Sesshomaru - Ao Meu Lado... escrita por Mirytie


Capítulo 2
Capituo 2 - A Voz




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O primeiro de ano de Rin na escola na escola foi difícil. Ela não sabia o que fazer nem quando o fazer. Não sabia o que dizer nem quando o dizer. Tinha boas notas mas, uma vez que não falava e estava sempre sozinha, a mãe de Kagome, que tinha ficado encarregada pela sua educação, foi chamada à escola.

A professora, preocupada, perguntou se havia algum comportamento estranho em casa e se Rin alguma vez lhe contara que estava a ser violentamente ou verbalmente atacada pelos colegas.

A mãe de Kagome falou com Rin imediatamente, quando esta chegou a casa mas, como pensava, não era de todo atacada na escola. O problema eram saudades e, nisso, infelizmente, não podia ajudar.

— Rin.? – Souta bateu à porta e esperou que Rin lhe desse permissão para entrar – Posso falar contigo?

Rin anuiu com a cabeça e virou-se de frente para Souta, quando este se sentou na cama que antes pertencia a Kagome.

— Está tudo bem? – perguntou Souta – Na escola?

Rin anuiu a cabeça, o que fez com que Souta refletisse há quanto tempo já não ouvia a voz dela.

Foi a vez de Kagome tentar descobrir o que estava a acontecer com Rin, quando as férias de Natal começaram e Kagome voltou à sua Era.

— Eu vou passar as festas aqui, com o Inuyasha. – disse Kagome, para Rin – Mas, tal como eu quero passar aqui, tu podes querer passar na tua Era. O que achas? Podes voltar quando as aulas começarem.

Kagome esperava que ela recusasse. Que dissesse que já tinha planos com amigos, ou talvez até com um potencial namorado. Mas o que viu foi um pequeno sorriso antes de anuir com a cabeça.

Um pouco desanimada por Rin não parecer contente naquela Era, Kagome deixou-a com Sango e Miroku.

— Eu queria ir com ela, também. – disse Souta à mãe, enquanto Kagome assistia, surpreendida – Eu já tinha dito isso, antes de as férias começarem!

— Passamos o Natal em família. – respondeu a mãe – Eu convidei a Rin para passar connosco mas tens de respeitar a decisão dela de voltar para a sua Era natal.

Souta virou a cara para o lado, amuado, e só então viu a irmã. Envergonhado e com a cara completamente vermelha, Souta passou pela irmã em direção ao seu quarto e trancou-se lá dentro.

— Mamã… - começou Kagome – Será que o Souta…

— Ele está nessa idade. – disse a mãe, interrompendo a filha – Mas não acho que a Rin sinta a mesma coisa.

Kagome olhou para o chão, com um pouco de pena de Rin. Queria que ela experimentasse tudo o que uma adolescente daquela era podia experimentar por isso, estava na altura de falar com ela sobre aquilo que adiara durante tanto tempo.

Quando Rin voltou, muito mais contente do que quando tinha ido, Kagome já estava preparada e, depois de lhe perguntar como é que tinha passado as férias, trouxe o assunto de volta, que já estava enterrado durante demasiado tempo.

— Eu queria falar contigo sobre uma coisa séria. – começou Kagome, sentindo-se um pouco mal quando viu o sorriso na cara de Rin – Sobre o Sesshomaru.

Tal como Kagome previra, o sorriso de Rin desapareceu imediatamente. – O Sesshomaru-sama?

Kagome comprimiu os lábios até estes ficarem brancos e anuiu com a cabeça, enquanto se tentava lembrar do que tinha planeado dizer-lhe. Decidiu desistir e improvisar.

— Tu viajaste bastante tempo com o Sesshomaru. – começou Kagome, a medo – Naquela altura, não tinhas medo dele? Com certeza, sabias do que é que ele era capaz de fazer.

— Não tinha medo dele. – respondeu Rin – Ele era simpático e carinhoso.

Kagome teve de fazer uma pequena pausa para garantir que não se desfazia em gargalhadas num momento tão sério quanto aquele. Imaginava que Inuyasha não conseguiria controlar-se tão bem quanto ela depois de ouvir que o irmão era “simpático” e “carinhoso”.

— Mas como é que o vias? – perguntou Kagome. Ao ver Rin inclinar a cabeça, sem perceber a perguntas, Kagome suspirou e levou uma mão ao peito – Aqui. Já viveste com humanos o tempo suficiente para distinguires amizade, respeito…amor…

Rin ficou a olhar para Kagome durante mais alguns segundos em silêncio, sem saber o que responder.

— Nunca tinha pensado nisso. – respondeu Rin, francamente – Talvez…respeito?

Não era isso, pensou Rin. Mas não conseguia pôr um nome no que tinha sentido por ele. Era estranho pensar naquilo agora.

— Porque é que pergunta isso? – perguntou Rin.

— Rin, não tens ninguém de quem gostes? – perguntou Kagome.

— Claro. – respondeu Rin, vendo surpresa na expressão de Kagome – As minhas amigas, o avô, o Souta…

— Não isso que quero dizer! – Kagome interrompeu um pouco frustrada, assustando Rin – Não tarda vais fazer 16 anos. As tuas colegas já devem sair…com rapazes. Ao ver isso, nunca pensas algo como “Também gostava de ter algo parecido”?

— Não. – mentiu Rin – Nunca.

Kagome suspirou, deu um passo em frente e abraçou Rin, com carinho. – Eu quero que sejas feliz, Rin.

— Eu sou. – Rin mentiu outra vez e abraçou-a de volta – Não precisa de se preocupar.

Mas Kagome preocupava-se. E voltou para casa preocupada, dizendo a Rin que poderia voltar a qualquer momento, mas que achava melhor que ela esperasse pelo menos até acabar o secundário.

— Não tens de continuar para a faculdade nem pensar em arranjar um emprego nesta Era. – assegurou Kagome, antes de entrar no poço – Mas tenta aproveitar a vida de estudante.

Rin deu o seu melhor, mais por Kagome e pela promessa que lhe tinha feito, do que por si própria. Tinha chegado a sair com Souta, mas só ele é que vira a saída como um encontro e, por isso, acabaram por se afastarem até ele entrar numa faculdade longe dali e ter de sair de casa.

Pela primeira vez desde a morte de Kaede, haviam nas lágrimas nos olhos de Rin.

— Não tarda nada vais acabar o secundário. – lembrou Souta, antes de sair de casa – Então, poderás entrar na mesma faculdade que eu.

Rin limpara as lágrimas e, ainda sem conseguir falar, anuíra com a cabeça.

Era outra coisa que faria para estar com Souta e não por ela própria. Porque não queria perder mais ninguém precioso para ela. Iria agarrar todas essas coisas e nunca as deixar ir.

— Quer entrar para a faculdade? – perguntou Kagome, quando a mãe lhe contara sobre o que tinha acontecido – Decidiu-se depois do Souta o sugerir?

A mãe anuiu com a cabeça, com um sorriso brilhante no rosto. – Entre lágrimas. Eu acho que ela está a começar a gostar do Souta.

— Ela chorou? – perguntou Kagome, vendo a mãe anuir, extremamente contente – Nem você, nem vocês deviam ficar muito contentes com isso.

Enquanto a mãe explicava que era óbvio que eles não estavam contentes por ela ter chorado, Kagome lembrava-se do que tinha acontecido quando Rin ficara a saber o que tinha acontecido a Sesshomaru. Nem uma lágrima.

O que Rin sentia pelo irmão mais novo era definitivamente afeição, mas um tipo de afeição comparado ao que tinha sentido a Kaede e nada comparado ao que quer fosse que tivesse sentido por Sesshomaru.

Mesmo assim, ficaria mais do que contente se, com o tempo, Rin aprendesse a gostar do irmão. Mesmo que não fosse amor a principio…

Kagome olhou çara trás quando ouviu Rin a descer as escadas.

— Kagome-sama? – Rin ofereceu-lhe um pequeno sorriso – O que é que está aqui a fazer? Passou-se alguma coisa?

Nada. – respondeu Kagome, devolvendo-lhe o sorriso – Só vim ver como estava tudo por aqui.

Um ano passou a correr e, quando deu por si, já estava a estudar para os exames de entrada para a faculdade onde Souta estava. Se admitisse, não gostava muito da área para a qual estava a concorrer, mas não havia mais nada que lhe interessasse naquela faculdade.

Rin suspirou enquanto olhava para o telemóvel.

Já passava das dez da noite e tinha prometido à mãe de Kagome que estaria em casa antes das nove. Tinham havido alguns crimes direcionados a alunas do secundário e os professores tinham avisado para andarem sempre em grupos e estarem em casa antes do sol se pôr.

Rin olhou para o céu e, ao ver a lua brilhante, perguntou-se qual seria o castigo à sua espera.

Estava tão distraída que não viu a sombra a aproximar-se, vinda do beco sem luz, mesmo ao seu lado. Não viu o braço que se esticava na sua direção.

Não. Quando deu por si, já tinha sido engolida pela escuridão do beco. Estava de costas para quem quer que fosse que a tivesse agarrado. A pessoa tinha colocado uma mão na sua boca para que ela não fizesse barulho e um braço à volta da sua cintura para que não se movesse.

As lágrimas começaram a encher os olhos quando se lembrou de todas as coisas hediondas que tinha sido feito às outras vitimas e, ao ouvir um carro a parar pero ao beco, tentou soltar-se como se a sua vida dependesse disso. o que podia ser bem verdade. Mas o braço só a apertou mais.

Rezou para que quem quer que fosse que estivesse no carro a visse e, quando ouviu as portas a abrirem-se, acreditou mesmos que as suas preces tinham sido ouvidas. Tentou gemer o mais alto que pôde para chamar a atenção deles mas, ao sentir a pessoa a vergar-se, congelou.

— Quieta. – sussurrou no seu ouvido. Era a voz de um homem – Não quero ter de matar ninguém.

Devia ter ficado horrorizada com aquilo mas, surpreendentemente, relaxou um bocado e ficou em silêncio, mesmo quando ouviu as pessoas do carro a passarem ao lado do beco.

No entanto, quando ouviu os homens a gritarem pelo seu nome, sentiu um arrepio pela espinha acima.

Não se lembrava de muito mais, depois disso. lembrava-se de acordar na sua cama com uma sensação de conforto, que já não sentia há muito tempo. Quando olhou para o espelho e viu um sorriso, ficou chocada e um pouco envergonhada.

Decidiu tentar não pensar mais nisso mas, quando desceu as escadas, deparou-se com a mãe de Kagome, com as lágrimas nos olhos. Aproximou-se dela com passos largos, levantou o braço e deu um estalo a Rin, deixando-a sem palavras.

— Onde é que estavas ontem!? – a mulher limpou as lágrimas e apontou para a televisão, onde anunciavam outra vitima, que tinha sido atacada perto do beco onde tinha estado – Quase mataram a pobre rapariga, desta vez!

— Desculpe. – murmurou Rin, sentindo-se completamente culpada.

— O Souta telefonou para saber como é que estavas. – disse a mãe, tentando acalmar-se – Disse que, mal tenha a oportunidade, volta para te ver.

— Como é que eu voltei para casa? – murmurou Rin, mas não houve resposta, fazendo-a olhar para cima – Como é que eu cheguei até aqui?

— Um colega trouxe-te. – respondeu a mãe, finalmente – Ele viu que estavas exausta por causa dos estudos e, quando desmaiaste, ele chamou um táxi e trouxe-te para casa. Tens um bom amigo.

— Um táxi? – Rin tentou lembrar-se, mas nada disso veio à cabeça – Eu desmaiei?

— Foi o que ele disse. – ela virou costas e limpou algumas lágrimas que tinha na face – Vou preparar a comida. Prepara-te para ir para a escola.

Rin queria perguntar quem é que tinha sido o colega, mas a mãe de Kagome parecia demasiado perturbada para isso por isso, decidiu tentar lembrar-se sozinha.

A voz que tinha ouvido, não lhe era estranha. Só tinha de se lembrar a qual colega pertencia.


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Notas finais do capítulo

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