Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, voltei pra escrever mais. O final da história já está pronto. Mas se vocês quiserem ver mais sobre como vai ser com o Tommy vivo e as alterações na linha do tempo que isso vai causar, posso continuar escrevendo, e essa seria uma fic de releitura das temporadas 2 em diante...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774976/chapter/2

Ok, Felicity estava começando a ficar preocupada já... Era Sábado de manhã quando o Tommy foi deixado na sua casa. Já era noite de Domingo, e ela havia passado o fim de semana inteiro enfurnada dentro de casa esperando que ele acordasse. Amanhã ela teria que ir trabalhar... E se esse homem acordasse numa casa que ele nunca esteve, sem ninguém pra explicar o que estava se passando? Felicity considerou ligar pro Diggle e explicar a situação, mas viagem no tempo seria algo em que o Diggle nunca, nunca acreditaria! Ela própria estava começando a duvidar de sua sanidade.

Felicity aproximou-se do Tommy e cutucou o ombro dele de leve só pra ter certeza de que ele estava ali mesmo. É... Tinha mesmo um homem deitado na cama de hóspedes dela. Um homem que não queria acordar, mas que já há algumas horas se mexia ocasionalmente. Felicity achou que isso seria um sinal de que ele acordaria logo, mas até agora nada. Ela precisaria mesmo de um plano.

— O que eu vou fazer com você? – Felicity perguntou desolada. 

— O que você quiser, docinho... – veio a resposta rouca. Tommy estava com um olho semiaberto e o outro ainda fechado. Felicity segurou seu celular mais forte, porque quase deixou cair no susto. Desbloqueou o aparelho e, no aplicativo de monitoramento da saúde do Tommy, apertou o botão que dizia que o paciente havia acordado.

— Rodando diagnóstico. – Veio a voz da Gideon de seu celular. Tommy olhou confuso para Felicity abrindo os seus dois olhos.

— Ei... Eu conheço você... Felicity, não é? – Felicity alternou os olhos entre o celular e o homem que estava falando. – Você é... aquela amiga do Oliver que vivia no Verdant pra instalar o sistema de segurança, né? A gente já se falou algumas vezes por mensagem...

— Sr. Merlyn, favor avaliar o nível de dor no momento de 0 a 10. – Veio a voz mais uma vez pelo celular da Felicity.

— É pra eu responder pro seu celular? Você tá com uma médica na linha? – Tommy perguntou voltando-se para Felicity. As palavras dele saíam devagar e com certo esforço. Felicity apenas assentiu com a cabeça. Explicar seria mais complicado. – De 0 a 10 eu diria 3. – Ele tentou se virar para olhar a tela do celular, mas pareceu sentir dor. Respirou fundo e olhou pra teto.

— A analgesia permanecerá sendo administrada na dose atual até que o paciente se recupere por mais 3 dias. – Veio novamente a voz de Gideon. – Após esse prazo, o implante poderá ser retirado de acordo com as instruções no aplicativo.

Retirar? Ninguém havia falado nada sobre retirar algo de alguém... Felicity odiava agulhas ou qualquer coisa pontiaguda. Ela torcia para que fosse algo de fácil extração, porque ela só encararia isso dali a 3 dias mesmo.

— Felicity? – Ela foi tirada de sua distração pelo Tommy, que olhava novamente pra ela. – Onde eu tô? Isso não parece ser um hospital...

— E não é... Você tá na minha casa. – Tommy ergueu uma sobrancelha e olhou pra baixo avistando a bandagem em seu torso.

— Eu... Eu lembro disso... – a voz do Tommy, que já era fraca, ficou ainda mais baixa e mais grave. Felicity correu pra encher um copo de água e ofereceu a ele.

— Você consegue se sentar, ou quer um... canudo? – Ela estava calculando como conseguiria levantar um homem pesado daqueles, mas ele próprio se ergueu, mantendo-se numa posição sentada, apoiando-se na cabeceira da cama. – Aqui. – Felicity ofereceu o copo a ele, que agradeceu o gesto e bebeu. Quando terminou, Felicity pegou o copo de volta.

— A última coisa que eu me lembro é de uma viga... bem aqui. Eu achei que tinha morrido.

— E você quase morreu mesmo. – Felicity aproximou a poltrona da cama e sentou-se. – Oficialmente... Legalmente, você está morto. – Tommy ergueu uma única sobrancelha, mas não disse nada. Ficou aguardando que Felicity explicasse melhor a situação. – Eu não sei os detalhes, mas o Oliver te viu morrer, e houve um enterro há mais de uma semana. – Tommy arregalou os olhos, mas continuou sem falar nada. – Até que ontem de manhã, uma mulher que eu não conhecia te trouxe até mim, dizendo que não sabia se você acordaria, mas que ela não poderia mais cuidar de você porque precisava... voltar de onde veio. – “A melhor maneira de mentir é se manter o mais próximo da verdade possível”. Felicity recitava essas palavras enquanto se explicava para Tommy. – Como você está oficialmente morto, e eu não sabia se voltaria de fato ao mundo dos vivos, preferi não anunciar a ninguém a sua... “não morte”? Como chama alguém que morreu mas não morreu, mas tem chances de morrer...? – Tommy balançou a cabeça confuso, claramente não acostumado à tendência de tagarelar da Felicity.

— Bom, obviamente não estou morto... Não sei como, mas não estou.

— É... Não está. – Felicity não tinha nem ideia do que fazer. – Mas antes que você decida sair correndo daqui e procurar um hospital, saiba que não é uma boa época para ser um Queen ou um Merlyn. Seu pai sumiu depois do empreendimento. O Oliver disse que ele morreu, mas eu tenho minhas dúvidas... – Felicity lembrou-se das palavras de Zari. Ela sabia bem que Malcolm estava vivo, mas preferia não mexer nesse vespeiro por enquanto.

— Ele disse pra mim que não matou meu pai, mas se estiver morto, melhor. – Tommy resmungou. – Felicity deu um meio sorriso e prosseguiu:

— O Oliver se mandou... Ninguém sabe pra onde ele foi. Ele falou pra Thea que foi fazer um mochilão na Europa, mas sabemos que esse não é o caso...

— Espera! Você tá insinuando que... – Felicity assentiu com a cabeça enquanto Tommy gesticulava colocar um capuz.

— Sim, eu sei. Suporte técnico. – Felicity deu de ombros.

— Eu sabia do guarda costas. Vi os dois juntos quando eles foram atrás do meu pai. – Tommy disse. Depois que a Felicity sussurrou “Diggle” pra ele, Tommy continuou. – Isso. Mas faz sentido você fazer parte também. Você ia demais ao Verdant pra ter sido só por conta do sistema de segurança... – Tommy parou por um instante, respirou fundo e olhou sério pra Felicity. – E como você faz pra tolerar o rastro de mortes que o Oliver deixa?

Felicity respirou fundo antes de responder. Ela queria responder seriamente pois sabia que o relacionamento do Oliver e do Tommy estava abalado justamente porque ele não aceitava as atitudes do Capuz.

— Quando eu me “alistei”, – Felicity fez o gesto de aspas com as mãos. – eu realmente tive que fechar os olhos pra muitas das mortes, porque eu sabia que ser o Capuz significava ser às vezes um assassino. – Felicity respirou fundo mais uma vez e continuou. – Mas eu sabia que o Oliver era uma pessoa boa. E eu acompanhei parte da missão dele. Acompanhei o tanto que ele sacrificou pelo bem dessa cidade. Quando eu comecei, ele só riscava nomes de ricos de uma lista, mas eu vi ele sair aos poucos de sua missão pra ajudar ao invés de punir. Eu vi na frente dos meus olhos o Oliver se tornar cada vez mais um herói. Um herói que essa cidade precisa. Um herói que eu admiro.

— Uau! – Tommy disse baixinho depois que Felicity terminou de falar. – Parece que tem alguém com uma quedinha séria pelo meu amigo! – Felicity deu um sorriso triste e balançou a cabeça negando a afirmação.

— O Oliver é... bem, ele é meu amigo, mas por causa da máscara que ele usa quando não está sendo o Capuz, as pessoas só veem o homem que ele foi um dia, Ollie Queen, o playboy de Starling City. Mas desde que ele voltou, ele nunca mais foi assim. Ele é um homem que ama a família e sua cidade, e faz de tudo pra proteger quem ama. Até pra você ele teve que mentir muito desde que voltou, e vocês tiveram pouco tempo antes de você...

— Morrer? – Tommy completou pra ela com um meio sorriso. – Não se preocupa, Felicity. As minhas últimas palavras pro Oliver foram boas. Eu não ia partir dessa vida brigado com meu melhor amigo, meu irmão. Até pra Laurel eu... – Tommy interrompeu o que dizia e seu rosto se encheu de tristeza. – A Laurel acha que eu morri? – Felicity assentiu com a cabeça. – Eu disse que amava ela. Eu tentei lutar por ela, mas ela estava com o Oliver. Eles...?

— Eu não sei dizer, Tommy... – Felicity baixou a cabeça em tristeza. – Depois que você “morreu”, o Oliver ficou desolado. Não falou mais comigo, não quis mais saber do Capuz... E depois de um tempo do seu enterro ele simplesmente sumiu. A Laurel tá por aqui ainda, então acho que eles não estão juntos não. – Depois de um tempo sem que Tommy dissesse nada, Felicity mudou de assunto. – E o que você vai fazer agora que não está morto? O que você *quer* fazer?

— Bem, aposto que ninguém nessa cidade quer ver a cara de um Merlyn, não é? – Felicity contorceu o rosto não querendo concordar, mas sem alternativa. – E como eu “morri”, não tenho nem dinheiro nem saúde pra sair daqui.

— Dinheiro não seria problema... – Felicity deixou em aberto sem querer dar maiores explicações. – Mas você é bem-vindo pra ficar aqui o quanto quiser.

— Acho que alguns dias pra decidir o que eu vou fazer não mataria ninguém... Você tem certeza que eu posso ficar aqui? Não quero atrapalhar sua vida...

— Eu trabalho o dia inteiro de segunda à sexta, então a casa é sua. Eu posso mandar entregar comida pra você porque você acabou de vencer a morte, mas a minha comida te mandaria de volta pra lá rapidinho... – Tommy riu e gemeu um pouco de dor levando a mão na direção da bandagem.

— Dá pra ver porque o Oliver te mantém por perto. – Tommy disse depois que a dor cedeu um pouco.

— Você não viu nada! – Felicity disse levantando a mão e mexendo os dedos. – Esses dedos aqui são mágicos. – Tommy ergueu as sobrancelhas com a frase sugestiva. – Não! – Felicity interveio. – Não nesse sentido. Eu consigo o que eu quero com alguns toques. – Agora Tommy não estava mais nem tentando disfarçar a risada. – Por que meu cérebro sempre pensa a pior maneira de falar as coisas? No computador, Tommy Merlyn! Meus dedos são mágicos no computador! – Felicity já estava corada e sem jeito, enquanto Tommy ria de leve pra não piorar sua dor. 

— Definitivamente entendo porque o Oliver te quer por perto... 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, o Tommy acordou. Amarro a história ou vamos em frente pra descobrir como foi o hiato entre a temporada 1 e 2 com o Tommy vivo?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Starling City 2013" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.