10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!!
Queria estar lendo ao lado de vocês para ver a reação de cada uma... Ainda não é possível, mas fico aqui imaginando até que venham me contar nos comentários.
No capítulo anterior tivemos um pouco das tramas que a Rosie e a Victória montaram e o resultado parece ter sido satisfatório.
Quero muito que pirem nesse capítulo. Só isso.
Beijos!



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Edward estava exausto, se arrependeu prontamente quando aceitou ir com a irmã e com o Emmet fazer compras. Nenhuma de suas roupas agradou a irmã que o arrastou para o seu ritual consumista. Rosie era uma garota meticulosa quando se tratava de compras, ela queria sempre a melhor opção e não se contentava em entrar apenas em uma única loja. Emmett era a perfeita combinação, os dois experimentavam diversas roupas, entrava e saiam de lojas e retornavam para a que já havia passado.

Vencido, jogou-se em uma cadeira de um restaurante. Mandou mensagem para a irmã que seguiu com o namorado ao lado, eles não viram quando o desertor os abandonou. Edward havia se contentado com o que já tinha e evitou os comentários de incentivo para novas buscas da sua irmã.

Uma garota sentada a sua frente lhe chamou a atenção. Não porque estava sentada sozinha e estava olhando para ele, não porque ela desviou o olhar envergonhada quando ele a encarou. Era porque era miúda, com traços finos no rosto, cabeços castanhos, lembrava a Isabella.

Já fazia dias que não a via. A última vez tinha sido quando a Victória foi visitá-lo e ela parecia cansada. Carregar tanta culpa pode fazer isso, afinal. “Desculpe.” Ouviu o som de sua voz em sua cabaça. Aquilo mexia com ele, Bella estava mexendo com ele de novo assim como a Rosie lhe disse. “ Estava distraída e não percebi que encarava vocês. Não leve a mal, mas também não é ilegal olhar para alguém.” Se pegou sorrindo para a lembrança da desculpa um tanto desafiadora dela.

Edward sabe exatamente qual pedido de desculpas seria perfeito para ela na época.  Se Bella tivesse ficado ao seu lado, mesmo com tudo acontecendo, ele a aceitaria, ele a perdoaria por o que quer que tenha aprontado. Mas Bella foi covarde, como parecia que toda a sua família era.

“- Edward, podemos nos libertar disso?” Assim, como no momento em que ela fez a pergunta, ele disse como se cantarolasse:

— Ah, não, Isabella.

Sentindo o sangue correr um pouco mais veloz em suas veias, ele discou o número dela.

— Edward?

— Ah, sim. Você ainda não me respondeu tudo que devia e estou ficando sem paciência. Te dei alguns dias e acho que é o suficiente. – Ela estava ousando não responder? Edward a provocaria mais. – Em que lugar você está?

— Porque quer saber?

— Diga de uma vez. – Insistiu um pouco autoritário.

— Não pode me obrigar. – Ele pensou rápido.

— Estou com um problema sobre o apartamento, exijo falar com quem me vendeu imediatamente. Esteja  no meu endereço daqui a... – Ele olhou no seu relógio de pulso. – Uma hora. – Desligou e já caminhando para saída mandou mensagem para a irmã dizendo que havia surgido um novo compromisso e pedia que eles aproveitassem o passeio de casal.

Edward correu para o taxi e lhe deu o endereço. Estava suando? Não importava, só queria ouvir dela de uma vez. Achava que esta parte poderia ser superada mais facilmente do que ela não lhe procurar quando foi acusado, mas nada, principalmente aquele ponto da história foi superado. A Rosie novamente tinha razão.

— Onde vai? – Alec saia da copa e viu Bella pegar a bolsa.

— Um problema com um cliente. – Era verdade, mas não iria dizer que estava indo ver o Edward, não queria mais palavras acusatórias a sua cabeça iria explodir. – Volto logo.

— Que problema? – Bella estava andando para fora e só respondeu:

— Não se preocupe, eu resolvo. – Queria ter a certeza disso, mas não tinha na realidade.

— Bella! – Ele a chamou exigente, mas ela nem virou, continuou como se não escutasse.

Diante da porta Bella soltou ar para cima com a boca, fazendo os cabelos voarem na frente do seu rosto. Sacudiu a cabeça e piscou várias vezes os olhos. Por que havia entrado naquela situação se sabia que era uma armadilha? Abriu e fechou os dedos das mãos com foca para fazer o sangue circular, sentiu que suas extremidades estavam geladas.

Depois que Rosalie disse para manter distancia do Edward, ela o fez. Não queria mais problemas e ainda mais com outro membro da família Cullen. Para ser franca, desde então a sua vontade de falar com ele havia aumentado, queria dizer que o Alec era também inocente e não sabia sobre os seus pais, mas depois de sua quase traição, perdeu mais o interesse de defendê-lo.

Para a sua surpresa a porta abriu e com ela seus olhos arregalaram. Não estava esperando, estava parecendo uma boba diante da porta fazendo caretas e se movendo. Edward olhou com divertido interesse para a cena.

— Estava imaginando quando apertaria a campainha.

— Co-como sabia que estava aqui? – Pigarreou ficando ereta.

— Vi você subindo a alguns minutos. Um cliente te espera e fica de gracinha diante da porta dele?

— Eu não estava... – Bella bufou. – Como posso ajudá-lo? – Deu-se conta que fez a mesma pergunta para a irmã dele. Será que estava ciente do encontro das duas?

— Entre.

— Não posso demorar.

— Entre de uma vez. – Edward deixou a porta e seguiu caminhando confiante até seu confortável sofá. Teve que segui-lo, sentou-se o mais afastado que pôde.

— De que problema estava falando ao telefone? – Bella olhou em volta para ver se era algo na estrutura do apartamento.

— Quando a sua mãe chegou, nos interrompeu. Me diga a verdade sobre o passado. A 10 anos quando nós estávamos namorando, você me traiu? – Ele nunca tinha pronunciado aquilo tão claramente, mas fantasiou diversas vezes fazer a pergunta a ela.

— Estou aqui para falar sobre o apartamento, já que me chamou como cliente.

— Ora! Eu me enganei, não há problema algum. – Bella levantou depois da dramatização exageradamente falsa de Edward a sua frente.

— Sendo assim, devo ir.

— Sente-se. – Exigiu.

— Edward, eu não quero mais fazer isso.

— Então veio até aqui para pedir que eu parasse? Você sabia que eu não tinha problema algum e mesmo assim veio. Para implorar? Ou agora o seu pedido de desculpas será sincero e completo?

— Não vim para nada disso.

— Então para o que? – Ela se fez a mesma pergunta. - Eu tenho a teoria de que o seu inconsciente está pedindo que admita todos os seus erros. – Relaxando ainda mais, ele cruzou os braços na altura do peito. - Admita.

— Você não vai desistir?

— Eu te disse que não. – Os dois pararam por alguns instantes, se analisando. Não pareciam querer ceder.

— Eu lamento muito por ter me afastado de você na época, por não ter acreditado.

— Já me disse isso. Quero que fale sobre a traição com o Alec. Vamos, eu já te ajudei bastante, agora é só dizer que sim ou que não.

O que a Rosie havia lhe dito mesmo? “Se quer paz, algum tipo de remissão, sente com ele e fale tudo, mesmo que ele grite e quebre tudo ao redor.” Ela poderia ser capaz de dizer a verdade, mas para que aquela altura? Então, aquela parte dela que a cada dia odiava mais, surgiu sorrateira. Não conseguia agir diferente, nem mesmo para o Edward a quem já sabia que era inocente, que não cedeu a um momento de loucura e procurou se vingar violentamente do amigo anos atrás.

— Não adianta eu dizer que sim ou que não, já que está prosseguindo com a sua vingança, colocando a tal Victória na história. Talvez eles já estejam transando, então você já conseguiu que eu me sinta magoada, Edward. – Edward parecendo confuso não respondeu. Levantou-se e Bella agora se sentiu pequena diante do homem alto a sua frente.

— Do que está falando?

— Agora está se fazendo de desentendido? Victória, a garota que saiu daqui a alguns dias, está se jogando nos braços do Alec.

— A Vic? – Ainda não acreditava.

— Sim, a Vic. – Falou mostrando o nojo ao dizer “Vic”.

— Você deve estar louca.

— Não sou eu quem está atrás de vingança, não sou eu a louca.

— Eu não coloquei a Vic na história como diz. – Afirmou já imaginando que a irmã estaria envolvida.

— Não, foi tudo uma mera coincidência. – Desdenhou.

— Está descontando a sua irritação em mim porque está enciumada?

— Não posso fazer isso já que desconta tudo em mim também?

— Não, você não tem direito. – Rebateu.

Bella girou nos calcanhares em direção a porta. Edward a deteve e de repente Bella estava de costas para a porta entre os braços fortes dele que o mantinha em cada lado do seu corpo na altura de seus olhos.

— O que pensa que está fazendo? – Era seu coração batendo rápido daquele jeito?

— Não pense que vai fugir, me deve uma resposta. Não ache que sou o bobo de antes.

— Não deveria estar chateado? O seu casinho está tendo um caso com o Alec.

— Casinho? – Ele riu zombeteiro.

— Edward... – Ela não sabia o que realmente queria dizer, mas ele a olhou nos olhos sem tanta ira, talvez porque quase sussurrou o seu nome. Sentiu o corpo dele relaxar e em resposta relaxou também.

Edward parecia agora totalmente diferente, era como antes, seus olhos claros a tragavam para dentro. Sentia como se a sua alma fosse abduzida. Levada, sutilmente para um lugar só deles. Edward se pegou olhando para os lábios de Bella, como antes, jovem e inseguro, achava-os lindos, mas sempre hesitava beijá-la, pelo menos no inicio.

De repente ele se afastou, Bella tateou e encontrou a maçaneta da porta. Sem se despedir ou dizer qualquer coisa, saiu e fechou a porta com força demais, fazendo-o piscar e perceber o que quase havia acontecido. Aquilo só tinha sido um momento de atração, só atração.

— Como posso me sentir ainda atraído dessa maneira por ela? Por ela! – Resmungou para si mesmo em voz alta.

Ligou para a Victória que atendeu imediatamente.

— Vic, é verdade que está saindo com o Alec?

— A Rosie te contou? – Ah claro! Do jeito que ela respondeu já confirmava. Edward suspirou profundamente.

— O que as duas estão aprontando? Eu sabia, sabia que ela estava armando alguma coisa e me veio com o tal encontro dos ex alunos.

— Então ela não te contou? – Victória ficou sem jeito, não quis trair a nova amiga.

— A Isabella me contou. Está enciumada e me acusou.

— Ela ficou um pouco alterada quando nos flagrou.

— Me conta tudo de uma vez. – Edward exigiu.

Victória teve que contar como se aproximou dele na academia, como flertaram no escritório, a reação de ambos no flagrante. Também teve que relatar sobre a conversa quando montou um pequeno acidente de carro.

— Repita o que ele falou sobre o relacionamento deles. – Edward pediu prestando redobrada atenção.

— Pelo ponto de vista do Alec, acha que Isabella nunca foi dele. Parece que ela não foi realmente presente no relacionamento. Nunca se abriram de verdade, ele sugeriu um tempo por causa disso e para fazê-la ver que o amava de verdade e que ele deveria ser a primeira opção.

— Primeira opção. Isso é revelador. – Disse entre dentes sentindo o amargor em sua garganta. – Contou tudo isso a Rosie?

— Contei.

— Ela está com as fotos do encontro de vocês?

— Está sim.

— Obrigado, Vic.

Edward sabia que a sua irmão deveria ter guardado ali, não havia outro lugar. Estava no quarto dela e procurava a câmera. Encontrou na terceira gaveta da cômoda. Retirou o cartão de memória, correu até o seu notebook e o inseriu. As ultimas fotos eram realmente as fotos comprometedoras de Alec.

Tentou pensar racionalmente, aquilo era mais do que suficiente para provocar uma briga grande entre eles. Edward respirou algumas vezes, sabia que estava sendo emotivo por causa do que havia passado momentos atrás. Estava odiando que Isabella sentisse ciúmes de Alec enquanto ele estava cada vez mais atraído por ela novamente. Não era possível que ela não sentisse nada.

Com isso, decidido, enviou as fotos para o seu celular. Era um pouco irracional, talvez imaturo, mas estava pegando a ideia da irmã. Ela odiaria que ele tivesse tomado a frente e agido precocemente, mas naquele momento, não estava nem aí.

Bella chegou em seu apartamento, trêmula. Sua pulsação forte, lhe dizia que provavelmente pudesse ter um infarto. Qual a última vez que havia sentido aquilo? Não se lembrava no momento. Aqueles olhos... Quase pode sentir os lábios dele nos seus, quentes, úmidos como antes. Pulou com a campainha. Voltou e abriu a porta sem nem mesmo verificar.

— Oi. – Alec, a sua frente, com um buquê de flores vermelhas. – Vamos dar uma trégua? – Ele realmente queria resolver as coisas com Bella, pois a sua cabeça quente lhe estava direcionando a fazer coisas que não deveria, como ter beijado a Victória.

— Entra. – Permitiu e ele lhe entregou o buquê. Estava tudo errado, ali a sua frente era a pessoa que havia confiado aquele tempo todo. Um flerte, não deveria abalar tudo. Não era só por causa daquilo que deveria agir como se ele houvesse mentido o tempo todo. Teria que se acalmar, ou sua cabeça quente lhe levaria a fazer coisas, como desejar beijar o Edward.

— Vim, pedir perdão. Se me der uma outra chance, Bella, serei melhor. – O celular de Bella vibrou com algumas mensagens seguidas. Ela estranhou.

— Ainda não consigo parar de ficar chateada. – Alec viu esperança na maneira como ela falou com ele e se debruçou para inalar o perfume das flores.

— Pode continuar chateada e eu farei por merecer o seu perdão cada dia. – Ele sorriu.

— Talvez seja uma boa ideia. – E mais uma mensagem. – Desculpe... – Ela pegou o celular da bolsa que estava na poltrona.

Eram algumas fotos, Bella não iria vê-las, mas algo a fez olhar para elas. Nelas, havia um Alec beijando apaixonadamente uma ruiva. A ruiva que viu com Edward, que viu no escritório. “Estou matando a sua curiosidade, mate a minha. Você fez o mesmo comigo?” Era Edward, concretizando a sua vingança. Bella caminhou até Alec feroz, mostrou para ele as fotos em seu celular, jogou o buquê em seu rosto pálido.

— Era só uma cliente? SÓ UMA CLIENTE?! – Gritou irada.

— Bella, eu posso explicar.

— Alec, as fotos já me explicam. Você está mentindo para mim, me fazendo de idiota o tempo todo! Cretino! – Bella o expulsou com empurrões e safanões. – Vá embora! VÁ! – Pegou o buquê no meio da sala e o jogou porta a fora também. – E se insistir batendo aqui eu chamo a polícia! – Bateu a porta com força em sua cara.

— Bella! Por favor, Bella. – Ainda pediu.

— Eu disse que chamarei a polícia! – Repetiu.

Digo isto, ela trancou-se no quarto para não ouvi-lo caso insistisse. Estava chorando e odiava-se por isso. Odiava ter sido feita de boba por ele, de ter acreditado nele, de ter lamentado minutos atrás.

Sua cabeça doía fortemente, tinha que parar de chorar, apenas não conseguia. Bella sentia-se enfraquecia nos últimos tempos, algo que achou não ser. Sentia-se traída pelos pais, agora o Alec. “Estou matando a sua curiosidade, mate a minha. Você fez o mesmo comigo?” Sim, era isso o que ele queria, que sofresse. Por enquanto, daria esse gostinho a ele.

Alec não insistiu muito, viu que não deveria, nem ao menos sabia ao certo como proceder. Estava perdido, tinha pegado o buquê do chão. Levou-o até o seu carro onde permaneceu por um tempo tentando esfriar a cabeça. Nada, não havia nada que pudesse fazer no momento. Logo agora que ela estava cedendo. Quem poderia ter feito aquilo, tirado aquelas fotos?

Tinha escurecido totalmente o pouco tempo que passou no apartamento de Bella, as luzes da rua acenderam e ele viu Edward parado do outro lado da calçada olhando para ele. Se encararam seriamente até que Edward seguiu pela calçada. Alec arrancou o carro e o seguiu.

— Ei, foi você? – Edward andava com as mãos nos bolsos. Alec o seguia no carro.

— Do que está falando? – Fingiu não saber.

— Enviou as fotos para Bella?

— Ah... Enviei. – Sorriu um pouco. Os olhos de Alec chisparam de ódio.

— Armou toda essa cena com a Victória só pra isso?

— Isso não fiz.

— Não tente ser engraçadinho!

— Não quero ser. Você fez isso, ficou com outra enquanto estava “namorando”... – Fez sinal com os dedos no ar. – Com a Isabella. Isso não é engraçado? Você sempre foi mesmo um mau caráter. – O carro parou e Edward parou também vendo um Alec feroz vindo em sua direção. Estava pronto para uma reação física caso fosse necessário.

— Está querendo nos dar uma lição? – Disse cara a cara com ele. – Quem acha que é?

— Achava que era apenas um idiota, não um mau caráter. Ela sabe?

— Você chegou ao limite, Edward. Não se meta mais com a gente. Não ouse olhar para ela. – Edward teve que rir.

— Não olhar para ela?

— Quer nos separar para tê-la de volta. Como é ser apaixonado por uma garota por 10 anos enquanto o seu amigo conviveu com ela esse tempo todo? E o mais importante: a teve, a teve de todas as maneiras possíveis. – A sua mão fechou com força em um punho forte que poderia quebrar os dentes do desgraçado a sua frente.

— Edward! – A voz da irmã estava próxima, mas ele não enxergava nada.

— Volta para onde estava escondido e deixe a gente em paz. – Alec saiu antes de Rosie se aproximar.

— Edward? – Sentiu a mão da irmã tentando virá-lo talvez para ela.

— Edward, amigão, ei! – Era Emmett agora, sacudindo-o um pouco. – Relaxa, a sua cara não está nada boa. Parece que poderia...

— Matá-lo. – Os dois viram o trincar do maxilar dele.

— Tudo bem, isso não vai acontecer. – Rosie tocou o rosto do irmão e o fez olhar em direção a ela e não mais no caminho percorrido pelo carro do Alec. – Vamos entrar e nos acalmar. Pode contar o que aconteceu lá dentro.

Com dificuldades conseguiram demovê-lo do lugar. O arrastaram para dentro e o fizeram beber água.

— Voltamos mais cedo do que estávamos planejando, pois a Rosie ficou ansiosa de repente e preocupada com você. Assim que passamos com o carro, vimos os dois e  notamos logo que a coisa não estava boa. Na verdade, Rose notou antes mesmo de perceber o que acontecia.

— Vocês estavam nitidamente se enfrentando. – Rosie completou.

— Aquele... – Engoliu a ira e os xingamentos.

— O que ele disse, Edward? – Rosie tentou fazer o irmão desabafar.

— Enviei as fotos da Vic com o Alec para Bella.

— O que?! – O casal disse juntos.

— Como sabia?

— Eu sabia que ele descobriria, ainda mais vocês tendo essa ligação. – Emmet disse prontamente.

— Não tinha como ele saber o que eu estava fazendo exatamente. – Rosie tentou explicar. – Como aconteceu?

— Pedi para Bella vir aqui, por isso sai das compras. Queria saber se ela havia mesmo feito aquilo comigo. Então ela tentou se defender me jogando na cara que eu estava armando com a Vic. Liguei para a Vic que se entregou sem querer. Então não brigue com ela.

— Não era para ter sido agora! – Lamentou.

— O caso é que achei as fotos e enviei para Bella. Não sabia que ele estava com ela, desci apenas para caminhar... Foi bom, queria ter visto a cara dela com ele ali com um buquê de flores e as provas em suas mãos do mentiroso que ele é.

— Talvez tenha sido o suficiente. – Emmett ponderou. - Parece que a vingança contra Bella e os pais dela foi concluída.

— Quer se vingar dos pais do Alec também, mas parou por causa do Alistair.

— Só que estou fervendo agora. Pelo menos o Alec deve pagar de alguma forma. – Estava tão irritado que estralou os dedos das mãos com força. - Desgraçado. Ele... Falou dela... De tê-la durante todo esse tempo de todas as formas possíveis. E nós quase... hoje eu quase a beijei.

— O que?! – Os dois novamente formavam um espelho com a mesma reação de surpresa.

— Pensei que estivessem brigando. – Uma loira atônita olhava para o irmão.

— Estávamos e então tudo mudou. – Admitiu.

— Esse tipo de coisa não acontece só nos filmes? – Emmett sorria de orelha a orelha.

— Então estava certa.

— Edward, não queria estar em seu lugar. – Emmett bateu nos ombros dele.

***

— Diga pra mim, porque está assim. – Alec tinha chegado horas atrás, mas parecia muito cabisbaixo. Mal conversou com os pais nem interagiu tanto com o Alistair o que era completamente diferente de como ele costumava ser.

— Não é nada. – Bebeu novamente até o final o uísque caro do seu pai que já estava dormindo. Apenas ele e a sua mãe estavam na sala a meia luz. Enquanto bebia, ela apenas o acompanhava em um ritmo muito mais lento e o observava preocupando-se cada vez mais.

— Tema ver com o retorno daquele rapaz? Edward Cullen? – Alec ergueu o olhar sonolento de bêbado para a mãe. – É, não me contou, mas sei, querido, que ele retornou. Ainda mantenho contato com muitas mães da época e acabou que descobri. A cidade não é assim tão grande e ele voltou para tão perto de antes. Não se sinta ameaçado, querido. – Disse com carinho.  – Conte-me o que aconteceu. – Pediu ainda carinhosa, mas autoritária.

— Edward... – Disse com a voz arrastada. – Merece, merece uma surra. Merece uma surra por voltar e ficar entre Bella e eu. Fazê-la brigar comigo... Bella não quer me ver... Ele merece uma surra., por armar essa cilada com aquela outra garota, por montar aquele flagrante idiota. Eu sou homem, mãe, sou homem e Bella e eu estávamos afastados é claro que me senti atraído quando outra deu em cima. Aquele miserável...

— Xiiii.... – Chelsea foi abraçá-lo agachando-se a sua frente. – Fique calmo. Fique calmo. Ele terá o que merece.


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