10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!
O que combina com uma sexta?
Capítulo novo!
Olha só eu aqui, postando em um dos dias programados.
Mereço comentários me chamando de linda hahahaha
Saibam que teremos intensidade (emoções a flor da pele)
Revelações profundas.
E quis dar um presente saboroso de uma visão do Edward que sei que adoram.
Aproveitem!



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— Você disse que o Edward não estava. – Bella sentou-se ao lado de Rosie, pois ela indicou o lugar animadamente.

— Disse sim. – Disse como se fosse uma menina arteira. Bella nunca tinha visto aquela expressão destinada para si e estranhou. Rosalie estava agindo cada vez mais estranha.

Edward havia entrado e tirado as roupas da noite. Apenas de cueca jogou-se de costas em sua cama. Olhava para o teto querendo não estar tão curioso sobre a conversa no cômodo ao lado, pois a sua curiosidade sobre Isabella o irritava mais do que qualquer outra coisa. Dessa maneira agia cada vez mais ríspido porque sentia seu coração palpitar toda vez que a via. Aquilo era inadmissível.

Bella pigarreou e lembrou-se de que ela tinha dito que o irmão não passou aquela noite em casa. Estaria ele com a tal de Senna? Desconfortável com o pensamento, Bella quis prosseguir com a conversa para deixar aquele ambiente o quanto antes onde não era bem recebida por Edward.

— Porque que me chamou tão cedo? – Tentou concentrar-se no que de fato, importava, o motivo de ter recebido uma ligação tão cedo da Rosalie, pedindo que ela fosse até ali.

Sem se conter, Edward sentou-se. Não precisava se esforçar tanto, poderia ouvir se se mantivesse em silêncio e concentrado. Isabella principalmente estava falando mais baixo, mas a Rosie, como ele estava desconfiando, queria ser ouvida.

— Gostaria de discutir algumas questões sobre o plano agora que ganhou outra proporção. – Rosie olhou para o dedo anelar de Bella. – Não está com o anel. – Em reflexo Bella também olhou para o seu dedo e depois o flexionou com os outro.

A menção do anel, fez Edward cerrar os olhos com raiva. Que bom que ele não procurou o bendito anel quando abriu a porta para ela. Não saberia como poderia reagir. Ainda sentia o amargor em sua boca ao relembrar do pedido e do sim de Isabella.

— É. – Disse não querendo entrar em detalhes. Rosalie não era a sua amiga e não falaria o que lhe passava pela cabeça.

Edward se perguntava que tipo de resposta seria aquela. Provavelmente não queria dizer o quanto o pedido mexeu com ela de verdade. Não queria que fosse uma farsa e estava tentando ganhar tempo. A sua mente agia novamente, estava cheia de caraminholas.

— Que pena, estava curiosa sobre ele. – Rosie sorriu inocente, mas Bella sabia que não era tanto assim. Começava a se manter mais observadora das pessoas, não queria mais cair em armadilhas tão facilmente. E sim, Rosalie estava muito, muito estranha. - Pensei que uma parte sua pudesse estar, talvez, um pouco animada com o casamento. – Só dizia isso porque era o que o irmão estava pensando, mesmo que ele não tivesse verbalizado. Assim como a chamar quando sentiu que ele voltaria para casa em breve para ambos se encontrarem e percebessem as suas emoções verdadeiras, ela incitava Isabella para dizer a verdade. Edward remexeu-se inquieto. Era como imaginou, a irmã estava fazendo tudo de caso pensado para que ele ouvisse. - Está incomodada com o noivado?

— Isso não importa. Quais os pontos que quer discutir? – Bella apenas a cortou.

Edward sorriu triste, para ele aquilo era uma perda de tempo. Isabella nunca falaria nada.

— Te achei incrível ontem, mesmo com toda a pressão do momento, se desenrolou bem e ainda teve tanta atitude... Claro que eu não sei se está agindo como agente tripla. – Novamente ela questionava por Edward que ouvia atentamente.

— O que?! – Bella levantou-se. – Vim aqui com toda a boa-fé, mesmo sendo tão cedo e tendo que me preparar para mais tarde com os Volturi, com meus próprios problemas familiares e lógico, não ser bem vinda. Não preciso ser acusada de traição.

— Mas você já fez isso algumas vezes. – Rosie rebateu calmamente. Ouvir aquilo ainda o magoava muito, ele apenas permaneceu quieto ouvindo.

— Porque nenhum humano sobre a terra pode estar sujeito a isso.

— Tem razão, mas o que quero saber é se tem alguma chance de estar inclinada a isso novamente.

— Estou cansada te ter você como a juíza dos meus erros. – Sibilou irritada e ofendida.

— Não é o meu objetivo desempenhar esse papel, só estou te provocando e provocando o Edward. – Bella seguiu o olhar da loira em direção a uma das portas adiante. Seria o quarto em que Edward estava? Sendo assim, ele poderia muito bem estar ouvindo toda a conversa. Ele sacudiu a cabeça pela revelação desnecessária da irmã. – Vocês dois são de alguma forma parecidos. – Rosie riu divertida ao ver a expressão de mancada que ela fazia ao notar o óbvio, que o irmão estava ouvindo. – Pare de birra, sente-se novamente.

— Pare de achar que deve me tratar como seu eu fosse uma criança.  – Rosie ergueu as duas sobrancelhas para aquela novidade.

— Às vezes eu faço isso mesmo, não é? Então não haja como uma, sente-se. – Bella rolou os olhos e sentou. – Eu sou assim, gosto de provocar, de tirar dos outros as questões mais profundas. Ainda mais quando eles mesmos não sabem que existem essas questões ou apenas ignoram. – falou a última frase mais alto e Bella percebeu que ela estaria falando com o Edward. Os lábios  finos de Edward tornaram-se uma linha de tanto que eles o cerrou. Sentiu a boca seca, a verdade parecia querer se mostra cada vez mais diante da sua cara. – Quando vocês irão sentar e conversar? – Rosie disse como divagando.

— Como?

— Ah, nada. – Deu de ombros. – Diga-me... Da maneira que for possível, antes que entremos nos pontos que quero discutir. Sem julgamentos agora, só quero entender um pouco mais.

— Continue. – Bella permitiu.

— Quando retornamos a cidade, nos pareceu que você e o Alec estavam um tanto afastados... Mas, era público que tiveram um namoro longo antes disso.

— Não. – Bella negou veementemente.

— Como assim não? Não estavam dando um tempo?

— Não tivemos um namoro longo. Na verdade, era bem recente. Por isso também me assustei bastante quando ele volta com um pedido de casamento. – Bella cerrou os lábios, notando que havia falado demais sobre estar assustada com o pedido.

Edward havia levantado e encostado na porta para ouvir melhor. Seu coração disparava, como se aquele simples detalhe fosse muito importante para a sua vida.

— Espera aí, garota. – Rosie estava toda alerta. – Pelo que soubemos do Alec, ele ficou esse tempo todo com você, todos esses anos. – Edward recordou no confronto que teve com o Alec na rua e como ele jogou na cara dele que esteve com Bella durante todos esses 10 anos e a teve de todas as formas possíveis. Reviveu o sentimento de querer mata-lo.

— Sei agora que o Alec é manipulador, se ele disse isso, tinha um alvo a ser atingido. – Rosie ficou pensativa e então seu rosto iluminou-se com o que havia lembrado, batia exatamente com o que Isabella falava.

— Quando você recebeu as fotos do Alec com a Vic, ele encontrou com o meu irmãozinho na rua. Pelo que entendi, Alec jogou na cara do Edward que vocês estiveram juntos por todos esses 10 anos. – Bella afundava no sofá com as palavras de Rosalie. – Achávamos que vocês mesmo depois do que aconteceu, não se importaram e ficaram juntos desde então. Mas se é como disse, ele falou essas coisas para se vingar do Edward.

Bella estava rindo nervosa, piscando algumas vezes, pois a sua irritação e um sentimento de injustiça lhe esmagava no momento. Irritantemente teve uma leve vontade de chorar.

 - Claro que pensariam assim... É claro. – Bella não conseguiu evitar a frustração. – Edward foi bastante afetado pelo que aconteceu a 10 anos, mas ele não foi o único. Mesmo que eu realmente estivesse tendo um romance com o Alec e não apenas ficado com ele uma única vez, eu deveria ser bastante sem noção para continuar com ele. Uma pessoa sem um pingo de consciência ou talvez má como dizem. – Com ímpetos de sair e ouvir aquela história cara a cara, Edward pegou uma roupa qualquer e vestiu enquanto Bella continuava a falar. – Já disse que me senti culpada pelo que aconteceu ao Alec. Imaginando que por ter sabido da traição Edward tinha enlouquecido a ponto de agredi-lo... Com o agravante de estar na hora errada ouvindo aqueles recortes de conversa. Alec tinha ficado em coma e Alistair parecia fora deste mundo. Também imaginei que ele tivesse ficado daquela maneira por ter visto o irmão sendo agredido tão brutalmente. Isso é tão frustrante... – Bella fungou, estava ficando emocionada. Edward parou novamente na porta, agora vestido e escutou.

— Sim, é. – Rosie concordou. - O que aconteceu depois?

— Edward andava me procurando, eu sabia. Enquanto era acusado por todos e por mim, mas eu também me culpava então não suportaria vê-lo confirmar que tinha sido por minha causa. Depois que houve toda a questão jurídica, seu pai ajudando... Imagino que se fosse hoje, o resultado seria diferente para o Edward. Ele não teria saído apenas com uma multa e tempo de prestação de serviço. Claro, era réu primário, tinha bons antecedentes e agiu no calor do momento....

— Você sabe de tudo...

— Eu estava angustiada. Temia que Edward fosse preso... Ainda agindo egoistamente, não queria mais isso no meu currículo, embora quisesse uma certa justiça para com o Alec.

— Se tratava apenas de não querer que ele fosse preso para que não se sentisse ainda pior?

— Não! – Respondeu mais rápido do que queria e se calou em seguida. Olhando para Rosie viu que ela estava aliviada e não lhe passava nenhum ar de desaprovação ou negação.

— É claro que não. Eu os vi juntos muitas vezes. Imaginei que gostasse verdadeiramente dele. Claro que depois do que aconteceu, sabendo do ponto de vista do meu irmãozinho, eu tenha achado que você não tivesse um pingo de coração. – Bella apenas suspirou, aquelas acusações poderiam ser eternas então teria que se acostumar. – Acredito que sofreu porque ainda gostava do meu irmãozinho. Seu primeiro namorado, essas coisas... – Induziu a Rosie para que ela falasse. Viu que Bella estava lacrimejando, lutando para não chorar.

— Meu primeiro amor. Eu fui uma vadia com ele, mas continuei sentindo... por bastante tempo... – Bella parou antes que chorasse.

— Tudo bem, você foi uma vadia sim, de algumas formas. Tipo, já que mencionou justiça, e sobre a justiça de Edward que foi traído por vocês dois?

— Pensei que já estivéssemos pagando. – Edward virou-se e sentou-se no chão com as costas grudadas na porta. Sentia-se tremulo. Ela permaneceu gostando dele depois... Isso não poderia ser verdade. A maneira que ela o mandou embora, não parecia que sentisse algo além de nojo. – Por me sentir dessa maneira, continuei visitando o Alec no hospital todos os dias e as vezes indo ver o Alistair. Chelsea me tratava melhor cada dia mais e eu pensei que era porque eu tivesse ali pelos filhos dela. Mas soube em seguida que os Volturi e os meus pais haviam conversado logo depois que disse para eles o que ouvi. Tinha que dizer para alguém... Meus pais estavam achando que agiam certos contando para eles. Eu não queria depor mesmo assim. Até que achei que seria a forma de ajudar o Alec, pois era a verdade.

— Mas você não contou que falou com o Edward naquele dia, viu o Alec e não pediu ajuda.

— Você disse que não está fazendo o papel de juíza, talvez não mesmo, mas de promotora. – Bella disse amarga.

— Não Isabella, não estou tentando provar a sua culpa. Estou tentado provar a sua humanidade. Agradecerá depois, eu sei. – Disse convicta.

— Caso tivesse vindo à tona eu teria que falar, mas não veio e eu me calei, foi mais uma das vezes que fui uma vadia. Estava morrendo de medo disso. Então, continuei ao lado do Alec e do Alistair, até que o Alec acordou, confuso e desmemoriado. Não ajudaria no caso e a Chelsea, agora sei, sugeriu que tivesse mesmo sido o Edward. Sabemos dessa parte da história muito bem. O que não sabem é que depois disso, depois que ele saiu do hospital e foi para casa eu precisei de um tempo e me isolei. De alguma maneira, desabei finalmente. Talvez só me permitir desabar depois que vi que o Alec acordou e vivia. Fiquei reclusa, mas um dia conversando com a mãe da Alice, a minha mãe contou sobre o meu estado. Eu nem sabia que nossas mães se conheciam e de repente Alice começou a me visitar, nossas mães achavam que seria bom, até que nos tornamos amigas. E o Alec começou a sair também e me procurou. – Bella parou apenas para tomar fôlego. – Uma parte de mim queria distancia para esquecer. Eu tentei, mas ele se fazia de vítima e me fazia sentir assim também. Mesmo assim, nunca falamos abertamente sobre o que aconteceu, era como um grande tabu. Mas eu, nunca consegui de verdade sufocar o que aconteceu. Depois de um tempo, Alec tentou novamente dizer que gostava de mim, mas eu o cortei. Desde então, éramos amigos, que haviam vivido algo em comum, um momento de intimidade e uma tragédia. Aos poucos, comecei a ficar cada vez mais à vontade com ele. E mais uma, duas ou três vezes ao ano ele tentava de novo. Ele saiu com algumas garotas e eu pensava que finalmente o meu amigo estranho pudesse esquecer esse negócio de achar que gosta de mim. Também me envolvi com algumas pessoas, mas nunca consegui passar de apenas curtidas aleatórias e então eu comecei a me senti solitária e sim, depois de 10 anos resolvi tentar com o Alec, pois eu achei que ele pudesse me entender como fazia questão de dizer.

— Ele foi um cretino persistente.

— Por isso também achei que ele me amasse. – Bella estava corada e com olhos úmidos.

— Não tenho certeza do que seja isso, mas ele deve acreditar que te ama mesmo.

— Não foi fácil permitir essa aproximação, era meio desengonçado e um pouco forçado. Eu não conseguia esquecer no início do que havia acontecido, mas ele sempre sabia o que dizer para aliviar a minha culpa, aliviar a sua própria, deixar as coisas fáceis para nós e eu quis me libertar disso e o aceitei, mas ele achou que eu não o amava o suficiente e pediu um tempo para que eu pensasse sobre o que eu sentia e que seriamos amigos como antes até que eu me resolvesse.

— Então foi nesse pé em que nos reencontramos.

— Sim.

Edward estava ofegante além de trêmulo então respirou fundo algumas vezes e levantou-se. Andou em círculos para aliviar o estresse que estava sentindo.

— Você o amou? – Ouviu a irmã perguntar.

Bella não respondia e ele estava angustiado, imaginando milhares de respostas e todas terminando com ela dizendo que ainda amava o Alec apesar de tudo.

— Acho que disse muito mais do que pretendia. Era para me defender das acusações feitas e espero que tenha aliviado um pouco para mim, mas eu não preciso mais dizer nada. – Ela tinha voltado com aquele tom arrogante.

— Tudo bem. – Rosie aceitou, para aquele dia, tinha sido bastante para o irmãozinho e talvez saber sobre este ponto em especifico fosse demais para o momento.

Edward quis fugir novamente, como fugiu na noite anterior quando a ouviu declarar-se e aceitar o pedido do Alec. Estava sendo covarde, muito covarde. Buscou o celular e discou para a Senna.

— Ainda está de pé o convite?

— Sim, claro. – A voz suave lhe respondeu alegre. – Acabei de pegar algumas coisas e já ia sair.

— Espere por mim, iremos juntos.

Edward desligou e pegou uma pequena mala colocando algumas roupas e objetos sem mesmo pensar direito. Em 5 minutos saiu com a mala nas mãos.

— Então, é sobre o noivado mesmo que queria discutir... – Rose parou de falar, olhava para Edward surpresa. - Está indo para algum lugar, irmãozinho?

— Passarei o resto do final de semana na praia com a Senna, volto na segunda. – Ele evitou a todo custou olhar para Bella que o encarava sem parar. – Até mais. – Virou-se e saiu, mas a Rosie correu atrás dele o alcançando no corredor.

— Não deveria ficar e lidar com tudo isso, no lugar de fugir?

— Não preciso de sermões agora. – Edward parou para responder.

— Estou fazendo tudo por você, mas porque está sendo tão cabeça dura?

— Ela te ganhou, eu já percebi, mas comigo não será assim. Eu quero distancia dela e de toda essa conversa fiada... Ela não passa de uma traidora.

— Rose... – Bella estava de pé na soleira da porta, pálida e cabisbaixa. – Acho melhor eu ir embora. – Tinha levantando porque sentiu-se incomodada demais com a informação de Edward estar indo ficar o resto do final de semana com uma mulher na praia. Aquilo a abalou tanto que estava se questionando, mas ouvir aquelas palavras dele tinha sido ainda pior.

— Não, você fica. – Rose disse autoritária. – E você também.

— Vai sonhando! – Edward pôs seus óculos escuros e saiu sem dar ouvidos a irmã.

— Tudo bem, ele está tendo uma rebeldia tardia. – Falou com a Bella. – Vamos voltar. – Rose a pegou pela mão sem dar tempo dela protestar. – Edward está confuso... Aceita uma água? – Sem esperar também a  resposta, pegou um copo com água e deu para Bella que tomou tudo. – Ok, vamos nos acalmar. – Pegou o copo vazio e levou para a cozinha. Rose parou diante de Bella que estava sentada novamente. – Isabella eu preciso que me diga uma coisa. Tem chances de você ainda gostar do meu irmãozinho? – Bella abriu a boca, mas não pronunciou nenhuma palavra. – Tenho notado alguns fatos, atitudes suas. Me parece que ainda sente algo por ele. Edward não foi superado, foi?

— Porque está me perguntando isso? Já faz 10 anos. – Disse como se isso bastasse e fosse óbvio.

— Pessoas se amam por muito mais tempo do que isso.

— Nós não mantivemos contato, nem sabia sobre ele a não ser algumas vezes que aparecia em notícias. Eu achava que ele nem se lembrava de mim. – Estava apenas justificando e Rose sorriu delicadamente.

— Ainda tem pessoas que podem se amar sem se verem por muito mais tempo e continuar sentindo o mesmo. Vocês estavam relativamente bem por estarem separados, mas desde o momento que se reencontraram, faíscas saem de vocês dois, sentimentos complexos por terem sido negligenciados por tanto tempo. Dúvidas e mágoas misturadas. Eu diria isso ao meu irmão se ele me permitisse, mas ele anda fugindo do que sente por você.

— Está dizendo que ele sente algo ainda?

— Porque ele estaria ainda tão magoado a ponto de agir violentamente com você por qualquer motivo? Ele sente e está se sentindo um idiota por isso. Por estar gostando da garota que o traiu e que não confiou nele quando ele mais precisava. Por achar que a garota, você, faria o mesmo por estar ainda apaixonada pelo Alec.

— Perdi alguma coisa? – Emmett apareceu com cara amassada de dormir. – Eu dormi muito e muito gostoso. – Disse sem se importar que Bella estivesse ali e a campainha tocou novamente aquela manhã. Emm foi atender, trocou algumas palavras com um entregador e entrou com uma caixa. – Pra você, loira. – Ele entregou para a Rose que a abriu e viu que havia mais uma caixa, está toda decorada e com fita, trazendo uma cartãozinho.

— “Para a minha Youtuber inspiração. Te amo, Rosie.” – Ela leu sorrindo. – É uma caixa de bombons. Que tal dermos uma trégua para saborear essas delícias? Algum seguidor que mora aqui deve ter visto o meu vídeo aqui e descobriu onde moro. – Rose estendeu a caixa para Bella. – Pega. – Bella balançou a cabeça.

— Sou vegetariana estrita.

— Isso quer dizer que sobra mais para nós, grandão. – Os dois já estava saboreando um dos bombons gourmet. Emmett estava saboreando o seu segundo quando a Rosie pois a mão na cabeça.

— Qual o problema, loira? – Emm perguntou segurando-a pela cintura e engolindo apressado o bombom.

— Fiquei tão zonza. – Terminando de falar a caixa tombou de suas mãos  ela desfaleceu.

Bella pulou para ajudar Emmett a acomodá-la no sofá. Ele a chamava e a sacudia um pouco, mas ela estava desacordada.

— Ela é alérgica a algo? – Bella perguntou tentando sentir a pulsação dela. Estava ali, menos mal e ela respirava.

— Não, ela não é. Ah droga! – Emmet parou de falar com a Rosie e olhou para Bella. – Chame ajuda. – E ele mesmo tombou no sofá. – Bella soltou um grito agudo.

Por alguns segundos ela ficou imóvel sem saber o que fazer com aquele casal desacordado no sofá, mas tinha que agir ou poderia complicar para eles.  Assim como fez com a Rose verificou se ele tinha pulsação e respirava. Pegou o celular e discou para a emergência, sua voz trêmula dificultou para a atendente entender o que dizia e início, mas forçou-se a ter mais calma e repetiu mais tranquilamente.

Logo em seguida ligou para James e relatou o que havia acontecido. Depois de alertá-la a não tocar nos bombons, disse que estava a caminho e chegaria em 10 minutos. Era tempo demais, mas tinha que manter a serenidade. Novamente verificou se eles estava respirando e não em 10, mas em 6 minutos, James entrou com Torres. Eles verificaram o casal e recolheram os bombons, o cartão e também  caixa.

— Onde está o Edward?

— Tinha acabado de sair quando receberam o pacote. – Bella respondeu e viu que Torres falava com pessoas na porta, eram os socorristas que chegaram.

James identificou-se para eles e deu passagem para que eles agisse. Os dois foram transportados por macas para a ambulância do lado de fora. Bella tinha vasculhado com James o quarto de Rosie para pegar os documentos dos dois.

— Vai mesmo acompanha-los?

— Tenho que ir, ainda mais que Edward está viajando. – Bella disse angustiada.

— Temos que avisar a ele mesmo que ele esteja viajando.

— Por favor, avise-o por mim. Vou com eles, estarei com meu celular o tempo todo. – James ergueu uma de suas sobrancelhas loiras.

— Tudo bem, mas não fique tão preocupada. Pelo que parece não foi envenenamento, mas sim algum tipo de sonífero forte. Eles comeram pouco então não há risco tão grande. Vá e logo estarei com vocês, quero entregar essas provas o quanto antes. - Bella assentiu e correu para a ambulância, indo com eles como acompanhante.


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