Six Months In Hell. escrita por Any Sciuto


Capítulo 8
Love me




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Cruzando a emergência do hospital, Gibbs estava muito puto da cara. Ele ouviu de Jenny cada absurdo que o médico disse quando Penelope acordou.

Vendo Dr. Graves na emergência, ele sinalizou para ele e o levou para um lugar mais afastado.

— Eu vou falar e você vai me explicar algo. – Gibbs o puxou para o armário do faxineiro. – O que você tentou fazer com Penelope? Dizer que guardou o feto dela no necrotério, quando ela claramente ansiava pelo bebê.

— Desculpe. – Dr Graves sabia que teria que explicar. – Eu só queria que ela, sabe, enterrasse o bebê.

— Eu vou explicar uma coisa para você. – Gibbs o apoiou na parede, irritado. – Em hipótese alguma volte a mencionar o fato que ela perdeu um filho. Isso é mais do que um trauma físico. Isso é a pior coisa que um pai pode perder na vida. Você vai fazer o seguinte: vai mandar o corpinho para esse endereço. É a funerária de um amigo meu. Ele vai fazer uma laje linda em um campo de margaridas. E não vai contar a ela antes que eu conte.

— Por que a defende? – O médico perguntou. – Ela não é especial para ninguém.

— Ela é especial. – Gibbs sorriu para o médico. – Ela e todas as mulheres com quem trabalho ou já trabalhei são especiais. Se não fosse por uma mulher, acho que você não estaria aqui.

O agente saiu e rumou para o quarto de Abby primeiro. Spencer estava com McGee e os jovens agentes estavam trocando fatos aleatórios enquanto Abby estava com seu celular.

— Ei Abby. – Gibbs trouxe algo com ele no caminho. – Acho que tenho alguém que gostaria de ver você.

Abby sorriu para o hipopótamo recheado nas mãos de Gibbs. Ela o abraçou e Spencer pulou quando ouviu o som de "pum" que o bichinho fez.

— Eu sinto muito. – Reid corou. – Eu não queria.

— Sem medo, Reid. – McGee disse, rindo. – Eu quero te apresentar Bert, o hipopótamo.

— Ah, ok. – Reid se sentou de volta. – É bem engraçado.

— Aham... – McGee sorriu. – Abby e eu estamos discutindo os planos de casamento.

— E de filhos. – Abby olhou para Gibbs. – Mas isso ainda depende do Dr Graves.

— Eu preferia que não. – Gibbs resmungou. – Ele tem boas intenções, mas idéias idiotas.

Todos olharam para Gibbs e suspiraram. Tony trouxe Ziva para o hospital. Hoje era o dia de mais um ultrassom. Eles estavam de quatro meses também.

Era engraçado e cômico. Entrando na sala do médico, Tony ajudou a esposa a se sentar, apesar dela estar de quatro meses e ter uma pequena barriga.

— Eu vejo que seus exames ambulatoriais estão todos bem. – Ele escreveu num bloco. – Mas vamos fazer um ultrassom daqui há alguns minutos.

Tony ajudou Ziva a se levantar e a ajudou a ir até a sala de ultrassom no outro lado do corredor.

Pegando Ziva em seus braços, ela revirou os olhos quando ele a colocou em cima da cama com todo o cuidado que poderia pensar.

— Apenas cuidando do que é meu. – Tony falou. – E eu quero ver nosso filho outra vez.

— Uma vez você disse que não queria filhos. – Ziva ergueu uma sobrancelha. – Então, agora você quer?

— Foram outros tempos. – Tony se sentou. – Eu era imaturo e só pensava com a cabeça de baixo. 

Ela deu uma risada e sentiu seu coração pular quando viu o médico voltando com a vareta de exame. Passando o gel, ela viu o bebê que ela e Tony haviam criado.

— Vejo que seu filho está bem. – O médico mostrou. – Querem ouvir o coração?

— Sim. – Os dois responderam ao mesmo tempo.

Ligando o som, ele viu quando o rosto de ambos se entorpeceu com o som do bebê.

Um whosh, whosh alto foi ouvido e Tony começou a chorar.

— Você está chorando, Tony? – Ziva sorriu.

— Não. – Ele limpou algumas lágrimas. – Só estou dando uma limpada nos olhos.

Ziva começou a rir e até o médico sorriu para a brincadeira.

Eles saíram com o ultrassom do consultório e viram Abby sendo finalmente liberada do hospital, mas ninguém realmente saiu de lá. Penelope estava lá ainda.

Derek se sentou ao lado da esposa e pegou a mão dela, enquanto ela tinha um pesadelo.

Os olhos dela se abriram e ela fez um beicinho fofo para o marido. Seus olhos cheios de lágrimas, deixaram Morgan chateado.

— Derek. – Ela falou baixinho. – Você está aqui.

— Estou, Baby Girl. – Derek se mudou para a beira da cama dela. – E eu vou estar com você sempre, prometo.

— Eu perdi o nosso filho, Derek. – Penelope lentamente se fechando. – Você não precisa ser carinhoso comigo.

— Desculpa Baby Girl. – Ele a puxou para seus braços com cuidado. – Mas nem pense que vou te deixar apenas porque um idiota tirou nossa felicidade.

— Eu quase tive uma família com você. – Ela deitou a cabeça nos braços do marido. – Quem eu quero enganar.

— Eu vou ficar com você a cada passo desse caminho. –Derek levou a mão para o ventre ainda enfaixado de Penelope. – E eu vou te dar uma família assim que você for liberada. Você vai ser feliz comigo, Baby. E eu acho que Gibbs já deu um jeito em Daniel, então você não tem desculpas para não.

— Posso pedir sorvete de chocolate então? – O sorriso iluminando seus lábios de novo. – Ou você pode ser o meu chocolate?

— Comporte-se mulher. – Derek a beijou. – Ou quando eu chegar em casa vou espancar sua bunda fofa.

— Vejo que vocês dois já estão de boa. – Gibbs deu uma risada. – O agente Hotchner me deu a versão básica dos flertes de vocês.

— Eu queria agradecer, agente Gibbs. – Penelope apertou a mão do agente. – Você salvou minha vida e a de Abby.

— Então eu suponho que você possa me chamar de Jethro Penelope. – Gibbs a abraçou o quanto conseguia. – Estou feliz por salvarmos Abby e você daquele demente. Mas eu não queria mudar para esse assunto desagradável, o que aconteceu quando você foi sequestrada?

— Tudo o que eu lembro foi de estar no carro com o agente e ele me injetar um sedativo. – Penelope suspirou. – A próxima coisa foi acordar com Abby e o colar de choque. Eu não sei, mas eu acho que eu e Abby éramos os dois alvos dele o tempo todo.

— Por que diz isso? – Derek queria saber mais.

— Quando eu estava no avião. – Penelope sentiu a mão de Derek na sua. – Eu o ouvi dizer que a encomenda tinha sido pega. A voz do outro lado não era russa. Era quase como... Brasileira.

— Por que alguém no Brasil sequestraria duas agentes federais? – Gibbs estava confuso. – Derek?

— Trabalhamos em um caso de crimes cibernéticos dois meses antes de Penelope ser baleada e Abby ser sequestrada. – Derek lembrou. – Eles tinham uma célula em cada país. Mas a célula mestre era no Brasil.

Gibbs se sentou na cadeira e sentiu seu celular vibrar.

— Fornell, me diga que descobriu alguma coisa? – Gibbs pediu. – Eu realmente não sei mais o que pensar.

— Daniel me contou porque sequestrou Abby e Penelope. – Fornell olhou para o homem amordaçado. – Foram precisos quatro seringas vazias para ele finalmente contar, mas ele cantou como um passarinho.

— Fornell, por favor. – Gibbs estava em busca de algo especifico. – Ele falou sobre o Brasil?

— A Pessoa que estamos procurando se Ana. – Fornell respondeu. – Ela mora em Minas Gerais atualmente e a mandante dos sequestros de nossas duas garotas. Tudo tem a ver com compra e venda de informações sigilosas. Ao que tudo indica, Penelope seria uma venda, mas não para Ana. Ela iria vender para uma assassina do sul do Brasil.

Gibbs olhou para as duas agentes. Ninguém estava segura ainda. Era apenas uma questão de tempo.

— Baby Girl. – Derek colocou uma mecha atrás da orelha. – Acho que você poderá ir embora no sábado, se tudo ocorrer bem. – Ele se aproximou da orelha dela. – E eu vou cuidar de você e ser seu enfermeiro.

— Não me tente Morgan. – Penelope riu. – Você ainda vai querer filhos?

— Com você? – Morgan a beijou. – Um time de futebol. Acho que Hotch e Emily vão ter uns três até daqui há quatro anos.

— Eu te amo, Derek. – Penelope abraçou o marido. – Muito.

— Eu também. – Derek a beijou.

Mal todos sabiam que as coisas voltariam a ficar tempestuosas para todos em um par de meses.


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