— Dinozzo! Torres! – O delegado paredes gritou. – Hora de as duas princesas levantarem.

Tony Dinozzo se levantou na cela e olhou para si mesmo. Ele vestia um vestido amarela ao estilo princesa Disney enquanto Torres vestia um branco de azul, tipo da Branca de neve.

Ele sentiu a cabeça girando e logo se lembrou da noite mais doida de sua vida.

Algumas horas antes...

O time havia acabado de fechar um caso. Dois sargentos da marinha foram mortos em um acidente. Tony havia voltado depois de alguns meses, dividindo o tempo entre Tali, sua pequena filha e a agencia.

— Pronto para uma bebida? – Torres perguntou ao amigo. – Porque cara, eu estou.

— Eu quero voltar para Tali hoje. – Dinozzo falou. – Mas ela pode ficar com meu pai, só espero que ele não ensine a dar golpes. Você vem, McQuerubim?

— Nem pensar. – McGee pegou sua pasta. – Delilah e eu estamos à procura de casas. Vamos no casar em oito meses e nem achamos um lugar maior.

— Eu poderia lhe dar o apartamento antigo de Ziva, mas acho que nossa rainha dos pescoços quebrados escondeu armadilhas por lá.

— Não quero ter uma surpresa ao levantar a tampa do vaso. – McGee riu. – Boa noite.

Tony pegou Torres e os dois saíram do prédio. Pegando o carro novo, Tony entrou, seguido de um Torres igualmente de óculos de sol.

— Eu conheço um clube maravilhoso. – Dinozzo mandou uma mensagem para seu pai. – Estamos um tempo atrasados já.

Entrando no clube, os dois perceberam que a noite de hoje era temática, com personagens Disney. Patos Donalds, Mickeys e Minnies mouses, Plutos, estavam dançando por lá e os dois se sentiram muito mais do que vestidos.

— Vocês dois querem fantasias? – Uma vendedora ao lado do clube perguntou. – No tamanho dos dois, só temos da Branca de neve e da Cinderela.  

Dinozzo queria muito entrar, assim como Torres. Sem hesitar, ambos pegaram as fantasias e perucas e arrumaram suas personagens.

Eles se divertiram por algumas horas antes que desse tudo errado.

Um homem visivelmente bêbado começou a cantar Tony por causa da fantasia e infelizmente eles deixaram os distintivos no carro.

— Senhor, eu não uma garota. – Tony tentou conversar educadamente. – Eu apenas estou de cinderela.

— Você é uma gatinha. – O homem bêbado tentou de novo. – Talvez sua amiga queira.

— Tira suas mãos de mim. – Torres empurrou o homem para longe e então o inferno se desenrolou.

Gibbs rolou em sua cama e gemeu quando ouviu o som estridente de seu celular. Eram quase quatro da manhã e ele odiava o som que seu telefone tinha a essa hora no quarto e casa meia vazia.

Tirando Abby, que estava dormindo em seu sofá. A garota havia sofrido um acidente há algumas semanas e ele ainda cuidava dela, pois o pé dela havia quebrado em três partes.

— Gibbs. – Ele se colocou de pé.

— Agente Gibbs, oficial Ted Paredes, policia de Washington. – O delegado chefe falou. – Estou ligando para o senhor porque estamos com dois de seus agentes presos.

— Dois dos meus agentes? – Gibbs perguntou, incrivelmente desconcertado. – Quem são?

— Anthony Dinozzo, Jr e Nicholas Torres. – Ele ouviu um suspiro irritado. – Eles se meteram em um clube de luta em uma casa noturna temática.

— Casa noturna temática? – Gibbs arqueou uma sobrancelha. – O que isso deveria significar?

— Eles estavam vestidos com duas personagens. – O delegado reprimiu uma risada. – Cinderela e Branca de neve.

Gibbs manteve o rosto sério, mas ele estava rindo por dentro de um jeito que faria depois que desligasse.

— Faça um favor e deixe os dois presos até amanhã. – Gibbs desceu e pegou um copo de água sem muito barulho. – Assim eles aprenderão que não podem brigar enquanto estiverem vestidos de princesas.

— Certo. – O delegado desligou e transmitiu a ordem. – O agente Gibbs virá pela manhã. Deixe os dois dormir. Eu sei que eles vão ter uma boa chamada pela manhã.

Gibbs pegou os analgésicos no armário e acordou Abby o suficiente para que ela tomasse o remédio. Já estava na hora de qualquer forma.

— Durma mais um pouco, Abbs. – Gibbs beijou sua testa.

Agora...

Gibbs estava em frente ao delgado Paredes que se ofereceu para acompanhar o agente até a cela dos dois. Ele queria ter seu telefone e bater algumas fotos. Era claro que Tony e Torres iriam ter uma palestra pessoal.

Tony levantou e ajustou o vestido, tentando ganhar um pouco de respeito. Já Torres, nem mesmo se incomodou em parecer bem.

— Parece que as duas princesas dormiram bem. – Gibbs exclamou. – Nem pensem em justificar agressão. O diretor está puto com vocês e ambos estão vestidos como.... Princesas da Disney.

— Podemos explicar. – Ambos disseram junto.

— E vocês vão. – Gibbs trancou os braços a frente de seu corpo. – Eu vou querer um relatório completo depois sobre tudo. Tudo mesmo. Desde como acabaram vestidos de princesas até a briga.

Tony colocou um casaco por cima do casaco e foi para fora da delegacia. Torres nem se incomodou, mas as pessoas pararam e olharam para os dois homens.

— Eu acho que a modernidade chegou. – Um pedestre comentou com outro.

— Um pouco moderno demais para mim. – Outro comentou.

Já passavam do meio dia quando tanto Torres quanto Tony chegaram ao NCIS.

— Meio expediente? – McGee brincou. – Como foi na cadeia?

— Qual parte? – Tony estava de óculos escuros. – Antes ou depois de posar vestido de fantasia da Cinderela?

— Bom dia. – Torres parecia ainda de ressaca. – Se precisar de mim vou estar com a cabeça na privada.

Todos riram. Ele estava de óculos para esconder o olho roxo. Apesar de o homem ter merecido por estar dando em cima dele, Torres se sentiu mal.

— Deixe para se afogar depois, Torres. – Gibbs o puxou para o elevador. – Esperando um convite Dinozzo?

Tony seguiu os dois, sabendo para onde eles estavam indo. A sala do diretor.

Vance assinou a segunda folha e resistiu à tentação de rir quando foi mencionado que seus dois agentes estavam vestindo vestidos.

— Entre. – Vance permitiu a entrada, depois de uma batida na porta. – Que bom que aprendeu a bater na porta, Gibbs.

— Tony E Torres, para dentro. – Gibbs chamou ambos, ignorando o comentário sarcástico de Vance.

— Vocês dois sabem por que estão aqui? – Vance olhou para ambos, ainda em silencio? – Bem, vocês foram presos, fantasiados de princesa por agredir um homem em uma boate temática.

— Eu sinto muito. – Torres foi o primeiro a admitir a culpa. – Mas em minha defesa, ele me assediou. Me senti como um pedaço de carne. Agora eu entendo o que as mulheres passam na vida.

— Se serve de consolo, ele só perdeu um dente. – Tony limpou uma sujeira imaginária nas unhas.

— Esse é apenas um aviso, Dinozzo. – Vance falou. – Fiquem longe da Disney e das fantasias. E principalmente: fiquem longe da cadeia. Dispensados.

Gibbs olhou para os dois e apontou para o elevador. Os dois foram mandados para o laboratório de Abby e lá ouviram um dos maiores puxões de orelha que já tiveram em todo o tempo de agentes.

Eles ficaram longe da boate e principalmente das princesas Disney.