Dear Mr. Potter escrita por JubsFeh


Capítulo 34
Capítulo Trinta e Três: Você Pode Me Ajudar A Mentir?


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775020/chapter/34

O jogo já havia começado quando Frida chegou. Teve que comer algo forçada por Remus para finalmente ir para o jogo, já que a enfermeira recomendou. Então ela foi obrigada a comer pelo menos um pedaço de pão pelo Lobisomem. 

Preferiram ficar na arquibancada da Lufa-lufa, já que Frida sabia que iriam lhe encher de perguntas se fosse para a da Grifinória e Remus não seria aceito na da Sonserina. Sabiam que os amigos talvez ficassem preocupados, mas resolveram não se preocupar no momento. 

Estavam sentados no final da arquibancada. A Sonserina estava liderando por 20 pontos, mas mesmo assim estava acirrada a competição. 

—E então... Por que desmaiou? _Remus perguntou próximo ao ouvido da amiga, já que os alunos que torciam estavam fazendo muito barulho. 

—Vocês não viram? _A loira perguntou confusa. 

—O bicho-papão não ficou definido para você, Frida _Remus disse como se fosse óbvio e a loira o olhou sem entender._ Não tinha forma nenhuma. 

—Como não? Claro que tinha! 

—O que você viu para ter ficado assim? _Ele perguntou pegando a mão da garota, que estava gelada. 

—E-eu me vi _a loira respondeu após alguns segundos de silêncio e Remus arqueou uma sobrancelha._ Saiu uma cópia minha do armário. 

—E por que teve medo de si mesma? _Aluado perguntou voltando os olhos para o jogo na esperança que ela conseguisse se abrir melhor caso não tivesse que encarar os olhos dele. 

—Não me assustei comigo _Frey comentou._ Não era eu. Era uma versão das trevas. Como se... 

—Como se você tivesse se tornado uma comensal _o loiro completou a frase como se já soubesse do que se tratava. 

—Acontece isso com você? 

—Mais ou menos _ele deu de ombros._ Sempre vejo um lobisomem e bem... É meio óbvio que seja eu, então é quase isso que está acontecendo contigo. 

Então o silêncio se instalou entre os sois por alguns minutos. Até que Remus resolveu tocar em um assunto um pouco mais delicado. 

—Como você está com relação a tudo que aconteceu? _Remus perguntou. 

—Órfã _ela respondeu rindo com escárnio._ Não tem como ser diferente disso. 

—Estou falando sério, Frey _o rapaz disse sério. 

Ela suspirou pesadamente e resolveu deitar a cabeça no ombro do amigo, ainda mantendo a mão entrelaçadas com a dele. 

—Uma bela merda _ela sorriu triste._ Mentalmente confusa. Emocionalmente instável. E tudo piorou depois que Sirius ferrou comigo. Acho  que estou ficando maluca. 

—Maluca? _Perguntou ele franzindo a testa. 

—Alucinações _disse Frey._ Estou tendo muitas alucinações. Muitos pesadelos. Não consigo dormir mais. Eu não aguento mais. 

—E por isso que você pretende fazer o que quer fazer? _Perguntou o amigo. 

—Vai ser bom. 

—Já contou para mais alguém? 

—Não e nem vou _a loira respondeu._ Só o que restou da minha família vai saber e você agora. Mas não conte para ninguém. 

—Sabe que todos ficaram desapontados e tristes, não sabe? _Ele perguntou e ela assentiu._ Vai magoar a todos. Você não precisa fazer isso. 

—Uma hora eles saberão que é para o bem de todos. 

—Quando pretende fazer isso? 

—Assim que terminar as aulas _a loira sorri nostálgica._ Eu ficarei bem. E você tem que me prometer cuidar deles. 

—Eu vou _Remus diz e sorri triste._ Ainda pode mudar de ideia. Não tem nada que eu possa fazer? Não pode simplesmente desistir assim. 

—Eu sei. Mas eu só vejo essa saída. Não se culpe por não me fazer mudar de ideia _a loira se aproxima e beija a bochecha do amigo._ Eu amo você. 

—Também te amo _ele respondeu pegando a mão da loira e beijando as costas dela._ Mas ainda acho que não deve fazer isso. Só pioraria tudo. Já ouviu falar na teoria do caos? 

—Você é tão estupidamente inteligente que chega a me ofender _ela riu, mas o loiro a repreendeu por estarem tratando de um assunto delicado._ Vocês ficarão bem sem mim. Não é o princípio do fim. 

—Claro que é! Se não, não estaria tendo essas ideias idiotas e malucas. Vai acabar com a sua vida, Frey _Remus olhou para ela como se suplicasse para que jogasse suas ideias idiotas fora. 

—É preciso _Frida pegou a pulseira que estava em seu pulso e a analisou. Depois a guardou no bolso do casaco que usava._ Se eu não fizer isso, vocês se machucarão por minha causa. Assim como os meus pais. É melhor que vocês me percam do que o contrário. 

—Está sendo hipócrita _Remus argumentou com leve irritação em seu tom de voz. 

—E você está fazendo seu papel de melhor amigo me repreendendo _ela apertou a mão de Remus._ Você melhor do que ninguém deve entender. 

—Eu sei _ele disse._ Só... Pense a respeito, está bem? Resolva tudo o que tem para resolver antes de tomar qualquer decisão precipitada. 

—Eu irei resolver _ela o assegurou. Porém, era tarde demais para mudar de ideia. E só tinha mais uma coisa para resolver. 

  

Frida chegou à torre de astronomia e lá estava Marlene, observando a vista. 

—O que você quer falar comigo? _Perguntou a loira se virando para Frida assim que a mesma chegou. 

—Quer um cigarro? _Perguntou Frey se aproximando da garota, tirando um maço de cigarros e isqueiro do bolso. 

—Eu não fumo _respondeu Marlene. Frida deu de ombros e acendeu seu cigarro, guardando o restante e parando ao lado da garota no parapeito._ O que quer? 

—Pretendo fazer uma coisa e preciso que você me acoberte e tome conta dos amigos por mim _disse Frida, assistindo a noite chegar. 

—O que pretende fazer? _Marlene perguntou. 

—Seguir o seu conselho. Esquecer. Mas de um jeito diferente _respondeu. 

—E por que vai precisar que eu segure a barra? 

—Você é a garota mais forte que eu conheço _disse Frida se virando para Marlene. A moça de cabelos dourados encarou os olhos esverdeados da outra._ Eles irão me odiar. E depois provavelmente ficarão tristes. Não vou estar aqui para apoiá-los. Você vai precisar tomar conta deles no meu lugar. 

—O que você vai fazer Frida? _Perguntou Marlene receosa e com curiosidade. 

—Digamos que não vou estar presente daqui a algum tempo _Frey deu de ombros e tragou seu cigarro._ Quero que cuide deles por mim. Sei que nunca fomos muito próximas, mas confio em você para isso. É o que eu te peço. 

A outra loira assentiu concordando. 

—Você é a garota mais louca e problemática que eu já conheci. E ainda está pedindo para acobertar suas mentiras. 

—É preciso. 

—Tudo bem. Irei cuidar deles _concordou Marlene e depois virou-se para ficar de frente para a outra loira._ Boa sorte. Foi um prazer conhecer a tão famosa Frida Malfoy. 

—Igualmente, Marlene McKinnon _Frida respondeu também ficando de frente para Marlene. 

Marlene então se despediu e saiu, deixando a loira de cabelos prateados sozinha. 

Marlene então voltou para seu salão comunal onde estava havendo a comemoração da vitória da Grifinória. Encontrou todos animados e a alguns alunos tocando. Por sorte James havia conseguido pegar o pomo de ouro, vencendo por 20 pontos no resultado final. Mas ainda não estava garantido a Taça das Casas. 

A loira encontrou Sirius comemorando com James, talvez fingindo, e foi até ele. Puxou-o pelo braço e falou em seu ouvido, já que o barulho estava alto. 

—Conserte as coisas _disse a loira de forma enigmática e saiu para festejar, enquanto deixava um Sirius confuso e sem entender o que havia acontecido. 

  

Primeira semana de maio. Era uma noite normal de terça. Frida estava no quarto conversando com Sylvia sobre o que aconteceria depois das aulas com elas. 

Após a morte dos pais da jovem e do término de "relacionamento" com o Black, Sylvia se tornou quase que uma mãe para Frida. Sempre a protegendo e dando conselhos, passando as noites com ela e tentando tornar tudo o que estava acontecendo com ela um pouco melhor. 

Frey já estava bem melhor comparado há meses. A morte de seus pais lhe trouxe um buraco no peito, mas ela aos poucos amenizava. Já a ausência de Sirius lhe magoava, mas aprendia a lidar com a sua falta do rapaz em sua vida. As alucinações apareciam vez ou outra quando ela entrava em pânico por ficar triste. Enxergava imagens de Bellatrix a ameaçando e às vezes via a bruxa das trevas matando seus pais e avós. E isso acabava com ela emocionalmente. 

Sabina e os gêmeos já estavam com suas rotinas normais. Os meses ajudaram que a dor se tornasse memória. E a memória era boa. Já a prima não conseguia e preferia enfrentar sua dor sozinha. 

Estava tudo bem com as duas jogando algo parecido com pôquer na cama de Sylvia quando ouviu alguém bater na porta. As duas olharam para ela ao mesmo tempo e a porta foi aberta, exibindo uma Avra com olhar medroso. 

—E-eu... _a morena começou a falar hesitante._ Frida, posso falar com você? 

Sylvia trocou um olhar rápido com a amiga como se dissesse para ela não fazer isso, mas Frida se levantou e foi até a porta. Avra resolveu ir para o salão e se sentar em um dos sofás luxuosos. Frida preferiu ficar em pé. Cruzou os braços e encarou a garota mais nova. 

—O que quer falar? _Perguntou a loira séria. Não tinha a voz carregada de sarcasmo ou de compreensão. Apenas sem demonstrar emoções em uma neutralidade e certa frieza que fizeram Aves resetar no sofá. 

—Eu vim pedir desculpas pelo o que aconteceu _Avra começou a dizer e seus olhos se encheram de lágrimas._ Edward disse que, seu eu o ajudasse a te separar de Sirius ele ficaria feliz e ficaria comigo. Disse que seríamos felizes, mas para isso eu precisaria ajudar ele a se vingar de você e de Sirius. Perdoe-me. Eu estava cega de amor! E ele não quis nada comigo, só tem aquela maldita obsessão por você. 

Naquele ponto a morena de cabelos cheios já estava aos prantos e Frida se comoveu. Sempre soube que a mais nova sempre fora apaixonada por Edward Greengrass e que a loira era o impedimento que atrapalhava Avra. Mas não sabia que a garota seria capaz de tanto para conseguir a atenção do herdeiro da família Greengrass. 

Frida se sentou na frente da garota e a abraçou. Deixou que a garota chorasse e se desculpasse pelo que havia feito, ouvindo sempre em silêncio. Naquele instante percebeu que o Black nunca errou com ela e seu coração se encheu de alegria. Mas... Seus planos eram outros agora. E, com Sirius em seu caminho, apenas o magoaria. 

—Eu sinto tanto _disse Avra se afastando._ Espero que possa me perdoar. 

—Não precisa pedir perdão _Frida disse secando as lágrimas da menina._ A culpa não é sua. Todos fazem estupidez por amor. 

—Jura? _Perguntou a morena e Frida sorriu assentindo._ Muito obrigada. Eu não conseguia mais guardar isso sabendo que você poderia estar infeliz por minha causa. Sei que nunca fomos muito próximas, mas eu não queria de magoar. 

—Já fez o bastante me contando a verdade _a loira comentou. Em alguns instantes teve uma ideia que poderia ser boa não só para ela, mas para a morena também._ Na verdade, acho que você pode me ajudar em algo que será bom para você e para mim também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dear Mr. Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.