Hope escrita por Izzy Dracula


Capítulo 5
Two hearts


Notas iniciais do capítulo

_Boa Leitura!



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Narrador: Hope Adams.

 

— Hope, os Quileute são uma tribo antiga de lobisomens. - Edward conta enquanto passa a mão nos cabelos bagunçando os ainda mais. — Essa é a razão verdadeira para que eles não queiram humanos em nossa casa.

— Eles acreditam que humanos e vampiros não conseguem conviver normalmente, sem que a minha espécie cause danos a você! - Carlisle diz com voz calma sentando no braço do sofá da sala. — E, agora que possivelmente eles sabem que temos uma humana em nossa casa, a tribo irá se certificar da sua segurança.

— Eles querem saber se você não está servindo de bolsa de sangue para a família… - Emmett era o mais sincero em suas palavras. — Depois de todo esse tempo, os lobos ainda não confiam na nossa palavra!

— Confesso que estou surpresa em saber que lobisomens existem! - Mordo meus lábios de preocupação, sentada encolhida no sofá. — Eu prometo não contar nada a ninguém sobre eles, mas acredito que minha presença aqui está trazendo problemas demais a vocês, talvez eu deve ir embora o mais rápido possível.

Quando a família Cullen se reuniu no final da tarde, Esme atualizou a todos sobre o que havia acontecido, contando da visita repentina de Seth Clearwater e da possível chegada de Victoria uma vampira ruiva que a algum tempo tenta tirar a vida de Bella.

— Ir embora para onde? - Jasper questiona curioso, ele assim como todos já tinha criado uma certa simpatia por mim, mesmo antes da minha chegada. — Você é uma garota humana que está correndo um perigo maior do que pode aguentar.

— Jasper está certo. - Alice senta ao meu lado no sofá e sorri amável. — A solução não é ir embora, mas sim se cercar de pessoas que a querem bem!

As veias da minha cabeça começa a pulsar, ficando visíveis através da minha pele pálida. Os vários acontecimentos causaram me um estresse enlouquecedor, todos a minha volta criavam uma onda de pensamentos nublado a minha mente, não era possível me ouvir com clareza.

— Querida, está tudo bem? - Esme questionou ao ver meu rosto marcado por veias, e meus olhos verdes sem brilho. — Carlisle, ela não me parece bem!

— As vezes eu não consigo controlar o fluxo de pensamentos… - Minha voz enfraquecida só evidencia toda a minha dor. — Eu acho que vou enlouquecer a qualquer momento!

Os vampiros se afastaram de mim, na tentativa falha de manter seus pensamentos longe da minha cabeça. Com muito esforço eu sempre estive no controle dos meus poderes, ler a mente de todos as vezes é visto como uma maldição, saber dos seus segredos mais obscuros, dos desejos mais íntimos. Atualmente com a grande demanda de acontecimentos vindos de uma única vez, era impossível me manter sobre o controle do meu corpo e mente, então eu sabia que uma hora ou outra eu chegaria ao colapso.

A pressão na minha cabeça criada pelo excesso de pensamentos, era como ter milhões de agulhas cravadas em meu cérebro  ao mesmo tempo, minha visão estava turva, era impossível conter as lágrimas de dor.

— Vou deixá-la na cama… - Carlisle Cullen sabia que qualquer contato físico na minha situação só faria piorar.

O Dr.Carlisle Cullen  entra em ação. Rapidamente o loiro me pega em seus braços, me retirando do sofá da sala e me levando até meu quarto na mansão, com meus olhos fechados para anular um pouco da tontura, sinto que ele faz uso de sua velocidade sobrenatural para evitar prolongar meu sofrimento. Lembro-me de poucas vezes ter sofrido tamanha dor, por causa do meu poder.

Com meu corpo deitado sobre a cama permaneci de olhos fechados, fazendo muito esforço para manter minha mente calma. Carlisle no andar inferior prepara uma dose poderosa de sedativo para me acalmar, até que o som de vozes em minha cabeça só aumenta, com a chegada dos homens da tribo Quileute.

 

[ ... ]     

 

Narrador: Jacob Black.

 

Solto um rosnado baixo para Sam, e fico em silêncio. Essa poderia ser minha única chance de acabar com a família Cullen, principalmente com Edward, então nada me faria desistir desse confronto.

Vejo Leah a alguns metros de distância da casa, então vou até ela para conversar. Talvez ela pudesse me compreender um pouco, ela ao longo dos meses se tornou uma boa amiga, um pouco bruta e de temperamento forte, mas era até divertido.   

— Você vai obedecer o Sam? - Leah olhava para os outros de longe vendo eles se prepararem.

— Eu não quero perder minha possivel única chance de colocar aqueles sanguessugas para fora da cidade. - Resmungo baixo vendo eles seguindo em bando atrás de Sam Uley. — Você não vai com eles?

— Ir com eles, e perder de ver você aplicando o elemento surpresa nos Cullen. - Ela via seu irmão Seth se aproximar de nós, com a cabeça baixa. — O que está acontecendo Seth?

— Acho que fiz errado em contar aos cullen sobre a vampira ruiva. - Seth se lamentava de um jeito inocente com a voz cheia de culpa. — Eu só achei que poderia ajudar, Jake!

— Você só fez o que achava certo, não tem culpa de nada! - Coloco a mão no ombro do garoto e sorriu de canto, ouvindo atento que os outros já estavam distantes o suficiente. — Agora eu posso ir.

— Você vai até os Cullen? - Seth parou rápido na minha frente tentando bloquear minha passagem. — O Sam mandou você ficar, Jake não arrume problemas.

Eu estava decidido a ir, nem mesmo Seth poderia me impedir de ao menos verificar a existência dessa garota humana. Leah que estava do meu lado, apenas segura a gola da camiseta do irmão e retira ele do meu caminho. Então seguimos Leah e eu cortando caminho pela mata, enquanto Seth nos seguia um pouco distante, estávamos nos aproximando dos fundos da casa Cullen. Sam e os outros já haviam chegado em frente a mansão, e a família dos vampiros começaram uma discussão verbal.

— Soubemos que vocês escondem uma garota aqui? - Sam dirigia suas palavras a Carlisle o mais velho da família. — Vocês sabem que é proibido!

— Não estamos escondendo ninguém, Hope está sobre os nossos cuidados. - Carlisle que estava do lado de fora da mansão junto aos outros, dizia com a voz calma. — Nossa intenção é protegê-la!

— O lugar dela é com os humanos. - Sam Uley respirava fundo e contido. — Como posso ter a certeza de que a qualquer hora ela não será atacada em um momento de extrema fome!

— Como se ela não pudesse ser atacada por vocês em um momento de fúria. - Emmett rebate  se posicionando ao lado de Carlisle. — Vamos proteger a Hope, assim como protegemos a Bella!

Nos fundos da casa, eu procurava uma janela para entrar. Era muito útil ter os outros distraindo a família enquanto eu invadia a casa a procura da garota, Leah e Seth permaneciam atentos à nossa volta quando eu entrei pela janela da cozinha. O perfume da garota humana se sobressai a tudo, o cheiro dela me causava arrepios na nuca.

— Que sensação estranha! - Pensei enquanto seguia silenciosamente aquele perfume.

Meu coração batia forte no peito, como se pudesse fugir.  A descarga de adrenalina crescia a cada degrau que eu subia das escadas, era a mesma sensação de estar em uma caçada, algo delicioso e selvagem, minha boca salivava a medida que o perfume dela se tornava mais forte, meu corpo vibrava, o animal selvagem que vive em mim alertava ansioso alguma coisa que eu não conseguia compreender. No fim do corredor escuro havia uma porta aberta, eu sabia que ela estava lá, então comecei a andar mais rápido, era quase como flutuar até aquele quarto.

As luzes estavam acesas, e ao chegar na porta senti um impacto como um tiro à queima roupa. Ela estava lá, deitada sobre a cama com os olhos fechados e um semblante de dor, ela possuía uma pele pálida, e um rosto delicado um nariz pequeno e arrebitado seus cabelos eram longos e escuros espalhados sobre o travesseiro, e os lábios dela eram carnudos, suculentos levemente rosados. Seu corpo era esguio, frágil, delicado. Meus olhos estavam marejados, minha respiração estava leve e ritmada a dela, meu coração pulsava ao som do dela, éramos como um só naquele instante, ela era minha vida, meu céu, meu coração, em meu mundo não existia nada além dela.

Lentamente fui me aproximando até a lateral da cama. Sem conseguir piscar ou desviar o olhar da figura dela, permaneci hipnotizado, e foi no momento que ela abriu seus olhos, que pude ter o deslumbre do meu paraíso, seus olhos verdes duas verdadeiras esmeraldas. Tão verdes que eram surpreendentes. Os olhos dela me seguraram cativos, então lágrimas começaram a rolar em meu rosto, era uma emoção intensa demais para suportar.

— Um Imprinting - Sussurrou Edward Cullen no fundo do corredor.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam da cena do Imprinting?



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