Sesshomaru - Ao Meu Lado... escrita por Mirytie


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Versão Dele


Notas iniciais do capítulo

Enjoy



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A versão dele

Depois de a deixar na aldeia, Sesshoumaru não tencionava fazer mais nada a não ser a ocasional visita mas, de alguma maneira, as visitas foram aumentando e, depois de uma quantidade excessiva de pedido por parte de Rin, ele finalmente concordou em leva-la com ele.

Mas, sempre que iam, acabavam por ser atacados e Rin era sempre o alvo. Coisa que não incomodava Sesshoumaru, uma vez que tinha a certeza que seria capaz de protege-la, fosse qual fosse o perigo. Também era uma questão de orgulho. No entanto, aquilo que não incomodava Sesshoumaru, começava a incomodar Jaken que, depois de um ataque que deixou Sesshoumaru a sangrar, decidiu falar com o mestre.

Como tinha previsto, ele ignorou os avisos de Jaken e ainda lhe ofereceu alguns olhares mortais quando Jaken disse que estava preocupado com ele. Por isso, Jaken decidiu abordar o assunto pelo lado de Rin.

— Ela é sempre o alvo dos demónios que nos atacam. – começou Jaken – Se algum dia….

— Pensas que não sou capaz de a proteger? – perguntou Sesshoumaru, fazendo Jaken calar-se imediatamente – Ela não está em qualquer perigo.

Foi o fim da conversa sobre aquele assunto a partir daquele momento e, tal como Kagome, Jaken não tinha duvidas de que Rin escolheria ir com eles quando chegasse aos 18 anos mas, um dia, do nada, o mestre tinha-lhe dito que ia visitar a vila. Jaken tinha sido proibido de segui-lo.

Sesshoumaru não chegou a entrar na aldeia. Ficou à espera perto do peço, uma vez que sabia que Inuyasha sentiria a sua presença e iria ter com ele ali. Não se queria rebaixar mais do que estava a planear naquele momento. Foi o que pensou quando viu o refeiro a aproximar-se.

— O que é que queres, Sesshoumaru? – perguntou Inuyasha, visivelmente irritado por o ver tão cedo – Se queres ver a Rin, porque é que paraste aqui? Nunca te proibimos de ir até lá, pois não?

— Não preciso da vossa permissão de qualquer maneira. – disse Sesshoumaru – Quero que digas uma coisa à Rin.

Inuyasha ouviu com atenção, enquanto o irmão lhe dava instruções para que fizesse Rin acreditar que ele estava morto. Quando ele acabou, Inuyasha soltou uma gargalhada e estava à espera que Sesshoumaru dissesse que era só um tipo de piada, mas ele continuava sério, irritando Inuyasha.

— Mas porque raio é que queres que eu diga isso à Rin? – perguntou Inuyasha, irritado – Sabes como ela vai ficar destroçada?

— Não é só a ela. – corrigiu Sesshoumaru, ignorando a segunda frase – Toda a gente que mora na vila, toda a gente que te conhece e que conhece a Rin.

Inuyasha cerrou os punhos, tentando controlar-se. – Cansaste-te dela?

— Cuidado com as palavras, bastardo. – avisou Sesshoumaru, surpreendendo Inuyasha – Diz-lhe o que quiseres. Mas não voltar aqui.

Quando Sesshoumaru virou costas, Inuyasha abriu a boca, mas não sabia o que mais dizer. Foi como Jaken ficou quando Sesshoumaru o avisou que nunca mais voltariam àquela aldeia. Ele tentou descobrir porque é que o mestre tinha decidido não voltar e o que tinha acontecido, mas nunca tinha sido bem sucedido. E, tal como Sesshoumaru tinha prometido, nunca mais tinham ido à aldeia…pelo menos até Sesshoumaru deixar de sentir a presença de Rin.

Inuyasha nem o sentiu a aproximar-se. Quando deu por si, já tinha a mão do irmão à volta do pescoço.

— Onde é que ela está? – perguntou Sesshoumaru, com o mesmo tom de voz calmo de sempre. No entanto, Inuyasha conseguia ouvir uma pontada de perigo, e, se não conhecesse o irmão, um pouco de preocupação – Deixaram-na morrer?

— Ela foi para a Era da Kagome! – disse Inuyasha imediatamente, quando sentiu as unhas de Sesshoumaru a cravarem-se na sua pele.

— Porquê? – perguntou Sesshoumaru, afrouxando um pouco o aperto.

— Ela estava miserável aqui. – respondeu Inuyasha, respirando fundo com Sesshoumaru o largou – A Kagome achou que era boa ideia levá-la para lá para tentar que ela tivesse uma vida “normal”, longe de…ti. Ou das tuas memórias. – ele encolheu os ombros – Não sei bem. Mas, se estás assim tão preocupado, basta atravessares o poço. Afinal, ela está a viver na casa da Kagome a partir de hoje.

Inuyasha disse aquilo mais para ver o meio irmão chateado por ele pensar que se preocupava com uma humana. Por isso é que ficou chocado ao ver o irmão a fazer exatamente isso passados alguns segundos.

Não só isso, mas regularmente. Conseguia senti-lo pelo menos uma vez por semana a aproximar-se da vila e depois deixava de deixara-lo, o que queria dizer que ele tinha atravessado o poço. Não ficava muito tempo. Voltava algumas horas depois, depois de ver que Rin estava bem. Mas era igualmente perturbador, tanto para Inuyasha como para Jaken.

Nunca tinha falado com ninguém, até àquele dia. Nunca se tinha aproximado de Rin novamente, até àquela noite. E, para infelicidade de Jaken, Sesshoumaru apercebeu-se de que não era por sua causa que Rin corria perigo. Felizmente, a mãe do seu mestre tinha-o encontrado antes de ele ter tempo de tomar alguma decisão demasiado precipitada.

No entanto, quando ela mencionou a palavra “herdeiros”, Sesshoumaru virou as costas imediatamente.

— És o único que pode fazer com que o nosso clã continue a ser conhecido e temido como um dos mais poderosos. – continuou a mãe – Não queres continuar o legado do teu pai?

— Não quero saber. – foi a resposta já antecipada de Sesshoumaru.

— É por causa daquela criança? – perguntou a mãe, fazendo o filho parar – Sabes, um dia, até ela vai dar continuidade à família.

— Porquê? – perguntou Sesshoumaru, virando-se para a mãe – A linhagem dela não é de tal maneira importante.

A mulher encolheu os ombros. – Os humanos parecem ter essa necessidade. Olha para a humana que se encontra com o bastardo. Bem…pelo menos ela tem uma linhagem que pode ter reconhecida como suficiente. – ela olhou para o filho, agora seriamente – Mas, Sesshoumaru, tens um estranho sentimento de possessão no que toma à criança. Ela não te pertence. Também não tem divida nenhuma para contigo só porque a salvaste. Essa decisão foi tua.

Sesshoumaru limitou-se a virar costas e a afastar-se.

— Não vais seguir o mesmo caminho do teu pai, pois não? – perguntou a mãe, mas Sesshoumaru não parou nem olhou para trás – Não vou aceitar um hanyou como herdeiro do nosso clã.

— Herdeiro. – murmurou Sesshoumaru, como se fosse a piada mais engraçada que já tinha ouvido – Eu já não pertenço a esse clã há muito tempo.

O que preocupou Jaken, que caminhava ao seu lado, era o facto de Sesshoumaru não ter dito nada à mãe sobre a palavra “hanyou”, uma vez que a odiava.

A verdade era que, no principio, tinha sido ele que sentia-se em divida com Rin, depois de ela ter cuidado dele, enquanto ele não se podia mexer, apesar de ele ter dito claramente que não queria tal coisa. Odiara o facto de ter a ajuda de um humano. Mas odiava ainda mais ficar em divida com um e, como tinha salvo a vida dela para testar a espada decidiu que, para selar a divida, a deixaria andar sob a sua proteção até passarem por uma aldeia.

Tinham passado por muitas, mas nenhuma servia para que Rin ficasse lá. Não era suficiente para demonstrar que a divida de um demónio como ele tinha sido selado.

O tempo tinha passado daquela maneira e, com as coisas que se tinham passado, Sesshoumaru parara de procurar por uma vila para Rin. Tinha-se tornado natural tê-la ao seu lado, a fazer todo aquele ruido desnecessário.

Quando a viu morrer e soube que talvez nunca mais a poderia recuperar, fez com que ele se apercebesse que precisava dela e precisar de alguém tão pequeno e frágil não era só perigoso, como demasiado humilhante.

Mesmo assim…mesmo assim, continuara com ela…só até derrotarem aquele ser desprezível que se intitulava de hanyou. Naraku.

E, como prometera, deixara-a numa aldeia adequada e só a ia visitar para ter a certeza que não estava morta. Só permitira que ela o acompanhasse por vezes porque apercebera-se que era dolorosamente silencioso quando ele não estava por perto.

E tinha fingido estar morto, não porque tinha medo de não conseguir protege-la, mas porque apercebera-se que ela continuava a ser a sua única fraqueza.

Humana ou não, um daiyoukai não podia ter fraquezas.

Mas perder uma coisa que era sua? Isso seria muito mais humilhante.

Por isso é que ainda ia ver se Rin estava bem.

Só isso…


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Notas finais do capítulo

Por favor, deixem um comentário para que eu possa melhorar a fic num futuro.
Obrigada ^-^



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