Hope escrita por Izzy Dracula


Capítulo 4
Human


Notas iniciais do capítulo

obrigada por comentar, Xoxo.

—Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775182/chapter/4

Narrador: Hope Adams.

 

A chuva caia forte na cidade de Forks. Os primeiros sinais do inverno davam as caras, eu ainda não havia acordado direito naquela manhã  meu corpo não respondia os comandos para se levantar, a casa estava silenciosa o único barulho era o da chuva caindo forte no telhado. Lutando contra minha preguiça sai da cama, tomei um banho quente, me vesti com roupas quentes e desci até a sala que estava vazia, e o único barulho da casa vinha de um cômodo nos fundos, então segui até o local de onde se originava o som de música clássica.

 

— Bom dia, Hope! - Esme levantou do banco de madeira que estava sentada, e veio até mim dando me um beijo na testa. — Eu estava aqui restaurando um quadro antigo. Espero não ter lhe acordado!

— A senhora não me acordou. -Sorri ao sentir o carinho dela, enquanto olhava para o ateliê de restauração.  — Onde estão os outros?

—Eles estão na escola, e Carlisle está trabalhando no hospital! - Ela respondeu me conduzindo para a cozinha. — Sabe, é divertido fazer essas atividades simples dos humanos como  trabalhar e ir a escola, isso nos mantém dentro dos círculos sociais.

 

Com a mesa posta para o café me sento em uma das cadeiras e começo a me servir, enquanto ela permanecia sentada ao meu lado com um sorriso no rosto. Eu conseguia ver em seus olhos sem ao menos precisar ler seus pensamentos o quanto ela estava se sentindo feliz com a minha presença, ela me olhava de forma muito maternal e sentia-se realizada em poder fazer coisas humanas para mim como um simples café.

— Você gostou do seu quarto? -Ela questionou com um olhar doce. — Você parece mais relaxada hoje, sem aquele medo todo no olhar!

— Eu dormi como nunca! - Respondi após bebericar um gole de café preto, evitando tocar no assunto da minha possível partida. — Estou realmente me sentindo bem, vocês são todos muito acolhedores.

 

Como de costume minha mente estava sempre atenta, então com uma mínima movimentação nas redondezas da casa, já fiquei em alerta. Esme que estava com sua super audição sobrenatural notou a aproximação de alguém a quilômetros, então fazendo uso dos pensamentos dela aumentei meu alcance de poder, e senti meu corpo ficar tenso outra vez.

 

— Hope, espere aqui dentro! - Pediu ela saindo da mesa e seguindo até a porta de entrada.

 

Os meus nervos estavam à flor da pele outra vez, minhas pernas começaram a tremer e meu coração pulava do peito. Eu sabia que estava desobedecendo um pedido de Esme Cullen, porém eu precisava saber o que estava acontecendo ver com meus olhos quem estava se aproximando da casa. Assim com as pernas bambas levanto da mesa e vou lentamente até a porta de entrada onde Esme estava, a chuva havia parado mas o vento continuava forte balançando as árvores da frente da casa.

— O que faz aqui Seth? - Esme baixou a guarda ao ver um garoto chegar pela mata. — O que está acontecendo?

— Dona Esme, perdoe-me assusta-la, os outros não sabem que estou aqui. - O garoto bronzeado parou antes de subir as escadas da casa com as roupas completamente molhadas devido a chuva de minutos antes. — Eu achei que vocês deviam saber de uma coisa importante!

Em menos de minutos o garoto colocou seus olhos em mim através da vidraça da porta  e paralisou, então pude ler em sua mente a palavra humana ecoar em sua cabeça como se aquilo fosse um sinal de problemas. Esme Cullen por sua vez olhou rapidamente para mim com olhar assustado e isso foi um sinal para me fez subir para o meu quarto rapidamente, eles não estavam com postura de inimigos Esme e o garoto não desejavam um confronto, porém a minha presença havia causado alguma coisa de errado.

— O que há de tão importante para falar, Seth? - Ela perguntou mais uma vez agora saindo para fora de casa.

— Dona Esme, a vampira ruiva que está atrás da Bella, foi vista pelo Jake vindo para Forks! - Ele falou rápido e em voz alta quase sem respirar. — Os outros queriam manter isso em segredo por enquanto, mas eu achei que pela segurança da Bella vocês deviam saber!

— Victoria está vindo. - Esme falou mais para si mesma em tom preocupado. — Obrigada por avisar, Seth!

Com o fim da conversa senti os pensamentos do garoto Seth Clearwater agitados, enquanto ele se afastava pela floresta. Sentada na ponta da minha cama  permaneci em silêncio, focada nos pensamentos do garoto até o momento que ele se afastou tanto que não pude mais ouvi-lo. Dentro de casa Esme aparece rapidamente na porta do meu quarto.

— Me perdoe por te olhar daquela forma. - Ela vai se aproximando lentamente até finalmente sentar ao meu lado na cama. — Eu a assustei?

— Não fiquei assustada, apenas senti um clima estranho quando o garoto olhou para mim. - Existia alguma coisa oculta naquela conversa rápida entre, Esme e Seth.

 

[...]

 

Narrador: Jacob Black.

 

Depois de dormir muito tempo sobre o amontoado de folhas na floresta do Canadá recupero minhas forças, e começo a correr com toda a velocidade de volta aos Estados Unidos em minha forma lupina. A minha cabeça estava cheia pelas vozes dos membros da matilha, eles caçavam Victoria patrulhando as terras da reserva, todos estavam trabalhando em conjunto para proteger os humanos da cidade. Confesso que sentia falta de estar junto ao bando lutando como uma unidade, mas o tempo que fiquei fora foi necessário para mim, estava sendo muito difícil conviver com Bella e Edward sem poder arrancar a cabeça dele.

 

O cheiro do mar preencheu meu focinho mostrando-me que eu já estava mais perto da minha terra natal. Com a ligação dos lobos agora forte, eu podia ouvir as palavras de boas vindas e as perguntas curiosas de alguns. Leah Clearwater foi uma das primeiras a me perguntar onde eu estava todo esse tempo, e logo que pisei nas terras da tribo fui “atacado por ela” era um gesto amigável e ao mesmo tempo bruto da parte dela, me cobrando por simplesmente desaparecer.

 

“— Nunca mais fuja e me deixe sozinha no meio dessa loucura toda!” - Leah usava o caminho telepata dos lobos para conversar comigo.

“— Eu precisava de um tempo só para mim!” - Não era tão necessário explicar para ela afinal ela mais do que ninguém sabia o que eu estava passando.

“— Eu se pudesse também teria desaparecido e deixado tudo para trás!” - Leah reclama então me acompanha até a minha casa, ela era uma boa amiga e eu quase sempre a ajudava tomar conta de Seth.

O olhar de reprovação misturado com alívio foi a primeira coisa que recebi do meu pai.Já faziam seis meses que estava fora de casa, era compreensível a preocupação de Billy, mais depois de conversar com ele e prometer que nunca mais ficaria tanto tempo distante, recebi suas boas vindas.  Agora de banho tomado e vestindo roupas humanas outra vez; confesso que era estranho estar andando sobre duas pernas novamente, depois de tanto tempo vivendo em forma animal.

 

“— Uma humana na casa dos Cullen… Isso é sério Seth?”  - Enquanto eu comia meu jantar, ouvi a seguinte frase através da telepatia dos lobos que me fez quase pular da cadeira onde estava.

 

— Eu preciso sair pai. - Falei em voz alta em meio a um rosnado. — Eu volto para casa mais tarde!

— Jacob, mas você acabou de chegar! - Gritou Billy sem entender nada saindo com a cadeira de rodas até a porta da casa.

 

Na casa de Emily o bando de lobisomens se reuniam em volta de Seth Clearwater, eles estavam agitados, falando alto sobre o assunto. Sam Uley o alfa do grupo não havia gostado de saber que Seth o tinha desobedecido e revelado aos Cullen que Victoria poderia estar na cidade. Sam acreditava que aquela missão era deles e somente deles sem a intromissão da família dos vampiros, mas a descoberta de que os vampiros abrigavam uma garota humana ia além de qualquer outra coisa. Os cullen haviam quebrado uma regra do tratado de paz.

— Quem é a humana? - Falei em voz alta ao chegar na casa de Emily. — Os Cullen quebraram um acordo, eles devem ser punidos!

— Jacob, fique fora disso! - Em tom de ordem Sam parou na minha frente cruzando os braços em frente ao peito. — Não torne isso pessoal.

— Eles não podem manter uma humana em casa. - Continuei minha justificativa, realmente o meu desejo de expulsar a família Cullen era de interesse pessoal mas a chegada desta humana havia caído como uma desculpa perfeita. — Devemos ir até a casa dos Cullen e cobrar nosso direito como descendentes Quileute!

— O bando vai até os Cullen, mas será de forma pacífica, até sabermos claramente o que está acontecendo. - Sam era pacífico demais, e às vezes isso me incomodava. — Nesse caso você não vai, porque nem sempre sabe se controlar!

Solto um rosnado baixo para Sam, e fico em silêncio. Essa poderia ser minha única chance de acabar com a família Cullen, principalmente com Edward, então nada me faria desistir desse confronto.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hope" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.