Trapalhadas dos Marmanjos sem Noção escrita por duda_bouvier


Capítulo 10
Capítulo 10 - O8- Bill em: O que houve aqui?




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O8- Bill em: O que houve aqui?

Acordar em plena quinta-feira de manhã pra ir pra aula é um saco. Sei que muitos concordam. Por isso, acordei com uma vontade de continuar dormindo. Olhei pro Tom (que por raios de sermos gêmeos, tínhamos que dividir quarto) que ainda babava na cama dele e fiz cara de desprezo. Não por ele, eu até gosto dele (apesar de tudo, ele é meu irmão, ne?), mas por ele ainda estar dormindo. Tratei logo de acordá-lo.

            - Tom, acorde. Você não vai a aula?

            - Não. – respondeu ele, com a voz afundada no travesseiro.

            - ah, vai sim. Levanta! –disse puxando as cobertas dele.

            - Para Bill! – gritou ele, puxando de volta. Fiquei calado e sai do quarto.

Fui até minha mãe.

            - Mãe, o Tom não quer levantar.

            - Vou chamar ele.

Ela foi até meu quarto pra chamar ele. Peguei uma maça pra comer, mas lembrei que tinha que escovar os dentes e trocar de roupa primeiro. Voltei ao quarto e nada de Tom levantar.

            - anda Tom!

Ele levantou reclamando. Trocamos de roupa, penteamos o cabelo e descemos. Tomamos café com a mamãe, pegamos a mochila e saímos. Passamos na casa do David, e vimos ele gritando com a irmã dele. Aliás, eles brigam mais do que tudo.

            - Oh mãe! Faz minha irmã me dar meu tênis! –gritava ele, tão alto que dava pra ouvir do lado de fora da casa dele.

            - Cala boca, David!

Eu olhei pro Tom, que já tava olhando pra mim há muito tempo.

            - Que horror! –exclamou ele.

Logo sai a irmã dele correndo com o tênis na mão pro lado de fora da casa e ele correndo logo a trás.

            - Julie! Me dá meu tênis!

Ela jogou o tênis longe e ele foi buscar. Nos viu nos cumprimentou.

            - Olá meninos.

            - O que ta acontecendo David? –perguntei.

            - a peste da minha irmã fazendo hora com minha cara.

            - KKK’ vai lá logo e vamos pra escola. Vamos te esperar aqui fora.

Ele sorriu afirmando e entrou na casa dele. Liguei pro Danny.

            - Alo? –atendeu ele.

            - Danny, e ai como ta?

            - Morrendo de dor de cabeça.

            - Vai a aula não?

            - Vou, porque minha mãe não sabe que eu tomei umas ontem a noite e to quebrado hoje.

            - Ai, Danny...

            - O que? Você ta doente?

            - Eu não. Por quê?

            - É que você disse ‘ai’.

            - Não, foi de novidade da sua parte.

            - Não entendi...

            - Anda, vamos pra escola.

Logo David saiu calçando o tênis, pulando de uma perna só porta afora. E xingando horrores. E a irmã dele logo atrás. E ela jogando ele no chão. E o David xingando ainda mais. E eles se batendo. E a mãe deles ameaçando os dois com o chinelo. E a irmã dele entrando. E o David vindo pra aula. E a gente rindo.

            - Da pra parar de rir? Seus nojentos. – respondeu ele, calçando finalmente, o tênis.

            - Porque vocês brigam tanto? – perguntou Tom.

            - Por que eu sei todos os podres dela, e fico contando pra minha mãe. Ai ela me bate. –respondeu ele, sorridente, como se isso fosse bom. Olhei pro meu irmão, assustado.

            - Vamos pra aula, logo.

Chegando no lugar onde costumávamos a nos encontrar, vimos o Harry cantando a mulher do café Califórnia. Isso era estranho, Harry sempre fora um cara que era cantado pelas mulheres... Mesmo estranhando a movimentação, fomos até ele.

            - Olá Harry. – disse.

Mas ele não respondeu. Ele estava fisgado demais nos decotes da moça ruiva. Também, aqueles decotes não poderiam ser chamados de decotes. Ela estava praticamente, er... Com os órgãos internos do peito pra fora, por que, né?                                                              

            - HARRY! –gritei.

            - Oi Tom. –disse ele, mais uma vez, me confundindo com meu pobre irmão.

            - É Bill!

            - Tanto faz.

Sentamo-nos a mesa com ele. E ele pediu mais um chocolate quente. Já haviam 3 copos de chocolate lá. A moça veio até com a cara enfezada.

            - você já tomou 3 copos cheios de chocolate e não pagou nenhum ainda. – disse ela, entregando –o de má vontade.

            - Ta duvidando que eu tenha dinheiro, é, fofa?               

            - Não sei, só quero que você me pague.

            - Te pago, meu amor, te pago. 

A mulher bufou de raiva e saiu, batendo os pés. E a gente rindo dele. Alias, da cara de songamonga apaixonada que ele fazia. Depois ele se voltou pra mesa e disse:

            - Minha barriga já ta doendo de tanto chocolate.

            - Então por que não para de tomar? – perguntou David.

            - Por que essa moça é muito linda.

            - Ela é linda ou os seios dela são muito lindos?  

            - ah, também faz parte, ne?

Logo, Danny chegou, até verde de tanto enjôo.

            - Oi. – disse ele, sem a animação que ele tinha.

            - Olá Danny. – respondemos.

            - Não melhorou? – perguntei.

            - Não. To super estranho. Acho que devia ter sido internado em estado de coma alcoólico.       

            - Eu também acho, hein? – concordou David.

            - E você já deu um jeito de por isso pra fora? – perguntou Tom.

            - Não consigo. Já enfiei o dedo na garganta, já forcei e não consigo.

            - Então aguarde, que daqui a pouco vem tudo a tona. – confortou David.            

            - Quer vomitar logo, Danny? Toma, bebe esse chocolate, vai te fazer bem. Ou não.

Danny pegou o copo e virou de uma vez, e se estremeceu todo logo após. Harry chamou a ruiva, que o ignorou. Ele fez cara de espantado e deixou uma nota de 10 pra ela.            

Fomos pra escola com dois semi-defuntos.

Ah é, e vimos o escolar do Pierre passando por nós, mas não vimos ele.

Chegamos na aula e pra variar, Pierre estava lá, com o pezinho enfaixado e com cara de nervoso. Seria estranho vê-lo calmo.

            - Onde vocês estavam? Achei que vocês fossem matar aula e me deixar pra trás. – reclamou ele.

            - Não, a gente parou pra esperar Harry e Danny melhorarem. Os dois estão morrendo. – explicou David.

            - Ah ta. É que eu vi vocês de dentro do escolar. Achei que vocês iam desviar a rota da escola sem eu.

            - A gente viu o seu escolar, só não te viu. – disse. – Mas como você ia matar aula com a gente se você ta com o pé machucado até hoje?

            - Pra fugir da escola, eu dou um jeito. Nem que eu fique de um pé só.

Subimos pra sala. A essa altura do campeonato, Pierre já andava sozinho. Um pouco lento, é verdade –tanto que ele reclamava que a gente deixava ele pra trás- mas não precisava mais de andar de braços dados a ele. Porém Harry e Danny...

            - Professora! – chamou Danny, que nem verde mais estava. Estava azul.

            - O que é Daniel? – respondeu ela.

            - To passando mal. – disse ele.

            - Aham, senta aí.

            - To falando serio. – disse ele, moribundo.

A professora olhou pra ele, pra ver se ele realmente estava passando mal. Meu irmão pôs a mão na testa dele, e ele tava queimando em febre. E querendo vomitar. Tava até quente e ele com uma blusa de frio enorme. Tadinho. Ele falava como quem ia chorar de dor a qualquer momento. Não costumo ficar com dó de ninguém, mas ele realmente estava preocupando. Ele foi se levantar, cambaleou e se dirigiu a porta sem a autorização da professora. Assim que ele ficou do lado de fora, ele pôs a bebida toda pra fora.

            - Eca! – exclamamos, horrorizados.

Logo a cara de moribundo do Danny foi melhorando. Ele desceu, bebeu água... a tiazinha limpou aquela coisa nojenta que ele tinha posto pra fora. Ai ele voltou, abaixou a cabeça na mesa e dormiu. Dormiu muito. Babou. Sonhou. Apagou. Desmaiou. Morreu.

Já passava da hora do recreio e nós cinco lá na sala esperando a peste do Danny acordar. E nada. Desistimos. Pierre tirou um baralho da mochila e nos chamou pra jogar.

            - Topam?

Sorrimos como canibais famintos. Afinal, quem não ama baralho?

Depois de muitos anos o Danny dormindo, ele acorda com os olhos vermelhos, rosto todo amarrotado, babado...

            - Oi gente.

            - oi Daniel. –respondemos.

            - Melhorou agora? – perguntei.

            - Sim... – disse ele, olhando pro nada. – Mas to afim de beber...

            - Ah não! – gritamos com ele.

            - Gente! beber bicarbonato! Meu estomago ainda dói! –disse ele.

Suspiramos aliviados. Danny geralmente é um super bêbado, capaz dele fazer um soro caseiro com cachaça... Nunca duvide do seu amigo bêbado.

                                                                                  O8- Bill em: O que houve aqui?

Acordar em plena quinta-feira de manhã pra ir pra aula é um saco. Sei que muitos concordam. Por isso, acordei com uma vontade de continuar dormindo. Olhei pro Tom (que por raios de sermos gêmeos, tínhamos que dividir quarto) que ainda babava na cama dele e fiz cara de desprezo. Não por ele, eu até gosto dele (apesar de tudo, ele é meu irmão, ne?), mas por ele ainda estar dormindo. Tratei logo de acordá-lo.

            - Tom, acorde. Você não vai a aula?

            - Não. – respondeu ele, com a voz afundada no travesseiro.

            - ah, vai sim. Levanta! –disse puxando as cobertas dele.

            - Para Bill! – gritou ele, puxando de volta. Fiquei calado e sai do quarto.

Fui até minha mãe.

            - Mãe, o Tom não quer levantar.

            - Vou chamar ele.

Ela foi até meu quarto pra chamar ele. Peguei uma maça pra comer, mas lembrei que tinha que escovar os dentes e trocar de roupa primeiro. Voltei ao quarto e nada de Tom levantar.

            - anda Tom!

Ele levantou reclamando. Trocamos de roupa, penteamos o cabelo e descemos. Tomamos café com a mamãe, pegamos a mochila e saímos. Passamos na casa do David, e vimos ele gritando com a irmã dele. Aliás, eles brigam mais do que tudo.

            - Oh mãe! Faz minha irmã me dar meu tênis! –gritava ele, tão alto que dava pra ouvir do lado de fora da casa dele.

            - Cala boca, David!

Eu olhei pro Tom, que já tava olhando pra mim há muito tempo.

            - Que horror! –exclamou ele.

Logo sai a irmã dele correndo com o tênis na mão pro lado de fora da casa e ele correndo logo a trás.

            - Julie! Me dá meu tênis!

Ela jogou o tênis longe e ele foi buscar. Nos viu nos cumprimentou.

            - Olá meninos.

            - O que ta acontecendo David? –perguntei.

            - a peste da minha irmã fazendo hora com minha cara.

            - KKK’ vai lá logo e vamos pra escola. Vamos te esperar aqui fora.

Ele sorriu afirmando e entrou na casa dele. Liguei pro Danny.

            - Alo? –atendeu ele.

            - Danny, e ai como ta?

            - Morrendo de dor de cabeça.

            - Vai a aula não?

            - Vou, porque minha mãe não sabe que eu tomei umas ontem a noite e to quebrado hoje.

            - Ai, Danny...

            - O que? Você ta doente?

            - Eu não. Por quê?

            - É que você disse ‘ai’.

            - Não, foi de novidade da sua parte.

            - Não entendi...

            - Anda, vamos pra escola.

Logo David saiu calçando o tênis, pulando de uma perna só porta afora. E xingando horrores. E a irmã dele logo atrás. E ela jogando ele no chão. E o David xingando ainda mais. E eles se batendo. E a mãe deles ameaçando os dois com o chinelo. E a irmã dele entrando. E o David vindo pra aula. E a gente rindo.

            - Da pra parar de rir? Seus nojentos. – respondeu ele, calçando finalmente, o tênis.

            - Porque vocês brigam tanto? – perguntou Tom.

            - Por que eu sei todos os podres dela, e fico contando pra minha mãe. Ai ela me bate. –respondeu ele, sorridente, como se isso fosse bom. Olhei pro meu irmão, assustado.

            - Vamos pra aula, logo.

Chegando no lugar onde costumávamos a nos encontrar, vimos o Harry cantando a mulher do café Califórnia. Isso era estranho, Harry sempre fora um cara que era cantado pelas mulheres... Mesmo estranhando a movimentação, fomos até ele.

            - Olá Harry. – disse.

Mas ele não respondeu. Ele estava fisgado demais nos decotes da moça ruiva. Também, aqueles decotes não poderiam ser chamados de decotes. Ela estava praticamente, er... Com os órgãos internos do peito pra fora, por que, né?                                                              

            - HARRY! –gritei.

            - Oi Tom. –disse ele, mais uma vez, me confundindo com meu pobre irmão.

            - É Bill!

            - Tanto faz.

Sentamo-nos a mesa com ele. E ele pediu mais um chocolate quente. Já haviam 3 copos de chocolate lá. A moça veio até com a cara enfezada.

            - você já tomou 3 copos cheios de chocolate e não pagou nenhum ainda. – disse ela, entregando –o de má vontade.

            - Ta duvidando que eu tenha dinheiro, é, fofa?               

            - Não sei, só quero que você me pague.

            - Te pago, meu amor, te pago. 

A mulher bufou de raiva e saiu, batendo os pés. E a gente rindo dele. Alias, da cara de songamonga apaixonada que ele fazia. Depois ele se voltou pra mesa e disse:

            - Minha barriga já ta doendo de tanto chocolate.

            - Então por que não para de tomar? – perguntou David.

            - Por que essa moça é muito linda.

            - Ela é linda ou os seios dela são muito lindos?  

            - ah, também faz parte, ne?

Logo, Danny chegou, até verde de tanto enjôo.

            - Oi. – disse ele, sem a animação que ele tinha.

            - Olá Danny. – respondemos.

            - Não melhorou? – perguntei.

            - Não. To super estranho. Acho que devia ter sido internado em estado de coma alcoólico.       

            - Eu também acho, hein? – concordou David.

            - E você já deu um jeito de por isso pra fora? – perguntou Tom.

            - Não consigo. Já enfiei o dedo na garganta, já forcei e não consigo.

            - Então aguarde, que daqui a pouco vem tudo a tona. – confortou David.            

            - Quer vomitar logo, Danny? Toma, bebe esse chocolate, vai te fazer bem. Ou não.

Danny pegou o copo e virou de uma vez, e se estremeceu todo logo após. Harry chamou a ruiva, que o ignorou. Ele fez cara de espantado e deixou uma nota de 10 pra ela.            

Fomos pra escola com dois semi-defuntos.

Ah é, e vimos o escolar do Pierre passando por nós, mas não vimos ele.

Chegamos na aula e pra variar, Pierre estava lá, com o pezinho enfaixado e com cara de nervoso. Seria estranho vê-lo calmo.

            - Onde vocês estavam? Achei que vocês fossem matar aula e me deixar pra trás. – reclamou ele.

            - Não, a gente parou pra esperar Harry e Danny melhorarem. Os dois estão morrendo. – explicou David.

            - Ah ta. É que eu vi vocês de dentro do escolar. Achei que vocês iam desviar a rota da escola sem eu.

            - A gente viu o seu escolar, só não te viu. – disse. – Mas como você ia matar aula com a gente se você ta com o pé machucado até hoje?

            - Pra fugir da escola, eu dou um jeito. Nem que eu fique de um pé só.

Subimos pra sala. A essa altura do campeonato, Pierre já andava sozinho. Um pouco lento, é verdade –tanto que ele reclamava que a gente deixava ele pra trás- mas não precisava mais de andar de braços dados a ele. Porém Harry e Danny...

            - Professora! – chamou Danny, que nem verde mais estava. Estava azul.

            - O que é Daniel? – respondeu ela.

            - To passando mal. – disse ele.

            - Aham, senta aí.

            - To falando serio. – disse ele, moribundo.

A professora olhou pra ele, pra ver se ele realmente estava passando mal. Meu irmão pôs a mão na testa dele, e ele tava queimando em febre. E querendo vomitar. Tava até quente e ele com uma blusa de frio enorme. Tadinho. Ele falava como quem ia chorar de dor a qualquer momento. Não costumo ficar com dó de ninguém, mas ele realmente estava preocupando. Ele foi se levantar, cambaleou e se dirigiu a porta sem a autorização da professora. Assim que ele ficou do lado de fora, ele pôs a bebida toda pra fora.

            - Eca! – exclamamos, horrorizados.

Logo a cara de moribundo do Danny foi melhorando. Ele desceu, bebeu água... a tiazinha limpou aquela coisa nojenta que ele tinha posto pra fora. Ai ele voltou, abaixou a cabeça na mesa e dormiu. Dormiu muito. Babou. Sonhou. Apagou. Desmaiou. Morreu.

Já passava da hora do recreio e nós cinco lá na sala esperando a peste do Danny acordar. E nada. Desistimos. Pierre tirou um baralho da mochila e nos chamou pra jogar.

            - Topam?

Sorrimos como canibais famintos. Afinal, quem não ama baralho?

Depois de muitos anos o Danny dormindo, ele acorda com os olhos vermelhos, rosto todo amarrotado, babado...

            - Oi gente.

            - oi Daniel. –respondemos.

            - Melhorou agora? – perguntei.

            - Sim... – disse ele, olhando pro nada. – Mas to afim de beber...

            - Ah não! – gritamos com ele.

            - Gente! beber bicarbonato! Meu estomago ainda dói! –disse ele.

Suspiramos aliviados. Danny geralmente é um super bêbado, capaz dele fazer um soro caseiro com cachaça... Nunca duvide do seu amigo bêbado.

                                                                                   


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