Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 46
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que era para eu ter postado no sábado, mas aconteceram alguns imprevistos e atrasei.
Mas cá estou para finalmente finalizar um ciclo.

BOA LEITURA!

E se tudo tivesse acontecido de uma maneira diferente?
E se Voldemort nunca tivesse conseguido assassinar James e Lily?
E se todos vivessem o típico "felizes para sempre"?
E se?



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31 de outubro de 1981 

O jovem Black caminhava animado e apressado pelos quarteirões do pequeno vilarejo. Até se esqueceu de que era um bruxo e de que poderia simplesmente aparatar a qualquer momento até sua casa. Porém a felicidade que ele sentia fez com que se esquecesse desse pequeno detalhe e fosse praticamente correndo até em casa. 

Assim que chegou, abriu a porta depressa e encontrou Frida na cozinha, comendo alguma torta. Ela sorriu para ele e, ao notar sua expressão animada, ela arqueou uma sobrancelha. 

—Alguma coisa aconteceu? _Ela perguntou deixando sua torta de lado e se levantando, indo em direção ao moreno. O olhar divertido permanecia em seu rosto. 

—Você não vai acreditar _ele começou sorridente e ela fez um sinal com a mão para que ele continuasse. Sirius não conseguia esconder o sorriso._ A Ordem conseguiu finalmente capturar Você-sabe-quem! 

—Espera... _Frida parou para interpretar o que o noivo havia dito._ Repete, por favor. Acho que não devo ter escutado direito. 

—Ele tentou ir atrás de Harry, mas James conseguiu desarmá-lo e a Ordem chegou a tempo _ele explicou depressa e loira arregalou os olhos, tapando a boca em surpresa._ Você entendeu? Acabou. Finalmente acabou. 

—Acabou? _Frey perguntou e um sorriso tomou conta de seu rosto._ Estamos livres? 

Sirius segurou a loira pela cintura e a rodopiou no ar. O momento de felicidade infelizmente foi desfeito por Frida que saiu correndo assim que foi colocada no chão, subindo as escadas o mais depressa possível. 

Sem entender o rapaz seguiu a loira, porém sem pressa. Sua mente criava teorias para a fuga da garota, mas não precisou ser um grande detetive quando ouviu o barulho da descarga e chegou perto da porta do banheiro, encontrando então Frida escovando os dentes com certa pressa. 

A garota notou a presença do moreno pelo reflexo no espelho e terminou o que estava fazendo, vendo-o encostar-se ao batente da porta e cruzar os braços. Ela não era estúpida ao ponto de desconhecer a inteligente do Black. 

—Vai querer me contar agora ou quer esperar mais um tempo? _Perguntou Sirius para a loira. Ela apenas o encarou rápida e nervosa, indo se sentar no assento sanitário que ela havia abaixado a tampa. 

—Desculpas _Frida se desculpou olhando para o chão e suspirando, passando os dedos pelos fios loiros em desespero, mania que tinha pegado de Sirius. 

—Por que não me contou? _O moreno olhou para ela, esperando que ela o encarasse e lhe desse uma resposta. 

—Não queria que ficasse decepcionado _ela finalmente respondeu após quase um minuto de silêncio. Sua voz estava baixa, quase como em um sussurro. Mexia em seus próprios dedos em nervosismo. 

—Decepcionado? Com o que eu estaria decepcionado? _Ele finalmente suavizou a expressão que só naquele momento percebeu estar rígida. Separou os braços e colocou as mãos nos bolsos da calça. 

—Não queria que ficasse desapontado com a vida que tem _ela suspirou novamente, agora voltando a olhar para o mais alto. Nos olhos trazia um olhar magoado. 

—Eu nunca ficaria desapontado com você, gracinha _declarou Sirius indo até ela e se agachando em sua frente._ Não tem motivos para eu ficar desapontado. 

—Claro que tem, não foi o que planejamos _Frida declarou pesarosa._ Eu me contentei em ficar fixa e ter uma vida mais caseira. Mas você é tão livre e espontâneo. Não quero que se sinta preso a mim. 

—Você tem que parar de se culpar por tudo que acontece, gracinha. Acha que eu estou aqui por me sentir preso a você? Talvez seja um pouco de verdade, mas é porque eu amo você. Foda-se o que planejamos. Nossa vida nunca foi o que planejamos e ainda estamos aqui. 

Os olhos esverdeados fitaram os cinzas tempestuosos. Apesar de todas as escolhas ou rumos diferentes tomados, todos os caminhos sempre levavam um até o outro. Como imã e metal. Algo parecido com destino ou o acaso. Não que os dois acreditassem nisso, mas era o que conseguia explicar o que existia entre eles. 

Sirius então remexeu o bolso traseiro de seu jeans e a garota o analisou. De lá ele tirou algo que parecia um anel. Ele ergueu e mostrou para a garota, que arqueou uma das sobrancelhas. 

—Bem, como agora não tem como você se livrar tão facilmente de mim, acho que isso agora deve significar alguma coisa _ele deu de ombros._ Bem, você me conhece e sabe que sou péssimo planejando qualquer coisa, por isso nem em uma caixinha esse anel está. Mas acho que dá pra você entender bem o que significa. Espero que arranje espaço entre todos os anéis que você usa para esse aqui. Já era para eu ter te dado isso de qualquer forma. 

Ele estendeu o anel e a loira o pegou, o analisando por um tempo antes de ela tirar um anel do seu anelar direito e colocar a aliança. Involuntariamente ela sorriu. Não por estar oficialmente noiva, mas pela aliança agora em seu dedo. 

Era um anel prata com algo que parecia uma flor da mesma cor e uma pequena pedra esverdeada no meio, que ela julgou ser esmeralda com ametista ou qualquer combinação que pudesse formar aquele cor. Mais o que mais a encantou foram suas cores. As cores dos olhos dos dois. 

Para alguém que pede alguém em noivado depois de um banho ainda seminu ou em um banheiro, Sirius conseguia ser do tipo meloso involuntariamente e sem perceber. Aquela era uma pequena prova disso. Mesmo que, com um pedido totalmente nada romântico, outras partes compensavam. 

—Acha que ficou bom? _Ela perguntou analisando sua mão. 

—Você fica bem até sem nada, sabe disso _Sirius respondeu sorrindo torto e a recém oficializada noiva revirou os olhos. 

—Está dizendo isso agora. Quero ver quando eu estiver igual ao hipopótamo. 

—Será a hipopótamo loira mais linda que eu já vi _ele constatou e a loira gargalhou, finalmente abaixando a mão que analisava. 

—Eu te amo _Frey disse encarando os olhos do rapaz. 

—Eu sei _ele deu de ombros e deu um rápido beijo na loira, levantando-se em seguida e estendendo uma mão para que ela fizesse o mesmo._ Agora venha. Vamos para a Ordem ver como as coisas estão indo e contar que eu terei um pequeno Black em breve. 

—Como pode dizer isso se nem sabe se é um menino? _Frida perguntou rolando os olhos enquanto descia as escadas de mãos dadas com o moreno. 

—E alguma vez eu estou errado? _Sirius perguntou e Frida não respondeu, mas sabia que a resposta para aquela pergunta era sim. Ele quase sempre estava errado.

 

17 de julho de 1991 

Era estranho ver tanta gente reunida em um só lugar. Ainda mais quando o que você ouve são apenas gritos de crianças travessas, de pais preocupados ou gargalhadas. Mas esse era um dia típico para nossos queridos bruxos. 

Estavam todos na mansão dos Potter que voltara a ser habitada por James, Lily, Harry e em breve por Daisy. Muitos amigos se encontraram ali, felizes em um dia comum, apenas para um almoço juntos. Os Longbottom, Weasley, Ravenclaw, Black, antigos membros da Ordem e amigos da família estavam ali. 

Lily, Alice e Frida estavam na cozinha preparando o almoço juntos de Molly e de Sabina, que havia vindo da Bulgária passar duas semanas com a prima. Avra, Sylvia e Tonks, filha de Andrômeda, a prima de Sirius, brincavam com os pequenos enquanto os rapazes faziam uma partida de quadribol no quintal com os filhos mais velhos. 

—Quanto tempo falta para a sua mais velha ir para Hogwarts, Frida? _Perguntou Molly enquanto mexia o conteúdo de uma panela grande. 

—Dois anos _respondeu Frida sorrindo e cortando grandes tomates em uma tábua de madeira._ O seu mais nova entra esse ano, não? 

—Dos meninos sim, mas ainda tem minha filha Ginny que só vai no ano que vem _respondeu a senhora ruiva e a loira assentiu._ Fiquei muito surpresa com a mudança de Sirius. Sempre achei que ele fosse meio imaturo, mas agora está bem diferente. 

—Deveria ter conhecido ele em Hogwarts _Lily se intrometeu revelando recebendo um olhar divertido da Black._ Ele era uma peste. 

—Tinha uma fama que o seguia para todo lugar _acrescentou Alice e puderam ouvir Sabina rir._ Ninguém escapava das travessuras ou dos flertes dele. Ele era impossível. 

—Acho que estão falando mal de mim _Sirius apareceu na cozinha sujo de terra e com uma loira pequena o acompanhando, igualmente suja e segurando algo em suas mãos pequenas. 

—Olha só, mamãe _a loirinha estendeu a mão para Frida._ Caiu mais um dente. 

Frida de assustou e olhou com espanto para o marido que coçava a nuca em desconforto. 

—O que você fez? _Ela perguntou lavando as mãos depressa e puxando a filha pela mão, sendo seguida por Sirius até um dos banheiros do andar de baixo. 

—Estávamos apenas jogando, gracinha _ele respondeu cauteloso, com medo de enfurecer a esposa. 

—Você tinha que ver o gol que eu fiz _Adhara disse sorridente, agora sem um de seus caninos. Frey sentou a menina na tampa do assento sanitário e começou a limpar a filha. 

—Já conversei com você sobre ela ser pequena demais para jogar quadribol, Sirius _repetiu Frida, perdendo a conta de quantas vezes já havia dito aquilo. Estava velha de mais para ainda ter que puxar a orelha de Sirius. 

—Foi só um esbarrão que ela teve com George, nada demais _ele disse dando de ombros, recebendo um tapa da loira no braço, que o fez massagear a área pela ardência. 

—Com licença _Remus apareceu na porta do banheiro trazendo Regulus no colo, o gêmeo mais novo do casal. O menino chorava silencioso no colo do padrinho enquanto a gêmea vinha andando acompanhando os dois atrás._ Acho que esse aqui é de vocês. 

—O que aconteceu? _Perguntou a loira indo até o melhor amigo e estendendo os braços para o filho de quatro anos vir até seu colo. 

—Ele tropeçou na vassoura de Harry no jardim e machucou o joelho _Remus respondeu se apoiando na porta. Frida fechou os olhos com força e suspirou implorando aos céus um pouco mais de paciência. Olhou para trás e viu o moreno ajudar Adhara a amarrar os tênis após se limpar. 

—Por que eu concordei com você sobre ter mais de um filho? _Perguntou a loira se direcionando para o moreno e se questionando. 

—Por que eu queria um se parecesse comigo _respondeu o dono dos olhos cinzentos iguais os da filha mais velha._ A culpa não é minha se vieram dois de uma vez. E que sorte, só uma se parece com uma Black. 

A loira revirou os olhos e pode ouvir Remus rir. Virou-se para o amigo que ainda se encontrava na porta e viu Cassie agora em seus braços, passeando os pequenos dedos no cabelo loiro escuro do padrinho. 

—Pelo menos você está bem? _Frida perguntou para a gêmea, na esperança de não ter mais uma com problemas. 

—Sim, mamãe _ela respondeu enquanto Sirius saía correndo atrás de Adhara. A loira mais velha colocou o pequeno Regulus sentado e começou a olhar os machucados nos joelhos do pequeno enquanto a filha continuava a falar._ A tia Tonks mostrou como ela muda a cor do cabelo. Eu achei muito legal. 

—Sério, meu amor? 

—Sim, ela mudava a cor sempre que o tio Remus passava perto da gente _Frey olhou para o amigo e arqueou uma sobrancelha, sorrindo torto ao ver o lobisomem ficar vermelho._ Mas eu sei que é porque ela gosta dele _acrescentou a pequena e a loira maior teve que segurar a risada. 

—Está vendo só? _Sirius surgiu na porta do nada, assustando os ali presentes._ Nem a que se parece comigo realmente se parece comigo. Cassie tem quatro anos e reparou em algo que eu não fazia ideia. 

Sirius se referiu à única filha que tinha herdado os cabelos escuros de sua família. Alma e Regulus possuíam os cabelos loiros quase brancos da mãe e os gêmeos os olhos esverdeados. 

—O papai não sabia que a tia Tonks gosta do tio Remus? _Perguntou Regulus já sem chorar. 

—Desisto _o moreno se rendeu._ Eu fiz cópias de Frida, só pode. 

Ele saiu de lá, deixando Frida rindo e Remus ainda vermelho. Ela colocou pequenos curativos adesivos nos joelhos do filho e saiu com ele no colo, acompanhada do lobisomem. 

—Apesar de ela ser meio diferente, acho que vocês ficariam bem juntos _ela sussurrou para o amigo após os gêmeos pedirem para ir brincar e saírem correndo atrás de Harry. 

—Está dizendo a garota que parecia uma estrela do rock na adolescência _concluiu Remus, recebendo uma cotovelada da loira. 

—Viu? Eu tenho moral pra falar disso _Frey comentou e ele riu._ Mas sério, pense a respeito. Essa desculpa de você ser mais velho nem cola mais comigo. Vou voltar para a cozinha. 

E foi o que ela fez. Suspirou aliviada por se ver em um ambiente sem nenhuma criança chorando, gritando ou machucada e tratou de ver onde precisavam de ajuda. Agora Avra e Sylvia também se encontravam na cozinha, mas apenas para conversar. 

—Filhos _pensou alto a loira._ Molly, como você consegue ter sete filhos e ainda não ter ficado louca? 

—Quem disse que não? _A senhora ruiva perguntou e fez as outras ali rirem. 

—Você diz isso, mas é uma mãe super fofa quando eles não estão aprontando _constatou Sabi olhando para a prima e cruzando os braços. 

—Acho que não tem como ser uma mãe fofa quando sua filha aparece sem um dente por culpa do pai e o outro com os joelhos ralados _ela disse pegando algumas batatas para descascar._ Você vai saber disso que seu filho nascer. 

—Nem me diga, Anton não para de falar nisso _Sabina revirou os olhos. 

—Bem vinda ao clube, querida _disseram Alice e Lily em uníssono e depois começaram a rir. 

Sabina havia descoberto recentemente estar grávida, Lily estava em seu sétimo mês de gestação e Alice não pretendia ter mais filhos. "Sorte a dela" era o que Frida pensava. Bem, pelo menos nos momentos em que estava quase perdendo o controle por conta dos filhos. Mas ainda assim não conseguia se imaginar sem se três pequenos. Ou sem o pai que aprontava mais que os pequenos algumas vezes. 

Estava tudo bem. Bem, na medida de normalidade deles. Sylvia e Avra haviam voltado a morar na Inglaterra, Sabina e o marido Anton sempre apareciam quando podiam ou recebiam os Black na Bélgica, Wilhelm agora viajava pela Europa e Jacob namorava um russo. 

Remus havia começado a dar aulas em Hogwarts, James e Sirius continuavam sendo aurores, assim como Lily e Alice, Frank trabalhava para o Ministério e Frida havia publicado seu livro e mais alguns, o que a fazia muito feliz. Tudo havia terminado bem. 

Apesar de todas as perdas, tudo estava se estruturando lentamente. A vida ia seguindo. Não como antes, mas aos poucos todos conseguiam ficar bem.

 

1 de setembro de 1993 

—Se eu entrar na cozinha e vocês ainda estiverem brigando, vocês vão ficar de castigo pelo resto do mês _Frida esbravejou para os gêmeos que discutiam na mesa da cozinha. 

—Foi o Regulus que começou _Cassie brigou apontado para o irmão. 

—Obedeçam a sua mãe _mandou Sirius descendo pela escada com um malão. Ao seu encalço uma jovenzinha de cabelos loiros descia trazendo consigo um gato preto no colo._ Não irão querer vê-la irritada. 

—Obrigada por dizer para nossos filhos que sou uma pessoa nervosa _Frida agradeceu sarcástica o marido, que lhe deu um rápido beijou antes de sair carregando as malas. 

—Também te amo, gracinha _ele gritou do lado de fora da casa. 

A loira mais velha se abaixou para ficar na altura da filha mais velha. Segurou-a pelos ombros e sorriu para a pequena. 

—Pegou tudo o que era necessário, Adha? _Perguntou Frey para Adhara. 

—Sim, mamãe _respondeu a dona dos pequenos olhos cinzentos._ Posso levar Ice-cream comigo? 

—Claro que pode, meu amor _respondeu a mãe sorrindo._ Vai cuidar bem dele? 

—Sim, eu prometo _a loirinha sorriu e saiu saltitando em direção ao carro. 

A loira mais velha se levantou e olhou em direção à cozinha. 

—Regulus e Cassiopeia, já para o carro. E sem mais nenhuma discussão _ela ordenou e os dois menores foram caminhando em direção à saída. Frida pegou então sua bolsa em cima do balcão e saiu de casa, trancando-a em seguida. 

Andou até o velho Charger RT e foi até a porta do carona, entrando e se ajeitando no banco. Fechou a porta e se virou para Sirius, que analisava os filhos pelo retrovisor. 

—Vocês dois tem algo a dizer para a mãe de vocês? _Ele perguntou sério. 

—Desculpas, mamãe _os gêmeos disseram ao mesmo tempo e a loira sorriu, derretendo-se. Não conseguia ficar muito tempo irritada com os filhos. 

—Coloquem o cinto _a loira pediu e o moreno deu partida, seguindo em direção à King's Cross. 

Após algum tempo de viagem, chegaram a Londres. Sirius estacionou em frente à estação e desceram do carro. Frida tirou as bagagens da filha do porta-malas e todos seguiram para a plataforma 9¾. Quando atravessaram a parede de tijolos, encontraram muitos bruxos levando seus filhos para o primeiro dia de aula. Andaram pela multidão de pessoas por um tempo, com Adha segurando a mão da mãe e seu gato com o outro braço. Sirius vinha empurrando o carrinho de bagagens com os gêmeos sentados em cima, agora sem mais implicar um com o outro. 

Ao longe avistaram Lily com James, a pequena filha Daisy e Harry. Adhara saiu correndo assim que viu os padrinhos e Frida riu com isso. Logo a pequena se agarrou na perna de James, que se assustou e gargalhou alto ao ver que se tratava de Adha. 

—Pelo visto alguém está animada com o primeiro dia em Hogwarts _disse Lily quando o restante dos Black se aproximou. 

—Ela ficou elétrica a noite toda _Sirius respondeu cumprimentando os amigos._ Quase não nos deixou dormir. Nem imagino quando for a vez de Cassie e Regulus. 

—Você que quis ter mais filhos _brincou Frida para o marido, que revirou os olhos e depois sorriu. 

A loira mais velha se abaixou e abraçou Harry, depois foi em direção à Lily, cumprimentando a amiga e a pequena filha ruiva ainda de colo. 

—Harry _James chamou e o filho voltou os olhos verdes para o pai._ É sua obrigação tomar conta de sua prima no primeiro ano dela. Está pronto para lidar com uma responsabilidade dessas? 

—Ele não precisa fazer isso, James _Frida repreendeu o amigo e viu Alice e Frank se aproximarem com o filho. 

—Não, tia. Eu consigo _Harry concordou sorrindo._ Alguém precisa evitar que Adha se meta em encrenca. 

—Você não é essa pessoa, Harry _disse uma jovem de cabelos cheios e olhos escuros ao se aproximar. _Olá, senhor e senhora Potter. 

—Olá, Hermione _cumprimentou Lily. A garota se virou para o outro casal e arregalou os olhos quando eles se fixaram em Frida. 

—Ela... _Começou Hermione. 

—Sim, é ela, Mione _interrompeu Harry e Frida não entendeu, trocando um olhar rápido com Sirius, sorrindo em seguida._ Ela gosta muito dos seus livros, por isso está assim. 

—É um prazer conhecê-la, senhorita Mione _sorriu Frida estendendo a mão. 

—O prazer é todo meu, senhora Black _Hermione a apertou sorrindo feliz. Logo puderam ouvir o soar do trem indicando que logo ele partiria. 

Todos começaram a se despedir. Adha foi até os irmãos e disse que logo voltaria, o que fez Regulus chorar pela irmã ficar tanto tempo longe. Logo Adha veio em direção à mãe, que se ajoelhou para ficar da altura dela. 

—Está preparada? _Perguntou Frida para a pequena. 

—Sim, mamãe _a pequena sorriu, mas logo seu sorriu sumiu._ Em que casa será que eu vou ficar? 

—Não tem que se preocupar com isso, meu amor _disse a loira sorrindo._ Seu pai foi aluno da Grifinória e eu da Sonserina. Nem por isso teve problema. Todas as casas tem seus lados bons e ruins. Mas não se preocupe. Não importa em qual você for escolhida, nós sempre vamos nos orgulhar de você. 

—Obrigada, mamãe _Adhara abraçou a mãe pelo pescoço e Frida beijou o topo de sua cabeça. 

Logo Sirius fez o mesmo. Frida foi em direção aos gêmeos de seis anos e pegando Regulus no colo, para que não chorasse com a irmã partindo. 

—Pode escrever sempre que quiser meu amor _Sirius disse para a pequena que assentiu. Ele tirou de dentro do casaco um Walkman e estendeu para a filha, que pegou com a mão livre._ Este aqui foi o presente que sua mãe me deu quando nos casamos. Nele tem uma fita com as músicas preferidas dela e algumas que ela mesmo cantou, mas não conte para ela que eu gravei isso. 

Frida sorriu ao ver a filha assentir e abraçar o moreno. 

—Eu te amo, papai _Adha disse sorrindo segurando com vontade o objeto. 

—Também te amo, querida _ele respondeu e depois a filha se despediu, indo para o trem e entrando de mãos dadas com Harry. Logo eles entraram no trem e sumiram da vista da loira. 

Frida avistou Adha em uma das janelas do trem e acenou para a filha. Regulus desceu do colo e correu até a janela com Cassie, para acenar para a irmã mais velha. 

—Acha que fizemos um bom trabalho? _Frida olhando para os filhos questionou Sirius um pouco receosa. 

—Fizemos um ótimo trabalho _Sirius respondeu passando um dos braços sobre os ombros da loira. Ele voltou seus olhos para ela e analisou seus olhos esverdeados, presentes em Regulus e Cassiopeia._ Você me fez o homem mais feliz do mundo, gracinha. 

A loira sorriu e beijou o moreno. 

—Eu te amo tão absurdamente que nem eu consigo entender _a loira disse antes de se virar e acenar mais uma vez para a filha com a mão onde se encontrava uma pulseira prata cheia de pingentes, antes de o trem partir. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse final alternativo. O próximo capítulo é outro, escrito após anos de terminada a história.

Até o próximo!



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