Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Voltei rápido. Como segunda e terça provavelmente não vou conseguir escrever, porque vai ter episódio de Arrow, e as legendas me consomem muito tempo, fiz questão de postar mais um capítulo hoje. Espero que gostem dessa reviravolta no final!



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Um mês já havia se passado desde que Tommy havia voltado oficialmente à vida. Julho havia quase terminado, e durante as últimas semanas, com Tommy e Thea por trás da reforma do Verdant, o clube já estava quase pronto pra ser reaberto. Felicity só precisou se preocupar com o porão, e Tommy deu carta branca pra ela fazer o que quisesse com ele. Felicity ia lá só aos fins de semana juntamente do amigo. Entre trabalhar de segunda à sexta na Queen Consolidated e Sábados e Domingos no novo esconderijo, Felicity tinha pouquíssimo tempo para de fato analisar o que vinha acontecendo com o seu celular. Volta e meia ele apitava algumas vezes, mas nada passava daquilo. Felicity tinha quase certeza que esse comportamento estranho vinha do app da Gideon, e por isso, todo tempo livre que tinha era usado para dissecar o aplicativo. Com essa falta de tempo, Felicity só havia visto o John umas duas vezes, quando ela o convidou para acompanhar o andamento da remodelação do esconderijo. O convite, além da saudade do amigo, foi pra que ele ajudasse a colocar as coisas pesadas no lugar. Diggle tinha os maiores braços que Felicity já havia visto na vida, não seria problema nenhum pra ele. E com essa ajuda, já estava tudo no lugar que deveria, faltavam agora só os itens que ela mandou fazer especialmente pro Oliver: os equipamentos de treinamento e armamento. Diggle compilou parte dessa lista, Felicity fez a encomenda, e o amigo iria buscar em Bludhaven quando estivesse pronto. Mas com a parte de mobiliário no lugar, Felicity começou a organizar a sua parte: servidores e computadores. Felicity não economizou nem um centavo com isso. Os custos da reforma do Verdant haviam sido assumidos pelo Tommy, que queria pagar pelas coisas do esconderijo também, mas Felicity o assegurou que todo dinheiro que ela própria estava gastando havia vindo do Oliver.

Tommy vinha sofrendo uma pressão enorme para assumir a Merlyn Global como CEO. A verdade era que a empresa estava falindo, pois ninguém queria mais negociar com o nome Merlyn, que agora estava associado a terrorismo. Tommy precisava decidir sozinho se fecharia a empresa ou se tentaria reerguer o grupo. Felicity tentava ajudar no que podia, mas a verdade é que ela também não entendia muito dessa parte executiva do mundo corporativo. Ela nunca havia saído do setor de TI da Queen Consolidated.

— E o que você *gostaria* de fazer? – Felicity perguntou ao Tommy olhando no relógio e se dando conta que já estava tarde. Os dois haviam passado o Domingo todo juntos enquanto Felicity montava sua rede de computadores e Tommy colocava em ordem alguns dos papéis do clube. Thea acompanhava o Tommy durante a semana, aprendendo o seu papel como gerente do clube, mas aos fins de semana, eram os dias da Felicity secretamente trabalhar no porão. Tommy gostava de não ficar sozinho. E Thea mal ficava em casa nos fins de semana, estava sempre com o namorado. Tommy já conhecia o garoto, e havia prometido mais uma vez um emprego no clube quando reabrisse, mas não gostava de ficar pensando muito no que Thea fazia quando estava com ele. Por isso, Tommy preferia acompanhar a Felicity aos Sábados e Domingos. 

— Eu realmente não sei, Felicity... O Verdant foi uma ideia do Oliver, e há alguns anos atrás eu com certeza ficaria só com o clube e seria feliz, mas agora... Não tem mais sentido nenhum isso aqui... A Thea tá tão empolgada, e eu não sinto nem um décimo disso.

— Foi realmente muito bom você fazer isso pela Thea. Agora ela sente que tem um propósito, e com a mãe na cadeia... Aliás, a advogada continua vindo atrás dela pedindo que ela visite a mãe? – Felicity perguntou enquanto terminava a última configuração. Com todo aquele poder de processamento disponível, ela mal via a hora de poder analisar seu celular ali. Mas não na presença do Tommy. Ela não queria ter que se enrolar ainda mais com “não explicações” sobre o futuro.

— Uma vez por semana ela vem aqui no clube. A Jean é amiga de longa data da Moira, então ela vem pessoalmente falar com a Thea, porque a conhece desde bebê, mas a Thea não quer saber da mãe. E eu entendo... – Tommy respirou fundo. – Ela é quase uma segunda mãe pra mim, e eu iria de boa visitar. Até ofereci pra Thea ir junto com ela... Mas se fosse o meu pai na cadeia, eu não ia querer nem olhar na cara dele. Eu prometi à Jean que tentaria convencer a Thea, mas sei que se forçar demais ela vai se rebelar só pra não dar o braço a torcer. A decisão tem que vir dela.

— Ok, mas e o Grupo? Você estava trabalhando com o seu pai antes do Empreendimento. Aquilo era algo que você gostava? – Felicity voltou ao assunto, virando-se para o Tommy e dando-lhe total atenção.

— Segunda feira eu volto pra lá em definitivo. A reforma aqui acabou, e eu não tenho como enrolar mais. Quanto ao trabalho... Não é que eu gostava, mas é que eu era bom, sabe? – Tommy deu um meio sorriso e Felicity retribuiu. – Enquanto o Oliver estava na ilha e a Laurel na faculdade de Direito, numa tentativa de impressionar ela, eu me formei em Administração. Nada de extraordinário, nem fiz especialização nenhuma, mas é que eu queria estar onde a Laurel estava, e se esse lugar era a faculdade, é pra lá que eu iria... O Oliver foi expulso de 4 faculdades, e eu me mudava com ele todas as vezes, mas a verdade é que era fácil pra mim. Então o diploma eu tenho... Mas eu não acredito mais no trabalho que o meu pai fazia. Se eu pudesse escolher, teria ficado com a clínica da minha mãe, mas ele fechou e vendeu, e me sobrou só o cheque da minha parte.

— E se você assumir a Merlyn Global e tornar do Grupo algo seu. A imagem deles está totalmente destruída, então reconstrói do zero! Faz da empresa algo em que você acredita, que a sua mãe acreditava. Seu pai trabalhava um pouco com tecnologia, mas o forte do grupo é aquisições. Por que não usar isso pra reconstruir o Glades e limpar o nome da sua família? – Tommy foi abrindo aos poucos um sorriso lindo enquanto pensava na ideia.

— Eu poderia honrar a minha mãe e acabar de vez com o legado do meu pai, o que deixaria ele puto da vida! – O sorriso dele se alargou ainda mais. – E eu poderia financiar essa reconstrução contratando funcionários do próprio Glades, o que ajudaria mais ainda nesse processo.

— Não vai ser fácil... – Felicity alertou. – Você vai precisar dar muita entrevista e se expor bastante pra provar que você não é seu pai e fazer com que as pessoas confiem em você. Ainda mais depois do seu passado com o Oliver, Sr.-Enchi-Uma-Piscina-De-Cerveja-Pra-Nadar-Nela... – Tommy arregalou os olhos com humor. – O quê? Se tá na Internet, eu acho!

— Não tenho dúvidas! – Tommy respondeu. – É... Fácil não vai ser, mas acho que esse é o meu propósito. Eu preciso me livrar do passado do meu pai. E nada melhor que honrar o legado da minha mãe pra fazer isso! Ainda que eu fique pobre e a empresa vá à falência, eu vou fazer isso.

Felicity deu um sorriso sincero para o amigo. Ela ficava feliz que o Tommy faria diferença no mundo. Que a trajetória dele mudaria a vida de muita gente. E ela tinha fé nele que ele conseguiria. Tommy tinha um coração enorme, e com o propósito de fazer algo bom, ela estava certa que ele iria longe.

— Você pode ir se quiser, Tommy. Já tá tarde, e como você vai pra empresa amanhã, eu acho que você já deveria chegar lá preparado. Com seus planos na mão. Coloca esse seu diploma em uso, e prepara as apresentações de PowerPoint pra impressionar aqueles membros do Conselho! – Tommy arrastou a cadeira de rodinhas pra perto dela e a envolveu num abraço. – Eu vou. – Ele disse se afastando e levantando da cadeira. – Mas não fica até muito mais tarde! Pensa na sua segurança! – Tommy deu um beijo no alto da cabeça da Felicity.

— Pode deixar! Já estou quase terminando. Saio logo em seguida. Pode deixar que tranco tudo...

Assim que Felicity ouviu a porta do alto da escadaria bater, ela pegou seu celular que vinha chamando de celular-Gideon. Ela atualizou remotamente uma pasta criada com todas os avanços que havia feito sobre isso enquanto conversava com o Tommy, e agora era só continuar como se estivesse no computador de casa, mas agora com muito mais poder de processamento. Em pouco tempo ela estava completamente imersa no código do aplicativo, e já havia conseguido reproduzir o app 100% no PC com todas as funcionalidades como se estivesse no celular. Ela guardaria aquele aparelho pra sempre como backup, mas todos os testes seriam feitos no espelhamento do PC para não danificar o original. Naquele momento, o celular-Gideon apitou e seu espelhamento também. Felicity precisava conseguir descobrir esse mistério agora antes que parassem as notificações sonoras. Ela fez o programa de rastreamento que ela criou rodar em cima dessa notificação sonora, mas por enquanto não estava encontrando nada. O som veio mais uma vez, e dessa vez, por um breve instante, o bloco de notas do PC abriu, mas foi fechado logo em seguida (provavelmente por conta do seu firewall, especialmente projetado por ela). No celular-Gideon, não havia acontecido nada de diferente. Indo contra toda parte racional dela, Felicity desabilitou o firewall e abriu o bloco de notas, programando-o como parte do aplicativo espelho. O cursor ficou piscando no bloco de notas, mas nada aconteceu... Felicity olhou pro aparelho, e passou seu aplicativo modificado pra ele. O celular teria dois apps Gideon. O original, e o que ela modificou. Programação de sistemas móveis não era muito o seu forte, mas Felicity havia aprendido bastante nesse último mês pesquisando a estranha notificação sonora. Ela abriu o app modificado, e agora sim o bloco de notas abriu com uma mensagem: “Felicity?”

Ela ficou em dúvida do que faria. Ela sabia que alguém estava tentando falar com ela, mas o que ela responderia? “Sim.” Resolveu ficar no básico sem mais explicações. “Você finalmente instalou o 2º App! Sabia que você só faria isso se tivesse um mistério a seguir! Você nunca gostou de mistério”. As frases apareciam, e a pessoa do outro lado parecia conhecê-la. Felicity não sabia se isso era bom ou ruim. “Você me conhece?” ela perguntou. “Foi você que me falou do celular-Gideon. Você me fez seguir um monte de pistas, voltar pra Star City atrás dele. O celular é tão antigo, que eu demorei muito pra entender o que fazer.” Star City? Felicity estava ficando cada vez mais confusa. “De onde e quando você é?”

Por alguns instantes, não houve resposta, até que apareceu em seu monitor: “Star City, 2040.” Felicity perguntou: “Zari?” Quem mais poderia estar tentando falar do futuro com ela?

“Não... William.”


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Notas finais do capítulo

Star City 2040? William?
A trama se complica!
Deixem nos comentários o que estão achando, adoro ouvir as opiniões de vocês! Até o próximo capítulo!



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