10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Ufa!
Consegui postar um capítulo hoje.
Espero que gostem.



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Era um celular tocando, ouvia aquilo, mas não dava importância. Muito mais prazeroso continuar sentindo a mão de Edward em sua perna. Com um pouco de ousadia, descansou as pernas sobre as dele. E a mão segura, subiu por sua cintura, a outra acariciava suas costas. Bella passou suas mãos pelo pescoço dele e se içou para seu colo. Os braços fortes a envolveram ainda mais, enquanto estavam presos em um beijo ininterrupto.

O barulho que pareceu desistir, voltou a ressoar, insistente perto deles. Bella suspirou, mas não deixou de continuar envolvida naquele beijo escandaloso que Edward lhe dava. Não tinha nenhuma intenção de parar aquilo, mas ele parou tateou no bolso traseiro dela demoradamente ao mesmo tempo em que a olhava como o beijo que lhe deu, quase de maneira depravada. Retirou o celular e entregou para ela.

— Oi, mãe. – Atendeu depois de fazer uma careta. Tinha esquecido completamente que retornaria para dormir com Renée.

— Você disse que seria rápido. Ainda volta hoje? – Não demorara tanto assim, sabia que os motivos daquela ligação era para saber se estava bem depois do que presenciou em frente à sua casa, Alec diferente do que demonstrava antes, perdeu o controle.

— Estou indo logo mais.

— Está em casa? Tudo bem? – As perguntas confirmavam o que suspeitava sobre a ligação.

— Estou em casa e estou bem sim.

— Não encontrou com o Alec, não é mesmo? Ele não foi até aí, certo? – Renée estava mesmo muito preocupada.

— Não, mãe. Não o vi. Não se preocupa. – Afirmou e ouviu o suspiro de alivio da mãe.

— Estou te esperando.

— Tudo bem.

Bella desligou e sabia que teria que enfrentar a suspeita de Edward, pois ele percebeu o tom da conversa, como se ela tivesse querendo tranquilizar a mãe.

— Terá que voltar. – Começou a dizer como que adivinhando. Bella assentiu.

— Disse que passaria a noite com ela.

— E deve. – Concordou. – Ela deve estar triste e preocupada com o que aconteceu com o seu pai.

— E eu esqueci por um tempo disso. Sou mesmo inacreditável. – Reprovou a si mesma.

— Não, Bella. – Edward acariciou o seu queixo. – Eu também esqueci por um momento todos os problemas e me reconfortei. Momentos como esses são importantes. Me sinto renovado. – O que ela poderia fazer além de beijá-lo novamente? Bella sentiu a reciprocidade do beijo e dos sentimentos com profundidade. – Mas... – Ele disse quando o beijo teve um fim. – Existiu mais do que preocupação por seu pai nessa ligação. Quem você não viu e que a sua mãe obviamente não que veja? – Bella afastou seu rosto do dele e quis levantar, mas ele a segurou pela cintura mantendo-a sentada em seu colo. – Combinamos no mirante que não voltaríamos a cometer os mesmos erros. Não fuja. – A vergonha passou por seu rosto e ela abaixou a cabeça por ter mesmo tentado fugir. – Não quero e não precisa fugir, mas eu não farei como antes, não desistirei até te confrontar. Bella, eu sei que muito provavelmente não saberei tudo o que se passa com você, mas eu sinto que isso especificamente...

— Alec foi até a casa dos meus pais. – Tomou coragem e falou de uma vez, sem deixar que terminasse a frase. -  Soube que meu pai foi preso e me ligou assim que carreguei a bateria do celular.

— Estava para perguntar em que momento terminou com ele.

— Sim, aproveitei para terminar com ele e...

— E...? – Não gostou nada da hesitação dela. – O que aconteceu?

— Alec não aceitou, ele acha que não deveríamos terminar. Falou coisas sem sentido.

— Quero saber exatamente o que ele disse. – Pediu e Bella balançou a cabeça em negativa. – Bella...

— Só não sei se isso será bom. – Confessou.

— Se não me falar começarei a imaginar coisas absurdas. Isso vai me irritar. – Na verdade já estava e não era segredo para Bella.

— Não precisa. – Tentou ignorar os sinais da irritação dele.

— Alec está claramente com algum transtorno e você não quer me dizer o que fez...

— Tudo bem. – Disse enfim.

— Com detalhes. – Pediu.

— Realmente parece que ele está sofrendo algum transtorno delirante. – Edward estava bem atento a cada palavra dela, porque sentia que não ouviria boa coisa. – Alec começou tentando ajudar meu pai, ao que neguei e completei rompendo o noivado. A reação dele foi dizer que eu deveria estar em choque. Quando neguei que estivesse em choque ele sugeriu que eu estivesse fazendo isso para não manchar a imagem dele e da família, claro, garantiu que não aconteceria isso. – Bella deu uma pausa, relembrando o momento. – Falei que não daríamos certo, mas não consegui que ele desistisse, então disse que não o amava. Foi um pouco assustador, ele continuou tranquilo, chegou a sorrir docemente e me disse que não era motivo para terminarmos. Insisti, mas ele não estava disposto a terminar. Alec tem certeza de que eu voltarei a ser a sua noiva.

— Quando erámos mais jovens pensei que ele era um garoto que não tinha muitas opções, pois a mãe dele o dominava. Ao voltar achei que ele só tinha uma fraqueza de caráter, mas Bella, eu não sei agora se ele é apenas um cara mau ou se realmente está doente. É possível, não? – Pensativo se recostou no sofá.

— Acho que sim.

— A sua mãe ouviu tudo?

— Na verdade não sei bem o que ela ouviu. Sei o que ela viu. – Sussurrou as últimas palavras.

— E o que ela viu?

— Alec me beijou sem a minha permissão.

— Ele o que? – Era como se Edward ainda não tivesse realmente entendido. Bella não quis repetir. – Ele o que? – Mas a pergunta foi refeita.

— Me beijou sem a minha permissão. – Edward parecia ter mergulhado em pensamentos profundos e atordoados. Sua expressão era de estar sentindo algo intenso, mas que forçava-se a reprimir.

— Vamos garantir que isso não volte a acontecer. – Disse sem olhar exatamente para ela, ainda permanecia em seus pensamentos, falando cada palavra pausadamente.  

— Não acontecerá. Está tudo bem agora, Ed. – Bella pegou uma de suas mãos e a segurou. Foi então que ele voltou para o momento, voltou a olhá-la.

— Se ele tocar em você...

— Não, Ed. – Bella levou a mão dele ao seu rosto. – Não, nunca. Não pense nisso. – O suspiro que ele soltou não foi de alívio. Ainda estava engasgado, irritado e preocupado.

— Te levarei até a casa dos seus pais.

— Isso é algo que não recusarei.

Edward esperou que ela reunissem alguma roupa e objetos em uma bolsa e então seguiram para o carro sem notarem que Alec estava dentro do seu carro do outro lado da rua. Tinha visto quando Bella retornou para casa e quando Edward em seguida foi até lá. Estava confirmado que a sua pequena noiva ainda carregava a tendência em trair.

Alec os seguiu, estacionou alguns metros atrás deles quando pararam a poucos passos da casa dos pais de Bella. De onde estava não via muito bem, mas eles pareciam conversar dentro do carro e o seu ódio por Edward apenas aumentava a cada segundo que os via juntos.

— Você parece muito cansada, então tente dormir um pouco.

— Tudo bem. – Massageou a nuca.

— Algum vestígio de dor? – Perguntou atento.

— Levemente.

— Não deixe que aumente. Então se piorar um pouco mais que seja, apenas tome o remédio e tente dormir.

— Sabe, eu não sou muito favorável a esses remédios.

— Eu sei, mas por enquanto terá que usá-los até que essa crise esteja de fato controlada. – Disse firme.

— Você parece um namorado atencioso. – Sorriu achando fofo e divertido.

— Eu sou atento a você, me preocupo sim e... – Desviou o olhar dela e direcionou-se para o volante. Bella sempre o deixava daquela forma, mas tinha que ser mais corajoso do que foi a 10 anos, assim, olhou novamente para ela. – E acredito que eu seja o seu namorado. – Pelo menos, ele não era o único afetado, percebeu pelo rubor no rosto dela.

— Namorado?

— Bella, eu não sei exatamente onde isso vai dar, mas por enquanto, vamos continuar de onde paramos.

— Não sei se ainda me acostumei com essa versão tão direta e sem gagueira.

— Você disse que gostava dessa versão.

— Adoro, mas estou sempre sendo surpreendida. – Admitiu tocando nos dois lados do rosto, pois sentia-se quente e vermelha.

— Apenas, dê-me um beijo de boa noite e entre. – Disse sorrindo. Bella sorriu também e o beijou.

— Boa noite. – Sussurrou para ele.

— Boa noite.

Bella saiu do carro e caminhou até a sua casa, Edward permaneceu olhando até que ela entrasse. Alec passou por ele em seu próprio carro, discando em seu celular. Assim que Bella entrou, atendeu ao telefone, não sabia de quem era aquele número.

— Alô. – Disse curioso.

— Venha se encontrar comigo no bar do Dom Hotel. – Disse a voz incisiva. Edward reconheceu segundos depois.

— Alec?

— Estarei esperando lá. É hora de uma conversa de homem para homem. – Continuou sem responder e desligou.

Edward mal acreditou na ligação, ligou o carro balançando a cabeça certo de que não iria, mas lembrou-se do que Bella havia contado no apartamento dela minutos atrás. Talvez fosse mesmo a hora de terem uma conversa de homem para homem. Dirigiu até o hotel e foi direto para o bar, ainda recordava-se do caminho, pois tinha sido lá que hospedara-se quando chegou a cidade por recomendação de Alice.

Viu o Alec imediatamente, a cabeça loira virou para ele assim que entrou no ambiente. Ainda era cedo, o que justificava o ambiente ainda escasso de pessoas. Caminhou até a pequena mesa afastada da entrada, onde ele estava sentado. Puxou a sua cadeira e sentou-se de frente para aquele que um dia considerou um grande amigo. Alec continuou bebendo o whisky como se não tivesse ninguém ali.

— Do que se trata isso? – Edward resolveu começar.

— Não quer pedir algo? – Ele olhava para o copo em suas mãos e não para Edward.

— Prefiro que cheguemos logo ao ponto. – Alec ergueu o olhar para Edward e esboçou um sorriso.

— Eu também. Você voltou para se vingar, agora eu sei. Sei também que conseguiu perturbar a Bella e está tentando fazer o mesmo comigo, usando-a.

— Vim para me vingar sim, mas eu não a estou usando.

— Sei que está saindo com a minha noiva bem debaixo do meu nariz. – Edward se inquietou ao ver a tranquilidade que ele mantinha ao revelar que sabia sobre ele dois.

— Ela não é mais a sua noiva. – Foi só aí que os lábios dele tremeram demonstrando algo além.

— Está tentando jogar na minha cara que conseguiu que ela me traísse com você em uma revanche sobre o passado?

— Alec, eu ainda não tive a minha revanche. – Garantiu.

— Sinta-se satisfeito. – Alec bebeu mais do whisky. – Estou pedindo em honra a nossa amizade do passado, deixe a cidade, deixe a Bella em paz.

— Eu não me sinto nenhum pouco coagido se isso foi mesmo a sua intenção. Depois do pedido gentil, Alec, o que virá?

— Está mesmo perguntando, Edward?

— Vai deixar que a sua mãe contrate mais alguém para me surrar ou enviar comidas adulteradas? – Alec pareceu surpreso, era a reação mais intensa que Edward o viu ter.

— Você está delirante. Presumo que seja o trauma do passado.

— Não sou eu a pessoa que precisa de ajuda aqui, mas mesmo você precisando de ajuda, eu ainda sou capaz de defender a minha família, amigos e a minha namorada.

— Namorada? – Toda a cor do rosto do Alec se foi de uma única vez. – Isso é engraçado. – Mas ele não ria.

— Deixe-a em paz você. – Edward levantou-se e estava prestes a ir quando ele o chamou:

— Edward, não diga que eu não tentei. Você acaba de me irritar muito. – Edward seguiu sem dar mais ouvidos a ele. Alec discou um outro número no seu celular. – Vamos dar continuidade ao que conversamos mais cedo e quero que seja imediatamente.

***

Rosie estava voltando ao apartamento ao lado de Emm depois de horas gravando um vídeo pela cidade. Havia ligado para Bella mais cedo, pois seu irmão contou sobre a conversa que tiveram e depois de um tempo conversando elas falaram sobre os planos do dia. Rosie desejava gravar um vídeo na cidade e ouviu algumas sugestões de lugares de Bella e o resultado tinha sido incrível.

Os dois encontraram Edward durante uma ligação. Rosie sentia que desde o dia anterior Edward estava transbordando de preocupação. O que tinha acontecido com Bella, a visita do Alec e o beijo, não havia descido e ele estava com aquilo entalado. Também tinha ocorrido o encontro dos dois com aquela conversa que denominava no mínimo como sinistra.

— Quem era? – Perguntou assim que ele desligou.

— James.

— Ele ligou? O que queria? – Perguntava enquanto deixava a metade do equipamento que trouxera de lado, junto onde Emm deixara a outra metade.

— Eu liguei.

— Falou sobre o encontro que teve ontem com ele e sobre a Bella?

— Principalmente sobre a Bella. Pedi que a retirasse de qualquer plano que tenha e que me ajudasse a ficar de olho nela. Prometeu repensar os próximos passos a seguir e depois conversar com a gente. – Rosie pensou um pouco sobre aquilo e como Bella reagiria.

— Ela vai ficar chateada.

— As circunstancias mudaram extremamente, Rosie.

— Não diga isso para mim, diga para ela. E mesmo assim não acho que ela te escutará.

— Você tem uma garota destemida. – Emm completou. – E um pouco louca assim como você.

— Emm, ela não é louca e nem eu. – Emmet bufou rindo.

— Você veio de outra cidade para aplacar todos com a sua ira vingativa. Mesmo depois de ser espancado, continuou aqui. Mesmo depois de colocarem a gente para dormir, e eu agradeço que foi apenas isso mesmo, você continua... E nós também, loira. – Falou pensativo. – Acho que isso nos torna loucos também. – Deu de ombros. - De qualquer forma, enquanto continuar com essa ideia, não vai convencer ninguém, principalmente a Bella de abandonar o barco.

— Honestamente, irmãozinho. Eu quero muito ver essa família pagar por tudo o que fez e ver o Alec se arrepender de ter sido esse cretino com você e com a Bella. – Rosie estava zangada e com as mãos na cintura. Os dois homens olharam para ela naquela postura defensora e se entreolharam caindo na risada. – O que?

— Honestamente, irmãzinha. É hilário vê-la defendendo alguém que algumas semanas atrás você implicava tanto. Como era... Vaca mimada? A propósito, nunca mais se refira a ela assim.

— Não fui a única a xingá-la. – Defendeu-se.

— Eu estava com muita raiva.

— E eu também, já que ela te deixou com raiva. Você também a algumas semanas não queria vê-la pintada de ouro.

— Eu... – Edward apontou para si mesmo com muita ênfase. – Sempre tive uma queda por ela, mas você nunca se aproximou dela. Antes tarde do que nunca, mas vou logo avisando, uma vez envolvido com ela, nunca mais vai deixar de estar.

— Eca! – Rosie revirou os olhos. – Deixa de exagero.

— Não é exagero.

— Fudidamente apaixonado. – Emm bateu no ombro dele. – Pensei que a Vic pudesse ser a garota para você, daí veio a Senna e eu achei que “bem, é mais a cara dele”, mas aí quanto mais eu via a Bella, mais eu achava que era ela. – Edward apenas concordou com o amigo.

— Onde está a Vic, falando nisso?

— Era para você ter perguntado ao James. – Rosie piscou para o irmão que abriu a boca surpreso.

— Eles estão...?

— Com toda a certeza.

— Nem parece mais um evento sobre vingança. De repente temos muitos casais se formando. – Emm estava zoando.

— Para fechar o ciclo, falta apenas a Alice. Ela também faz parte do grupo agora. Talvez... – Rosie pensou.

— Com o Torres? – Emm falou e ele mesmo reagiu gargalhando imaginando o casal único. Alice pequenina, dócil e falante com o Torres rabugento e calado.

— Coitadinha... Embora até os caladões e esquisitos mereçam um amor. – Rosie tentou não rir. – Ele é sempre tão formal! Como é mesmo o primeiro nome dele? – Ninguém soube responder. - Já sei! O Jasper cairia muito bem com a Alice.

— Rosie...

— Ah, irmãozinho, só estamos brincando. – Respondeu a reprimenda do irmão. – Sei que o Jasper não ficaria com a Alice, mas talvez seja o tipo de garota que ele precise para destravar. – Pensou no primo que era mais como um irmão e tinha muitas questões a serem ainda tratadas em sua alma. – Como ele deve estar se saindo sem a gente? – Preocupou-se. – Estou sempre tentando falar com ele, mas sabe como ele é com os Apps, ele simplesmente é antissocial.

— Ele é antissocial na vida real também. – Edward a lembrou. – Mas ligo para ele quase todos os dias. Parece estar bem.

— Você falou sobre a Bella?

— Ainda não. – Rosie pareceu compreender sem que ele dissesse mais.

— Sabe de uma coisa, porque não nos reunimos mais tarde, fazemos algo todos juntos? Vou trabalhar no meu vídeo e depois estarei livre. Ligue para a Bella.

— Não sei se ela vai poder. Ainda está com a mãe e nada mudou com o Charlie.

— Tente. – Insistiu. – Ela precisa de um momento de distração.

***

Rosie descobriu uma festa que estava acontecendo na maior praça da cidade a noite. Era um evento de rua, misturando grafite, artesanato, música ao vivo, comida e bebida. De repente, imaginou que seria tema de outro bom vídeo para o seu canal.

Bella a ajudava como podia com a Alice. Vic apenas curtia da música e a bebida ao lado do Edward e Emmet. James não pôde ir, estava trabalhando, mas ela já havia contado brevemente para todos que estava saindo com ele.

O tempo não estava tão bom, a temperatura tinha abaixado um pouco e vento trazia a premissa de chuva. Por isso, tentavam curtir o máximo possível. Bella sentiu vontade de comer pipoca e relembrar com Edward o encontro deles e se afastou para compra-la, mas foi abordada no caminho por Alec.

— Imaginei se era mesmo você.

— Alec. – Bella tinha sido pega de surpresa e por  isso seu coração estava um pouco descompassado.

Edward viu de onde estava, Bella e Alec. Notou que eles falavam algo e temeu que ela estivesse sendo coagida por isso deixou Emm falando sozinho e caminhou até eles.

— Bella, venha comigo. – Edward segurou a sua mãos e a puxou, mas Bella resistiu. Edward olhou para ela intrigado. – O que foi?

— Bella, vai comigo agora, se não se importa. – Alec disse arrogante e fez Edward dar um passo em sua direção para socar a cara dele, mas Bella ficou em sua frente.

— Edward, não!

— O que diabos está acontecendo? – Perguntou cada vez mais confuso com as reações dela.

— Vou falar com o Alistair e com a Chelsea. Te encontro daqui a alguns minutos com o pessoal. – Disse baixo para ele.

— Por que, Bella? Você não tem que fazer isso.

— Eu quero falar com o Alistair. – Edward pressionou a mão dela um pouco mais.

— Não, voltará comigo para junto dos outros.

— Edward, depois a gente conversa. – Pediu.

— Você vai mesmo com ele?

— Edward, não pense assim. Não é sobre isso. Vamos conversar depois. – Tentou acalmá-lo e fazê-lo entender que não estava escolhendo ir com o Alec da maneira que ele expressou.

— Ótimo, Bella. – Edward soltou a sua mão.

— Vamos, querida? – Alec provocou propositadamente.

— Tudo bem, Edward. – Falou antes de se virar e ir para fora da multidão, onde o Alistair estava. Quando olhou em direção onde tinha deixado Edward, ele não estava mais. – Alistair, como está? – Bella o abraçou tentando dissipar o mal-estar que sentia.

— Bella, eu te vi! Falei com meu irmão. – Alec já tinha lhe contado ao abordá-la que Alistair a tinha visto e tinha chamado por ela. Bella imaginou que aquela seria uma ótima oportunidade para tentar voltar a casa dos Volturi e pegar os documentos. Não tinha desistido.

— Srª Volturi. – Chelsea retribuiu com dois beijos no rosto de Bella.

— Como vai, querida? Soube do seu pai e saiba que estamos à disposição.

— Ah, fico agradecida.

— Falou com ela que podemos ajudar? – Olhou para o filho. – Temos ótimos advogados e conhecemos muitas pessoas, Bella. Não se sinta rogada, assim que quiser que façamos algo... – Chelsea nunca tinha sido tão direta, mas ao mesmo tempo as suas palavras pareciam apenas um sincero apoio. Alec havia aprendido bem com a mestra que era a sua mãe.

— Quando vai me visitar? Quando, Bella? – Era exatamente o que ela queria. Sentia muito ter que usar a inocência dele, mas precisava.

— Podemos marcar para os próximos dias. Estarei esperando o convite. – Alec pareceu realmente feliz com aquilo.

— Ah, que ótimo! – Chelsea pareceu exultante. – Marcaremos sim.

— Bem, eu estou no meio de um trabalho... – Bella acariciou o rosto de Alistair que sorriu.

— Aquela é a Rosalie Cullen?

— Sim, é. – Respondeu para uma Chelsea que mantinha a fineza, mas ambas sabiam que estava irada por dentro. Já que no último encontro das duas, Chelsea lhe deu um recado para ficar longe dos Cullen. – Estou ajudando em uma gravação. – Bella voltou a abraçar o Alistair. – Foi ótimo vê-lo, meu bem. Conversaremos mais tranquilamente quando eu for a sua casa. – Até mais.

— Até mais. – Todos eles disseram.

— Ela está com uma Cullen. – Chelsea cantarolou baixo apenas para ele, para que Alistair não ouvisse. Alec não respondeu, não queria dizer que Edward também estava ali. – Não disse que deu um anel a ela? Onde está? – Chelsea havia reparado nos dedos sem o anel que o filho deu de noivado.

— Mãe, eu disse para deixar comigo, tudo.

— Espero que resolva, tudo. – Falou firme. – Vamos Alistair. – Chamou o filho.


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