Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 47
Depois de Todos Esses Anos


Notas iniciais do capítulo

A escrita é um pouquinho diferente do restante da história, já que ele assim que escrevo atualmente.
Espero que gostem desse outro final alternativo. Finalmente chegou ao fim.

BOA LEITURA!



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O vento estava fresco por causa do verão. O cão de caça com pelagem negra observava atentamente a casa da qual havia procurado por dias. Estava começando a escurecer, mas a agitação dentro do imóvel era grande.

Sua visão em forma canina lhe permitia permanecer a distância enquanto observava a agitação. Sua audição aguçada permitia que pudesse ouvir a correria que estava dentro do ambiente, além das gargalhadas exageradas.

Poucos instantes depois uma mulher saiu de uma aparatação, em frente à casa. Os cabelos loiros esbranquiçados até o meio das costas era inconfundível, apesar das roupas não usuais que usava. Aquela ali era Frida Malfoy.

O cão observava a mulher ajeitar as vestes estranhas, desamassando o vestido longo verde esmeralda e retirando o casaco de pele branca. Sentiu o tão comum e inconfundível cheiro dela que o vento trouxe. Agitou-se onde estava.

Foi tirado de seus pensamentos quando um grito agudo e infantil chamou sua atenção, vindo da janela da casa de cor branca.

—Mamãe! _Uma criaturinha loira atravessou a porta correndo e se lançou aos braços da Malfoy, fazendo-a gargalhar enquanto pegava a criaturinha.

O cão ficou inquieto. Mamãe? Aquilo não era possível. Sua ira quase o fez rosnar, mas tentou se manter em silêncio.

—Adha, sua mãe está velha e você um pouco grande para continuar fazendo isso _comentou a Malfoy enquanto ajeitava a menina sobre o colo e uma outra criaturinha aparecia na porta._ Vocês dois já não deviam ter tomado banho?

—Eu estava indo agora até Adha começar a gritar _justificou um cópia infantil de James Potter. Harry.

O cão havia encontrado finalmente. E estava ali, sob a proteção dela. Havia matado dois coelhos com uma única cajadada.

A Malfoy colocou a pequena menina no chão e gesticulou com as mãos para que fosse andando.

—Os dois direto para o banho antes que eu tenha que arrastar os dois _ela ordenou e as crianças correram para dentro da casa rindo. Pôde ver o peito da loira subir e descer em o que pareceu ser um suspiro.

Um homem surgiu então na porta, com as mãos escondida pelos bolsos da calça. O cão nunca confundiria aquele homem, já que se tratava de um dos seus antigos melhores amigos, Remus Lupin.

—Eu preparei um chá para você _informou Remus, que causou a infelicidade do cão. Qualquer alegria que pudesse ter ao ver o antigo amigo desaparecendo aos poucos. Aquela ali seria a casa dele também? Não podia ser possível.

—Você é um péssimo padrinho _informou a Malfoy cruzando os braços vendo Remus sorrir nervoso._ Eu pedi para colocar as crianças na cama porque chegaria tarde. Nem de banho tomado eles estão.

—Perdão, Frey _desculpou-se Remus enquanto ela passava pela porta._ Harry e Adhara sempre acabam me dobrando.

A porta então se fechou. O cão resolveu então atravessar a rua para continuar ouvindo o que acontecia no ambiente. Ficou a uma distância razoável da janela que exibia uma sala de estar, conseguindo avistar o que acontecia no interior.

Frida havia se sentado após aparecer com uma bandeja com xícaras e um bule. Remus se posicionou em uma poltrona de frente para ela enquanto a loira apoiava a bandeja em uma mesinha de centro servia as xícaras com chá fervente.

—Como foi seu jantar com o Ministro? _Perguntou Remus demonstrando interesse.

—Se soubesse o quanto eu não suporto Fudge você não faria essa pergunta _respondeu após suspirar pesadamente e bebericar a xícara de chá.

—Foi tão ruim assim? _Remus fez uma nova pergunta._ Ele comentou sobre a fuga de Sirius?

O cão notou Frida se ajeitar no sofá, vendo os músculos dela ficarem rígidos devido ao desconforto.

—Cornelius acredita que, por eu estar trabalhando para o Ministério e ter sido noiva de Sirius, apesar dessa parte ele só saber que ficamos juntos por muitos anos _a Malfoy respirou profundamente antes de continuar_ que eu poderia estar acobertando sua fuga de Azkaban.

—E você está? _Remus perguntou temendo a resposta de sua amiga. Quando Frida abriu a boca para poder responder a pergunta, Lupin a interrompeu._ Por muitos anos você acreditou que ele nunca teria traído James e Lily. Não te julgaria caso o fizesse, Frey. Mas seria ingenuidade demais.

O cão encarava distante a loira secar as palmas das mãos no vestido. Estava nervosa, isso era um fato. Saber que a mesma tinha ficado ao lado de Sirius Black, mesmo com todas as provas indicando que ele era culpado pelos crimes dos quais havia sido acusado, de certa forma acalentava o coração do cão negro.

—Eu acredito que ele não entregou James e Lily _pontuou Frida e ela ergueu uma mão para interromper a fala de Remus, que a interromperia._ Mas não tenho tanta certeza quanto ao que aconteceu no vilarejo trouxa. Sirius sempre fora impulsivo e agressivo. Para vingar a morte dos amigos não duvido que tenha assassinado Peter Pettigrew.O

 cão rosnou sem nem ao menos perceber, atraindo olhares para a janela. Em seu último momento inteligente resolveu se retirar, deixando a casa que tanto procurara para trás. Sirius Black precisava provar sua inocência e era isso que faria, caçando o culpado por tudo que acontecera de ruim com sua vida.

Frida se aproximou da janela, verificando se havia algo por perto. Tivera a impressão de que havia escutado algo do lado de fora, mas poderia ser apenas sua mente cansada e estressada lhe pregando uma peça. Suspirou cansada e se virou para o amigo, apoiando suas costas na janela fechada.

—Fudge sabe sobre Adhara _comentou a Malfoy cruzando os braços, encarando atentamente o lobisomem._ Acho que todos, só não me dizem isso pessoalmente. Quem eu quero enganar, Adha lembra de mais ele. Talvez por isso o Ministro esteja tão na minha cola.

—Acho que deveria se cuidar _advertiu Remus._ Gostaria muito que todas as suas teorias a respeito de Sirius estejam corretas, mas caso não, precisa se cuidar. Ele deve ir atrás de Harry. E isso trará ele até você.

—Sirius nunca me machucaria _Frida afirmou, mesmo não tendo tanta certeza a respeito disso.

—Eu espero muito. Mas se você estiver errada e ele realmente ter sido capaz da causar a morte do melhor amigo, aquele que sempre o acolheu, desde os 11 anos, lhe deu abrigo e uma família, o que seria capaz de fazer com você?

—Eu fui noiva dele, Sirius _Frida disse com certa rispidez em sua voz._ Vivi sob o mesmo teto que ele por anos, compartilhei a mesma cama.

—Isso não impediu que você desconhecesse os planos dele _rebateu o amigo, fazendo o rosto de Frida se contorcer em tristeza. O Lupin se levantou e foi em direção a loira, passando as mãos em seus braços que estavam cruzados até que ela soltasse. Ele correu suas mãos até chegarem as dela, enlaçando-as._ Não quero te magoar, Frey. Apenas quero que esteja preparada para qualquer coisa.

—Eu sei, Remus _assentiu ela, sorrindo de maneira triste._ Por Salazar, que você esteja errado. Mas caso você esteja certo e eu errada, cuide dos meus filhos. Eu não conseguiria viver sem eles. Imploro a você.

—Eu irei _afirmou Remus antes de enlaçar a amiga em um abraço e beijar o topo da cabeça da mulher loira. Frida suspirou e enlaçou a cintura do melhor amigo com os braços.

Logo Lupin se afastou, deixando a Malfoy, se afastando e indo em direção a porta.

—Não irá se despedir das crianças?

—Irei vê-los amanhã quando chegarem em Hogwarts e muitas vezes nos próximos meses _ele respondeu sorriu enquanto abria a porta. Se cuida, Frey.

Ela sorriu de maneira triste enquanto o melhor amigo fechava a porta atrás de si. Assim que ele partiu sua máscara caiu e o desesperou tomou suas feições. Respirou fundo várias vezes contando até 10 antes de conseguir se controlar e encarar as escadas.

Subiu até o segundo andar, parando em frente a porta do quarto de Harry, onde com certeza ele estava com a irmã. Abriu-a e pode avistar o último Potter jogando xadrez bruxo com a irmã de criação. A Malfoy não conseguiu conter um sorriso.

—Já estão arrumados para dormir? _A mãe perguntou, atraindo olhares das crianças. Harry e Adha assentiram._ Ótimo! Vou apenas tomar um banho e depois vamos dormir.

—Tio Remus já foi embora? _Adha perguntou com seus olhos cinzentos brilhantes voltados para a mãe.

—Sim. Seu padrinho precisou terminar de arrumar suas malas para amanhã _Frida respondeu dando uma desculpa plausível para a filha._ Mas amanhã certamente irão se encontrar em Hogwarts

Os pequenos assentiram e a mãe se afastou acenando. Foi em direção ao banheiro para preparar seu banho. Abriu a torneira com uma mão enquanto avaliava a temperatura da água com a outra até chegar no ponto que ela considerou ideal. Deixou a banheira enchendo enquanto foi buscar suas roupas no quarto.

Abriu o seu quarto e ficou parada na porta, encarando o vazio do lugar. Logo sua casa estaria totalmente vazia, com Adhara partindo para seu primeiro ano na escola bruxa e Harry para seu terceiro ano. Estaria sozinha por quase um ano. Não poderia proteger seus pequenos, além de ficar sem ninguém na casa.

Suspirou pesadamente antes pegar suas roupas para dormir e se retirar para o banheiro. Deixou seu casaco de pendurado no guarda-roupa e saiu para o banheiro. Desligou a água da torneira da banheira e deixou suas roupas sobre a pia. Despiu-se, largando seu vestido verde esmeralda sobre o chão e se afundou na água. 

Enquanto estava dentro da banheira de água quente, colocou toda sua aflição para fora. O desespero fora eminentemente com as lágrimas que teimavam em descer incansáveis por seu rosto. Seu temor em ficar só junto a aflição de não poder mais guiar a filha tão teimosa e seu pequeno Harry.

—Mamãe? _Chamou Adha da porta do banheiro. Frida se recompôs, limpando as lágrimas e tentando controlar sua voz.

—Sim, meu amor _respondeu a Malfoy.

—Estou cansada. Vai demorar muito?

Frida se levantou e esvaziou a banheira. Secou-se com a toalha que estava no banheiro e se vestiu logo depois, escovando os dentes, logo saindo do banheiro e encontrando sua pequena cópia coçando os olhos. 

Adhaesticou os braços para a mãe lhe erguer e ela o fez, mesmo a filha já tendo 11 anos e sendo pesada o suficiente para não receber mais colo de sua mãe.

Frida acolheu a pequena que se aconchegou ao seu colo e foi ao quarto de Harry. Abriu a porta com a mão livre e o chamou, que correu até a mãe, pegando sua mão. Caminharam até o quarto de Frey.
Harry abriu a porta e correu para a cama da mãe, que riu com o alvoroço. Ainda se acostumava com a semelhança de Harry com seu pai. Isso só lhe causava mais nostalgia.

Frida foi até a mesma, tendo dificuldade em se deitar com a filha sobre si, mas fazendo mesmo assim. Deitou-se e ficou com a filha sobre si e Harry deitado ao seu lado, aconchegado em seu abraço.

—Vou sentir muita saudade de vocês _revelou Frida enquanto os filhos começavam a cochilar. Acarinhou os cabelos quase negros de Harry, vendo começar a fechar os olhos verdes com o sono.

Virou o rosto para ver a filha já dormindo sobre si, com os cachos loiros espalhados pelo peito de mãe. Com olhos fechados e calma por estar dormindo, Adhara se parecia mais consigo do que com o pai. Sua personalidade extremamente forte e o jeito era idênticos a Sirius Black. Isso aterrorizava ela.

Afagou os cabelos da pequena e suspirou. Fechou os olhos tentando afastar suas aflições, mas era uma tarefa quase impossível.

—Eu espero que seu pai estava bem, minha pequena _confidenciou a Malfoy, implorando a quem pudesse ouvir para que Black não fosse aquele que esperavam que ele era.

 

Os corredores de Hogwarts ainda eram o mesmo de sua adolescência. A diferença ali estava nela. Precisava resolver problemas de Harry e Adhara. Ter um mini James Potter e uma mini Sirius Black em Hogwarts não poderia ter resultados diferentes daquele. 

Seuss ressoavam pelo corredor em seu som característico. Sua elegância, comum para alguém de família sangue-puro, era usada apenas para que não fosse incomodada pelos outros no Ministério, apesar de usar outro sobrenome agora.

Virando o corredor para chegar à sala do diretor, Frida cruzou com seu primo, Lucius Malfoy. Seu andar ficou mais lento, assim como o do outro Malfoy.

—Lucius _cumprimentou Frida seguindo seu caminho pelo corredor.

—Traidora _Lucius devolveu enquanto a prima passava por ele. Segurou-a pelo braço, fazendo-a lançar-lhe um olhar de desprezo._ Deveria sentir vergonha agora que seu traidorzinho está foragido.

—Vergonha? _Ela perguntou rindo com escárnio. Frida aproximou o rosto ao de Lucius, sorrindo com deboche para o primo._ Eu não inventei estar sob uma maldição para me safar de meus crimes. Se esquece da noite que você tentou me matar? O quanto você implorou para que eu lhe deixasse ir por conta de seu filho? Eu me lembro.

—Isso tudo não teria sido necessário caso você não tivesse se misturado com a escória e decidido abrir as pernas para um traidor de sangue _contrapôs o Malfoy mais velho. O sorriso de Frida se tornou uma careta de raiva._ Parece que não tem tanto orgulho assim do que se tornou, já que não usa nem seu verdadeiro nome.

—Senhor Malfoy _o olhar de ambos se voltaram o olhar para Remus, que havia acabado de entrar no corredor._ Deixe a senhorita Woods.

O braços de Frida foi solto e ela viu seu primo seguir o corredor até ir embora. Ela respirou fundo tentando se acalmar. Manter aquela fachada de durona para que seus filhos não sofressem retaliação.

Remus parou ao seu lado, deixando sua mão sobre as costas da amiga, que o olhou com um sorriso singelo.

—Como estão meus filhos? _Ela perguntou encarando os olhos castanhos do lobisomem.

—Estão bem _respondeu Lupin parando em frente a loira._ Sirius esteve aqui. Se encontrou com Harry.

O rosto de Frida se tornou apavorado. O desespero que tomou conta em suas feições e ela começou agitar os braços sem saber o que fazer. Suas mãos foram até as vestes de Remus.

—Harry está bem? Aconteceu alguma coisa? Foi por isso que Dumbledore me chamou? _Suas perguntas foram rápidas e desesperadas, quase se atropelando nas palavras.

—Está tudo bem, Frey _informou Remus, pegando as mãos da loira que estava em suas vestes. Ele sorriu tentando acalmar a amiga._ Na verdade, você estava certa. O tempo todo. Peter era o verdadeiro culpado por tudo. Sirius é inocente.

As mãos da loira foram para sua boca, tampando em descrença. Seus olhos se encheram de lágrimas, não contendo a euforia que lhe atingia. Riu não conseguindo conter as lágrimas que correram por seu rosto, sendo abraçada por Remus.

—Mãe? _Chamou Harry aparecendo pelo corredor. Frida e Remus se afastaram, ela secando as lágrimas._ Está tudo bem?

—Sim, meu amor _respondeu ela estendendo os braços para o pequeno, sorrindo dócil._ Remus apenas estava me contando sobre o que aconteceu com você esses dias. Fiquei tão preocupada. Você e sua irmã ainda vão me matar do coração. Meus nervos não irão aguentar.

O pequeno Harry riu com os comentários e logo se despediu, já que a mãe precisava ir para a diretoria. Remus seguiu com Harry, deixando Frida para seguir para a diretoria.

O professor Dumbledore esperava por ela enquanto conversava com um dos quadros de um dos antigos diretores de Hogwarts. Ela se sentou quando ele gesticulou para que ela o fizesse.

—Senhorita Woods _cumprimentou o professor e Frida assentiu sorrindo com a cabeça._ Deve saber porquê eu convoquei a sua presença aqui.

—Claro, professor _respondeu ela, cruzando os dedos das mãos sobre as pernas._ Para me advertir sobre o comportamento de Harry e Adhara.

—Na verdade não, minha cara _negou Dumbledore a encarando por cima dos óculos em formato de meia lua._ Há muitos anos, nessa mesma sala, pedi para que o senhor Black tomasse conta da senhorita. Infelizmente não deu muito certo e a senhorita acabou sofrendo com isso. Até mesmo atrapalhou meus planos por sua teimosia, senhorita Woods.

—Sinto muito por atrapalhar os seus planos, professor _pediu Frida, mesmo que tivesse contendo uma pontada de raiva em seu tom de voz._ Mas eu sou a noiva de Sirius, padrinho de Harry. Por direito Harry ficaria com ele após a morte dos pais. Eu sou a guardiã dele, não os Dursley.

—Isso não está em discussão, senhorita _comentou Dumbledore z interrompendo a Malfoy._ Sirius está livre e sendo caçado por Dementadores, além de aurores. Só venho aqui lhe pedir para tomar cuidado. Se resolver dar auxílio para Sirius Black, deve se lembrar que você tem duas crianças. E uma delas é o eleito. Deve pensar bem antes de se deixar levar por sentimentos.

Frida ponderou. Sabia que o diretor tinha razão em dar aquele alerta. Precisava pensar em seus filhos, pois eles eram seu motivo de viver.

 

Podia  avistar um grande cão formado por luz rondando a casa branca. Sirius estava receoso, parado do outro lado da rua. Conseguia ver as luzes acesas, mas tinha medo de ser expulso.

Respirou fundo algumas vezes antes de atravessar a rua e parar em frente a porta. O patrono que guardava a casa o encarou por um longo tempo, mas depois de um tempo o feitiço lhe deu as costas, voltando a rondar em volta da casa.

Respirou fundo várias vezes antes de tomar coragem e bater na porta. Enquanto esperava, ajeitou suas vestes e passou os dedos entre os fios de cabelo, com nervosismo aparente. O tempo demorou a passar e já estava dando meia volta quando a porta abriu.

—Sirius _seu nome foi pronunciado em um sussurro. Quase fechou os olhos de prazer apenas por escutar seu nome na voz dela. Virou-se para a direção da voz, encontrando olhos esverdeados lhe encarando.

—Oi _foi a única coisa inteligível que conseguiu falar. Sua voz estava falha e também falava baixo. Passou tanto tempo parado na porta que não ouviu o que ela falava, apenas a notou dando passagem para que ele entrasse na casa. E ele o fez.

Adentrou a casa enquanto Frida o seguia com o olhar. Ele teria avaliado o local, mas não o fez. Esperou que ela gesticulasse para que ele fosse até a cozinha, acompanhando-a.

—Espero que não se importe _pediu Frida, remexendo os dedos em nervosismo_ estou preparando o jantar. É faisão.

Sirius assentiu enquanto se sentava na cadeira que havia acabado de puxar. Frida avaliou as próprias mãos antes de seguir de volta para a pia, onde antes cortava legumes.

O silêncio reinou. A tensão estava presente no ar. Sirius podia perceber os músculos de Frida tensos enquanto cortava os legumes. Ela estava tão bonita. Após 12 anos, apesar de ter envelhecido, ainda era a mulher mais bonita que ele já havia visto.

Seus cabelos estavam compridos até o meio das costas, extremamente claros, diferente da última vez que a tinha visto. Seu corpo não era mais o mesmo, é claro. Seu quadril estava mais largo, os seios estavam maiores e sua barriga já não era mais tão lisa quanto antes. Isso só a deixava mais bonita aos olhos dele, afinal, as mudanças dela eram por conta de sua gravidez.

—Como você está? _Sirius perguntou tentando acabar com aquele silêncio incômodo. Estava inquieto sentado na cadeira.

—Estou bem _respondeu ela enquanto tentava controlar seu psicológico e o tom de voz._ Tudo na medida do possível com duas crianças extremamente levadas, das quais uma vive se colocando em perigo por ser o eleito.

—Harry é muito parecido com o pai _declarou Sirius encarando as mãos sobre a mesa. Queria perguntar sobre a irmã de Harry e estava criando coragem. Suspirou e resolveu o fazer._ Como ela é?

—Adhara? _Perguntou após um longo tempo de silêncio. Ela deu uma risada fraca antes de continuar._ É extremamente parecida com você. E isso me fez odiá-la e amá-la tanto ao mesmo tempo.

Sirius levou os olhos para Frida que acabara de se virar, parando encostada na pia e olhando para cima, como se lembrasse de algo. Um sorriso estava presente em seus lábios.

—Ela já foi suspensa seis vezes desde que entrou em Hogwarts esse ano _informou Frida cruzando os braços._ Ter duas cópias dos piores marotos em Hogwarts, principalmente aqui dentro de casa é extremamente cansativo.

—Fisicamente ela se parece muito com você _comentou Sirius atraindo os olhos esverdeados para ele.

—Exceto aqueles malditos olhos _ela acrescentou. Seus olhos foram para o teto antes dela estala a língua no céu da boca e se virar, voltando a preparar o jantar._ Quando ela abriu os olhos pela primeira vez eu fiquei tão feliz e odiei você tanto por isso. Torci para que ela não se parecesse com você e não sofreria tanto com repressão. Mas ela é exatamente como você. Qualquer um pode ver, mesmo não sabendo sobre nós.

Sirius se levantou da cadeira, aproximando-se da loira. Parou ao lado dela e colocou sua mão sobre o braço dela, fazendo com que ela parece o que estava fazendo e olhasse para ele.

—Eu sinto muito _ele pediu, sabendo que ela entenderia do que ele falava.

—Você não pode ficar aqui, Sirius _informou ela, mesmo pesadora._ Deve ter percebido o patrono rondando a casa. Não posso arriscar que lhe encontrem aqui, Sirius. Meus filhos precisam ficar em primeiro lugar. Não posso te ajudar, não dessa vez.

—Eu entendo _ele assentiu enquanto se afastava, encaminhando para fora da cozinha. Sabia que os aurores e os Dementadores poderiam lhe procurar ali, na casa de sua antiga noiva.

—Mas você pode passar a noite aqui, se quiser _ela propôs apressada. Ele parou no lugar e Frida remexeu os dedos impaciente, mexendo nas próprias unhas._ Pode ficar no quarto de Harry e ir embora amanhã.

Sirius  resolveu passar a noite. O jantar foi extremamente silencioso e desconfortável, com nenhum dos dois querendo quebrar a tensão por medo de iniciar um diálogo. A Malfoy ajeitou o quarto de Harry para que o Black passar a noite.

Quando Frida se trancou em seu quarto no fim da noite chorou por muito tempo. Sentia seu peito doer por ter que abrir mão da única pessoa que amou por ter que proteger os filhos. Não era uma escolha, pois sempre colocaria os filhos em primeiro lugar. Mas ainda assim era difícil encarar quem amou por tanto tempo e simplesmente esquecer.

Seus filhos não sabiam sobre Sirius. Agora que Harry o conhecia, não fazia ideia de como contar a respeito dele, principalmente para a filha. E isso causava uma frustração grande o suficiente para aumentar sua tristeza e agregar o seu choro.

 

Na manhã seguinte Frida prática foi chutada para fora da cama pela realidade. Acordou muito cedo após ter dormido mal e agora preparava chá para o café da manhã.

Ainda estava nervosa, é claro. Mas havia passado uma noite inteira pensando sobre o que fazer com sua vida e a respeito de Sirius. Talvez isso ajudasse que não ficasse tão nervosa na presença dele.

Estava tão nervosa e aérea que não percebeu a presença de Sirius encostado no batente da porta, analisando-a. Logo o olhar dela foi para ele, que estava com as mãos apoiadas nos bolsos do sobretudo escuro que usava.

A barba de Sirius estava mais cheia, os cabelos opacos estava mais cumpridos que o habitual, passando dos ombros, a pele alva estava pálida demais, até mais que a própria Frida e seu peso parecia ser inferior. Pensou nos anos que ele passou sofrendo trancafiado em Azkaban, sofrendo torturas pelos Dementadores. Esse pensamento fez ela encolher os ombros temerosa.

—Eu acho melhor eu ir agora _informou Sirius enquanto a loira o olhava, mesmo sem estar focando realmente nele.

—Eu preparei chá _Frida comentou._ Pode ir depois do café da manhã. Eu levo para a sala com biscoitos que eu fiz essa semana.

Sirius assentiu e foi para a sala. Frida se apoiou na pia enquanto curvava o corpo hiperventilando. Achava que estaria menos nervosa pela manhã, mas só a presença dele a deixava suando frio e sem nenhuma linha de raciocínio.

Esperou durante aproximadamente 30 segundos até acalmar sua respiração e controlar seus batimentos cardíacos. Pegou uma bandeja e colocou dois pires com xícaras na bandeja. Pegou o bule com o chá fervendo, além de uma pequena jarra com leite. Foi até a dispensa e pegou um pote de vidro cheio de biscoitos caseiros. Serviu-os em um prato e novamente guardou o pote na dispensa. Pegou o prato e colocou na bandeja, logo carregando a mesma e seguindo para a sala.

Chegando no cômodo avistou Sirius observando os retratos na estante. O mesmo se sentou no sofá com a chegada dela. Frida colocou a bandeja sobre a mesinha de centro e logo começou a servir o chá com leite.

Depois de servir as xícaras a Malfoy se sentou ao lado de Sirius, mantendo a respiração controlada. Evitava olhar para o mesmo pensando que, se o fizesse, não conteria as lágrimas que poderia derramar.

—Me desculpe _pediu Sirius, tentando atrair a atenção dela. Os olhos cinzentos dele estavam cravados no rosto dela, enquanto os dela estavam nas mãos apoiadas sobre as coxas._ Eu prometi que voltaria naquela noite e eu não consegui cumprir. Não sabe como eu me arrependo disso.

—Se arrepende? _Perguntou ela com um gosto amargo na boca enquanto proferia uma pergunta carregada por ironia._ Você me deixou para ir atrás de vingança porque o que eu sentia por você não era o suficiente. Sempre precisou de ódio, Sirius. Nunca fui o suficiente para você.

—Sabe que não é verdade _negou Sirius finalmente atraindo o olhar da Malfoy.

—Eu passei 12 anos sozinha por seu egoísmo, Sirius _ela já não conseguia conter suas lágrimas._ Eu criei duas crianças completamente sozinha. Eu tive que mudar meu nome para que minha filha não fosse rechaçada por ter o sobrenome Malfoy ou Black. Você não viu ela nascer e mesmo assim eu dei a ela o nome de uma estrela. Eu fique todos esses anos presa a você e ainda não consigo me livrar do fantasma que me assombra.

Sirius levou as mãos para o rosto da loira, colando a testa na dela.

—Eu passei doze anos me arrependendo de ter te deixado naquela noite, Frida _ele disse enquanto ela fechava os olhos com força e negava com a cabeça.

—Não minta para mim, Sirius _ela pediu com a voz embargada._ Você estava planejando sua vingança. Eu sei que foi atrás de Peter. Não tente me enganar.

—Eu precisava provar minha inocência. Para você saber que eu não fiz aquilo. Nunca trairia James e Lily e eu não fui o culpado por matar aqueles trouxas.

Sirius fechou os olhos e roçou o nariz no dela, o polegar direito afagava a bochecha corada pelo choro dela. Frida agarrou os pulsos do Black, procurando alguma força.

—Me perdoa _Sirius suplicou.

—Não faça isso comigo, Sirius _implorou ela abrindo os olhos avermelhados._ Fiquei presa a você por 12 anos. Não me faça manter esse sentimento comigo.

—Por favor _ele novamente suplicou, roçando os lábios nos dela. Passou 12 anos remoendo seu ódio por ter caído em uma armadilha e não ter retornado para casa, como havia prometido.

Quando Fudge foi lhe torturar com uma visita para conferir seu confinamento e pôde avistar Peter em forma de rato na edição de O Profeta Diário que o ministro havia levado, suas esperanças de provar sua inocência e se vingar surgiram. Poderia provar para ela que não era culpado, que fora tudo armado para que fosse incriminado, que teria voltado para ela.

Soube apenas quando saiu que não havia perdido somente ela e Harry, mas também Adhara Woods, que só havia recebido esse nome para esconder sua identidade como sendo uma Black; sua filha.

Não sabia que Frida esperava uma filha sua quando havia sido preso. Quando soube que Frida tinha uma filha seu ódio havia fervido e a tristeza lhe consumiu pela mulher ter seguido a vida. Mas não podia culpá-la. Foram doze anos afinal.

Mas quando soube que a menina tinha 11 anos, não teve dúvidas sobre se tratar de sua filha. Isso explicava seus últimos dias livres e a estranheza de Frida antes dele ser incriminado.

Viu a pequena Adhara quando espiou a casa da Malfoy. Era bonita como a mãe, sem dúvidas. Vários cachinhos loiros adornavam o rosto infantil e levado da menina que tanto se parecia com ele em personalidade. Não pôde acreditar que havia perdido sua infância, os aniversários da filha, as primeiras palavras. Talvez se soubesse da gravidez de Frida na época, tudo teria sido diferente. Mãe não podia voltar no tempo e mudar o passado agora.

Frida suspirou fechando os olhos. As lágrimas quentes ainda escorriam pelas bochechas. Não poderia ceder, estava magoada. Ele não havia sido culpado pelos crimes, fora vítima de uma armadilha. Mas mesmo assim não conseguia deixar de pensar que ele havia escolhido deixá-la.

—O chá está esfriando _ela informou para tentar fugir do que estava acontecendo. Tentou se afastar, mas ainda estava com o rosto sendo segurado por ele.

—Ainda amo você _Sirius sussurrou, roçando os lábios no dela. Frida sentindo cada palavra enquanto os lábios dele tocavam os seus.

Ela nunca havia deixado de amar aquele homem. Não podia. Ele fora e ainda era o amor de sua vida. Demorou tempo demais para perceber isso e simplesmente deixar isso se lado tão facilmente.

Mesmo lembrando dos conselhos e alertas de Dumbledore, mesmo presando pela integridade e proteção dos filhos e sabendo que estava sendo egoísta pensando em si mesmo, não conseguia negar que iria abrir mão de tudo para perdoar ele por ter ido embora.

Em um flash de coragem e deixando toda a hesitação se lado por um único instante, Frida levou as mãos para a nuca de Sirius e o puxou, encerrando com a distância entre os dois. Selou os lábios aos dele após mais de uma década. A década mais longa de toda sua vida.

 

Sirius chegou logo pela manhã na casa. Era estranho estar ali de novo, após alguns meses desde a última vez. Não havia conversado com Frida depois das duas noites que passara ali. Talvez as coisas se tornassem estranhas, principalmente pelas crianças estarem em casa.

Suspirou e bateu na porta, esperando ser aberta. Menos de um minuto depois Frida abriu a porta, sorrindo discreta antes de dar passagem para Sirius entrar. Ele reparou que ela estava arrumada para sair, o que fez ele estranhar.

—Fique a vontade _informou Frida sorrindo com os lábios pintados de vermelho._ Logo Harry irá acordar. Adhara provavelmente só bem tarde.

Já era verão e ela usava um vestido de cetim prateado que ia até os joelhos. Era estranho ver como ela havia mudado, realmente parecendo uma puro-sangue.

Sirius se sentou à mesa da cozinha enquanto ela servia a mesa. Estava deixando tudo pronto para os filhos, já que teria que sair de casa. Sirius se incomodou por ela sair de casa com ele lá, além de ter que ficar sozinho com as crianças. Aquilo realmente o assustava.

—Oi, meu amor _Frida sorriu abertamente enquanto Harry entrava na cozinha, coçando os olhos. Sirius acompanhou o afilhado com os olhos enquanto ele se sentava à mesa._ Mamãe precisa buscar alguns documentos no Ministério. Acho que volto em menos de 20 minutos. Se importa de ficar com seu padrinho enquanto isso?

Harry negou com a cabeça enquanto pegava alguns biscoitos e colocava sobre seu prato. Frida foi até o pequeno e Harry estendeu o rosto para receber um beijo na bochecha da mãe, que o fez.

—Espero que não se importe de esperar alguns minutos _Frida encarou Sirius erguendo uma sobrancelha.

—Não, claro que não _Sirius negou enquanto ela passava por ele e apertava seu ombro. Logo e foi até a sala e calçou os saltos, acenando para eles antes de sair e fechar a porta atrás de si.

Então ele ficou sozinho com Harry. Era como voltar a ter 13 anos de novo, já que Harry era a muito parecido com o pai, exceto pelos olhos verdes da mãe. Estava pensando em formas como ele poderia quebrar o silêncio entre ele e o afilhado, afinal, não o conhecia. Porém não foi necessário.

—Você é o pai da minha irmã, não? _Harry perguntou normalmente, fazendo Sirius engasgar com o chá que bebia. Sentiu seus olhos se encherem de lágrimas por conta da falta de ar. Após algum tempo finalmente conseguiu se recuperar, encarando o pequeno que lhe olhava._ Desculpa.

—Sua mãe lhe contou alguma coisa? _Sirius perguntou confuso.

—Na verdade não, mas eu já mexi nas coisas dela e vi umas fotos suas _respondeu Harry mordendo um biscoito._ Fora que os olhos dela são da cor dos seus então acho que você era namorado da minha mãe ou algo parecido.

Sirius não sabia o que dizer. Era estranho ser colocado contra a parede por um menino de 13 anos. No fim ele conseguia se parecer com Lily, afinal. Havia percebido algo até óbvio, mas era apenas uma criança.

—Bom dia! _Quando abriu a boca para tentar responder algo ouviu um grito alegre vindo da sala. Logo um pequeno furacão loiro apareceu na cozinha extremamente saltitante, indo direto se sentar ao lado de Harry. Adhara logo voltou seus olhos para Sirius e sorriu._ Olá!

—Olá _foi a coisa mais inteligente que saiu dos lábios de Sirius. Lá estava a pequena Adhara, sorrindo radiante para ele. Os cabelos loiros não eram tão claros como os da mãe e nem lisos, mas sim cheios de cachinhos que deixavam ela parecendo um leão fofo. As bochechas rosadas enfeitavam o rosto infantil e iluminado, trazendo um ar radiante aos olhos cinzentos. Aquela era sua filha, afinal.

—Quem é você? _Ela perguntou ainda com o sorriso nos lábios.

—É amigo da mamãe _quem respondeu foi Harry enquanto a irmã atacava os biscoitos com gotas de chocolate. Adha assentiu e sorriu para Sirius de boca cheia.

Sirius ficou apenas analisando os irmãos conversando animados. Realmente pareciam com ele e James quando novos e isso o fez entender o quão difícil deveria ter sido para Frida cuidar dos dois sozinha. Logo o barulho da porta de fez presente e o pequeno furacão loiro saiu em disparada.

—Mãe! _A menina gritou correndo, fazendo Frida gargalhar antes de reclamar. Logo as duas pareceram na cozinha, Frida com a filha no colo lhe enchendo de beijos no rosto.

—O que você quer, Adha? _Frida perguntou deixando algumas bolsas no balcão da cozinha, colocando a filha no chão.

—Por que eu tenho que estar querendo alguma coisa? _Adhara perguntou colocando as mãos na cintura, fazendo Sirius segurar uma risada.

—Porque eu sou sua mãe e te conheço, mocinha _Frida respondeu enquanto tirava suas compras das sacolas._ Vai me dizer o que você quer, Adha?

—Mãe _Adhara abraçou uma das pernas da mãe, fazendo a loira mais alto olhar para baixo._ Logo vai começar o mundial de quadribol. Podemos ir?

—Você está nisso também? _Frida olhou para Harry, que negou veemente até a mãe arquear uma sobrancelha. Logo ela abriu um sorriso amarelo, fazendo a loira revirar os olhos.

Sirius observava a interação de Frida com os filhos com um sorriso nos lábios. Demoraria um tempo para se acostumar com isso e talvez não se encaixasse naquela nova rotina. Foi preso noivo e saiu doze anos depois sabendo de uma filha de 11 anos. Mas olhando toda aquela interação super natural da mulher da sua vida com as crianças. 

Logoe todos sentados à mesa. Sirius na cabeceira analisando Harry e Adhara discutirem com a mãe os prós deles irem assistir o mundial de quadribol. Frida apenas ouvia tudo com uma das mãos apoiadas na bochecha e o cotovelo sobre a mesa e a outra debaixo da mesa, afagando a mão de Sirius, que segurava a dela. Poderia se acostumar com aquilo.

Apesar de ter que enfrentar problemas como o Ministério atrás de si, estar sendo caçado por todos e poder prejudicar todos aqueles que estavam naquela mesa. Mas sabia que Frida não se importaria com aquilo e faria de tudo para que tudo desse certo. Estadia disposta a isso e ele precisava também.

Harry observava a mãe sorridente rebatendo todos os argumentos da irmã. Estava radiante, diferente de quando eles haviam ido para Hogwarts. Talvez o fato de Sirius ser inocente havia aliviado o peso que ela devia estar carregando nos ombros.

Observou sua irmã postiça ao seu lado. Talvez fosse um problema contar para ela sobre seu pai, já que ela não sabia de nada. Mas ele acreditava que ela ficaria contente conhecendo o pai. Ela já estava bem a vontade com Sirius ali, mesmo não sabendo de quem se tratava realmente. 

Apesar de terem problemas para enfrentar, Dumbledore alertando sobre as dificuldades que surgiriam, poderiam enfrentar juntos. Eram uma família, afinal. E Frida era a pessoa mais teimosa do mundo e que não deixaria aquilo desabar.


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Notas finais do capítulo

É isso. Muito obrigada por terem acompanhado até aqui. Foi uma longe jornada e sinto muito feliz em compartilhar essa história com vocês.

Até mais ver!



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