10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Pois é, estamos no capítulo 29 e eu nem esperava por isso.
Pensei que seria uma história mais curta, mas estamos aqui com muita coisa para contar ainda.
Divirtam-se!



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— Você entende a maneira que me sinto. – Disse quase bravo para a irmã que demonstrou ser contra ao que propôs.

— Eu entendo, mas não acho que possamos mudar os nossos planos assim de uma hora para outra. Alec não aceitaria esse término com tranquilidade. Não dá para saber como ele vai agir.

— Exato. E é por isso que temos que tirar ela de perto dele, dessa família. O que aconteceu com vocês foi muito grave.

— Sim, foi e eu tenho uma opinião quanto a isso.  – Rosie parecia incomodada ao dizer aquilo. – Não acho que vá gostar.

— Já não estou gostando.

— Pelo menos pense sobre isso. – Emmett interviu. – Estamos todos preocupados e eles não estão de brincadeira. – Edward soltou o ar com um riso de lado um tanto cínico.

— Eu também não estou e sei bem o que quer que eu faça, Rosie. Pois eu tenho outra opinião, não vou embora, mas vocês dois farão isso. Deveriam ter ido desde o início como eu falei.

— Se tivéssemos mesmo ido, não teríamos descoberto tanta coisa assim e você provavelmente estaria ainda sofrendo e brigando com ela quando deveria apenas ter uma boa conversa. A nossa presença possibilitou acessos a família e a sua namorada de volta. Não banque o maioral agora comigo. - A seriedade de suas palavras estavam estampadas no seu tom de voz e expressão grave.

— Você bem que mereceu isso. – Emmett concordou com a namorada. – O fato é que nós não iremos se você não for. Já dissemos isso também. Só que cara, é hora de repensar algumas coisas. Eu duvido que você tenha imaginado o quão louca e gângster é essa família. Até agora, brutamontes te encurralaram e surraram e nos doparam, poderia ter sido veneno. Poderíamos estar mortinhos agora. – Edward engoliu em seco, eles tinham razão, não discutia isso, mas não os queria em perigo, porém também não estava disposto a deixar seus planos de lado.

— E sobre a Bella?

— Vamos cuidar dela. Todos vamos cuidar uns dos outros.

— De que maneira se ela esta em um noiva... – Edward cerrou os lábios, a irritação lhe vinha facilmente quando recordava de Bella nos braços do Alec. – Em um relacionamento com aquele cara?

— É um relacionamento falso.

— Pare ele não é.

— Sobre isso, Edward tem razão, loira. Tem o fato de que eles já estiveram envolvidos. São adultos... Acha que até quando ele vai aceitar estar noivo sem nenhum tipo de...

— Emmett, Não. Termina. – Pediu pausadamente soltando todo o ar pela boca no final. 

— Desculpe. – Coçou a nuca. – Além disso, se ele desconfiar de algo, pode mesmo fazer algo. Ele parece um psicopata.

— Bella não pode ficar sozinha. – Edward disse decidido.

— Mas também não pode ser vista acompanhada todo o tempo. – Rosie afirmou.

— Tudo bem, posso resolver isso.

— Como? – Edward deu de ombros sem responder e voltou a sua atenção forçadamente para a refeição a sua frente já fria. – Irmãozinho...

***

“Vamos nos encontrar no apartamento dos Cullen daqui à 2 horas, ok?” Bella leu a mensagem enviada por James e verificou o relógio. Era exatamente 17:21, seus pais estavam conversando na sala com ela. Charlie ainda estava visivelmente chateado com as novas notícias, mas cedeu aos pedidos de Renée para continuarem juntos e conversando.

Aquelas horas passadas com os dois, refrearam a vontade e falar sobre a sua passagem ao hospital naquela madrugada. A última coisa que queria era fazê-los se preocuparem mais e sem motivos. Porém, sentiu que precisava dizer.

— Eu preciso dizer que estive essa madrugada no hospital, mas não foi nada demais. – Disse tendo a atenção deles voltada para ela.

— É sobre as dores de cabeça? – Renée perguntou e sentiu-se mais perto dela. Verificou a temperatura da filha com as suas mãos, Bella sorriu com aquele gesto.

— Não tenho febre, mãe.

— Na madrugada? Passou mal na madrugada? Porque não nos chamou? – Não contaria que não teve condições para aquilo.

— Eu consegui ir sem problemas.  – Também não disse que foi sozinha.

— E o que teve? – Charlie estava preocupado.

— Uma crise forte de enxaqueca. Me medicaram e eu descansei por lá. Coletaram sangue pela manhã para exames, mas amanhã devo fazer um encefalograma. Só para garantir que está tudo bem e está. – Garantiu a eles.

— É claro que vou com você.

— Não será necessário, mãe. Você tem seu trabalho.

— É claro que vou, não iremos discutir isso. Só me diz o horário e vou te acompanhar.

— Tudo bem.

Bella ouviu da mãe algumas recomendações para o seu bem e estar, mas sua mente de repente vagou distante dali. Estava pensando sobre como encararia o Edward depois do que houve entre eles, sentia-se tímida, mas também ansiosa. Pulou quando em sua mão o celular vibrou, despertando-a de seus pensamentos quase adolescentes. Sinceramente não queria atender, mas deveria, fazia parte do plano.

— Oi! – Soou animada e levantou-se indo em direção ao jardim da casa dos pais. Bella olhou para o céu, estava claro ainda com poucos tons de laranja que indicava a aproximação do crepúsculo.

— Te mandei mensagens. – Era verdade, mas ela não estava com animo de respondê-las. – Até emojis fofos.

— Eu vi. – Bella riu audivelmente para que ele ouvisse.

— Não respondeu. – Alec usou a sua voz de desapontamento exagerado.

— Estive imersa com meus pais durante todo o dia. Sinto muito.

— Está com eles? Tudo bem?

— Sim, tudo bem.

— E como se sente? Ainda sente dor?

— Não. Estou bem agora. – Bella recordou de Edward chegando em sua casa, ela apagando e depois de tê-lo no hospital fazendo-lhe companhia.

— Que bom. Lembre-se de ir ao médico assim que possível.

— Sim, claro. – Bella omitiu que já havia estado em um e não sentiu vontade alguma de dizer que iria no dia seguinte.

— Mandarei mais  mensagens e talvez eu ligue novamente depois. Estou um pouco ocupado hoje, mas sinto saudades. Até mais, querida.

— Até mais.

Bella voltou para casa e um ar pesado se apossou do ambiente. Seus pais estavam quietos demais. Aquilo tinha a ver com a ligação do Alec, eles estavam mesmo reprovando aquilo.

— Bem, acho que já estou indo. – Era a sua deixa. – Mãe, você vem?

— Ficarei mais um pouco. – O que era aquele rubor no rosto da sua mãe? Bella olhou de um para o outro, Charlie também havia mudado a expressão de descontentamento para algo perto de acanhamento.

— Acho ótimo. Seria ainda melhor se voltasse a morar aqui. Não acha, pai? – Bella pegou a sua bolsa e entre as exclamações ininteligíveis da mãe, os beijou e despediu-se.

Quando chegou em casa, ainda faltava uma hora e meia para ir ao encontro com o pessoal. Alice ligou dizendo que estava indo vê-la, não podia negar a ida de sua amiga, não tinham conversado sobre nada desde os bombons enviados para a Rosie.

Alice chegou e não disse nada por alguns instante diante da amiga que tinha o quarto todo abarrotado de roupas espalhadas e ela mesma estava apenas vestindo uma toalha parecendo desesperada.

— Estamos em crise? – Perguntou enfim.

— Alie, eu não sei o que vestir.

— Você não sabe o que vestir? – Bella balançou a cabeça. – Você? – Alice frisou incrédula. – Qual é a ocasião que a está deixando tão insegura?

— James marcou uma reunião com todos daqui a pouco na casa do Ed-Edward.

— Você gaguejou o nome dele? – A suspeita já estava estampada nela.

— Eu tenho muito o que te contar. – Parou e caminhou até a amiga segurando-a no ombros. – Mas antes, ajude-me a escolher algo casual, mas bem bonito, mas que não mostre que quis parecer assim, mas que talvez pareça um pouco sim. – Alice estava diante de uma versão da Bella que nunca havia presenciado.

— Faço isso em 2 minutos e você me conta tudo! – Disse ansiosa para saber o que tinha feito Bella ficar naquele estado. Alice escolheu as peças rapidamente e as entregou para Bella.

— Tem certeza?

— Tenho. – Garantiu. Bella vestiu-se rapidamente. – Conte-me tudo. – Pediu.

Alice sentou-se na cama, afastando as roupas espalhadas pela amiga e começou a ouvir sobre a conversa que Bella teve com a Rosie no apartamento, Edward saindo irritado, sobre os bombons com mais detalhes, a ida dela até o hospital na ambulância.

Calada, ouviu como Bella se comportou infantil e venenosa com a Senna no hospital. E então, espantada, Alice a ouviu falar da conversa com o Alec no carro, do jantar na casa dos Volturi e das ameaças da Chelsea. Bella também falou sobre as impressões que teve ao conversar com o Alistair.

— Você desmaiou?! – Alice quase gritou quando ela disse sobre ter desmaiado nos braços do Edward.

— Sim.

— Você levou isso até a esse ponto? – Ralhou.

— Tudo bem, eu mereço, mas agora não é hora para sermão. Tenho que te contar o que aconteceu no hospital. – Alice se calou para ouvi-la até o final que era a ida dela a casa dos pais e a reconciliação iminente dos dois. – Ai, meu Deus! – Bella soltou.

— O que?!

— Eu estou ansiosa para vê-lo! Ansiosa!

— Estou notando. – Disse como se fosse óbvio.

— Mas ele tem namorada.

— E você um noivo! – Bella caprichou na careta para ela.

— É sério, Alie. Não falamos sobre isso... quer dizer...Não falamos sobre nada romanticamente.

— Pareceu que falaram. Ele disse que sentiu ciúmes e você também. – Alice estava tonta com as informações, mas tinha certeza de que Bella estava apaixonada por Edward Cullen. – Você está mesmo apaixonada. Entendo agora porque ficou tão triste quando ele foi embora.

— Acho que é tarde demais agora. – Bella se deu conta dos anos de separação, do grande mal-entendido e de Senna, a linda garota do Edward.

— Porque parece tarde demais? Esses anos todos podem ser supridos a partir de agora, se é isso que querem.

— Eu não sei se ele quer. Eu te falei da Senna.

— Ele começou isso a pouco tempo. Não deve ser sério. – Bella assentiu. – Mas me preocupa todo o resto da história. Bella eles poderiam ter envenenado a Rosalie e o namorado dela. Inclusive, você também. É você que está na linha de frente, será  primeira a ser atingida caso eles percebam o que esta acontecendo.

— Não posso voltar a trás. Quero descobrir tudo. A minha vida foi atrelada as tramoias deles e a minha família sofre com isso até hoje.

— Você está cada dia mais teimosa. Tudo bem. – Levantou-se decidida. – Então eu também participarei dessa reunião.

— Alie, não quero que se envolva.

— Já estou envolvida. Sou a sua melhor amiga, ficarei de olho para que não sofra.

— Você é uma joia preciosa.

— A mais preciosa. – Garantiu.

Estava na hora de ir, as duas saíram e atravessaram a rua, rumo ao apartamento do Edward. Bella olhou nervosa para a amiga e ergueu a mão para a campainha, mas não teve coragem de apertá-la. Recordou-se mais uma vez de ter dito que sentiu ciúmes e sua saída desengonçadas com as roupas e sapatos dele. Também recordou de ter vomitado ao seu lado, estava vermelha como um pimentão. A mão de Alice passou diante do seu rosto e acionou a campainha. Bella protestou baixo e ela mostrou-lhe a língua.

Edward abriu a porta, sentiu o coração palpitar ainda mais forte. De repente, viu-se observando-o com mais demora. Notando os seus olhos claros, seu nariz afilado, seus lábios finos, seu pescoço forte, as linhas da clavícula. Edward também a observava, todos os seus traços delicados estavam sendo memorizados mais uma vez. Foi Alice que cortou o silêncio, notando que poderiam passar mil anos naquilo.

— Oi, Edward.

— Ah, oi, Alice. – Ela foi quase ignorada, pois não desviou o olhar de Bella. Se aquilo não parecia um caso romântico, ela não entendi nada sobre aquilo então.

— Oi, Bella. – Alice soltou um riso ouvindo-o chamar pelo apelido carinhosamente e então teve a atenção dos dois.

— O que?! Não vamos entrar? – Disse ainda rindo. Notando agora o que acontecia, os dois ficaram sem jeito.

 – Entrem.

— Você chegou! – Rosalie a chamou com a mão quando a viu entrar.

Bella olhou em volta, estavam James, Torres, Victória e Emmett já reunidos. Alguns sentados no sofá outros em cadeiras.

— Oi! – Bella falou para todos, seguida de Alice que os cumprimentou também. – Eu trouxe a Alie junto. Espero que não se importem, ela anda um pouco preocupada.

— Não é a única. – Rosie garantiu. – Meu irmãozinho está uma pinha de nervos.

— Rosie! – Edward estava bem atrás de Bella, ela assustou-se com a proximidade.

— Diga, como está? – James foi até ela antes que Edward pudesse dizer mais alguma coisa. Bella achou que ele estava prestes a fazer isso.

— Estou bem.

— Bella, eu soube que não estava nada bem a noite passada.

— Edward me levou ao hospital, fui medicada e estou bem agora. – James avaliou o rosto dela para garantir e acreditou.

— Sente-se, vamos falar primeiro sobre o caso dos bombons. – Todos se acomodaram. De alguma forma, deparou-se com Edward ao seu lado. – Conseguimos as câmeras do prédio, o entregador evitou mostrar o rosto, não pudemos identificá-los, mas a placa da moto sim.

— E é uma placa fria vinda do mesmo lugar que os carros que encurralaram o Edward. – Bella concluiu.

— Sim.

— Precisamos pegar o cara certo na Yin Yaing e fazê-lo falar. A outra maneira, é você Bella, conseguir informações de alguma forma.

— Não temos nenhuma outra informação? Alguma pista na caixa dos bombons? – Edward perguntou.

— Não havia digitais e os bombons não pareciam ser de alguma loja, então não podemos rastrear.

— Estamos na mesma. – Disse demonstrando mal humor.

— Não exatamente. Sabemos que são as mesmas pessoas, sabemos quem estão envolvidos. Só precisamos conseguir ligar os Volturi a Yin Yang.

— Usando a Bella para isso? – Não passou despercebido para ninguém que ele agora a chamava diferente.

— Ela está começando a conseguir, a última conversa com o Alec e a Chelsea nos mostrou que eles não são nada inocentes.

— Temos que procurar uma outra forma de conseguir ligá-los aos crimes. Bella não precisa continuar se envolvendo com eles.

— Do que está falando, Edward? – Resolveu perguntar, pois não entendia o porque dele estar falando aquelas coisas.

— Que você não vai mais se encontrar com eles, principalmente com o Alec.

— Eu estou totalmente de acordo com isso. – Alice pronunciou do seu outro lado.

— E lá vamos nós. – Rosie cantarolou. – Estava esperando mesmo que dissesse isso, irmãozinho. Bella. – Rosie direcionou-se a ela que ouvia atenta. – Ele não quer mais que você se ponha em perigo. Todos nós sabemos a gravidade disso, foi bem maior do que pensávamos. Concordamos com isso.  Trabalhamos muito nisso, finalmente Alec parece estar falando um pouco mais com você, pelo o que James disse antes de você chegar. Então, fica por sua conta, seguir com isso ou não. Mas se escolhe não, o Edward não irá desistir, ele ainda não está preparado para isso. Neste caso, será também a sua função convencê-lo a desistir dessa vingança. Porque se ele continuar com isso, todos nós continuaremos.

— Você não precisa fazer nada disso. Não precisa estar com ele e nem me convencer a nada. – Edward negou.

— Se quiser desistir disso, Bella, tem total liberdade. – James a fitou compreensivo.

Bella sentia a pressão de sua decisão. Se desistisse, implicaria em recomeçarem tudo e nem saberiam como. Alec também ficaria uma fera e provavelmente a atormentaria um pouco pelo término repentino. Se continuasse com aquela atuação, poderia tentar conseguir mais informações.

— O que precisa que eu faça agora? – James entendeu que ela continuaria infiltrada. Edward levantou-se, pareceu querer dizer algo. Olhava para Bella com intensidade. Apertou os dedos das mãos, mostrando punhos firmes. Pareceu desistir de dizer qualquer coisa e caminhou em direção a cozinha.

— Ok. – James continuou. – Falou antes sobre o escritório da Chelsea na casa deles. Deve ser lá que ela guarda todas as informações que precisamos.

— Então eu preciso entrar lá?

— Sim.

— Como acha que ela poderá fazer isso sem ser notada? – Alice perguntou ao James.

— Teremos que estudar sobre isso.

— Não acha que está colocando ela em grande risco?

— É verdade. – James lamentou.

Edward voltou ao seu lugar, mas permaneceu quieto, ouvia tudo e parecia pensar bastante. James e Torres falaram dos possíveis próximos passos e finalizaram.

— Vic... – De repente ele aproximou-se da ruiva e falou mais baixo. – Quer beber algo com a gente para falarmos mais sobre isso? – Porque pareceu que ele queria dizer outra coisa, como por exemplo, para continuarem juntos?

— Tudo bem. – Vic respondeu pegando a sua bolsa.

Eles se despediram e os seus amigos esperavam que Torres se tocasse e os deixassem a sós logo que possível.

— Que tal pedirmos alguma coisa para comer? Estou varado de fome. – Emmett sugeriu.

— Você foi vítima de adulteração de comida e ainda pensa com tranquilidade em fazer pedidos? – Edward o lembrou.

— Dois raios não caem duas vezes no mesmo lugar. – A maneira que ele falou foi inevitável arrancar o riso de todos.

— Bem, estamos indo também. – Bella levantou-se com a Alice.

— Não, vamos comer algo juntos. – Rosie pediu.

— Se esperarem um pouco, trarei algo para comermos. Enquanto isso, Emmett pode ir a loja de conveniência e pegar algo para beberem enquanto esperam. – Edward estava de pé e novamente bem próximo a ela.

— Eu não sei...

— Alice, você se importa? – Edward usava aquele olhar alegre e translúcido para convencê-la.

— Nadinha. – Foi a resposta quase indecente de sua amiga.

— Faremos assim, então. – Antes de levantar, Emmett deu um longo selinho em Rosie. – Vamos, cara! – Disse para o Edward que saiu depois de permanecer fitando a Bella por um tempo.

— Um momento da Luluzinha! – Rosie disse alegre. – Espero que a Vic esteja se divertindo com o seu policial agora.

— Eles estão juntos? – Bella sentou-se interessada naquela informação. Seria uma a menos para se preocupar.

— Ainda não, mas é questão de tempo. Está aliviada? – Rosie observou quando ela suspirou e com a sua pergunta, Bella recompôs-se.

— Porque estaria?

— Bella morre de ciúmes da Vic com o Edward. – Alice revelou.

— Eu sei! – Rosie gargalhou. Bella fez uma careta de desgosto para as duas, fazendo-as rirem juntas. – Bella, desde ontem Edward tem estado preocupado, mas sinto-o mais ele mesmo agora. Nunca imaginaria que você estivesse envolvida na melhora dele, sempre pensei que uma outra garota surgiria, mas acho que se tratava da mesma, mas repaginada. – Bella ficou vermelha. – Conte-me, vocês se beijaram? Ele não em contou.

— Rosalie...

— Bella acha que ele não está envolvido romanticamente, mas quem fica falando sobre ciúmes sem estar envolvido?

— Pensei que tivessem já deixado tudo as claras. E por isso eu entendo-o, ele não quer apenas protegê-la daquela família, mas também não a quer com o Alec... Isso, admito, deve ser terrível para o meu irmãozinho. – Saber sobre aquele fato, deixou Bella pensativa. Se Edward realmente estava mesmo interessado nela, não queria incomodá-lo estando em um relacionamento falso com o Alec. Porém, no momento, não havia escolha.

Emmett apareceu com bebidas. Trouxera vinhos, chás gelados e refrigerantes. Ele dispôs tudo sobre a mesa chamando-as.

— Edward me pediu para trazer bebidas não alcoólicas para você. Parece que alguém está se tornando um namorado atencioso. – Piscou para Bella, mas pegou a Rosie pela cintura abraçando-a, sorrindo juntos.

— Namorado? Isso é...

— Totalmente autêntico. – Rosie completou.

— Não, Rosalie.

Eles sentaram e beberam esperando por Edward. Conversaram sobre o que tinham feito durante aqueles anos. Edward chegou e deparou-se com a Rosalie envolvendo a Bella em um meio abraço para tirarem uma selfie juntas. Estavam sorrindo, estavam lindas. Emmett teve que chamá-lo para que ele acordasse daquele torpor de contentamento. Bella sorriu para ele aceitando os seus sentimentos por aquele homem, até mesmo por aquela parte de sua família. Edward não teve dúvidas, que nunca deixou de amá-la e nunca deixaria.


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