Meus poemas de amor. Meus contos românticos. Minhas folhas de diário. Já faz tempo que não as toco. Já faz tempo que as mantenho engavetadas, que não toco nelas. As deixei de lado. Não as quero mais para mim.

 Vem vento! Pode soprá-las. Pode levá-las para longe. Longe do meu alcance, por favor. Elas perderam o valor. Ora, são só algumas cartas de amor.

  Todos tem as suas muitas. Que diferença faz? Nada vai mudar se você tiver aqueles escritos inúteis que qualquer idiota com alguma sensibilidade ao coração faria. É pura porcaria. Leve-as vento, por favor. Hoje já não quero amor.

  De que me importam tantas palavras se o sentimento que elas tentavam explicar... Ora, é algo impossível de se explicar! Quantos milhões de tantos nãotentaram resumi-lo, defini-lo... Eu não sou quem vai conseguir... Elas perderam o valor. Eu não quero mais isso para mim. Chega desse sentimento. Chega de sofrimento. Já não quero amor.

Para que vento? Para que tantas cartas, se meu amado você já levou?

                                                        By: Alice M. Schiller