10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira
Notas iniciais do capítulo
Tudo fica melhor em uma sexta quando tem capítulo novo.
Divirtam-se!
Foi usando a sua total força de vontade que deixou de beijar os lábios macios de Edward. Foi acompanhada até a rua, ele esperou que entrasse em seu próprio prédio. Quando fechou a porta do seu apartamento, encostou todo o seu corpo nela e suspirou sorrindo. Contorceu-se soltando gritinhos felizes e deu alguns pulinhos, parou depositando suas mãos na altura do peito para sentir seu coração. Palpitava com energia, estava vibrando, todo o seu corpo era uma explosão de sensações.
Só depois de alguns minutos, revivendo repetidas vezes em sua memória toda a parte do dia que passou ao lado do Edward, foi que enviou uma mensagem para ele: “Eu adorei o nosso segundo primeiro encontro. Durma bem.” Não demorou para receber a resposta: “Animado para o nosso segundo segundo encontro. Penso em você. Durma bem.” Novamente ela sorriu largamente.
Antes de se organizar para dormir, sentiu vontade de ligar para a mãe. Ultimamente se falavam com mais frequência. E depois da ida ao hospital, não tiveram mais contato. Sua mãe demorou para atender, o que a fez estranhar um pouco.
— Oi, filha. – A voz cansada a alertou.
— Oi, mãe. Sua voz está estranha. Aconteceu alguma coisa? – Silêncio, Bella ouviu uma movimentação do outro lado.
— Querido, ela deve saber. – A mãe falou mais baixo para o marido. – Filha, o advogado do seu pai disse que o mandado de prisão sairá amanhã. – Bella de repente não sabia como respirar. Saber sobre aquilo teoricamente era completamente diferente da iminência do acontecimento.
— Amanhã? – Sua voz estava fraca pela tristeza.
— Mas estamos todos confiantes que não será por muito tempo.
— Estou indo para aí agora.
— Bella, não.
— Como não? Estou indo sim. – Desligou, dando meia volta e indo para a rua.
Como podia passar da total felicidade à angustia em alguns minutos? Todo o percurso que fez para a casa dos pais, esteve inquieta com os pensamentos atropelando uns aos outros.
— Como isso pôde acontecer tão depressa? – Perguntava de pé aos pais sentados lado a lado à mesa. Renée segurava a mão de Charlie em seu colo. – Não era uma certeza de que aconteceria. Isso realmente pode acontecer mesmo cooperando tanto?
— Já sabíamos que aconteceria, Bella. O melhor que podemos fazer é aceitar e lidar com isso tranquilamente e de maneira digna.
— Tranquilamente? – Replicou ao pai e começou a caminhar de um lado a outro.
— Não será uma situação prolongada. Fique calma. – Pediu o pai.
— Desculpe, pai. Eu simplesmente não consigo ficar calma. Como pode estar? – Charlie sorriu triste.
— Aceitei que agi errado. Assim como no relacionamento com a sua mãe, com você, cometi outros erros. Então, estou disposto de alguma forma me redimir.
— Farei um chá para todos nós. – Disse Renée levantando com os olhos embargados. Bella engoliu a sua própria vontade de chorar. Puxou uma das cadeiras e desabou seu corpo nela.
— Desculpe por te fazer passar por isso. Espero que tenha paciência comigo e que um dia me perdoe pelo que fiz, aceitando o dinheiro dos Volturi. Aceitando que se aproximassem de você. E por estar sendo preso agora.
— Pai, eu já perdoei e entendi perfeitamente. Você é o melhor pai que eu poderia ter. – Ouviram Renée fungando.
— Você fez a sua mãe chorar. – Ele também estava, mas tentava fingir que não. Bella sorriu chorando também. – Bella, acha que pode se afastar do Alec, dos Volturi? Se o ama, sei que pode doer um pouco, mas para o seu bem...
— Farei isso, pai. – Charlie buscou as mãos da filha, tendo uma expressão aliviada.
— Bom, isso é bom, Bella.
Tomaram o chá quase que silenciosamente, cada um envolto em seus próprios pensamentos. Seus pais foram dormir e pediram que ela fizesse o mesmo. Bella duvidava que um dos dois pudesse de fato, dormir.
Acomodou-se no sofá, a sua cabeça estava cheia de preocupações com o pai. Bella até tentou dormir, mas não pôde. Logo cedo, estava assistindo a TV. Na verdade, ouvia apenas o que falavam, sem prestar atenção.
— Bom dia, filha. Dormiu aqui? – Renée a beijou na testa.
— Bom dia, mãe. – Via no cansaço do rosto da mãe que ela também não dormira como suspeitava. – É muito cedo ainda. Incomodei com a tv?
— Imagine, não foi isso. – Renée deu tapinhas em sua perna sentando-se ao seu lado. - Não fique não incomodada assim, seu pai está realmente tranquilo. O que me dá mais esperanças de que tudo acabará em breve.
— Sim, mãe. – Bella notou que estava preocupada com o mãe, mas que sentia orgulho dele e da mãe. Sentia isso depois de um longo tempo.
— O que disse ao seu pai ontem é verdade? Se afastará dos Volturi?
— Pretendo... Pretendo terminar com o Alec.
— Isso me deixa aliviada. Suspeito de que tenha entrado neste relacionamento não pelos motivos corretos.
— Talvez... – Balbuciou sem poder falar a verdade.
— Quer me ajudar a preparar um delicioso café da manhã para o seu pai?
— Claro.
Juntas, esmeraram-se no desjejum. Charlie apareceu depois, arrumado como se fosse sair. As duas se entreolharam antes de sentarem, entendendo que ele esperava ser solicitado a qualquer momento. Conversaram sobre coisas comum e rotineiras, aproveitando a companhia um do outro até que ouviram chamar à porta. Os três calaram-se e paralisaram. Não ousaram se mexer até que a voz tornou a chamar por Charlie.
— Acho que está na hora. – Charlie tocou no ombro de Renée e levantou-se. – Estava tudo delicioso. - Renée já estava chorando quando levantou para abraça-lo. Bella correu para os dois e uniu-se a eles. – Está tudo bem. – Com dificuldades, separou-se delas e caminhou até a porta.
Oficiais da polícia estavam lá. Anunciaram a prisão, declararam seus direitos e quando o algemaram, Bella não pôde mais conter as lágrimas. Teve que amparar a mãe que chorava copiosamente em silêncio enquanto o seu pai era levado para o carro. Charlie olhou uma última vez para elas da janela e foi embora.
Ficaram ali, tentando consolar uma a outra. Renée ocupou-se com serviços domésticos para se distrair e Bella teve tempo para perceber que o seu celular estava descarregado. Colocou o parelho para carregar enquanto fazia companhia a mãe. Não podiam ir naquele momento ver Charlie, mesmo com vontade. Esperariam quando o advogado diria quando poderiam visita-lo, era tudo o que podiam fazer no momento.
Assim que terminou de ajudar a mãe, ligou o celular e recebeu uma enxurrada de mensagens e avisos de chamadas perdidas. Não deu tempo de verifica-las, pois imediatamente recebeu a chamada de Alec. Não era bem o que esperava, não era ele quem gostaria de falar. Porém, poderia ser o momento oportuno para terminar o noivado. Prometera aquilo a Edward e gostaria de cumprir.
— Alec.
— Bella! Eu soube sobre o seu pai... Como estão as coisas? – Claro que ele saberia. Alec possuía uma rede extensa de conhecidos.
— Acho que o melhor que pode ser. – Fechou a porta do seu quarto para evitar que a mãe escutasse.
— Deve estar sendo difícil. Onde está? Estive tentando falar com você desde cedo.
— Na casa dos meus pais com a minha mãe.
— Sim, pensei que estaria. Estou indo ver você agora.
— Tudo bem. – Era a oportunidade dela.
Desligou tentando manter-se razoavelmente tranquila. Alec, poderia receber a notícia de maneira negativa, mas enquanto ela se mantivesse em seu controle, as coisas poderiam ir bem.
— Mãe, sairei um momento. – Disse para a mãe que estava deitada na cama assim que viu pela janela o carro de Alec parar.
— Para onde vai?
— Alec veio me ver, eu tenho que falar algo com ele.
— Alec? – Renée reagiu como Bella esperava, com suspeita e reprovação.
— Prometo que não demoro.
Bella saiu dando de cara com ele prestes a bater na porta. Alec a abraçou antes que pudesse dizer qualquer coisa ou mesmo recuar. Afastou-se assim que pôde e seriamente o fitou.
— Podemos conversar agora?
— Bella, sabe que estarei disposto a ajudar o seu pai. Minha família... – Bella ergueu a mão em sinal para que parasse de falar.
— Eu agradeço, mas já estamos cuidado de tudo. – Alec notou que ela estava diferente, percebia que se afastava dele. – Preciso falar com você. Não podemos continuar com esse noivado.
— Está terminando? – Mesmo suspeitando, não conseguiu evitar a incredulidade e a frieza dela.
— Sim. – Ele não disse nada por longos segundos. Bella não sabia se era sensato adicionar algo mais, alguma desculpa.
— Deve estar em choque, querida. – Ela negou com a cabeça. – Passou por coisas improváveis nos últimos tempos e agora a prisão do seu pai. É claro que está triste e quer ficar sozinha, mas eu não posso deixa-la quando mais precisa de mim.
— Não é esse motivo. Apenas precisamos parar.
— Acha que afetaria a minha imagem, a da minha família? Logo todos esquecerão sobre isso. – Bella começava a assombrar-se com as tentativas dele de manipular a situação. Foi algo assim que ele tinha feito a 10 anos. A diferença era que não cairia mais naquela.
— Não estou pensando sobre isso. Não daríamos certo, não damos.
— Como não? Sempre deu certo. – Alec tocou no rosto dela, aproximando o seu próprio. Bem, não tinha outra maneira, Bella tinha que fazer acabar.
— Alec... – Meio que sussurrou, pois não imaginava a reação dele ao ouvir o que diria.
— Sim, querida?
— Eu não te amo.
Aqueles segundos em que se encaravam pareciam eternos. Bella queria se afastar dele, mas temia fazer qualquer movimento. De repente, Alec sorriu para ela e continuou acariciando o seu rosto com gentileza.
— Alec, eu disse...
— E acha que é motivo para terminarmos?
— Para mim é. Alec, para mim acabou. – Então, reunindo um pouco de coragem, segurou a mão dele e afastou do seu rosto. – O nosso noivado acabou aqui. – Bella achou que viu uma fagulha de ira nos olhos dele, que foi contida imediatamente.
— Não quero discutir sobre isso.
— Alec, preste atenção. – Pediu.
— Já entendi que quer terminar, mas eu não estou disposto a isso.
— O que isso quer dizer? Não quero continuar tendo que te dizer...
— Eu só tenho uma coisa a dizer agora. – Alec, parecia naquele momento, o mesmo de sempre. Completamente seguro e tranquilo o que a fazia arrepiar. – Voltará a ser a minha noiva mais rápido do que imagina.
— Está me ameaçando? – Foi em choque que percebeu.
— A sua decisão irá mudar em breve. – Não negou a ameaça. – Ainda estou disposto a tê-la. Sei que está confusa, mas só eu a conheço de verdade e a aceito. Fomos feitos um para o outro. Farei com que entenda. – Alec a tomou nos braços para um beijo sem avisos. Bella tentou se esquivar sem sucesso.
— Alec! – Renée apareceu diante da porta como uma leoa defendendo a sua cria. – Afaste-se da minha filha agora. – Bella foi solta imediatamente. Alec tinha sido pego de surpresa e pareceu estar vermelho.
— Renée, eu só estava beijando a Bella.
— Bella parecia não querer. – Renée caminhou até eles toda em atitude protetora e pegou a filha, puxando-a para o seu lado. Como se entendesse naquele momento o que estava acontecendo, ele uniu as mãos em pedido de desculpas.
— Eu sinto muito, por um momento me deixei levar pela emoção. Querida, sinto muito.
— Espero que sinta mesmo. – A mãe de Bella não estava se sentindo muito receptiva a ele.
— Eu vim apenas prestar a minha solidariedade para a sua família. Isso o que está acontecendo é difícil para qualquer um. Quero que saibam que estou disponível para qualquer momento no que for necessário.
— Agradeço. – Renée disse sem baixar a guarda ainda.
— Alec, vá agora. – Bella pediu.
— Tudo bem. Até mais. – Alec antes de partir lançou para Bella um olhar que parecia ler a sua alma. Mais uma vez sentiu o arrepio percorrer o seu corpo.
Mesmo depois de vê-lo partir em seu carro, permaneceu com a sensação pesada. Parecia que algo sombrio se aglutinava no ar. Voltou ao momento presente sentindo a pressão da mão da mãe em seu braço.
— Bella. – Parecia não ter sido a primeira vez que a chamava.
— Sim, mãe?
— Alec... Alec já agiu assim com você em alguma ocasião?
— Não, foi a primeira. – Renée girou seu corpo ficando a sua frente.
— A maneira fria que ele reagiu ao que dizia... As palavras dele não me agradaram em nada. Promete que não se encontrará com ele e se for realmente necessário, não fará sozinha?
— Sim, mãe, prometo. Fica tranquila. – Bella a abraçou para lhe passar confiança.
Alec dirigia para a sua casa lembrando-se da rejeição que sofreu a alguns minutos. Ainda tinha que se manter tranquilo, tudo estava encaminhado e se precisasse de mais ele faria. Recordou do dia anterior, depois de vê-la com o Edward aos sorrisos, saiu para pensar no que poderia fazer. Acabou dirigindo e chegou na casa da mãe. Eles conversaram, mas a mãe notou o seu estado de espírito.
— Está aborrecido. Tem a ver com o Cullen? – Alec levantou-se e foi até a pequena adega, serviu dois copos de whisky. Levou-os de volta a sala entregando um a sua mãe. Sentou-se ao seu lado, estava pensativo.
— Quero fazer as coisas a minha maneira agora. – Alec bebeu de uma vez o líquido sentindo a sensação de queimor em sua garganta. Olhando para a mãe, tentou mostrar que sabia de tudo o que ela fazia por vias alternativas, pelas sombras.
— Tudo bem. – Chelsea entendeu o filho completamente. – Se precisar de ajuda...
— Vou dar um belo susto nele. – Chelsea sorriu concordando.
— Bella precisa ser domada, ela anda um tanto diferente. – Alec não gostou do comentário da mãe, Bella sempre tinha sido o seu ponto fraco.
— Eu me entendo com ela como fiz esses anos todos. Não se preocupa, mãe. Vamos casar e ter uma bela família. Te daremos netos lindos.
Neste momento, ele recebe uma mensagem e ao verificar vê que é de Alice, informando tudo o que aconteceu naquele dia e avisando que sairia mais cedo. Alec imaginou que se encontraria com a Bella por conta do Charlie.
Alice enviou a mensagem e já saiu em disparada. Estava ansiosa, pois não tivera notícias de Bella e ainda por cima Edward havia ligado também procurando por Bella. Parecia que o celular tinha sido ligado, mas ainda não havia resposta para as suas chamadas e mensagens.
— Ela ligou o celular, entrou em contato com você? – Falou com Edward ao telefone.
— Nada ainda. – Edward que tinha ido até o prédio dela perguntar ao porteiro se ela tinha entrado, recebeu negativas nas duas vezes. – Alice, você pode ir até a casa dos pais dela?
— Estou a caminho.
— Me mantenha informado. – Pediu.
— Tudo bem.
— Falou com o James? – Edward virou para a irmã quando desligou o celular. Ela também estava desligando de uma ligação.
— Ele disse que o pai da Bella foi preso essa manhã. Ela pode estar com a mãe e não ter visto o celular.
— Espero mesmo que seja isso. – Passou as mãos pelo rosto, estralou os dedos agitadamente. – Isso é culpa minha, o Charlie preso...
— Não entra nessa de culpa, não agora que estão indo bem.
— Ela pode estar zangada comigo, lembrando-se que eu provoquei isso.
— Bella mudou, não é? Acredite nisso, não podem ficar voltando nessas questões. Mas é claro que não vai me ouvir, está surdo no momento. – Rosie olhava-o andar pela casa em pensamentos profundos.
— Que seja apenas um chilique dele, porque temos outras coisas para resolver. – Emm também o olhava, mas falava com a Rosie.
***
— Isso faz sentido? – Alice a repreendeu baixo para que Renée não ouvisse do seu quarto.
A sua amiga tinha ido e a confortado sobre o seu pai, também tinha demonstrado todo o alivio ao vê-la segura na casa dos pais, também havia mandado uma mensagem para o Edward avisando sobre ela.
— Sinto muito. Assim que liguei o aparelho Alec me ligou e então veio aqui. Depois disso esqueci completamente porque estava conversando com a minha mãe.
— Não que eu saiba exatamente o que está acontecendo, porque a minha melhor amiga não me contou, mas a julgar pelas atitudes do Edward, parece que vocês se aproximaram ainda mais desde a última vez.
— Nós estamos juntos. – Alice ficou petrificada. – O chamei para um encontro ontem pela manhã depois do exame médico. Saímos, visitamos o parque em que tivemos o nosso primeiro encontro, seguimos para o mirante e depois jantamos juntos. Subi para o apartamento dele e nos beijamos. Ficamos juntos.
— Espera. Não faz esse resumo. Me conta os detalhes. – Alice a puxou para o quarto para conversarem mais a vontade e Bella detalhou o máximo que pôde.
— E hoje quando o Alec veio aqui, terminei o noivado.
— Meu Deus. Como ele reagiu? – Alice estava curiosa, mas com um pouco de medo.
— Tranquilo demais e seguro de que voltarei a ser a sua noiva.
— Isso é um pouco assustador.
— Porque não viu a maneira como ele falou. Alec me beijou a força e a Renée se interpôs.
— Como ele ousa te beijar a força. – Alice balançou a cabeça. - Você tem passado horas agitadas.
— Então perdoe-me se não tive tempo de verificar as mensagens.
— Mas agora, ligue para o Edward e o acalme.
— Melhor... Vou passar em casa para pegar algumas roupas e darei um oi.
As duas saíram, cada qual para o seu destino. Chegando em seu apartamento, Bella tomou um banho e ligou para Edward. Ouviu-o suspirar ao atender.
— Oi!
— Oi, Bella. – O tom de voz dele estava diferente, era quase sem jeito. Bella não gostou.
— Está em casa?
— Sim.
— Pode vir até aqui agora? – Silêncio, longo demais. – Pode?
— Estou indo. – Disse por fim.
Edward fez todo o percurso achando que receberia acusações, xingamentos e talvez gritos por ele ter enviado aquele envelope que comprometia toda a equipe de trabalho de Charlie. Teria que aceitar o que ela fizesse e tentar com sorte acalmá-la de alguma maneira.
Bella abriu a porta e deu passagem para que ele entrasse, segurando-se nela ainda. Fechou-a e então virou para ele. Indicou com as mãos o sofá, Edward calado apenas obedeceu. Estava um tanto tenso, não ajudava vê-la em shorts tão curtos, blusa de alcinha e cabelos molhados.
— Não tem nada para me dizer? – Sentou-se ao lado dele. Edward imaginou que ela queria um pedido de desculpas.
— Eu sinto muito, me desculpe.
— Porque está se desculpando? – Perguntou confusa.
— Não é isso que quer ouvir?
— Porque iria querer isso? – Bella estava cada vez mais confusa com as reações dele.
— Porque seu pai foi preso hoje e não aconteceria se eu não tivesse enviado o envelope a polícia. Eu sinto muito, porque agi quando estava muito zangado.
— Edward, não estava pensando sobre isso. Queria que me dissesse que sentiu saudades e que esteve preocupado como a Alice contou.
— É claro que estava com saudades e muito preocupado. Você sumiu por um longo tempo. Por favor, não faça mais isso. – Terminou pedindo. Bella deu-lhe um selinho carinhoso.
— Serei mais atenta.
— Não me culpa pelo seu pai?
— Já culpei, mas pensando bem não haveria o que você denunciar se tudo estivesse correto. Não é a sua culpa. – Foi a vez dele beijá-la por bastante tempo. – Terminei com o Alec.
— De verdade?
— De verdade. – Edward soltou o ar em alivio surpreso, sorrindo um pouco.
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