Crepúsculo 2.0. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 31
A Mansão Gracey


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/PlqYF_nNhkU-Clary faz seu primeiro feitiço de necromancia.



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P.O.V. Connor.

Fomos para esta viagem pedagógica e vamos ficar hospedados numa mansão que supostamente é mal assombrada.

—E ai, tá com medo gata?

—Não. Mas, você deveria estar.

Era a garota da biblioteca. Depois do toque de recolher, bem depois, vi umas velas passando, fazendo o caminho da saída. Pensei que fosse uma assombração, mas nada preparou o meu ser para aquilo.

Ela estava de pijama, era um pijama bastante revelador. Bom, nem tanto.  A blusa era lisa com decote V e neste decote haviam babados pretos e o short doll também era de babados.

Ela cavou um túmulo e tirou o cadáver de lá de dentro.

—Você vai sair dai ou o que?

—Eu... o que está fazendo?

—Necromancia. Quero testar o feitiço antes de... usar na pessoa que eu amo. Se algo der errado, não vai acontecer nada com a tia Rose ou com a alma dela.

—O que?

—Consegue guardar um segredo garotinho?

—Eu não sou um garotinho.

—É pra mim. Mundanos tão ingênuos, tão leigos. As criaturas mais ingênuas do mundo. Bruxas são reais garoto, a magia existe. E é capaz de coisas que você não consegue nem começar a imaginar.

Ela começou a posicionar velas por todo o lugar, colocou o esqueleto sob um altar de pedra dentro da cripta de mármore branco.

—Não pode mesmo...

As velas todas se acenderam sozinhas.

—O que...

—Qual é problema querido? Não é estudante de ocultismo?

Ela começou a recitar um feitiço, as chamas das velas foram nas alturas, comecei a sentir um arrepio na espinha.

A ruiva jogou sal nos restos do falecido e de repente... combustão espontânea.

—Bom, está pronto. Não esperava que fosse pegar fogo, mas geralmente quando pega fogo é porque saiu errado. É uma pena. Amanhã eu tento de novo. Tem muitas cobaias aqui.

—Você é... doida. Como as velas se acenderam sozinhas?

—Magia. Agora é melhor darmos o fora daqui antes que alguém comece a sentir o cheiro de fumaça.

Nós voltamos para os nossos quartos e as pessoas começaram a sair, já que havia fumaça saindo da cripta.

—Esses alunos... Por Deus!

Apagaram com o extintor e chamaram a polícia, o problema foi que a polícia estava ocupada com um roubo em andamento com reféns envolvidos.

—Amanhã a polícia virá e descobriremos quem foi responsável por este ato de vandalismo!

O problema foi que quando a polícia chegou, ao invés de encontrar um cadáver carbonizado, encontraram um homem vivo.

—O que? O que o senhor estava fazendo nu dentro duma cripta?

—Eu não faço ideia. Mas, esta é a minha propriedade e vocês devem sair.

—Quem é você?

Perguntou a ruiva.

—Eu sou o Lorde Edward Gracey.

—E em que ano estamos?

Perguntou de novo com um sorriso.

—Ano da graça de mil oitocentos e sessenta e quatro.

—Está uns cento e quarenta e seis anos atrasado, milorde, mas não importa. Tudo o que importa é que deu certo.

—O que deu certo? Quem é a senhorita?

—Não importa. Sinto muito pelo choque temporal, por favor não leve para o lado pessoal.

—Exijo que saia imediatamente da minha propriedade!

—Só que essa não é mais a sua propriedade. Não há mais membros vivos da família Gracey, exceto você. 

A polícia levou o homem preso.

—O que foi que você fez Clary?

—Eu não fiz nada Hope.

Na noite seguinte elas falaram e eu ouvi atrás da porta, ao menos, eu tentei.

A porta foi aberta e eu cai no chão.

—Não gostaria de entrar, Connor?

—Um mundano nem tinha que estar aqui.

—Ele me viu, Hope.

—Então apaga a memória dele.

—Pode fazer isso?

—Podemos. Mas, não seria bem mais divertido se ele soubesse?

—Clary...

—Ah, deixa de ser mala. O Landon sabe.

—Mas, o Landon não é humano. Ele é.

—Que pena.

—Ah, qual é? Seria bom ter um informante.

—O que foi que você fez com o homem da cripta?

—Ontem, o homem da cripta... não passava de um esqueleto.

—O feitiço de ressurreição que estava procurando. Como o achou?

—A biblioteca do bloco de ocultismo de Cambridge não é totalmente inútil. Tinha um grimório lá, um de verdade. No meio daquele monte de porcaria consegue imaginar?

—Necromancia? É um crime contra a natureza, as coisas vão acabar mal.

—Se liga, Hope, nós duas somos um crime contra a natureza. O universo tá tentando nos matar desde antes de nascermos! Hope Mikaelson, a filha do Klaus Mikaelson, um híbrido. Filha de um vampiro e uma lobisomem, neta de uma bruxa malvada. E eu, Clarissa Mikaelson, filha de um vampiro e uma híbrida doppelgganger, neta da mesma bruxa malvada e de um vampiro Original psicótico. E eu tenho o sangue do diabo, literalmente. Meio vampira, meio bruxa, meio shadowhunter.

—Clary, da última vez que um necromante trouxe pessoas de volta da morte, a Josie quase morreu! A mãe biológica possuída dela a enterrou viva no cemitério atrás da escola. Lembra?

—Isso foi porque o necromante tava controlando ela.

—E este mesmo necromante ficou com medo de você.

—Nem sei porque.

—Sabe sim. Asheron, o império negro.

—Hope, isso aconteceu á muito tempo. Muito antes de você e muito antes de mim.

—Clary, você é uma Mikaelson legítima, uma Petrova e sabe-se lá como cargas d'água é membro desta linhagem super antiga com o sangue puro. Clary, seu sangue é literalmente azul!

—Ahm, sem querer ser intrometido, mas... se não falarem baixo vão acordar as pessoas.

—Tem muito o que aprender Connor. Temos um feitiço de privacidade em andamento.

—Você tem que apagar ele.

—Não me apaguem. Por favor, não me apaguem.

—Não vamos te matar cabeçudo. Só apagar toda e qualquer lembrança que você tenha sobre... nós. Magia e tudo isso.

—Por favor, não façam isso. Eu posso ser útil. 

—Ah, vamos Hope. Se isso te deixa mais tranquila, o compelimos a não contar. Eu preciso de alguém para conversar, sem ser você.

—Tá. Mas, eu vou fazer.

Ela olhou bem no fundo dos meus olhos.

—Connor, você não vai esquecer de nada do que aconteceu, mas também não vai contar a ninguém, nem sob ameaça, nem sob a mais hedionda das torturas, vai levar os nossos segredos para o túmulo com você.

—Sim. Eu vou.

—Precisava mesmo fazer isso?

—Era isso ou matá-lo ou fazê-lo esquecer. Os humanos não são bons em guardar segredos.

—Se você é filha de um vampiro e uma lobisomem e sua vó é uma bruxa... o que isso te torna?

—Uma tri-híbrida. Híbrida, de três criaturas diferentes. Graças ao meu sangue de vampiro, posso me transformar em loba sempre que eu quiser, posso não me me transformar.

—E quanto a lua cheia?

Elas contaram toda a história.

—Então, a sua mãe era tipo uma lobisomem Original e o seu pai é um vampiro Original.

—Isso.

—Você disse que seu pai era um híbrido. Que tipo?

—A magia o fez vampiro, mas... ele nasceu lobisomem. Quando ele fez sua primeira vítima ativou a maldição.

—Então, a maldição tem que ser ativada?

—Sim. Empoderada. Como Inadu empoderou a maldição original com a energia de sua própria morte, é assim que você a ativa. Uma pessoa pode possuir o gene da licantropia e passar a vida toda sem saber, sem se transformar.

—E você pode se transformar sempre que quiser? Até de dia?

—A ideia é essa.

—E porque não se transforma?

—Um, porque os humanos não pensariam antes de atirar em mim e dois porque para me transformar tenho que quebrar cada osso do meu corpo.

—Uau!

—É chamado de maldição por uma razão.


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