High School Darlisa escrita por kicaBh


Capítulo 5
Cap 5 - Chá das Cinco


Notas iniciais do capítulo

Nathalia dill foi maravilhosa, e postou no instagran dela uma foto de quando era adolescente. Me fazendo ter a exata dimensão de Elisabeta anos 90. Já Thiago tá aí em Terra Nostra pra dar asas a imaginação.



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Com o fim das aulas Elisabeta estava feliz com suas notas, Ema iria ao Rio com seu pai visitar uns fornecedores, para falarem de negócios. Ludmila iria pra São Paulo e o pai a levaria para passear na Europa. Se soubessem o que ela andava aprontando com Januário na escola a mandariam para lua, como ela mesmo dizia as gargalhadas.

Elisabeta ficaria em Campinas, Darcy também. O pai de Darcy estava trabalhando muito e teria algumas reuniões em julho. Não que Darcy estivesse reclamando, ele queria aproveitar estas férias para ver muito Elisabeta, já que ela também estaria por aqui. E hoje seria o primeiro destes dias que ele imaginava que seriam ótimos. Era o dia do Chá das Cinco.

Fazia frio em Campinas, por isso a ideia do chá caíra como uma luva. Darcy estava empolgado, mesmo com Camilo cobrando um pouco de sua atenção. Ele era um garoto era legal, um pouco inseguro demais, mas realmente de muito bom coração. Brincou com Charlote sobre o que ela queria, e sempre estava atrás de Darcy para o que ele necessitasse.

Sem saber exatamente do que Elisabeta gostava Darcy se viu perdido na hora de escolher o cardápio. Mercedes riu da falta de jeito dele tentando impressionar. Com aquela beleza e educação, somado a boa pessoa que ele era, e o dinheiro que ele possuía, ele seria um partidão para qualquer menina. Seu pai o socorreu, dizendo a tradição do chá era algo muito simples na Inglaterra, alguns ótimos quitutes ingleses, que Mercedes fazia muito bem, e uns chás frescos seriam um sucesso, geralmente era. E caso eles errassem em alguma coisa teriam pães brasileiros e suco natural.

Archiebald tinha se certificado que Briana e Margareth estariam fora, não as queria frequentando a casa. Na última visita Margareth ficou dando aulas de etiqueta para Charlote, como se sua menininha não fosse uma típica inglesinha. Uma das coisas que ele não sentiria saudade do Brasil seriam elas, Briana ainda ventilou a ideia de quem sabe estudar na Inglaterra, mas segundo Darcy dizia ela não era uma aluna brilhante, o máximo que conseguiria era uma faculdade razoável.

Então Darcy relaxou, ou tentou. Foi uma tortura esperar até a hora que Elisabeta chegaria, além de escolher uma roupa. Seu pai achava que ele andava muito informal ultimamente, então Darcy tinha a dura missão de agradá-lo, e também a sua “amiga” ficante. Quando comentara com Camilo o termo o menino achou muita graça, mas entendeu de pronto. Mas pelo nervosismo de Darcy, Camilo duvidava que essa garota era só uma ficante. Ele percebia que o amigo, com todo aquele tamanho e aparência de quem seria muito mais velho, parecia em pânico.

Camilo conhecia Darcy desde que era bem pequeno, geralmente se encontravam em Pemberley, e Darcy sempre foi um galã, pelo menos era o que Suzana falava toda vez que o via. E quando passeavam ele percebia os olhares que Darcy ganhava. Enquanto ele, baixo para sua idade, tinha que se contentar com sorrisos carinhosos e ofertas de balinhas, Darcy ganhava charme e piscadelas, mesmo de meninas da idade de Camilo. Se fossem da mesma idade Camilo suspeitava que nas festinhas Darcy seria escolhido e ele o que teria que batalhar a menina. Mas Darcy parecia não perceber muito o efeito que causava, ou talvez essa Elisabeta fosse realmente muito especial para ele.

Depois de muito pensar Darcy conseguiu usar uma calca, não social como seu pai queria, mas jeans. A camisa teve que ceder ao lorde Williamson e optou por uma camisa branca de botões. Por cima botou uma jaqueta cinza que ele achava o máximo, imitava pele de elefante e ele se sentia um astro de rock.

Em casa Elisabeta apressava o pai, não queria chegar atrasada, eles eram ingleses – pontualidade britânica, ela ficava repetindo para Felisberto, mesmo sabendo que teriam tempo de sobra. Lídia estava parecendo um usinho num conjunto de moletom cor de rosa. Se ela fosse um ursinho seria ótimo, pensou Elisabeta. Deus ajude que Charlote a aguentasse. E Jane estava linda, mas isso não vinha ao caso porquê das cinco irmãs Jane sempre foi a mais bonita. Isso nunca foi motivo de ciúme entre elas, era apenas natural que a loirinha chamasse a atenção, e quanto mais se tornava menos menina e mais mulher, mais linda Jane se tornava. Hoje ela usava um vestido azul claro e jaqueta de moletom mais escuro que combinava perfeitamente com os cabelos de cor de ouro que ela exibia em tamanho grande e lindos cachos.

Elisabeta também não fazia feio, Ema deixou instruções explícitas sobre apresentação, embora Ludmila ficasse rindo e dizendo que Darcy olharia para ela com uma cara de pamonha mesmo que ela vestisse um saco de lixo.

Elisabeta não abriu mão do all star vermelho, era seu tênis favorito e Darcy também o adorava, dizia que tinha sido feito para ela. No mais, calça e jaqueta jeans, e a sugestão aceita de Ema, uma blusa de linha rosa bebê. Ela estava bonita, mas se sua mãe insistisse mais uma vez em entrar na mansão Williamson ela pularia do carro e viria embora. Por isso Felisberto não deixou a mulher acompanha-los e quando deixou Elisabeta na porta da casa disse apenas para ela se divertir, que ele tinha conversado com o pai de Darcy, e ele era apenas um pai que também queria conhecer a amiga do filho. Terminou dizendo que Elisa era adorável demais, não haveria erro. E que se tudo desse certo, ele gostaria de conhecer Darcy também. No futuro, ele acrescentou diante do olhar bravo de sua filha mais destemida.

16h40

A campainha da casa tocou e Mercedes passava para atender quando Darcy pulou na frente dela e se dirigiu ao portão. Ainda chegou a tempo de ver Felisberto se despedir das três meninas muito bonitas na sua porta. Gentilmente ele cumprimentou Jane com um abraço, assim como Lídia, e beijou o rosto de Elisabeta dizendo para que se sentissem em casa.

Charlote estava paradinha esperando uma menina da sua idade, ela tinha altas expectativas, e queria aprender muitas brincadeiras brasileiras. Camilo estava parado ao lado do lorde Williamson e Darcy fez as apresentações.

Se não estivesse enganado parecia que Camilo nunca vira moça tão bonita quanto Jane. Já Charlote e Lídia pareciam como o sol e a lua, uma era educada e tranquila a outra era elétrica e avoada, mas as brincadeiras dariam certo.

A apresentação mais seria da noite aconteceu e Archiebald Williamson, Conde de Pemberley, finalmente conheceu Elisabeta Benedito. Ela não se sentiu intimidada, e o velho lorde foi muito solicito. Enquanto caminhavam para mesa posta no jardim, e se sentavam, conversaram sobre literatura inglesa e universidades. Ele ficou espantando por ela mirar em Cambridge, e a achou destemida o suficiente para conseguir e se dar bem. Ela iria longe. Ela era vibrante, ele começava a entender o que seu filho via nessa menina brasileira. Ela era articulada para a idade, e era muito bonita. Seu filho devia estar tendo ótimos momentos com ela, porque o olhar que ele lançava para os dois indicava admiração.

Jane e Camilo se sentaram com eles, bem como Charlote e Lídia. E Elisabeta rezou para que sua irmã mais nova se comportasse, o que misteriosamente aconteceu, e ela creditou o fato a cara pouco amistosa de lorde Williamson para as duas crianças.

Eles foram servidos e Elisabeta teve paz a primeira vez para dar uma olhada ao redor. O jardim onde estavam era maior do que sua casa toda, e olha que ela morava na maior casa da rua. A mansão ficava ao fundo, imponente com sabe-se lá quantos quartos e salas. Parecia um daqueles casarões de fazenda, das histórias como Escrava Isaura, ou Sinhá Moça. Era uma casa gigante, branca com janelas azuis, e lembrava muito a casa de Ema.

As Benedito acharam os stones, e os yorkshire puddings maravilhosos. Combinados com um chá de menta e frutas vermelhas ficava perfeito. E Darcy fez questão de saber se havia algo mais que elas queriam, mas estava tudo de muito bom tamanho, disseram.

Achando que sua presença já estava suficiente, e achando que o filho merecia receber seus convidados com menos cerimônia o lorde resolveu se retirar, alegando que iria descansar, mas que todos ficassem a vontade. Ele se despediu e disse a Elisabeta que ela seria sempre bem vinda aqui ou em Pemberley. Podia ser impressão, mas não ele não sentia que o namoro deles terminaria no final do ano para nunca mais acontecer. 

Camilo e Jane conversavam animadamente, Charlote e Lídia brincavam alegremente de algo que Darcy não sabia o que era, mas consistia em pularem em quadrados com números, pulando algum especifico. Charlote parecia viva como nunca a vira a muito tempo. Então ele deixou todo mundo para trás e foi mostrar a casa a Elisabeta, numa clara necessidade de ficar sozinho com ela por uns momentos.

Elisabeta quase se perdeu por tantas salas e quartos e escritórios e até mesmo cozinha da casa, ela pensava em como uma família tão pequena morava numa casa tão grande, era um tremendo desperdício de espaço. Foi quando ele abriu uma última porta :

E esse é o lugar mais importante dessa casa. O meu quarto, é claro... ele falou fechando a porta e abraçando por trás, beijando seu pescoço como nunca tinha feito antes, mas estava cada vez mais com vontade de fazer.

Elisabeta ficou arrepiada, e apertou os braços dele, mas logo se virou para que as bocas se encontrassem.

Então aconteceu.

Até ali eles davam uns beijinhos, sempre estavam na rua, ou próximo da escola, ou num cinema com pessoas ao redor. Agora não, estavam sozinhos, e pelo menos por uns minutos nada mais importava a não ser Darcy e sua língua, e suas mãos passeando pelo corpo dela. Ludmila já tinha questionado isso, se Darcy já tinha passeado no corpo dela, fazendo Ema ficar corada e Elisabeta rindo pensando que sim, ele ficava cada vez mais ousado. Mas ela imaginava que ela e Darcy ainda se respeitavam, mas no quarto dele se apertaram um contra o outro , cedendo ao momento. Não confortável o suficiente Darcy a guiou para a cama e se deitou em cima dela. Tudo isso sem parar de beijá-la.

Passos no corredor os assustaram e Elisabeta achou que alguém abriria a porta e os pegaria naquela posição que não tinha explicação. Mas então ouviram Lídia e Charlote correndo e rindo, e isso fez Darcy recobrar o controle e parou os beijos que desciam pelo pescoço dela , cujo desejo era mesmo chegar aos seios. Mas não a liberou, isso só se ela pedisse, ele pensava. E ela não pedia, muito pelo contrário, ela parecia estar gostando tanto quanto ele.

Alguns amigos do colégio comentavam dos namoros, que as meninas diziam não, não podia passar a mão, não podia ver, outros diziam que já transavam, e ele ficava pensando no que Elisabeta faria. Ela estava tão empolgada quanto ele naquele momento, tinha as bochechas coradas e a respiração arfante.

Acho que entendi finalmente o que meu pai tentava falar comigo durante dias. Darcy riu olhando fundo nos olhos de Elisabeta. Era desejo, puro e simples. A vontade maior era realmente trancar a porta e deixar rolar.

Deve ser um complô. Minha mãe quer me levar o médico, falar sobre prevenção. O que nossos pais acham que somos, Darcy ? irresponsáveis? Ela falou enquanto sentia ele endurecendo sobre ela, com olhos escuros de um desejo que ela mesmo não sabia que podia sentir. Tudo que ela queria era que estivessem sozinhos naquela casa, com muito mais tempo livre para se curtirem, e então ela tomaria uma atitude sensata. Mas ali, na cama dele, a única coisa que ela ouvia era seu corpo gritar para ir mais longe.  

Eu acho que eles sabiam que faríamos exatamente o que estamos fazendo.  Ele riu junto dela e se beijaram profundamente, a língua dele fazendo movimentos de vai e vem que Elisabeta pensava se não era isso que deviam estar fazendo com o corpo todo. Mas Darcy levantou e a puxou junto com ele, admirando o quanto ela estava linda daquele jeito, parecendo que tinha sido surpreendida por um vendaval. – Vamos antes que meu pai bata nessa porta e eu não tenha o que dizer a ele.

E então voltaram para o jardim como namorados bem-comportados e encontraram até o pai de Darcy de volta. Ele educadamente disse que mostrou a casa a Elisabeta, mas ela ficou tão vermelha que o lorde sorriu. Logo Felisberto buscariam elas e tudo voltaria ao normal, Elisabeta pensava.

Jane e Camilo também se aproximaram e os cinco ficaram conversando amenidades enquanto as menores repetiam o chá com suas bonecas.

No caminho de volta Lídia contava todas as brincadeiras que ensinou e aprendeu com Charlotte, as bonecas, enquanto Elisa e Jane vieram perdida em seus pensamentos. Jane porque achou Camilo o menino mais bonito que ela já viu na vida e o mais doce também, era a primeira vez que ela e um garoto tão doce passavam tanto tempo juntos, conversando. Elisabeta pela primeira na vez na vida pensava seriamente em namoro e em sexo. Em Darcy com ela na cama dele, por cima dela, beijando. Será que ela não era muito nova para isso ? Com quem ela conversaria ? Ema consideraria uma afronta a ideia, e Ludmila a encorajaria. Talvez ela devesse aceitar a sugestão da mãe e fazer a consulta médica.

Darcy viu Mercedes recolhendo as coisas enquanto Camilo esperava Julieta busca-lo. O menino tinha achado Jane muito linda e muito educada, e Darcy começava a pensar que tipo de encanto possuíam as irmãs Benedito. Camilo era um garoto solitário, um ano de escola no Brasil mudaria isso, ele tinha certeza. Ele mesmo foi um garoto solitário, melhorando um pouco depois que o furacão Elisabeta Benedito entrou em sua vida.

No final da noite, sozinho no seu quarto Darcy pensava na conversa que o pai tivera, que era importante saber o momento, o lugar, e respeitar o desejo da mulher que ele escolhesse. Nos filmes adultos que eles viam parecia tudo simples, mas era tudo programado, ele se lembrou – nada ali era real.

Ele e Elisabeta juntos o deixava num misto de antecipação e nervosismo. Ele queria fazer coisas que a agradassem, mas também que o deixariam satisfeito, mas seu corpo parecia não obedecer aos seus comandos e parecia que ele perderia o controle de tudo e se apertaria nela até se sentir satisfeito. Ele mesmo se assustava com um desejo tão primitivo. Era avassalador. Ele sorriu ao pensar nisso, será que ele deveria pedir a ela para namorarem? Mudaria alguma coisa entre eles ?

Do outro lado Ofelia questionava Elisabeta sobre como havia sido o chá, o sogro, a casa e tudo mais que havia acontecido. Elisa não dava muitas respostas, só gostaria mesmo de subir para seu quarto e ficar sozinha, mas foi uma boa filha e supriu a curiosidade da mãe. Disse que os chás eram ótimos, mas ela apresentaria Darcy ao mate, genuinamente brasileiro. Mas que os quitutes ela queria ter sempre em casa.

Em seu quarto o lorde se preparava para dormir quando resolveu não mais adiar uma outra conversa com o filho. Darcy iria para a faculdade ano que vem, Cambridge o esperava. Ele havia conversado com Darcy sobre sexo, sabendo que a escola preparava um pouco os garotos para isso, mas ele não deixou de perceber os rubores quando seu filho e Elisabeta voltaram ao jardim. E ele que havia imagianado que Elisabeta e Darcy se distanciariam um pouco durante as férias estava enganado. Por mais que Darcy falasse que ia jogar bola com os amigos, o filho estava sempre arrumado, dispensava Donato e voltava com um grande sorriso no rosto. 

Ele foi até o quarto do filho e bateu na porta. - Darcy, podemos conversar ?

Archiebald entrou no quarto e encontrou Darcy deitado na cama, mexendo em nada, um livro do lado. Seu filho que nunca havia sido um leitor de literatura brasileira tinha ao seu lado um exemplar de Jorge Amado, Capitães da Areia. Ele achou a escolha exótica demais para o filho, que nunca tinha ido a Bahia, mas não questionou. Darcy perguntou o que ele queria.

Algo que eu sinto que preciso lembra-lo. Sua amiga é uma menina muito linda e muito inteligente, e viva, e sinto que você tem gostado muito dela. No entanto, meu filho, vamos embora tão logo suas aulas acabarem no começo de dezembro. E reparou que Darcy o olhava com olhos assustados.

Eu não me esqueci pai, porque esse assunto agora ? Darcy sabia a resposta, mas não era algo que ele gostasse de pensar, não agora que os beijos que ele e Elisabeta estavam trocando eram os melhores da vida dele até então. O deixavam sempre com o desejo a flor da pele, eles estavam cada vez mais corajosos, e outro dia, por um breve momento enquanto ele esperava Donato na porta do shopping, ele pressionou Elisabeta na parede do estacionamento e passou a mãos pelos seios dela.

Elisabeta sabe ? o lorde o tirou dos devaneios, fazendo ele corar e seu pai rir.

Nunca falamos sobre isso, mas acho que ela sabe. Darcy falou como se não tivesse importância. Mas tinha muita. Ele não queria tocar neste assunto com ela, com medo que ela se afastasse dele, não se envolvesse mais. Como se isso fosse possível a esta altura.

Você vai vê-la por estes dias ? as aulas de vocês ainda demoram um pouco pra retornar. Archiebald falou com um tom educativo. Não deixe que isso seja uma surpresa para ela, prepare-a. E se prepare também, ele falou, sabendo que ia ser uma separação para o filho.

Eu poderia ficar ? No Brasil ? Darcy jogou e ousou sonhar.

Não. Voltamos a Inglaterra e você estuda e se forma. Aí poderá tomar suas próprias decisões.  Então saiu do quarto do filho. Ele não ficou surpreso com o pedido de Darcy, ele sabia que o filho estava se apaixonando. Mas ele era um garoto, e o ensino inglês era importante para ele. E havia muitas jovens no mundo, Darcy teria muita companhia. Além do mais, no próximo ano ele precisava inseri-lo no escritório, Archiebald não era mais tão jovem e Darcy precisava saber se virar se algo acontecesse a ele. Darcy iria completar 18 anos, já era hora do filho aprender os negócios da família na prática.

Pai— Darcy chamou. A Escola vai ter um baile de formatura um pouco antes do natal. E eu gostaria realmente de ir. Será que não podemos ficar e só embarcar depois do Ano Novo?. Eu realmente gostaria de estar aqui na passagem do ano.

O lorde olhou para o filho e pensou nos arroubos da juventude. Darcy não era festeiro, desde criança preferia ficar no quarto a descer para as festas que a mãe dele insistia em fazer em Pemberley. Ela sim, amava receber as pessoas, comemorar, beber. O filho não, puxou a ele. Mas Archiebald achou por bem que um mês a mais no brasil não faria diferença, então providenciaria as passagens para janeiro. Tudo que o filho queria era um baile com uma garota bonita e uma festa de réveillon, ele entendia. Se fosse possível escolher, ele teria escolhido mais um pouco de tempo com Francisca, um mês que fosse, um dia, valeria a pena.  – Tudo bem, meu filho. Mas embarcamos dia 02. Impreterivelmente. E saiu do quarto deixando o filho formando planos para ele e Elisabeta. Uma despedida tão apaixonada que ela nunca mais o esqueceria e faria o impossível para encontra-lo em Cambridge.

Darcy ia desligar as luzes e a tv para dormir quando outra batida na porta o alertou. Ele falou para entrar, imaginando que seu pai falaria mais alguma coisa quando viu sua irmã entrar no quarto, já de pijama com o ursinho no colo. — Darcy, eu quero agradecer. Hoje foi um dos dias mais divertidos da minha vida. A Lídia é muito agitada, mas eu aprendi muitas brincadeiras e eu gostei. Quando você puder, me leva na casa dela, da Lídia ? É a casa da Elisabeta também , não é ? Eu gostei dela, da Elisa, achei ela bonita – mais bonita do que a Jane, que a Lídia falou que na casa dela não se pode falar que alguém é mais bonita que a Jane. E a Lídia também contou que a Elisa gosta de você, porque diz a Lídia que quando falam seu nome na casa dela, Elisabeta fica vermelha.  

Darcy olhou para a irmã espantado, o dia deve ter sido muito importante para ela, porque Charlote não era falante. Era amorosa, mas retraída. Ele a chamou para um abraço e deu um beijo no topo da cabeça loira dela, dizendo que se fosse possível ele a levaria para brincar com Lídia novamente. –E o que você respondeu para Lídia quando ela contou que Elisabeta fica vermelha? Ele quis saber.

Que você também gosta da Elisabeta, que outro dia o papai te chamou várias vezes pro almoço, mas desistiu e disse que você agora só anda com um sorriso no rosto , sem prestar atenção em ninguém. Ela respondeu inocente. E Darcy a mandou dormir, que isso não era assunto de criança, mas antes dela cruzar a porta ele falou :

Isso é verdade, Charlie. Eu gosto dela.

E teriam que se separar em 6 meses, o coração de Darcy apertou. Ele não tinha nenhuma ideia do que isso ia fazer a ele.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por cada acesso e cada comentário. Muito me alegra e anima.
Bom carnaval a todas.



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