Trapalhadas dos Marmanjos sem Noção escrita por duda_bouvier


Capítulo 9
Capítulo 9 - O7- Pierre em: Minha mãe.


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora e por esse capitulo ser um pouco se graça... Estou super embolada de trabalhos da escola e mal tive tempo de pensar em algo util. E logico, legal.
Beijinhos ;*



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O7- Pierre em: Minha mãe.

Passados alguns dias após a nossa suspensão, voltamos pra aula, mas porem, eu estava com o pé enfaixado. Cai de bicicleta e destronquei meu pé. Cheguei na escola mancando. E lá vinham as antas, digo, os meninos me perguntarem o que eu tinha. Será que era tão difícil ver que eu estava com o pé enfaixado?

            - Machuquei, ora! –respondi.

            - Ta, isso a gente viu, ne Pierre? -disse Bill.

            - Então, porque perguntam?

            - Gente, o que acontece com esse Pierre que todo santo dia ele ta estressado?

            - Eu sou estressado. E não me enche. Será pedir demais?

Que ódio.

            - Eu acho que você ta precisando de uma dose de caipivodka pra melhorar esse astral seu. Credo. – disse o bêbado, Danny.

            - Que caipivodka o que, moleque. Meu negocio é tequila. – respondi, sorrindo.

            - Ele sorriu. GENTE, ELE SORRIU! – começou a dizer histericamente Bill, outro ser estranho.

            - Normal, Bill. Ele sorri toda hora. –disse David.

            - mas ele deu um sorriso bonito. Não é toda hora que ele dá um sorriso bonito desses.

            - Sai fora. Meu sorriso é lindo e eu sou hetero.

            - E quem tocou no assunto de sexualidade, Pierre? – perguntou Bill, com cara de tacho.

            - Ninguém, eu sei. É só pra confirmar.

O silencio reinou entre nós. Pareciam que estavam analisando minha pobre perna enfaixada, tentando descobrir o que tinha acontecido. Aff.

            - DAAAAAAAAAAAVID. –gritei.

            - Que? – respondeu ele do meu lado.

            - Compra uma coca-cola pra mim?

            - Você tem pernas. Vai lá.

            - Ter eu tenho, mas ta machucada. Vai lá pra mim e fica com o troco.

            - Folgado.

            - Anda logo que eu to mandando.

Ele se levantou e foi, resmungando. E eu xinguei ele.

            - Era só falar que não queria ir, seu idiota.

            - Roda aqui! – respondeu ele, me mostrando o dedo do meio.

            - Mas Pierre, sério mesmo. O que aconteceu que você machucou seu pé? A gente sabe que você caiu, mas de que? – perguntou o Harry, tentando ser educado. E conseguiu.

            - Não Harry, é que eu fui andar de skate com meu primo e meu irmão, ai eu cai da escadaria. Mas só destronquei, daqui uns dois dias ta melhrozinho. –me senti aliviado depois que finalmente falei pra eles. Harry até sorriu.

            - Eu to achando que esse Pierre... – disse Bill.

            - eu o que? – perguntei, me segurando pra não gritar.

            - Você deve ta carente. Sua mãe não te dá amor não?

            - KKK’ não.

            - Imaginei... –disse ele, com cara de pensativo.

            - é mentira. – respondi de volta.

            - Sei... Sério, quanto tempo você passa com sua mãe?

            - Nem sei. Mal a vejo.

            - Por isso, Pierre. Você sente falta da sua mãe. – disse Danny.

            - Nem sinto.

            - Sente sim!

            - Não sinto!

            - então vamos fazer uma aposta.

            - De que?

            - Se você conseguir ficar uma semana com sua mãe e seu mau-humor passar, a gente compra uma camiseta pra você.

            - Podemos pensar nisso. Mas e se eu perder, o que eu vou ter que fazer?

            - Você paga o nosso lanche. Pra todo mundo. –disse Harry.

Pensei. “Será que isso vai dar certo?”

            - Ta. Até parece que isso tem alguma coisa a ver com minha mãe, mas tudo bem.

Todos eles sorriram e David chegou com meu refrigerante.

            - O que vocês tanto sorriem? – perguntou ele, me entregando.

            - Vamos apostar com o Pierre. – respondeu Harry.

            - Já vi que vou perder mesmo. Minha mãe nem tem nada a ver com meu mau-humor.

            - claro que tem. Você é mal amado. – respondeu David.

            - Igual seu botão. (6’

            - Mas ele é mal amado mesmo, haha.

Ok, bufei e subi pra sala. Alias, tentei subir pra sala. Tava arrastando meu pé e Danny, justo o mais idiota que eu mais tinha vontade de quebrar a cara dele se dispôs a me ajudar.

            - Desse jeito ai, você vai custar a subir as escadas. – disse ele, segurando meu braço pra me ajudar a subir.

            - Fui machucar meu maldito pé naquele skate dos infernos.

            - Para de xingar, menino. Credo.

            - Ah, sou estourado, Danny. Você sabe disso.

            - Sei sim. Acho que é por isso que você não fica com menina nenhuma.

            - Quem andou mentindo pra você?

            - Ninguem... E olha, você tem ficado com alguma menina?

            - Digamos que sim... mas isso não vem ao caso agora.

            - Vou te ensinar uma receita das boas...

            - andou aprendendo a fazer macumba?

            - Não ¬¬ É o seguinte. Vai até o bar mais próximo, compre 100 reais em bebidas e beba tudo \o/

            - Nossa Danny! –disse, estupefato.

            - KKKK’ eu sei que você me odeia por isso, Pierre.

            - Não te odeio quando você fala em bebidas. Te odeio quando você ta bêbado.

            - Obrigado pela sinceridade.

Terminamos de subir as escadas e fui mancando até a sala. Enquanto a aula fluía, eu desenhava (aliás, eu ia pra aula pra desenhar. Adorava ficar desenhando caricaturas dos professores). Bom, até que um deles viu. u_u’

            - Ah, então quer dizer que você fica fazendo isso dentro de sala, é? Seu malcriado.

            - Igual seu nariz. –respondi.

            - como disse?

            - Ah, é melhor do que eu estar aprontando pelas ruas. E pago pra você estar aqui. Entao não me enche.

            - Vai já pra diretoria. – gritou a professora recém-chegada. Ela era ate bonitinha, novinha... Mas era mais chata que a velha de geografia.

            - Bem capaz que eu vou descer aquelas escadas que eu custei a subir. Manda ela subir aqui, já que você ta tão afim de me dar ocorrência.

E não que ela chamou a diretora lá?

            - Aprontando já, Pierre? –perguntou ela.

            - Não, eu só estava desenhando. E ela quis me por pra fora, mesmo com o pé machucado. – disse com voz chorosa, pra demonstrar fraqueza (sendo que isso, não tinha nada).

            - Só desenhando? –perguntou a diretora, desconfiada.

            - É. Tava quietinho, só desenhando. Quer ver o desenho?

            - vou acreditar em você. –e saiu da sala. Sorri com cara de malandro.

            - Se fizéssemos uma aposta de quantas vezes à diretora paga pau pra você... – disse Tom.

            - Ah, morram de inveja. Vocês não têm o charme que eu tenho.

            - Puxou o charme da mamãe, é neném? – disse Harry.

            - Puxei. Sou lindo igual ela. –respondi, atrevidamente.

            - Que a sua mãe é linda, a gente sabe, Pierre. Mas já você... –disse David, me olhando de cima a baixo com cara de desprezo. E ele é super puxa saco da minha mãe.         - Pena que não posso falar o mesmo de você, ne, David?

Ele bufou de raiva. Sorri.

            - Minha mãe, quando eu e meu irmão éramos pequenininhos, ela ficava falando que a gente era cara da mamãe, focinho do papai. –disse Bill.   

            - É verdade. – concordou Tom.

            - Minha mãe ficava brincando comigo e me fazia medo. –disse Danny.

            - Medo? Como? –perguntou David.

            - ela cantava assim: ‘Estoura pipoca na boca do Danny’. Eu morria de medo, achava que minha língua ia ficar cheia de buraco. –disse Danny.

            - KKKKKKKKKKKKKKKK’

            - Minha mãe me falava, que se eu não obedecesse, o homem do saco ia me pegar. – Disse Harry.

            - Uma vez o homem do saco me pegou. –disse.

            - Serio? –eles perguntaram todos de olhos arregalados.         

            - Foi. Meu irmão mais velho me pôs dentro de um saco enorme e saiu me carregando.

            - KKKKK, Pierre é capacho dos irmãos dele. –disse David.

            - O que você quis dizer com isso?

            - Seus irmãos pintam e bordam com sua cara.

            - Ah, é verdade. Mas sempre que eu preciso deles, ou que eles precisam de mim, tem sempre disposição.

            - Toma David. –disse ele mesmo.

            - Mas que grupinho que fala! –interrompeu a professora, certamente sem mãe.

            - Vem cá faça parte do grupinho. –chamou Tom. E ele se ferrou.

            - Professora, não faça isso. –protegeu Danny.

            - e por que eu deveria, Daniel?

            - Porque a senhora vai se encher de rugas se continuar com esse ódio no coração.

            - e isso é da conta de quem?

            - não é a toa que ninguém vai com a tua cara, sua mal educada.

A professora olhou ele de cima a baixo, com a mesma cara de desprezo que o David faz. Será que são parentes?

No fim da aula, quem veio me buscar? Mamae *-* E os meninos nem zuaram, ne? Imagina...

            - Mãe do Pierre! \o/ -cumprimentou Bill.

            - Ola Bill. Olá Meninos.-disse ela.

            - Veio me buscar, mãe? –perguntei.

            - Não. Vim buscar o David. –disse ela com cara de obvia. Ah é, só pra constar, ela também é super puxa saco do David.

            - Ata... Leva ele. Seu queridinho. Ele que é seu filho, ne?

            - Deixa de ser bobo e entra no carro. –respondeu ela.

Assim que entrei, percebi os meninos cochichando. Será que a aposta ainda estava de pé?

            


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