Sesshomaru - Ao Meu Lado... escrita por Mirytie


Capítulo 3
Capítulo 3 - O Protetor


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Rin tentou encontrar a pessoa que a tinha ajudado mas, a única coisa de que tinha a certeza era de que era um homem e que o conhecia, uma vez que a voz lhe era familiar. Descobrira nesse dia que ficava envergonhada sempre que contava o que tinha acontecido naquela noite, apesar de as amigas dizerem-lhe que devia ter achado aterrador.

Nesse dia à noite, duas coisas inesperadas aconteceram: Souta estava em casa quando ela chegou e ela foi proibida de entrar na cozinha até lhe darem permissão. Souta ficara incumbido de garantir que isso não acontecesse.

— O que é que se passa? – perguntou Rin, sentada no sofá, ao lado de Souta, enquanto ele lhe explicava alguns exercícios que supostamente iam sair no exame.

— Parece que a minha irmã voltou e precisa de falar com a minha mãe em privado. – Souta encolheu os ombros – Deve ser algum problema com o Inuyasha onii-san. Não é a primeira vez que acontece.

Mais descansada, Rin aceitou a explicação e recostou-se a ver Souta a resolver o problema que ela não conseguira com uma facilidade incrível.

— Tenho outro exercício que gostava que desses uma vista de olhos. Eu vou buscar o livro ao meu quarto. – Rin levantou-se e começou a dirigir-se para as escadas, mas parou ao ouvir uma voz masculina. Não era a de Inuyasha, por isso, parou e encostou-se à parede, deixando a curiosidade levar-lhe a melhor.

Mas, infelizmente, o homem não falava muito e, quanto o fazia, fazia-o em frases de duas a três palavras, num tom baixo, deixando Rin irritada. Queria entrar na cozinha para satisfazer a sua curiosidade, mas sabia que estaria a desobedecer ao que lhe tinham dito e não queria fazer mais nada para magoar a mãe de Kagome.

Por isso, com grande dificuldade, afastou-se da parede e subiu as escadas para ir buscar o livro e entregar a Souta, que já devia estar a ficar impaciente. Tentou ignorar as pontadas no peito que sentia a cada passo que dava para longe daquela porta.

Imaginou-se a voltar para trás e entrar de rompante na cozinha. O homem de voz baixa e poucas palavras.

Trincou o lábio porque um nome que não devia ser proferido queria sair da sua boca.

Não virou as costas para olhar uma última vez para a porta e, quando voltou para baixo, dirigiu-se imediatamente para a sala, onde Souta já estava preocupado.

Tentou afastar tudo aquilo da cabeça de tal maneira que não conseguiu ligar a voz do homem que a tinha salvo à voz do homem que estava na cozinha.

À voz da pessoa de quem sentia mais falta.

Depois de ajudar a mãe a arrumar a cozinha depois de todoas terem acabado de jantar, Kagome espreguiçou-se e sentou-se numa das cadeiras, onde suspirou fundo e relaxou os músculos todos.

— Está a ficar tarde. – comentou a mãe, sentando-se em frente à filha – De certeza que não queres ficar esta noite. A Rin pode dormir comigo…

Kagome abanou a cabeça e endireitou-se na cadeira. – O Inuyasha está à minha espera do outro lado do poço.

— E o que é que vais fazer quanto a toda esta situação? – perguntou a mãe, finalmente.

— O que é que posso fazer? Vou fazer o que ele disse para fazer. – respondeu Kagome – O meu irmão é persistente, afinal. Não sei o que é que ele fará se “desobedecermos”.

A mãe anuiu com a cabeça. – Ele é realmente uma figura imponente, esse teu irmão. Mas podia parar de criticar de uma maneira tão detalhada a maneira como estamos a tratar a Rin, aqui.

— Tenho a certeza de que ele não estava a tentar se rude. – garantiu Kagome – Ele só é bastante protetor dela.

— Parece pai dela. – foi a vez de a mãe suspirar.

Kagome preferiu não comentar.

….

Algumas Horas Atrás

Quando bateram à porta, tinha quase a certeza que devia ser Souta que se tinha esquecido da chave na faculdade por isso, quando viu a filha, ficou surpreendida. Ainda mais quando a viu acompanhada por alguém que devia estar morto.

— Mãe. – disse Kagome – Podemos entrar?

A mãe piscou os olhos como se tivesse acabado de acordar de um transe. – Claro! Entrem!

Uma vez que estava quase na hora de Rin chegar a casa e ele tinha insistido em manter aquela visita em segredo, dirigiram-se para a cozinha. Assim que Souta chegou, a mãe avisou-o que tanto ele como Rin estavam proibidos de entrar na cozinha até ela dizer o contrário.

Apesar de ter ficado curioso, ao contrário de Rin, limitou-se a encolher os ombros e a concordar. Afinal, tinha ido a casa para ver Rin. Não se importava com quer que fosse que elas estivessem a tentar esconder.

— Nós avisamo-la vezes e vezes sem conta. – repetiu a mãe de Kagome pela sétima vez – Eu também fiquei preocupada.

— E o que é que te faz pensar que me importo com o que estavas a sentir? – perguntou ele, calmamente.

Kagome ia em defesa da mãe, mas parou quando o viu a virar a atenção para a entrada. Confusa, olhou em direção à porta, mas não viu nem ouviu nada. Estiveram quase um minuto parados, sem falar, até ouvir Rin a abrir a porta.

— Ela precisa de ser protegida. – comentou Sesshomaru, virando-se para a mãe – Uma vez que não posso fazê-lo, decidi deixa-la com a sacerdotisa, mas…

— Eu faço o meu melhor. – disse Kagome, interrompendo Sesshomaru antes que ele pudesse dizer alguma coisa que magoasse a mãe – A minha mãe está a fazer o melhor que pode! Mas também existem perigos nesta Era.

Ele olhou para Kagome sem dizer uma única palavra durante mais de um minuto sem dizer nada, criando um ambiente ameaçador.

— Se esse é o vosso melhor… - disse Sesshomaru finalmente - …a Rin não está segura aqui.

— E o que é que vais fazer? – perguntou Kagome, a começar a ficar chateada – Vais levá-la contigo? Ela pensa que estás morto! Não vai perdoar-te facilmente por teres criado uma mentira tao cruel!

Kagome tentou manter-se forte e acreditar no que dizia porque, tinha a certeza que, se Rin soubesse ou sequer desconfiasse que Sesshomaru estava vivo, perdoá-lo-ia no mesmo momento em que o visse.

Tentou esconder esse facto dele, mas Sesshomaru conhecia Rin muito melhor do que Kagome.

Mesmo assim, ele decidiu fingir que acreditava em Kagome…por enquanto.

— Eu não posso tê-la comigo. – finalizou Sesshomaru – Mas não vou deixar que fique em perigo.

Kagome percebeu que aquela era a maneira de Sesshomaru dizer que queria estabelecer algumas regras quanto à estadia de Rin naquela Era. Foi aí que Kagome pensou que, talvez, só talvez, Sesshomaru visse Rin como uma espécie de filha…até ele começar a referir a roupa.

— O que é que tem a roupa? – perguntou a mãe, não percebendo o que é que ele queria dizer

— É demasiado curta. – disse Sesshomaru, simplesmente, fazendo com que Kagome quase se engasgasse a tentar não rir.

— Era o uniforme da escola dela! – disse a mãe, chateada – É assim que as raparigas usam, hoje em dia!

Sesshomaru abanou a cabeça, obrigando Kagome a intervir. – Eu vou fazer com que ela vista roupa mais apropriada, de agora em diante. É tudo?

— Por enquanto. – disse Sesshomaru, voltando-se para Kagome – Tu…fizeste um trabalho horrível.

Mesmo depois de ouvir aquilo, Kagome acompanhou-o ao poço sem dizer uma única palavra. Do que é que adiantaria?

Mas, antes de ele entrar no poço, disse uma coisa que a deixou mais deprimida do que gostaria de ficar com as palavras dele.

— O bastardo já sabe da criatura que carregas no ventre? – perguntou Sesshomaru, vendo-a a ficar completamente pálida, como se se estivesse a perguntar como é que ele tinha descoberto – Se não consegues proteger a Rin, achas que vais conseguir proteger essa aberração que cresce dentro de ti?

Sesshomaru não esperou por resposta. Virou-se e saltou para dentro do poço, desaparecendo imediatamente.

Era por isso que Kagome estava mais exausta do que devia estar.

Ele estava chateado por Rin ter estado em perigo. Estava chateado e era por isso que a tinha tentado magoar tanto quanto elas o tinham preocupado.

Mesmo assim, pensou Kagome, levando uma mão à barriga.

— Estás bem? – perguntou a mãe – Será que ainda estás com fome?

— Não. – respondeu Kagome, forçando um sorriso – Está tudo bem. – ela levantou-se – Está na hora de voltar. Vou só despedir-me do Souta e da Rin, primeiro.

Depois de dizer isso, deu um beijo na face da mãe e subiu as escadas, para onde os dois tinham ido depois de acabarem de comer. Eles estavam no seu antigo quarto, a estudarem para os exames dela.

— A Kagome-sama parece preocupada. – comentou Rin, quando Kagome saiu do quarto – Vai mesmo ficar tudo bem com ela e o Inuyasha-san?

— Ela só precisa de um bocado de tempo. – respondeu Souta – Acredita, já aconteceu antes, mais do que uma vez. Não te preocupes com isso. O exame é já para o próximo mês.

Rin sorriu, mas estava realmente preocupada com Kagome e Inuyasha.

Na manhã seguinte, antes de sair de casa para ir para a escola, a mãe de Kagome chamou-a. Quando se aproximou dela, Rin ficou um pouco confusa, imaginando se ia ser abraçada ou o que é que se passava ali.

Quando a mãe de Kagome começou a apertar-lhe os botões da camisa até cima, Rin ficou sem palavras.

— Agora baixa a saia. – disse a mãe, quando acabou de compor a camisa – Até ao que está no regulamento.

— O quê!? – perguntou Rin, chocada – As minhas amigas vão gozar comigo!

— Logo que sejam só as tuas colegas. – murmurou a mãe.

Rin inclinou a cabeça para o lado, uma coisa que tinha começado a fazer sempre que não percebia o que é que alguém estava a dizer. – Fiz alguma coisa de mal? É por causa da outra noite?

A mãe olhou-a nos olhos e, apesar de querer contar-lhe a verdade, decidiu aproveitar aquela oportunidade.

— Sim, Rin. É. – mentiu ela – Até encontrar um castigo mais apropriado, é isto que vais fazer todos os dias de manha.

Se fosse por outra razão, Rin discutiria até vencer a discussão, mas estava a tentar esquecer aquela noite desde que ira a mãe de Kagome a chorar por isso, se o facto de ela ir daquela maneira para a escola, ajudasse a que a mãe se sentisse melhor, Rin fá-lo-ia num piscar de olhos.

Depois de terminar olhou-se ao espelho e suspirou.

Queria voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

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