— Você deve ser Tim McGee. – Derek cortou o silencio. – Derek Morgan. Marido de Penelope.

— É um prazer falar com você. – Tim olhou para a pia mais uma vez. – Eu sinto muito, não tem sido dias bons.

— Eu entendo. – Derek suspirou. – Eu sei o que você está passando.

— Acho impossível. – McGee secou as mãos. – Você não teve que conviver com seis meses de falta.

— Mas eu tive que ver a mulher que eu amo em uma cama de hospital depois de um tiro. – Derek se chutou. – Desculpa, não quero dizer que uma dor é menor que a outra.

— Todos estamos com os nervos atacados. – Tim se desculpou. – Talvez você queira sair para beber. Um suco de frutas porque eu não posso sair sozinho.

— Eu adoraria. – Derek apertou a mão de McGee. – Vamos achar elas.

— E matar quem fez isso. – Tim completou. – Vamos.

Eles saíram em busca de um pouco de açúcar.

Gibbs se sentou com Jenny, comendo algo. Desde que souberam do desaparecimento de Penelope, ele havia colocado todos os esforços.

— Sabe que vamos encontrar as duas. – Jenny tentou tranquilizar o marido. – É uma questão de tempo para descobrirmos para onde o jato foi.

— Eu sei. – Gibbs largou o sanduíche na mesa. – É só que parece estúpido eu estar aqui enquanto eles estão no bullpen ainda.

— Sabe que eles são nossa melhor chance. – Jenny pegou uma mão de Gibbs e a levou para a barriga. – Ziva E Tony ainda estão escondendo, mas eu sei que ela está grávida.

— Jenny. – Ele estava chateado. – Eu não queria ser rude antes, é só que eu estou em um limite maior agora.

— Eu sei. – Ela se inclinou sob a mesa e o beijou. – Vamos seguir a pista de Penelope e encontrar Abby também.

— E se for tarde? – Gibbs suspirou. – Penelope e Abby são apenas técnicas, se ele queria um agente federal porque não eu ou o Tim?

— Houve conversas sobre ataques cibernéticos. – Jenny falou. – Dois meses atrás. Um ciber terrorista entrou na conta de Abby e baixou centenas de dados federais. A equipe do andar de baixo disse que era apenas alguém tentando a sorte.

Pegando o documento de reporte do incidente, Gibbs sorriu. Isso eram as migalhas que eles precisavam.

Eles estavam indo atrás das duas garotas. Descendo as escadas, Gibbs balançou o documento.

— Las Vegas, nevada! – Gibbs gritou. – Eu acho que elas foram para lá. O jato que levou Penelope, pousou lá há quatro horas.

— Vou ligar para o piloto. – Hotch deu um meio sorriso. – Tomara que essa pista seja boa.

Gibbs apenas olhou para Hotch e suspirou. Eles tinham um jato, ele faria uma exceção.

Las Vegas, Nevada...

— Vamos Pen. – Abby tentou fazer Penelope acordar. – Penelope, você não pode desistir, não agora.

— Abby. – Pen abriu os olhos devagar, a dor passando pelo corpo machucado. – O que está acontecendo?

— Deixe-me ver você. – Abby levantou a amiga com cuidado. – Eu vou aplicar um gel, ele é frio, mas vai aliviar as dores.

Penelope levantou a mão o suficiente para tocar o rosto machucado de Abby. Ela parecia bem, mas pen via a tristeza no rosto da jovem.

— Eu vi o Tim. – Penelope precisava que Abby soubesse. – Ele sente sua falta. Todos sentem.

— Eu preciso que você fique parada, ok? – Abby deixou uma lágrima escorrer. – Você precisa se acalmar.

— Por que está em negação? – Penelope suspirou. – Eu não quero que você fique triste.

Abby segurou a mão de Penelope suspirou. Ela nunca poderia dizer o que realmente queria. Ela precisava manter Penelope segura de qualquer jeito. Mas Pen parecia ler seus pensamentos.

— Eu não quero que você morra, Abby. – Pen fechou os olhos. – Eu preciso levar você de volta a Tim.

Mal terminando de falar, Penelope sentiu a voltagem passando pelo seu corpo já fraco. Ela fechou os olhos e voltou para a inconsciência.

Fechando os punhos, Abby jurou levar Garcia para casa.

Aeroporto Internacional McCarran, Nevada...

A equipe NCIS, juntamente com o esquadrão do FBI, desceram no aeroporto com o dia nascendo.

Derek olhou para o nascer do sol, lembrando de como pediu Penelope em casamento.

Sentindo uma mão em seus ombros, ele se virou esperançoso, mas seu sorriso caiu quando viu Emily.

— Desculpe se não sou quem você quer. – Ela estava cautelosa. – Mas você estava distraído.

— Desculpa Emily. – Derek tentou sorrir, falhando. – Mas estou com medo por Penelope.

— Eu também. – Ela abaixou os olhos. – Mas ela tem você arás dela e temos Tim atrás de Abby. E com certeza se fosse eu, Aaron pessoalmente se certificaria de que o corpo do maluco estivesse bem escondido.

— Eu sei que você e ele estão grávidos. – Derek confessou. – Qual a sensação de ter um filho com seu chefe e marido?

— A concretização de um sonho. – Emily respondeu. – Ele parece mandão aqui, mas em casa, sou eu a chefe.

— Acredito mesmo. – Derek estava grato pela amizade com Emily. – Eu não sei se vou ter essa chance.

— Escute aqui. – Hotch entrou na conversa. – Eu gostaria de dizer que não temos certeza, mas temos dois times dispostos a matar esse idiota por matar as primeiras e sequestrar duas mulheres que são amadas por todos.

— Sim, Morgan. – Gibbs gritou da frente. – E você e Tim podem ter o primeiro tiro de qualquer forma.

Derek apenas assentiu. Seguindo Gibbs e o resto do time, eles se dividiram em um SUV. Gibbs, Jenny, Tony e Ziva foram em um, enquanto Tim e Derek foram com Hotch e Rossi.

Emily foi com JJ e Spencer no terceiro SUV. McGee havia conseguido o endereço logo que voltou de um lanche necessário ainda na sede da agência. Ele mal pode respirar quando descobriu que Abby ainda estava viva.

 Era hora de ir atrás de sua futura esposa, afinal, mesmo passados seis meses, ele a queria de volta e então quem sabe poderia voltar a viver uma vida normal.

Abby molhou outro pano e tentou acordar Penelope logo depois que ela fez outro hack para o captor. Ele só havia raptado Penelope para que Abby trabalhasse para ele. Apesar de que ter Penelope por aqui, era seu objetivo de qualquer jeito.

Homens altos entraram no quarto onde as duas foram colocadas, pegando violentamente Penelope dele.

— Não, me pegue. – Abby recebeu um soco. – Deixe ela em paz.

— Fique ali, sua vadia. – Ele jogou Abby contra uma parede. – Você alertou seus amigos, não foi?

— Gibbs vai chegar e você vai morrer. – Abby falou e recebeu outro soco. – Não. Você não vai me ver implorar.

O homem sorriu e pegou Penelope, ainda desacordada em seus braços.

— Nem se eu cortar a garganta dela? – Ele empurrou uma faca perigosa no pescoço de Pen e Abby sentiu seu medo crescer. – Você poderia tentar implorar para eu não matar essa vadia.

— Não, por favor, deixe ela em paz. – Abby não podia permitir. – Me pegue, me mate, mas deixe ela em paz.

O homem sorriu, jogando Penelope contra a parede oposta e ela caiu no chão logo depois. Ele correu para ela, se abaixando e enfiando a lamina da faca no estomago de Penelope.

— Eu vou voltar, Abby. – Ele ameaçou. – Tenha isso em mente.

A porta se fechou, sem trancar dessa ve e Abby correu para pegar um pano, qualquer coisa para estancar o sangramento.

Daniel subiu em um carro e foi embora do lugar onde manteve as duas garotas.

— Penelope. – Abby tentou de todos os jeitos. – Você não pode morrer.

— Derek.... – Penelope ofegou e caiu inconsciente.

Abby desejou que a equipe chegasse logo, antes que Penelope estivesse morta.