OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 8
Capítulo VII - O que acontece em Vegas, fica em Vegas!


Notas iniciais do capítulo

Boa tardeeeeee. Muito obrigada pelos comentários. Desculpa a demora. Espero que gostem ❤
Bjs.



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Evie

 

Meia-noite. O meu celular despertou, para me lembrar que estava na hora de ir. Eu conseguira comprar uma passagem para Las Vegas com algumas economias que tinha guardado. Eu peguei uma mala pequena, e terminei de me arrumar. Guardei as identidades e os passaportes falsos. Estava tudo pronto. Agora, eu só precisava sair de casa escondido e torcer para que Loki não me visse. Descer pela janela era a minha única solução. Peguei a mala e joguei. Ela rolou na grama e parou alguns centímetros a frente. Respirei fundo e subi no pararapeito da janela. Não era tão alto assim, mas eu poderia me machucar.

 

— Coragem, Evie. - Suspirei. Fechei os olhos antes de pular. Caí com as nádegas no chão e rolei na grama, ralando um pouco meus braços. Resmunguei um pouco, mas me levantei e peguei a mala. Estava prestes a sair, quando ouvi passos e me escondi. Era Nerfi. Ele estava voltando de algum lugar. Mas de onde estaria vindo a essa hora da noite? Antes dele se inclinar para tentar subir pela janela, eu o surpreendi, puxando-o pelo braço. Nerfi me encarou, assustado.

 

— Evie? - Sussurrou, ainda em choque. Eu o soltei.

 

— O que estava fazendo na rua a essa hora? - Cochichei. Ele abriu a boca para falar, mas parou, encarando a minha mala.

 

— Vai sair? - Perguntou com um sorriso malicioso. Fechei a cara.

 

— Não importa! - Respondi. - Onde estava?

 

— Aonde vai? - Insistiu. - Nosso pai não vai gostar de saber…

 

— Ele também não vai gostar de saber que você estava na rua a essa hora. - Interrompi. - Acredite, você vai se encrencar muito mais do que eu. - Nerfi ficou sério, ponderando a ideia. - Não fala nada para ele sobre mim, que eu não falo nada sobre você! - Sugeri. Ele arqueou uma sobrancelha.

 

— Quer fazer um acordo comigo?

 

— Não é um acordo, Nerfi. Você não tem escolha.

 

Ele ficou em silêncio.

 

— Tudo bem. Eu te dou cobertura. - Falou por fim. - E você não fala que me viu!

 

— Feito! - Dei de ombros.

 

— Posso pelo menos saber onde você vai? - Perguntou curioso. Neguei com a cabeça.

 

— É melhor você não saber. Caso nosso pai resolva entrar na sua mente.

 

— Vai se meter em encrenca de novo! - Ele balançou a cabeça. - Será que você nunca vai parar de ser impulsiva? - Era uma pergunta retórica. E, eu não respondi. - A vida inteira se meteu em confusão. Sabe quantas vezes eu tive que me arriscar para te salvar? - Revirou os olhos. Não. Eu nunca pensara sobre isso, o que era estúpido. Se Nerfi fora meu guardião, ele me salvou algum dia, mesmo sem que eu soubesse. Lembrei do dia que o professor Santiago quase atirou em mim e o Fish surgiu. E eu não tinha o agradecido por isso. Fiquei em silêncio, incapaz de falar algo.

 

— Vou fazer algo que precisa ser feito. - Respondi baixo.

 

— Não estou nem aí! - Disse seco. - Faça o que quiser. Vai acabar morrendo por causa disso, mas dane-se! Eu não me importo.

 

— Boa noite. - Disse séria e dei as costas, seguindo em frente.

 

— Evie. - Ouvi a voz de meu irmão e me virei. Ele bufou. - Não se mete em encrenca grave, está bem? Não tem mais guardião para te ajudar. - Acrescentou baixo. - Não vou estar lá desta vez. - Apenas assenti e voltei para o meu caminho.

 

***

 

Eu cheguei no aeroporto e logo fui procurar por Mary. Nós tínhamos marcado lá. Nosso voo estava marcado pras às duas da manhã. Foi o único que eu conseguira. Procurei pelos terminais, até que vi uma figura alta, com um sobretudo preto e botas de couro, de braços cruzado e batendo o pé no chão, impaciente. Mary fez uma carranca quando me viu e eu me aproximei.

 

— Por que demorou tanto? - Perguntou irritada. Ela não esperou eu responder. - Ah, tanto faz! Espero que você tenha um plano, se não eu te mato!

 

— Eu tenho. - Tirei da bolsa os passaportes falsos. Um para mim, com o nome de Jena Clark e o outro para Mary, com o nome de Emilly Blank. Eu tivera pouco tempo para fazer aquilo, mas até que tinha ficado bom. Estelionatária, era isso que eu estava me tornando. Meu pai ficaria orgulhoso, mas, em compensação, eu poderia me envolver numa baita encrenca. - Aqui está. - Entreguei um passaporte para ela, que analisou com cuidado.

 

— Passaportes falsos? - Sorriu. - Tá aí, princesa de gelo, me surpreendeu! - Me encarou. - De santa só tem a cara, né, safadinha! - Fiz uma careta, ignorando o comentário dela.

 

— A partir de agora, eu sou Jena Clark e você Emilly Blank. Temos vinte e um anos e estamos indo para uma despedida de solteiro de uma amiga. - Expliquei. Mary assentiu, arqueando uma sobrancelha.

 

— Certo. - Ela olhou o relógio em seu pulso. - Nosso voo sai às duas da manhã. Chegaremos em Las Vegas por volta das sete. Nosso voo de volta sai às dez da manhã, ou seja, teremos menos de três horas para pegar o cara e nos mandarmos. Se tudo der certo, estaremos em casa até às quatro da tarde.

 

— Ótimo. O que disse para a sua família? - Seguimos em passos lentos em direção aos detectores de metal.

 

— Disse que ia dormir na casa de uma amiga. E você?

 

— Não disse nada. - Dei um sorriso sem graça.

 

— O que? Você é doida? - Ela falou baixo, apesar do tom de voz estar alterado.

 

— Só a peste do meu irmão sabe. - Expliquei quase num sussurro. - Ele vai me dar cobertura caso algo aconteça.

 

— Você chama seu irmão de peste? - Ela soltou uma risada. - Eu também chamava o meu irmão caçula assim. - Ela ficou séria. Então, Mary tinha um irmão? Num instante, percebi que eu não sabia nada sobre a vida dela. Nada mesmo.

 

— Você tem um irmão? - Perguntei curiosa.

 

— Tinha. - Deu de ombros. - Ele morreu.

 

— Nossa. Sinto muito. - Respondi baixo. A dor de perder alguém querido eu conhecia muito bem. Ela deu um sorriso fraco. - Como foi? - Perguntei um pouco sem jeito.

 

— Acredite, não vai querer saber! - Respondeu séria. - E eu não quero falar sobre isso! - Continuamos andando. Quando estávamos muito próximas dos detectores, Mary parou, parecendo lembrar-se de algo importante. - Droga! - Murmurou baixinho.

 

— O que foi? - Franzi o cenho.

 

— Eu trouxe umas arminhas que eu peguei emprestado da S.H.I.E.L.D. - Cochichou.

 

— VOCÊ O QUE? - Eu praticamente gritei, mas me acalmei rápido antes que alguém percebesse. - Você tá maluca? Vamos ser presas! - Sussurrei. Ela fez uma careta, nervosa.

 

— Eu esqueci desse detalhe. - Sussurrou.

 

— Boa noite, senhoritas! - O funcionário nos cumprimentou.

 

— Boa noite. - Respondemos em coro.

 

Era a nossa vez. Engoli em seco, e Mary sorriu para tentar aliviar a tensão. Eu fui primeiro. O jovem funcionário pegou a minha mala e passou na máquina. Por sorte, nada aconteceu. Mary foi depois. Não demorou nem trinta segundos e a mala dela apitou. Ela me lançou um olhar desesperado.

 

— Temos que abrir a mala. - O funcionário apenas encarou Mary, antes de colocar a mala numa bancada e abrir o zíper. Senti a tensão de formando em meu pescoço. Mary tentou conter sua expressão de medo. O funcionário começou a mexer nas coisas da mala. Ele iria encontrar as armas a qualquer momento, eu tinha que fazer alguma coisa. Respirei fundo. Como eu iria hipnotizá-lo sem que ninguém ao nosso redor visse? Me concentrei usando todo o poder que eu tinha e consegui, com certa dificuldade, na mente do homem. Eu não conseguia ler o que estava em sua cabeça, mas eu sabia que eu estava lá.

 

“Você não verá as armas. Não há armas aí. Procure um chaveiro qualquer” , sussurrei em sua mente. O funcionário parou, e por um momento achei que não tinha funcionado. Mas, ele tirou da mala um chaveirinho de metal. Saí de sua mente. Suspirei aliviada.

 

— Deve ter sido isso. - Ele disse com o pequeno chaveiro nas mãos. - Podem passar. - Mary suspirou, e me lançou um olhar, em agradecimento.

 

***

 

Chegamos à Las Vegas de manhã bem cedo. Eu estava exausta por não ter dormido nada durante a noite, mas nós não teríamos tempo de descansar. Nós deixamos o aeroporto às pressas, e pegamos um táxi. Eu lera mais no relatório, e tinha descoberto que o tal Franklin Denver estava trabalhando no Cassino Hotel Bellagio. Fomos direto para lá. Antes de entrarmos, Mary parou.

 

— Esse é um dos hotéis cassinos mais caros de Las Vegas. Como vamos pagar? - Me encarou. O plano não era perfeito. Não tínhamos dinheiro para isso.

 

— Não vamos pagar. - Respondi por fim. - Vamos entrar aí, pegar o cara, e voltar para Nova York antes que percebam a nossa presença.

 

— Você sabe como esse tal Franklin é?

 

— Tenho a foto antiga dele aqui e outra atual, depois que ele fez a plástica para mudar o rosto. - Depois de sair da H.Y.D.R.A, Franklin fizera uma plástica para mudar o rosto por completo, além de mudar de nome e de cidade. - Vamos? - Mary assentiu e entramos no hotel. O lugar era gigantesco. O chão branco encerado brilhava como um espelho reluzente.

 

— Você distrai a recepcionista, enquanto eu vou até o salão de jogos. - Avisou. Mary saiu discretamente, enquanto eu me dirigia até a recepcionista. Me lembrei de enviar rapidamente a foto de Franklin para ela.

 

— Bom dia. - Eu cumprimentei a recepcionista.

 

—Bom dia.

 

— Eu e minha amiga temos uma reserva aqui. - Menti na maior cara de pau. - Jena Clark e Emilly Blank. - Forcei um sorriso. Ela digitou meu falso nome em seu computador. Eu sabia que ela não encontraria nada.

 

— Desculpa. Deve haver algum engano. Não encontro nada. - A moça respondeu. Tentei pensar em algo. Bingo!  A encarei bem no fundo dos olhos, entrando em sua mente como eu fizera no aeroporto. “Faça uma reserva agora nesses nomes. Cortesia da casa. Somos parentes do dono do cassino” , sussurrei em sua mente. Saí de sua mente e senti uma breve tontura. Pensei que fosse desmaiar. Talvez eu precisasse dormir um pouco. A recepcionista fez exatamente o que eu pedi e me entregou um cartão de acesso ao quarto, que eu guardei.



—Obrigada. - Sorri. Ela acenou com a cabeça e eu deixei a recepção, seguindo para a sala de jogos. Quando estava prestes a entrar, um segurança me barrou.

 

—A senhorita tem idade para entrar na sala de jogos? - Perguntou desconfiado. Eu quase gaguejei, mas precisava manter a mentira.

 

—Claro! - Sorri. Ele permaneceu sério.

 

— Tem identidade?

 

— Está dizendo que eu estou mentindo? - Arqueei uma sobrancelha, fingindo estar ofendida. Ele franziu a testa, embaraçado.

 

— Não, senhorita. Eu não quis dizer que…

 

—Ótimo! - O interrompi e passei por ele antes que falasse alguma coisa.

 

O salão de jogos era bem maior do que eu esperava, e apesar de ser bem cedo, já estava lotado. Eu precisava encontrar Mary, mas isso seria como encontrar uma agulha no palheiro. Olhei para todos os lados e senti um braço me puxando. Era Mary. Ela praticamente me arrastou por todo o salão, ignorando meus resmungos.

 

—Onde estamos indo?

 

—Sssh! - Ela me levou até a porta de  uma sala reservada e nos escondemos quando vimos um garçom saindo. - Descobri onde o Franklin está! - Sussurrou. - Esta é uma sala VIP. Para apostadores milionários apenas. Franklin trabalha aí.

 

—O que estamos esperando então? - Respondi no mesmo tom.

 

Antes que Mary conseguisse me segurar, eu simplesmente abri a porta e entrei. A sala era grande, num tamanho adequado. Silencioso e reservado, o lugar cheirava uma mistura de perfume forte amadeirado e whisky puro. Alguns poucos garçons circulavam por ali, com garrafas de champagne e vinhos. Nada de docinhos ou canapés. Nós estávamos em um ambiente totalmente adulto. Senti a adrenalina correndo pelo meu corpo. Agora não podia voltar atrás.

 

—Onde está ele? - Sussurrei para Mary, ao meu lado. Ela apontou com a cabeça na direção do canto da sala. E lá estava ele, numa mesa de poker, os cabelos bem escuros, pele bronzeada e a barba por fazer. Franklin não devia passar dos trinta e cinco anos. Ele estava cercado de outras pessoas.

 

— Ele não vai sair de lá. - Mary sussurrou. - Pelo que percebi, o trabalho dele é se passar por um jogador normal, fazendo apostas grandes, só para fazerem os outros jogarem também. - Explicou.

 

—Precisamos falar com ele!

 

— Não podemos ficar aqui. Esse lugar é reservado para apostadores altos. Para jogadores.

 

—Então vamos jogar. - A encarei. Ela franziu o cenho.

 

—Nós não temos dinheiro para isso!

 

— Não precisamos de dinheiro. Só precisamos ganhar! - Respondi decidida. - Vou jogar poker naquela mesa e dar um jeito de falar com ele!

 

—E você sabe jogar poker?

 

— Não. Mas eu sei blefar muito bem. - Sorri. Ela suspirou, relutante.

 

—Tudo bem. - Disse por fim. - Mas precisa saber algumas coisas. - Cochichou. - Os jogadores daquela mesa. Ao lado de Franklin, aquela mulher. - Eu encarei a ruiva na mesa discretamente. - Ela é esposa de um senador da Califórnia. - Mary olhou para o senhor barbudo e de terno ao lado dela. - Aquele homem é o chefe da máfia italiana. - Abri a boca, pasma. - E, o do lado dele. - Olhei para um jovem moreno ao lado. - É um sheik dos Emirados Árabes. É melhor você ganhar, Evie.  - Continuou, séria. - Se quiser continuar com a cabeça colada no pescoço. - Respirei fundo, tentando não temer.

 

—Como você sabe de tudo isso? - Perguntei pasma.

 

—O que foi? Acha que eu entrei na S.H.I.E.L.D por causa do meu rostinho bonito?

 

Encarei a mesa. Era a hora. Conferi minha roupa e estiquei minha coluna para tentar parecer mais velha.

 

— Como eu estou? - Perguntei nervosa.

 

— Parece uma pirralha! - Respondeu seca.

 

— Sua grossa! - Dei as costas e segui para a mesa de poker. - Será que eu posso me juntar à vocês? - Chamei a atenção dos jogadores, que me encararam, curiosos.

 

— Claro! - O homem responsável por controlar o jogo respondeu. - Quantas fichas deseja comprar? - Eu não fazia ideia do que ele estava falando. Antes que eu respondesse, uma voz grave com um sotaque italiano falou.

 

— Disponibilize oitocentos mil dólares em fichas para a signorina! - A voz pertencia ao mafioso. - Por minha conta, para começar. Um presente. - Ele sorriu para mim e eu tremi. Como eu negaria o presente de um mafioso? Ou melhor, como eu pagaria isso? Tentei ficar calma, mas minhas mãos tremiam. Olhei de relance, e vi Mary no barzinho, me observando discretamente. Ela fez um sinal para que eu continuasse com o jogo.

 

— Ah, é muita gentileza, senhor. - Tentei ser simpática. O mesário me passou as fichas e cinco cartas. - Texas Hold’Em! - Ele disse para mim, referindo-se ao tipo da jogada. Tomei um lugar ao lado de Franklin, que nem se moveu. O jogo começou e eu estava ficando apreensiva. Era como assistir um filme em chinês e sem legendas.

 

— Eu aposto quatrocentos mil! - Disse Franklin ao meu lado. Não reparei nas respostas dos outros.

 

— Quero falar com você! - Sussurrei para Franklin e por sorte ninguém viu. Ele me ignorou. - É melhor não me ignorar! - Insisti.

 

— Não quero confusão pra mim. Você não deve ser nem maior de idade. - Franklin respondeu no mesmo tom, sem me olhar. - Não sabe no que está se envolvendo. - Ele se referiu ao jogo. Suspirei.

 

— Quero falar de trabalho. - Falei entre dentes. - Do antigo. - Franklin enrijeceu o corpo ao meu lado, tenso.

 

— Quando acabar aqui. - Foi só o que ele disse. Voltei a prestar a atenção.

 

— Eu aposto setecentos mil. - Anunciou o mafioso, olhando diretamente para mim.

 

— Estou fora. - Disse Franklin.

 

— Também. - Respondeu o Sheik.

 

— Idem. - A esposa do senador foi a última a responder. Só restava eu. O mafioso me encarava com um olhar desafiador. Olhei para as mãos deles, para o rosto barbudo. Quase sorri. Ele estava blefando.

 

— Eu aposto tudo. - Esbocei um sorriso. Tive a impressão de ver o italiano estremecer.

 

— Abaixem suas cartas. - O mesário pediu. Abaixei as minhas e ele fez o mesmo com as dele. O mesário fez a contagem rápida. - A senhorita ganhou. - Anunciou. Todos sorriram, me cumprimentando pela bela jogada que eu nem sabia que eu fizera. Mas, eu percebi, um olhar de raiva do italiano, que eu sustentei.

 

—Por mim já chega de jogo por hoje. - Respondi por fim e lancei um olhar para Franklin.

 

— Não vai jogar mais? - O italiano perguntou sério. - Jogou tão pouco!

 

— Não. - Forcei um sorriso. - Obrigada pelo presente. Devolverei com o dinheiro que ganhei vencendo. - Ele arqueou uma sobrancelha, perdido em pensamentos.

 

— Claro. Não se preocupe com isso, amore mio! - Sorriu. Acenei com a cabeça e me retirei na mesa, indo em direção a saída. Eu sabia que Franklin estava vindo atrás de mim. Deixei a sala VIP, e o homem veio atrás de mim, como eu esperava. Avistei Mary de longe, nos seguindo sorrateiramente. Quando passamos por um corredor vazio, eu parei.

 

— Fico feliz que tenha vindo. - Eu falei sem encará-lo. - Precisamos conversar.

 

— Claro. - Ele esboçou um sorriso.

 

Em um movimento rápido e inesperado, Franklin me golpeou na barriga, me jogando contra um carrinho de comida que estava no canto da parede. O carrinho se espatifou por causa do meu peso e eu resmunguei de dor. Levantei rápido quando percebi que ele estava fugindo e corri na sua direção. Mary correu atrás de mim, sacando um revólver. Franklin era rápido pelos corredores do hotel, e esbarrou em uma camareira no meio no caminho, derrubando o carrinho que ela empurrava na nossa direção. Eu e Mary pulamos por cima dele, rápidas. Estava começando a perder o fôlego, quando finalmente alcancei o homem e pulei em suas costas. Ele me derrubou no chão, e eu dei uma rasteira em suas pernas quando ele tentou fugir. Franklin levantou rápido e tentou me acertar com um soco, mas eu fui mais rápida e desviei, antes de acertá-lo com uma joelhada na virilha, derrubando-o de joelhos e prendendo um de seus braços nas costas. Mary parou de frente para ele, apontando um revólver em sua testa.

 

— Sabe, eu posso transformar você num bloco de gelo. - Ameacei, a minha respiração estava ofegante. - A minha amiga aí - Apontei para Mary com a cabeça. - Pode eletrocultar você. - Continuei. - Se tentar fugir, só vai poder escolher se quer virar um picolé ou churrasquinho! - Ameacei. Ele tremeu.

 

— O que vocês querem? Porque a H.Y.D.R.A não me deixa em paz? - Arfou.

 

— Não somos da H.Y.D.R.A! - Mary respondeu ofegante, sem tirar o revólver da testa dele. - Somos da S.H.I.E.L.D! Estamos aqui para pegar seu depoimento sobre o caso de Enrico Santiago! - Explicou. Franklin pareceu suspirar.

 

— Ah! - Foi só o que ele respondeu. - Tudo bem! Podem me soltar. - Eu hesitei antes de largar o braço dele. Ele levantou, massageando o ombro. - Não posso falar sobre isso aqui!

 

— Então você vai com a gente para Nova York. - Falei decidida. Ele assentiu, receoso. Quando estávamos prestes a sair do lugar, avistei dois homens altos, de terno preto, vindo na nossa direção. Senti um arrepio na espinha e Mary trocou um olhar comigo. Do outro lado do corredor, vinham mais três homens, com o mesmo terno preto, nos cercando. Eles sacaram armas e eu engoli seco.

 

— Eles também são da S.H.I.E.L.D? - Franklin sussurrou para mim.

 

— Temo que não. - Respondi no mesmo tom.

 


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