Sesshomaru - Ao Meu Lado... escrita por Mirytie


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Conversa


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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— Isto não é o que parece. – foi o que Kagome disse quando chegou à beira de Rin mas, ao olhar para fora, só viu Inuyasha no chão. Não havia sinal de Sesshomaru.

— O que é que não é o que parece? – perguntou Rin virando-se para Kagome – Vocês estão a esconder-me alguma coisa.

Kagome olhou para Inuyasha, como que para lhe pedir ajuda com aquela situação mas, a única coisa que ele fez depois de se levantar, foi encolher os ombros.

— Acho que não há razão para te continuar a mentir. – disse Kagome, direcionando Rin para a mesa da sala principal – Afinal, já tens idade para saberes a verdade.

— O que é que se passa? – perguntou Rin, um pouco preocupada – Estão-me a assustar.

— A verdade é que… - começou Kagome, depois de Inuyasha se sentar ao seu lado - …o que te dissemos há alguns anos atrás é mentira.

— Há alguns anos? – Rin tentou lembrar-se do que fosse, mas não conseguiu – Sobre o quê?

— Sobre o Sesshomaru. – disse Inuyasha, obtendo imediatamente a atenção de Rin – Ele não está morto. Pelo contrário. Nós temo-nos mantido em contacto.

Rin pensou que ia parar de respirar e, tanto Kagome como Inuyasha, pensaram que ela ia colapsar do choque, por isso Kagome levantou-se rapidamente e foi-lhe buscar um copo de água. No entanto, quando o ofereceu a Rin, ela recusou-o e levantou-se imediatamente.

— Onde é que ele está? – perguntou Rin, dirigindo-se até à porta rapidamente – Não estão a mentir sobre isto, pois não?

— Rin. – chamou Inuyasha, sem sequer se levantar, uma vez que também ainda estava um pouco dorido da luta que tinha tido com o irmão – Ele não te quer ao lado dele.

Rin e Kagome abriram a boca ao mesmo tempo, chocadas com as palavras de Inuyasha. Kagome sabia que ele estava a fazer aquilo para o bem de Rin, mas, mesmo assim…aquele tipo de mentira…era dura demais.

No entanto, em vez de chorar ou gritar com Inuyasha, Rin limitou-se a sorrir. Um sorriso triste que deixou Inuyasha a sentir-se um bocado culpado.

— Isso é natural. – murmurou Rin – Afinal, ele é um daiyokai e eu sou uma humana fraca.

— Rin…

— Mas eu só queria vê-lo uma última vez. – Rin interrompeu Inuyasha – Queria agradecer-lhe por me ter protegido quando eu era só uma criança assustada.

— Mesmo depois de ele ter pedido para te fazer acreditar que ele estava morto, mesmo depois de pedir para te contar uma mentira tão cruel, ainda queres vê-lo? – perguntou Kagome, suspirando quando Rin anuiu com a cabeça – Rin, até perceberes porque é que queres realmente vê-lo, é melhor não o fazeres.

Rin inclinou a cabeça, confusa, por isso, Kagome continuou a explicar.

— Eu acho que tu gostas dele. – disse Kagome, vendo Rin ainda com a cabeça inclinada – Como as tuas amigas gostavam dos namorados, na escola.

Depois de alguns segundos em silêncio, Rin apercebeu-se do que é que Kagome estava a falar e corou intensamente.

— Nem pensar! – exclamou Rin, tapando as mãos com a cara – Ele é como um irmão mais velho para mim!

— E é por pensares assim que ainda não podes ir vê-lo. – disse Kagome – Até perceberes o que eu quero dizer…

Kagome suspirou, subitamente cansada. Aquela história cansava-a. Tantas mentiras só porque Sesshomaru não a queria ao lado dele? Tinha de haver outra razão. Porque tinha medo que ela morresse se estivesse com ele? Não, Sesshomaru era demasiado orgulhoso para pensar daquela maneira.

— Eu estou de férias. – disse Rin, depois de ganhar coragem – E, até ter de voltar para começar a faculdade, eu vou à procura do Sesshomaru-sama!

— Rin! – Kagome levantou-se antes de Rin ter tempo de sair pela porta – O Inuyasha vai!

— Vou? – perguntou ele, surpreendido.

— Sim. – Kag olhou de lado para Inuyasha – Não podemos deixar a Rin ir sozinha. Ela já não passa muito tempo aqui há algum tempo. Já não deve estar habituada.

— E se a vila for atacada? – perguntou Inuyasha, sem qualquer vontade de ir à procura do irmão – Quem é que vos vai proteger?

— A Sango-chan e o Miroku-sama não vão a lado nenhum. E eu também sei lutar. – lembrou Kagome, vendo Inuyasha a estalar a língua – Podes ir descansado.

Kagome sabia muito bem que Inuyasha preferiria combater dez yokais ao mesmo tempo do que ir à procura do irmão, mas era verdade o que ela tinha dito. Rin provavelmente morreria em menos de um dia se fosse à procura do Sesshomaru depois de tanto tempo longe dali. Para além de os caminhos terem mudado, ela não tinha qualquer poder especial, nem experiência em batalha. Tinha percorrido o mundo, mas sempre ao lado de Sesshomaru. Não era seguro para ela.

— Mas não te afastes muito. – disse Kagome, de maneira a que Inuyasha fosse o único capaz de ouvir – Se não o encontrares dentro de 48 horas, volta.

Inuyasha olhou para ela e anuiu. Mas não estava muito preocupado. Tinha a certeza que, quando se afastasse um pouco da aldeia, seria Sesshomaru a ir ter com ele. Se conseguiria fazer com que ele falasse com Rin, esse já era um problema muito maior.

— Muito obrigada. – agradeceu Rin, quando Inuyasha passou por ela, a caminho da saída – E peço desculpa.

Inuyasha parou em frente dela, sorriu e afagou-lhe os cabelos com a mão. – Não te preocupes. Não vou demorar muito tempo.

Rin forçou um sorriso fraco e ficou a ver Inuyasha a afastar-se. Estava a ser egoísta, sabia disso. mas não conseguiria continuar a viver normalmente, sabendo que Sesshomaru estava vivo e não tinha feito nada para voltar a encontra-lo. Kagome também sabia disso e era por essa razão que tinha enviado Inuysaha. Talvez depois de Sesshomaru lhe dizer que não a queria ao seu lado frente-a-frente, Rin pudesse superar aquela fase da sua vida e começar uma nova.

Talvez, quem sabe, retribuir o amor que o irmão tinha por ela.

Tal como tinha previsto, depois de se afastar da vila e já não haver mais pessoas por perto, Sesshomaru apareceu à sua frente.

— O que é que queres, cachorro? – perguntou Sesshomaru, um pouco irritado por ter perdido a calma quando estava a poucos metros de Rin.

— Ela quer ver-te. – disse Inuyasha, simplesmente.

— Voês contaram-lhe a verdade? – perguntou Sesshomaru, vendo Inuyasha a encolher os ombros – Eu sabia que não podia contar convosco.

— Ouve, basta ires lá e dizeres-lhe olhos-nos-olhos que ela é só um empecilho aos teus olhos. – disse Inuyasha – Tenho a certeza que, com o tempo, ela vai esquecer o que se passou.

— Não recebo ordens de bastardos. – replicou Sesshomaru.

Inuyasja ia responder-lhe, tal como sempre fazia quando aquele tipo de conversa surgia. Mas foi aí que percebeu porque é que ele não queria falar com ela.

— Tu não lhe consegues dizer para se afastar, pois não? – perguntou Inuyasha, surpreendido por o irmão ter sentimentos – Porque tens medo que ela faça mesmo isso.

Sesshomaru virou simplesmente as costas e começou a caminhar para longe da vila.

— Hei! O que é que lhe digo? – perguntou Inuyasha, antes de Sesshomaru ter tempo de se afastar mais – Se não fores até ela, a Rin disse que vai à tua procura!

Sesshomaru estacou durante alguns segundos, como se estivesse a pensar.

— Diz-lhe que vou falar com ela esta noite. – disse Sesshomaru, começando a caminhar novamente – Ela deve estar à espera no poço.

Inuyasha suspirou, tão cansado quanto Kagome. Esperava mesmo que aquela conversa fosse o fim daquela estupidez toda.

Rin encontrava-se à beira do poço, há duas horas.

Tinha ido para lá uma hora antes do pôr-do-sol e, mesmo depois de duas horas de espera, ainda se encontrava extremamente nervosa, porque, depois de anos a viver com a ideia de que Sesshomaru estava morto, ainda não conseguia aceitar o que lhe tinham dito como verdade até o ver à sua frente outra vez.

— Rin.

A voz fez com que Rin voltasse à realidade e, depois de piscar os olhos um par de vezes, como se tivesse aabado de acordar, viu-o, finalmente. Naquele momento, teve a certeza de que o seu coração devia ter parado durante um par de segundos. Não havia outra explicação para a sua dificuldade em falar e falta de ar.

— O rafeiro disse que querias falar comigo. – começou ele, uma vez que ela parecia não conseguir fazê-lo – Sobre aquilo que te disseram sobre mim.

— Sesshomaru-sama. – começou Rin, vendo-o a arregalar os olhos, como se a voz dela fosse algo chocante. Claro que só durou alguns segundos – Não precisava de dizer qualquer mentira. Eu sei bem que um daiyokai como você não pode andar com uma humana fraca como eu.

— Qual é o problema, então? – perguntou Sesshomarru, tentando ignorar a última parte.

— Eu só queria ver se estava mesmo bem. – mentiu Rin, sentindo lágrimas a picar-lhe por detrás dos olhos – Só isso.

— Rin. É verdade que não quero um humano fraco ao meu lado. – disse Sesshomaru, vendo-a a anuir a cabeça – Mas tu nunca foste uma humana fraca. Se o fosses, nunca te teria mantido ao meu lado durante tanto tempo.

Na manhã seguinte, já tinha contado a conversa que tinha tido vezes sem conta a Kagome, Inuyasha e até mesmo Miroku mas, a última parte, só contou a Sango, porque tinha a certeza que os outros não compreenderiam o que ela estava a sentir.

— Ele disse o quê!? – perguntou Sango, chocada.

— “Faz tudo o que queres fazer na dimensão da sacerdotisa”. – disse Rin, repetindo o que Sesshomaru tinha dito antes de desaparecer – “Se, depois de tudo, quiseres vir comigo, eu não te vou impedir.”

— Ele disse isso? – perguntou Sango, sem saber o que havia de dizer mais – O Sesshomaru disse isso?

— Sim! – respondeu Rin, extremamente contente.

— Fico feliz por ti. – Sango sorriu e afagou-lhe os cabelos – Mas diverte-te o mais que puderes e experimenta tudo o que conseguires experimentar na outra dimensão. Não há pressas.

Rin anuiu com a cabeça e saiu para ir ajudar Kagome com o almoço, deixando Sango para trás, preocupada.

Porque é que ele lhe tinha dito aquilo!?


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Notas finais do capítulo

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