Sesshomaru - Ao Meu Lado... escrita por Mirytie


Capítulo 5
Capitulo 5 - A Palavra


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Ao contrário do que Rin estava à espera, nenhuma das colegas dela fez pouco da maneira como ela ia vestida e, assim, os meses foram-se passando. Rin fez o exame de entrada para a faculdade e. consequentemente, conseguiu entrar na faculdade onde Souta estudava.

Não tinha nada que lhe interessasse, mas pelo menos estaria com Souta.

Apesar do sorriso que mantinha na cara, as pessoas que a rodeavam continuavam preocupadas com ela. Era verdade que tinha uma vida socialmente saudável. Amigas e amigos. Conceções e conhecidos. Mas, quanto à vida amorosa, era não-existente.

Rin chegou aos 18 anos sem nunca se ter apaixonado ou mostrado esse tipo de interesse por qualquer outra pessoa. Mesmo quando lhe perguntavam se ela não sentia qualquer coisa dentro desses termos, ela limitava-se a encolher os ombros.

Já tinha recebido várias confissões e respondido a nenhuma. Quem a conhecia, sabia disso. Ela tinha começado a ser conhecida por “intocável”, “fria”…vários outros nomes dos quais Souta não gostava.

Se continuasse assim, ela acabaria sozinha e, apesar de não haver qualquer mal nisso, primeiro, Rin teria de enfrentar o que a perseguia dia e noite. A negação na qual vivia há anos.

Souta aproveitou para tentar quebrá-la quando Rin foi visitar a sua faculdade. Por isso, antes de ela ter tempo de voltar, pediu-lhe que ficasse e comesse com ele.

— Há um autocarro depois. – garantiu Souta – Ainda chegas a tempo do jantar. Eu aviso a minha mãe.

Rin encolheu os ombros. Não via mal nenhum em lanchar com Souta. Pelo contrário; estava feliz por o fazer.

Isso até Souta começar a falar de uma pessoa que era taboo para Rin.

— Sabes como é que ele morreu? – perguntou Souta, descontraidamente – Fiquei a saber pela minha irmã que ele tinha morrido, mas nunca cheguei a saber como.

Disse a última parte com mais cuidado porque sabia que Rin tinha passado parte da infância com ele. Ela limitou-se a abanar a cabeça.

— Então, não encontraram o corpo? – perguntou Souta, vendo Rin olhar para o lado – Como é que sabem que ele está realmente morto?

Rin soltou um sorriso nervoso. – Não sei. Foi o que me disseram. Que ele estava…

Souta ficou à espera que ela terminasse, mas a frase ficou inacabada, fazendo-o perceber no que ela se estava a agarrar.

— Ele está morto, Rin. – repetiu Souta, vendo Rin encolher-se ligeiramente na cadeira, como se o corpo rejeitasse a informação – Se i Inuyasha onii-san disse, tenho a certeza que é verdade. O Sesshomaru está morto.

— Eu sei. Foi o que me disseram. – Rin olhou para as mãos que tinha no colo – Não sabem onde é que ele está.

Souta abriu a boca mas decidiu parar por ali. Ele não conseguiria fazê-la acreditar que era verdade que ele estava morto. Pelo menos não quando sabia tão pouco sobre os anos que ela tinha passado com Sesshoumaru.

Por isso, apesar de achar que não era muito correto, quando Rin partiu, telefonou à mãe e explicou a situação na qual Rin estava presa.

— Eu cuido disso. – garantiu a mãe, através do telefone – Não precisas de te preocupar. Se acontecer mais alguma coisa, eu aviso-te.

— Obrigado. – agradeceu Souta antes de desligar.

Como é que um demónio tão cruel quanto Sesshoumaru era tinha conseguido entrenhar-se no coração de Rin?

Souta gostava de saber o segredo dele.

Quando Rin chegou a casa, tal como Souta tinha dito, o jantar ainda não estava pronto, mas a mãe de Kagome estava à sua espera.

— Rin, posso falar um pouco contigo? – pediu ela, apontando para uma cadeira à sua frente – Gostavas de voltar para a tua Era? – como Rin parecia confusa e um pouco assustada, ela continuou a explicar – Ainda tens um bocado de tempo até à faculdade começar e eu sei que tens saudades de lá.

Os olhos de Rin brilharam. – Posso mesmo?

— Nunca foste obrigada a ficar aqui, pois não? – perguntou ela, sorrindo docemente – Vai lá passar o verão e diverte-te. Podes partir já amanhã, se quiseres.

O resto do dia foi passado num frenesim, com Rin a preparar as coisas que precisava de levar para a outra Era mas, apesar de andar de um lado para o outro, atarefada, o sorriso não saía da sua cara, deixando a mãe de Kagome a sentir-se um bocado culpada.

Afinal, tinha proposto aquela viagem para que a filha pudesse falar com Rin e resolver finalmente aquela situação. Fosse dizer-lhe que Sesshoumaru estava realmente vivo ou continuar a mentir, algo tinha de ser feito para que aquela menina conseguisse viver a vida que merecia.

Ela acabou por ter de obrigar Rin a ir para a cama, depois de lhe dar um pouco de leite quente com chocolate, uma vez que ela se queixava que não ia conseguir dormir, mesmo que se deitasse.

Acabou por ceder à exaustão, mas o sol já estava a levantar-se quando isso aconteceu por isso, acabou por adormecer e dormir até à uma da tarde.

O resto do dia foi uma completa confusão apesar de Kagome, que a tinha ido buscar, dizia que não se importava de esperar ou que até podiam passar a noite ali e voltar no dia seguinte.

Tal como a mãe previra, Rin rejeitara a opção de Kagome para ficarem ali e, em 10 minutos, já estava pronta e a perguntar quanto tempo faltava para irem.

— Nem quando era criança te portavas assim. – queixou-se Kagome, mas tinha um pequeno sorriso na cara, ao ver Rin daquela maneira. Tão feliz – Eu disse ao Inuyasha para não esperar por mim, mas ele está provavelmente à espera, na mesma.

Rin sorriu ao ouvir Kagome a dizer aquilo porque, apesar de ela querer fazer parecer que estava chateada, tinha pura felicidade na voz. Rin também queria algo assim, no futuro.

Inconscientemente, o sorriso desapareceu e toda a felicidade que tinha armazenado desde o dia anterior desvaneceu-se. Mas Kagome só reparou nisso quando já estavam do outro lado do poço,

— Está tudo bem, Rin? – perguntou Kagome, preocupada – Ficaste maldisposta ao atravessar o poço? Isso às vezes acontece, não tens de ficar preocupada.

— Eu estou bem. – mentiu Rin, de maneira pouco convincente – Só…já não estou habituada a atravessar o poço.

Kagome fez-lhe festinhas no cabelo e sorriu. – Deves ter dormido mal na noite passada, mas podes descansar mal chegues à vila.

Rin anuiu com a cabeça e virou os olhos para o chão, uma vez que não conseguia continuar a sorrir.

A poucos metros dali, Sesshoumaru observava a cena, encostado a uma árvore. Seria realmente mais simples se ela voltasse para aquela Era de uma vez por todas.

— Sesshoumaru-sama! – Jaken chegou finalmente a Sesshoumaru, depois de ele começar a correr, sem dizer nada, em direção à vila – Ela parece bem….mas já pudemos ir. Aquele assunto…

— Alguma coisa está mal. – murmurou Seshoumaru, interrompendo Jaken.

— Ela parece-me bem. – disse Jaken, mas não queria opor-se muito mais ao mestre, pelo menos no que constava a Rin.

— Não me sigas. – ordenou Sesshoumaru, quando Inuyasha foi buscar Kagome e Rin.

Jaken ficou a ver o mestre a afastar-se e abanou a cabeça. A mãe dele tinha razão. Sesshoumaru estava demasiado apegado a Rin

— Muitas vezes, quando viajavas com o Sesshoumaru, ele ausentava-se durante horas, certo? – perguntou Kagome, vendo um pequeno e fraco sorriso a formar-se no rosto de Rin – Mas voltava sempre, sã e salvo.

— Sim. – murmurou Rin.

— Esta não é uma dessas vezes. – disse Kagome, chocando Rin – O Sesshoumaru não se ausentou. Ele não vai voltar. Nunca mais. O Sesshoumaru está morto. Nunca mais o vais voltar a ver. – ao ver as lágrimas a formarem-se nos olhos de Rin, Kagome teve uma vontade imensa de parar por ali, mas sabia que, se ela continuasse assim, nunca seria feliz – Por muito tempo que esperes por ele…não vai valer de nada. Percebeste, Rin?

— Eu já sabia disso. – murmurou Rin, contendo as lágrimas com toda a força que tinha – Já me tinham dito.

— Mas não acreditas-te, pois não? – perguntou Kagome, mas não deixou Rin responder – Tal como ainda não estás acreditar agora, mesmo depois de eu te ter dito isto tudo. O que é que preciso de fazer mais para que acredites?

— Já chega, Kagome. – disse Inuyasha, quando viu Rin a ferrar o lábio inferior até um fino fio de sangue começar a escorrer – Há pessoas que podem não ficar muito contentes com esse tipo de conversas, ou com o tom que estás a usar.

A principio, Kagome pensou que Inuyasha estava a falar de Rin mas, quando olhou para ele, viu-o a fazer sinal para a janela aberta e percebeu que ele estava a sentir a presença de Sesshoumaru.

— Eu só estou a tentar ajudar a Rin. – disse Kagome, de maneira a que Sesshoumaru percebesse que as palavras proferidas eram-lhe dirigidas – Não vejo mal nenhum. Será que queres tomar o meu lugar?

Inuyasha limitou-se a suspirar. – Acaba com isso. A Rin deve estar cansada da viajem.

Kagome olhou para a janela e depois para Rin, que ainda continuava de olhos baixos, como se alguém lhe tivesse acabado de dar um sermão.

— Porque é que não te pões à vontade? – disse Kagome, levantando-se – Eu vou preparar o almoço. Inuyasha, podes ir buscar algumas ervas para eu juntar à comida?

Inuyasha percebeu que ela estava a pedir-lhe para ir falar com Sesshoumaru, por isso a sua resposta, apesar de positiva, não foi muito energética.

Suspirou fundo quando saiu e Sesshoumaru já estava à sua espera.

— A humana devia ter mais cuidado com as palavras. – avisou Sesshoumaru, tal como Inuyasha tinha previsto.

— Tens alguma ideia melhor? – perguntou Inuyasha, realmente sem ideias  - Queres entrar e falar com ela, diretamente?

Sesshoumaru virou costas sem dizer mais nada.

— Covarde. – murmurou Inuyasha, fazendo Sesshoumaru parar imediatamente.

— O que é que disseste, bastardo? – perguntou Sesshoumaru, virando-se de frente para Inuyasha.

— És um covarde. – repetiu Inuyasha, vendo Sesshoumaru a ranger os dentes – Queres que continuemos a mentir à Rin, mas depois queixas-te dos métodos. Ela não é tua.

Quando ouviu alguma coisa a embater contra a parede, Kagome soube imediatamente o que é que se estava a passar e, o seu próximo pensamento foi que Rin estava mais próxima da porta do que ela.

Correu para o espaço principal, mas, quando lá chegou, Rin já estava à porta.

— Raios. – murmurou.


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Notas finais do capítulo

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