecei a perceber que eu não vivia o conto de fadas que achava que vivia. Sofri muito até entender e aceitar o que realmente estava acontecendo. Quando isso aconteceu, me senti livre e feliz como a muito tempo não me sentia. Senti que finalmente encontrei o meu lugar, e tudo isso graças a você, Leah. - disse e ela me olhou com lágrimas nos olhos.

—Me desculpe por te fazer sofrer, jamais quis isso. - ela sussurrou com dor e enxuguei suas lágrimas com carinho.

—Você não teve culpa de nada, a culpa foi minha por tentar sufocar o que sentia por você, só porque estava com medo.

—E o que você senti por mim, Elliot? - ela questionou temerosa e sorri amoroso para ela.

—Eu te amo Leah. Me apaixonei por você desde a primeira vez que nos vimos, e desde então não consigo parar de pensar em você, ou de sonhar com você. Eu a amo muito mais que amei a minha falecida esposa, e sinto em cada parte de mim que você é o grande amor da minha vida. E se você disser que me ama, prometo fazer tudo que estiver ao meu alcance para fazê-la feliz a todo momento, amando-a, protegendo-a e sendo o seu porto seguro para o resto das nossas vidas. - disse e ela soluçou em meio as lágrimas antes de abraçar meu pescoço e chorar no meu peito enquanto seu corpo era agitado por tremores.

De todas as formas que imaginei contar o que sentia para Leah, nunca me passou pela cabeça que ela pudesse ter um ataque de choro e isso me deixou preocupado. Sem saber o que fazer, comecei a acariciar suas costas tentando lhe acalmar enquanto beijava o topo da sua cabeça e sussurrava em seu ouvido palavras de conforto.

—Esperei tanto por você, que nem acredito que esteja aqui comigo dizendo que me ama. - ela sussurrou com a voz rouca por causa do choro assim que afastou seu rosto do meu peito.

—Me perdoe por demorar tanto meu amor. Mas eu prometo que vou recompensar a sua espera. Acredita em mim? -perguntei olhando em seus olhos.

—Eu acredito. - Leah disse e acariciou meu rosto de leve como se fosse feito de cristal.- E eu te amo tanto Elliot, mas tanto que seria capaz de morrer por você.

—Não quero que você morra por mim amor. Quero que viva, para que eu possa amá-la de todas as formas possíveis, minha vida. - pedi olhando em seu olhos e ela sorriu concordando.

Com cuidado beijei a testa de Leah, a ponta do seu nariz, as suas bochechas e o seu queixo antes de beijar a sua boca. E assim que nossos lábios se tocaram, meu corpo se arrepiou por inteiro, era como se estivesse sentindo tudo e nada ao mesmo tempo.

Era como se estivesse retornando para o meu lar depois de uma longa peregrinação, podia sentir todo o nosso amor em cada beijo e toque que trocávamos, e quando o ar se fez necessário me ocupei em beijar seu pescoço descendo para o seu colo, mas antes que pudesse me dedicar mais a essa tarefa, Leah me puxou novamente para beijá-la de forma desesperada, como se estivesse com medo de me perder.

Sem interromper nosso beijo a peguei no colo e a levei para um dos sofás que estavam no jardim, me sentando ali com ela em meu colo enquanto ainda nos beijávamos apaixonadamente.

—Quem diria que um homem criado em um orfanato de freias beijaria tão bem. - Leah sussurrou sem folego assim que nos separamos e sorri da sua tentativa de fazer uma piada.

—Isso não quer dizer que sou um padre, e além do mais faz oito anos que não beijo ninguém. Acho que beijar deve ser igual a andar de bicicleta, a gente nunca esquece. - brinquei e sorrimos antes dela acariciar meu rosto e me dar um leve beijo.

—Eu te amo.- ela sussurrou olhando em meus olhos e sorri amoroso para ela antes de beijar a ponta do seu nariz.

—Eu também te amo.- disse suave e sorri antes de prestar atenção novamente ao vestido que Leah usava, o qual havia ficado perfeito nela, valorizando suas curvas e seu colo com delicadeza.

—O que foi? - ela questionou curiosa assim que meus olhos voltaram a olhar para os seus.

—Já disse o quanto amei o seu vestido. - disse empolgado e ela sorriu antes de beijar minha bochecha com carinho.

—Não, você não disso. Mas vou dizer a minha mãe que você gostou do presente dela.

—Eu não gostei, eu amei. Ele é perfeito. - disse voltando a olhá-la me perdendo em seu decote.

—Estou vendo que você amou, não consegui tirar os olhos ou as mãos dele.- ela brincou e rimos.

—Eu tenho um presente para lhe dar.- disse enquanto a afastava um pouco e pegava a pequena caixa no bolso do meu paletó, mas assim que viu o que havia em minha mão Leah prendeu a respiração. -Relaxa, ainda não vou te pedir em casamento.

—E você pensa em nós dois casando? - ela questionou tentando disfarçar a sua esperança e sorri antes de beijá-la e Leah me correspondeu de forma apaixonada e entregue me fazendo esquecer tudo.

—Pela forma que eu te amo, te beijo e você me corresponde, de forma tão apaixonada e entregue, nos casarmos será apenas uma consequência do que sentimos. Mas devíamos deixar isso para o futuro, o que acha?

—Acho que você tem razão.- ela disse perdida em pensamentos, por um instante antes de voltar a me olhar sorrindo.- O que você queria me dar de presente?

—Queria lhe dar algo, para que sempre que o olhasse lembrasse de mim. Lembrasse desse momento que estamos vivendo agora. O qual, quero lhe pedir em namoro.- disse lhe entregando a caixa e Leah sorriu emocionada antes de abrir.

—Eu jamais esqueceria de você ou do que está acontecendo agora. E é claro que aceito namorar com você, jamais diria não para o homem que amo.- ela disse com os olhos marejados antes de prestar atenção ao conteúdo da caixa de joias.- Ele é lindo Elliot, obrigada. Mas porque uma lua e uma estrela?

—Não sei explicar, estava andando pelas ruas de Nova York quando vi esse colar na vitrine e achei que combinava com você, e simplesmente comprei para lhe dar de presente.- disse sincero e ela sorriu suave.

—Eu amei o presente, de verdade. Pode colocá-lo em mim?- ela pediu e concordei pegando o colar da caixa e afastando seus cabelos antes de colocá-lo.- E então, como ficou?

—Mais perfeito do que imaginei. - disse olhando seu pescoço e me inclinei para beijar o local onde estava o colar e foi inevitável não roçar meu nariz de leve por toda a pele visível daquele local, deixando-a arrepiada.

—Você vai me fazer cometer uma loucura se continuar me beijando ai. - Leah sussurrou em meu cabelo e sorri em sua pele antes de me afastar dela, mas um vento frio soprou meus cabelos e foi inevitável não me encolher, afinal ainda não havia me acostumado ao clima úmido e frio dessa cidade.

—Sua mão está gelada, amor. - Leah disse preocupada assim que segurou as minhas mãos nas suas, e as delas estavam tão quentes. - Vamos entrar, antes que você pegue um resfriado.

—Só se você me der um último beijo. - pedi e ela sorriu antes de envolver meu pescoço com seus braços e me puxar para mais um beijo de muitos que havíamos trocados essa noite, mas esse não demorou muito pois assim que o clima esquentou Leah se separou de mim.

Sem dizer nada ela se levantou do meu colo e logo senti que havia um vazio dentro de mim, naquele momento entendi que isso aconteceu porque Leah havia se afastado e seria assim sempre que ficássemos longe.

—Vem comigo amor.- ela sussurrou me oferecendo sua mão a qual aceitei me deixando ser guiado por ela para a festa.

Assim que voltamos para a festa o doutor Cullen acenou me chamando e tive que ir até o meu futuro chefe, enquanto alguém chamava Leah para resolver alguma crise que envolvias as sobremesas.

—Prometo que vou resolver isso o mais rápido possível e voltar correndo para você. - ela prometeu suave.

—Vou esperar ansioso pelo seu retorno. - disse antes de nos despedirmos com um beijo e cada um ir para os locais que foram solicitados.

—Doutor Marshall é um prazer revê-lo.- o doutor Cullen disse simpático assim que apertei a sua mão.

—É um prazer revê-lo doutor Cullen.

—Por favor, vamos deixar as formalidades de lado, pode me chamar de Carlisle.- ele pediu sorrindo amigável.

—Só se você me chamar de Elliot. - disse e sorrimos antes de uma mulher delicada e pequena com o rosto em formato de coração se aproximar de nós.

—Elliot, gostaria lhe apresentar a minha esposa, a responsável pelo evento desse ano, Esme Cullen. Esme, este é o doutor Elliot Marshall, ele irá trabalhar conosco no hospital. - ele disse nos apresentando e sorri de forma gentil para ela que me olhava como se me conhecesse.

—Estou encantada e feliz em conhecê-lo Elliot.- Esme disse emocionada assim que apertamos as nossas mãos.

—É um prazer conhecê-la senhora Cullen.

—Por favor, querido me chame de Esme.

—Esme.- disse e ela sorriu satisfeita pela forma que estava lhe chamando.

—E então, Elliot o que está achando da nossa cidade?- Esme questionou curiosa por minha resposta.

—Forks é uma cidade linda e aconchegante. Se não fosse pela chuva e pelo frio seria a cidade perfeita.- segredei e rimos.

—É verdade, e pretende ficar por quanto tempo conosco?- ela questionou curiosa e olhei para Leah que explicava algo para um dos garçons e sorri de forma involuntária antes de responder a pergunta de Esme.

—A vida toda.- disse e os dois sorriram feliz.

—Que bom meu querido, espero que encontre a felicidade aqui.- ela desejou maternal.

—Eu já encontrei Esme.- disse sem tirar os olhos de Leah que assim que percebeu que eu a olhava sorriu para mim.

—Posso perceber.- ela disse suave enquanto olhava para mim e depois para Leah.

—E as expectativas para o seu primeiro dia no hospital, Elliot?- Carlisle questionou e desviei minha atenção de Leah, com algum custo.

Havia enviando toda a minha documentação por email, agilizando assim minha admissão e a partir da segunda feira já começaria a trabalhar no hospital da cidade.

—As melhores possíveis Carlisle. Sinto falta do meu trabalho. - disse saudoso, afinal ser médico era como respirar para mim, não era simplesmente um trabalho que me rendia um salário no final do mês. Ser médico fazia parte de quem eu era.

—É notável o seu amor pela profissão Elliot. Isso é raro hoje em dia.- Carlisle disse surpreso.

—E como escolheu ser médico, Elliot? -Esme questionou curiosa e sorri enquanto tentava pensar no momento em que decidi meu oficio.

—Acho que não teve um momento para isso, o desejo de ajudar as pessoas sempre esteve comigo desde que me entendo por gente. E quando a madre do orfanato em que cresci me contou que um médico havia me deixado lá, após ter atendido meus pais e eles não terem resistido, soube que caminho seguir. - disse e Esme me olhou surpresa como se estivesse lhe contado algo que ela não esperava ouvir em seguida ela olhou para o marido de forma séria.

—Está tudo bem Esme? Você parece meio nervosa. - disse preocupado enquanto Esme me olhava atentamente, como se buscasse algo.

—Sim, só estou imaginando como deve ter sido dificiel não saber de onde vem. - ela sussurrou com pesar.

—Ás vezes é, mas não posso reclamar. Fui deixando em um orfanato maravilhoso, cresci cercado de muito carinho e amor, e hoje tem uma família incrível. - disse e eles concordaram antes de Leah nos interromper.

—Desculpem, mas será que posso roubar o Elliot por alguns minutos.- Leah pediu segurando a minha mão.

—Claro querida, não estávamos conversando nada de importante. -Esme disse gentil e me despedi dos dois antes de levar Leah para a pista de dança.


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Notas finais do capítulo

Presente dado por Elliot:
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