Six Months In Hell. escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
Capital Letters.




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Seis meses atrás...

— Verificamos todos os postos de pedágio da região e não sabemos por onde ele foi com Abby depois de sequestrar ela. – Um abatido Gibbs falou. – Eu realmente sinto muito.

— Eu sei. – McGee se sentou no chão. – Quer dizer, que ela apenas sumiu?

—Eu não quero ver você se culpar, Tim. – Gibbs sentiu seu próprio coração se quebrar. – Não vamos desistir dela e você sabe disso.

— Está bem. – Tim se levantou, entrou no carro e desabou finalmente. – Onde vocês está Abby?

Agora...

Os três SUV's pararam na entrada do local onde as duas garotas estariam. Olhando de fora, McGee sentiu uma sensação de perda e frustração. Ele havia passado pela casa dois meses atrás quando veio com Tony.

E ela estava ali dentro. Ele se sentia um idiota.

— O nome do suspeito é Daniel Horosvic. – Hotch começou. – Ele é cidadão russo, mas estava aqui há cinco anos e declara impostos como uma empresa de comunicações.

— Ele sequestrou Katrina há cinco anos, dando início a um ciclo doentio de sequestros. – Gibbs começou. – Também temos duas possíveis reféns lá dentro. Penelope Grace Morgan, agente do FBI, loira, curvilínea e um pouco baixinha e Abigail Sciuto, nossa agente da NCIS, morena, tatuagem no pescoço.

— Seja como for que vocês se moverem, nós não baleamos nossas agentes. – Derek completou. – É imprescindível ter cuidado com elas. Penelope está grávida.

Todos olharam para Derek com a revelação. Hotch tentou ler o rosto de Morgan, mas estava difícil pela primeira vez.

A Swat liderou o caminho, seguido pelos agentes da NCIS e da BAU. Cada quarto foi verificado no andar baixo e agora era hora de verificar o andar de cima. Derek e Tim liderando, sentindo a adrenalina pulsar de suas veias.

O primeiro quarto era uma espécie de sala de tortura. Correntes pendiam do teto e havia sangue seco. McGee controlou o impulso de vomitar na visão.

O segundo quarto, cheio de computadores e copos de Caf Pow, deu a Tim esperanças de ver Abby bem. Ele entrou, procurando um sinal claro delas aqui.

— Achei algo! – Gibbs gritou. – Meu deus, tragam uma ambulância.

Tim e Derek correram para a voz de Gibbs e os joelhos de Morgan se curvaram a imagem de sua esposa sangrando. Abby ainda segurava o pano, tentando conter o sangramento.

— Eu tenho você, Penelope. – Gibbs tentou acordar a jovem. – Cadê a Ambulância?

— Está vindo. – Hotch correu e precisou de apoio. – Penelope....

— Meu amor. – Derek finalmente reagiu. – Por favor, Pen acorde.

— Eu tentei conter o sangue. – A voz quebrada de Abby cortando o silencio. – Tim!

Ela se lançou para o noivo que apenas a pegou sem nenhuma palavra e começou a chorar na mesma frequência que ela.

— Vamos, eu vou te levar daqui. – Ele viu Abby balançar a cabeça. – Você quer ficar?

— Por favor. – Abby olhou para Penelope. – Ele queria cortar a garganta dela, mas eu implorei a ele que não fizesse isso. Ele a apunhalou.

Penelope foi colocada na maca com tanto cuidado e Derek se recusou a deixar ela sozinha. Ela nunca recuperou a consciência e Derek entrou em modo desespero.

— Corte profundo, pegou o baço. – O paramédico começou. – Prepare a solução de sedação.

Abby foi colocada em outra ambulância, em um soro e começou a ser conferida, tocada. Seus olhos pegaram os do enfermeiro e ela deu um tapa em seu rosto.

— Está tudo bem, ok? – Tim estava com ela. – Olha, ela ficou seis meses sendo agredida em cativeiro, ela está assustada.

— Sim, eu sei. – O enfermeiro respondeu. – Já tive pacientes desse tipo.

— Abby, você precisa respirar fundo, agora. – Tim pegou a mão dela. – Eu tenho muitas coisas para falar.

— Penelope me contou que você estava mal. – Abby o viu hesitar. – Você vai se cuidar agora? Vai me deixar te tornar meu marido?

McGee sorriu a lembrança e beijou os lábios dela, achando que ela o repeliria, e quando ela não fez, ele sorriu sob o beijo.

— Eu te amo, Abby. – Ele tocou seu rosto. – E acho que Jenny e Ziva estão grávidas.

Abby sorriu, sabendo que logo teria bebês para estragar finalmente.

Enquanto isso, as coisas não estavam muito bem com Penelope.

A ambulância deixou a cena de crime, praticamente voando de lá. Penelope perdeu muito mais sangue do que eles poderiam estancar. Eles chegaram ao hospital, comemorando que ela não havia codificado na ambulância.

Derek teve um semblante frustrado quando foi impedido de entrar na sala. Ele se sentou e logo em seguida, Abby entrou caminhando devagar, com McGee a sua escolta.

Ele voltou a atenção para a sala de cirurgia, onde rezava para Pen sair viva.

Gibbs olhava a cena onde Abby e Penelope estavam. Hotch parou ao lado dele e começou a pegar alguns papeis.

— Você ficou louco? – Gibbs lentamente ficando irritado. – Pegando provas sem luvas?

— Eu não sei qual o seu problema comigo. – Ele soltou e olhou para Gibbs. – Mas sinceramente uma agente minha está em estado grave no hospital.

— Eu sabia que era uma péssima ideia trazer vocês juntos. – Gibbs suspirou. – Vocês do FBI sempre querem tratamento especial.

— Eu casei de você. – Hotchner levantou a voz, fazendo Emily e Jenny olharem para ambos. – Você acha que isso é sobre liderança, mas temos recursos melhores. Poderíamos ter evitado isso se você não mandasse Penelope com aquele seu traidor.

— O que você disse? – Gibbs encarou Hotch. – O que você disse para mim?

— Eu não vou ver minha agente morta por causa de seu ego inflado, agente Gibbs. – Hotch agora levantou a voz. – Se ela morrer eu vou levar você para explicar ao agente Morgan.

— Senhores. – Jenny entrou em seu papel de diretora. – Eu acho que vocês precisam voltar para as aulas de controle de raiva. Agente Gibbs, se eu ver você ou o agente Hotchner brigando de novo, eu vou trancar ambos em um armário por um final de semana inteiro até fazerem as pazes.

— Isso serve para você também Aaron. – Emily usou seu primeiro. – E ainda vai ficar um mês na casa do cachorro.

— Exatamente. – Jenny concordou. – Fomos claras ou precisamos desenhar?

— Não senhora. – Os dois disseram ao mesmo tempo.

Gibbs se virou e começou a rir. Hotch olhou para as duas mulheres, parecendo nenhum pouco divertidas. Ele sabia então que a coisa era séria.

— Eu sinto muito se começamos com o pé errado. – Gibbs coou a cabeça. – Eu não quero ir para a casinha do cachorro, então vou pisar nos ovos e pedir desculpas.

— Certo. – Hotch apertou a mão de volta. – Eu também não gosto de ir para lá.

Jenny e Emily abriram um sorriso satisfeito. Seriam preciso dois dias para fazer ambos os homens pararem de se acusar e dar o braço a torcer.

— Muito bem. – Jenny riu. – Vocês querem tirar seus traseiros para podermos examinar com olhos de mulher?

— Todo seu, senhoras. – Hotch riu. – Mulheres. Estaríamos perdidos sem elas.

— Eu tive três casamentos que não deram certo depois de um que deu certo. – Gibbs se desculpou. – Dizem que o quinto é o casamento do acerto.

— Eu fui casado com apenas uma mulher antes de Emily, então, não tenho uma opinião. – Hotch suspirou fundo. – Nem posso imaginar o que Derek está passando agora.

O sorriso de Gibbs caiu um pouco ao lembrar de como eles encontraram Penelope e do Derek havia dito antes de entrarem.

— Acha que ela estava grávida? – Gibbs finalmente perguntou. – Ou ele estava apenas fingindo?

— Não se finge daquele jeito. – Hotch respondeu. – Eu acho que a quantidade de sangue, eu tenho medo que ela tenha perdido o bebê.

Derek apenas olhava sem desviar o olhar da sala onde sua Baby Girl estava. Ela estava em uma assim depois que foi baleada. E mesmo naquele tempo, ele sentiu-se perdendo uma parte de si mesmo.

Um médico saiu da sala e as notícias poderiam mudar toda a vida dele daqui em diante. Pela primeira vez desde que ela foi baleada ele pediu a Deus que ela estivesse bem. Ou ele morreria.


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