Pov Edward

Chegamos em Verona e eu podia sentir o cheiro do vinho, era incrível como como os cheiros e gostos nos trazem memórias.

Toscana ficava a uns 40 minutos de carro daqui, e depois da tal festa que eu estava sendo arrastado por minha mãe, eu iria até lá, não que eu vá bater na porta dela mas eu preciso pelo menos ver como ela está.

  Já estava a mais de 2h na tal festa, eu já estava entediado de ficar ali sentado com a minha mãe como um garoto de 10 anos, festa chata! Pensei me levantando pra dar uma circulada.

Caminhei um pouco e a Sra Biers me segurou pela mão.

—Edward querido onde está Esme? Quero apresentar minha futura nora!

Minha mãe surgiu atrás de mim ao mesmo tempo que eu a vi! Era ela, Isabella Swan, usando um vestido longo azul que a deixou ainda mais deslumbrante do que eu lembrava, ela estava sorrindo daquele jeito, mas não era pra mim, foi ai que eu vi Riley Biers, o filho perfeito em quem segundo minha mãe, eu deveria me espelhar, ele segurava sua mão a trazendo pra perto de onde estávamos como se ela fosse um troféu a ser exibido, um ódio tomou conta de mim, eu senti uma raiva desse cara que minha vontade era avançar sobre ele até mata-lo.

—Esme essa é noiva do Riley! Isabella, olha que preciosidade, essa é Esme uma amiga de infância!Disse a sra Biers

Isabella sorriu pra mim mãe um pouco tímida, ela não tinha perdido o vermelho das bochechas sempre que se sentia envergonhada.

—Prazer em te conhecer Isabella! Realmente linda sua nora! Disse minha mãe carinhosamente.

Foi ai que ela me viu, ela ficou branca como um papel, eu podia ver a respiração dela alterada.

—Esse é Edward Cullen filho de Esme! Disse Riley me apresentando pra ela.

—Prazer Isabella! Eu disse apertando forte sua mão, a mão dela estava gelada, e ela parecia em choque, mas fez de conta que não me conhecia.

—Você é um homem de sorte! Eu disse e Riley riu vendo Isabella ficar corada agora.

—Muita sorte! Ele disse beijando a mão dela que estava agarrada na dele.

Minha mãe e a senhora Biers saíram dali e pra minha sorte o celular do Riley tocou e ele pediu licença pra atender, era o que eu precisava, um minuto pra pedir o telefone dela.

—Eu preciso falar com você Bella! Me passa teu telefone por favor! Pedi.

—Pra você é Isabella Swan, e faça o favor de não me dirigir mais a palavra! Ela disse saindo e fui caminhando atrás dela.

—Por favor poderia me escutar? Pedi e ela parou se virando pra mim.

—Não! Você deixou tudo muito claro quando foi embora! Ela disse e eu podia ver o nervosismo na voz dela.

—Algum problema? Fomos interrompidos pelo idiota do noivo dela.

—Não amor! Podemos subir um pouco? Preciso descansar os pés desse sapato que está me matando! Disse ela.

—Claro amor! Vamos disse ele me pedindo licença e eu vi os dois subirem abraçados a escadaria da casa.

Eu estava com muita vontade de subir atrás dela, mas com esse idiota colado nela era impossível, peguei uma bebida do garçom que passava e bebi num gole só, a bebida desceu queimando.

Fiquei ali por perto esperando ela descer, mas que porra esses dois estariam fazendo lá em cima? Inferno!

Depois do que me pareceu uma eternidade eles desceram calmamente, ela varreu o salão com os olhos mas não me viu, eu estava ridiculamente escondido atrás de uma planta enorme.

Eles caminharam juntos até uma varanda mais reservada e eu fui discretamente seguindo,  fiquei atrás de uma porta entreaberta observando eles.

—Você ta bem mesmo amor? ele perguntou e eu senti meu sangue ferver de ciúmes, raiva.

—Já disse que foi só um mal estar! Ela respondeu carinhosamente.

Ele abraçou ela carinhosamente e ela deitou a cabeça no ombro dele, eu não podia ver o rosto dela que estava virado pra rua, ele murmurou algo inaudível no ouvido ela e ela riu.

—Riley! Se comporte! Disse ela tirando a mão dele que agora pousava em seu quadril pressionando ela suavemente contra o murinho da varanda.

Inferno! Desgraçado! Eu estava morrendo de ódio dele, eu nunca admiti pra mim mesmo mas eu me apaixonei por ela, isso tinha ficado guardado mas agora eu vejo que nunca passou, eu quero ela de volta! Quero o que é meu.

Fiz um barulho na porta fazendo os dois se afastarem.

—Desculpa! Atrapalho? Eu disse na maior cara de pau.

Bella não me olhou mas Riley me deu uma olhada bem diferente, acho que ele não era tão idiota como parecia.

—Não Edward! Estamos apenas apreciando a vista! Ele disse.

—É uma bela vista mesmo! Eu disse me escorando no muro perto deles.

Eu estava sendo extremamente desagradável mas não estava nem ai, eu estava disposto a reconquista-lá, o silêncio estava constrangedor até que a mãe do Riley apareceu.

—Vocês devem estar entediados né! Festa de gente velha é assim mesmo! Disse ela rindo.

—A festa está ótima! Eu disse.

—Já preparei os quartos de hospede pra você e sua mãe querido! O hotel fica muito longe pra voltarem essa hora!

—Muita gentileza! Eu disse sorrindo por dentro em poder ficar mais tempo perto da Bella.

—Depois você mostra pro Edward onde fica o quarto filho! Coloquei sua bolsa no quarto do Riley Bella! Coloquei aquele cobertor que você gosta também! Disse a mãe dele.

Mas que porra! Ela ia dormir com ele aqui? inferno! Ela já tinha até um cobertor preferido? A merda era maior do que imaginava, esse idiota ta com as garras bem apertadas em cima dela.

—Eu acho que já vamos, posso te mostrar o quarto agora? Depois se quiser você volta pra festa, é que eu realmente preciso dormir ! Disse o mauricinho.

—Acho que também já vou dormir! Eu disse.

Isabella nem me olhou, eles subiram e eu fui atrás como um idiota imaginando se poderia empurrar ele escada  a baixo.

—É aqui! Boa noite! Disse ele seguindo pro quarto ao lado.

—Boa noite! Respondi entrando no quarto e me atirando na cama, eu estava me corroendo de ciúmes.

Isso só podia ser um castigo! Com certeza eu não iria pregar o olho a noite toda.

Pov Bella

Entrei no quarto quase tendo um colapso nervoso, não podia estar acontecendo, porque ele voltou! Agora que minha vida estava entrando nos trilhos.

—Você não está bem né amor? Riley disse me ajudando a tirar o vestido longo e desconfortável que eu usava.

—Só um pouco indisposta! Talvez tenha pego a virose lá de casa! Falei já que meu pai, mãe Sophie estavam com uma virose e não puderam vir, coisa agora que agradeci a Deus mentalmente, nem quero pensar no seria se meu pai visse ele.

—Vem! Vamos tomar um banho! Disse ele carinhosamente.

Tomamos um banho juntos, mas foi apenas banho mesmo, eu não estava me sentindo bem e Riley me compreendia mesmo sem eu precisar falar nada.

—Boa noite amor! Eu sei que você não está bem, mas se não falar eu vou respeitar! Disse ele.

—Obrigada! Eu disse o beijando, eu não queria mentir mas não queria falar sobre isso agora, não com Edward no quarto ao lado.

Riley sabia em partes sobre o pai da Sophie, eu só disse que ele não morava na Itália, mas sobre meu coração que ele despedaçou eu preferia não falar.

 Depois do banho arrumei minha bolsa, eu pretendia ir embora amanhã o mais cedo possível, Riley estava de folga mas eu trabalharia.

Quando terminei Riley já estava dormindo, ele tinha feito um plantão de 20h e veio direto pra festa, então estava exausto.
Deitei ao lado dele e tentei sem sucesso dormir, todas as lembranças do passado que eu tanto quis esquecer estavam ali no quarto ao lado.
Edward Cullen! Ele estava ainda mais bonito do que eu lembrava, mas agora consigo ver toda arrogância e malicia que eu não via, ele estava me impondo sua presença, certamente pra me constranger e rir mais ainda da idiota que fui.
Espero que ele logo vá embora e não volte nunca mais.

Amanheceu e eu quase não dormi, dei um beijo no Riley e desci pra ir embora, já ia saindo a francesa mas minha sogra me encontrou na ponta da escada .

—Bella! Vem tomar um café antes de sair! Disse ela já me puxando pela mão.

—Não precisa! Eu tomo no caminho! Eu disse educada.

—Não mesmo!esses lanches de rua não fazem bem! E você ta adiantada na hora!

Ela me venceu no cansaço e fui tomar o café com ela, e pra me deixar mais tensa ainda a mãe do Edward a jovem senhora que conheci ontem estava com ela na mesa.

—Bom dia! Eu disse.

—Bom dia querida! É mesmo linda sua nora! Disse ela gentil.

—Eu agradeço a Deus todos os dias por Riley ter encontrado ela! Disse minha sogra querida.

—Assim eu vou ficar sem jeito! Eu disse rindo.

—A Isabella, nós mães vibramos com a felicidade dos filhos! Disse Esme.

—Isabella tem uma filha! Sophie, minha netinha do coração, você vai de apaixonar quando conhecer.

Quando minha sogra disse isso eu quase me engasguei com café, não quero nem imaginar os Cullens perto da minha filha.

—Eu ainda não tenho netos! Mas estou ansiosa! Disse Esme.

—Alice nada ainda? Perguntou minha sogra e eu lembrei que essa deveria ser a irmã de Edward.

—Nada ainda! Ela e jasper viajam muito mas já fazem planos pro ano que vem, e o Edward, a esse eu não sei nem quando vai desencalhar! Disse Esme rindo.

—Um rapaz lindo como ele ta sozinho por quer! Disse minha sogra.

—Lindo e sem juízo, rezo todos os dias pra ele se apaixonar e sossegar! Disse Esme.

—Pra minha sorte o Riley sempre foi mais quieto! Disse minha sogra.

Tomei meu café mais rápido de consegui. Me despedi saindo dali, quando entrei no meu carro e sai pelo portão tive a sensação de voltar a respirar! Agora era esperar ele ir embora.

Pov Edward

 Ouvi barulho da Bella saindo do quarto, eu espiei pela porta e vi descendo as escadas, eu pensei em ir falar com ela mas ouvi barulhos na cozinha, eu iria esperar a oportunidade certa, Riley não saiu com ela, e como ela estava de uniforme acredito que esteja indo trabalhar, esperei uns 10 minutos e desci também.
Minha mãe e a senhora Biers tomavam café na mesa.

—Bom dia! Eu disse sorrindo.

—Bom dia! Responderam as duas.

—Senta filho, estávamos falando de você! Disse minha mãe.

—Hum, por isso minhas orelhas estão vermelhas! Eu disse rindo.

—Sua mãe está ansiosa por uma nora!

—Quem sabe não me apaixono por uma bela Italiana! Eu disse.

—E são belas mesmo! Disse minha mãe.

Depois de alguns minutos de conversa eu descobri que Bella trabalhava no hospital de Verona, então era pra lá que eu iria agora.

Eu precisava pedir desculpas por ter sido tão idiota, eu queria ter mais uma chance de fazer ela feliz.