OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 9
Capítulo VIII - Controladora de mentes


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Muito obrigada KFEINA, Ella Araujo e Peh M Barton por comentarem ♥ ♥

Mais um capítulo. Espero que gostem. Bjs *.*



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O dia mal tinha amanhecido em Nova York, e Nerfi já estava acordado. Ele praticamente não dormira durante a noite, pensando no que inventaria para o seu pai sobre o sumiço repentino de Evie. Ele levantou e se arrumou, indo na ponta dos pés em direção a saída. Loki semicerrou os olhos, cruzando os braços, enquanto observava a tentativa de fuga do garoto. O deus sabia que algo errado estava acontecendo.

— Nerfi! - Ele chamou. O garoto parou, de costas, fazendo uma careta antes de se virar. - Por que já vai tão cedo? - Questionou. Nerfi deu de ombros.

— Nada!

— Onde está Evie? - Perguntou por fim. Nerfi disfarçou a tensão com um sorriso.

— Bem, no meu bolso ela não tá! - Murmurou.

— O que foi que disse? - Loki fechou a cara numa carranca e Nerfi percebeu o que tinha dito.

— Ela já deve ter saído! - Mentiu tranquilamente. Loki esboçou um sorriso, nem um pouco convencido do que acabara de ouvir.

— Vamos lá, Nerfi, você pode mentir melhor do que isso! Não me decepcione.  - Respondeu baixo. - Onde está sua irmã? - Insistiu.

— Ela saiu ontem a noite. - Respondeu de uma vez só, convencido de que não poderia mentir para o pai. - Não disse aonde ia! Simplesmente saiu!

— Ela o que? - Loki quase gritou. - E ela não te disse aonde ia?

— Não. - Respondeu por fim. Loki passou uma mão na testa, preocupado. - Você conhece a sua filha. Quando coloca uma coisa na cabeça, não há nada que tire! - Acrescentou. - Ela é impulsiva!

— É! Eu sei! - Concordou. - Eu só não sei onde ela aprendeu a ser tão impulsiva assim. - O deus estava perdido em pensamentos. Nerfi soltou uma risada fraca.

— Nossa, com quem será, não é mesmo? - Respondeu sarcástico, encarando o pai. Loki arqueou uma sobrancelha, fazendo uma cara feia.

— Nerfi, você está com vontade de ficar de castigo?

— Não. - Respondeu rápido.

— Então cala a boca! - Disse áspero. - Eu só espero que ela não se tenha se metido em algo grave! - Suspirou. - Acho que talvez eu saiba porque ela sumiu!

***

Os homens de terno preto continuaram com seus revólveres apontados para Evie, Mary e Franklin. Os trê estavam cercados, e Evie se concentrou para não perder nenhum movimento deles de vista. Os seguranças esperaram em silêncio, até que abriram espaço para outra pessoa - com um sobretudo preto e um chapéu da mesma cor na cabeça, o mafioso italiano caminhou em passos preguiçosos até os três. Mary bufou.

— Droga, Evie! Você tinha que vencer logo o mafioso? - Sussurrou Mary para Evie, que franziu o cenho, confusa.

— Então eu não podia perder, mas também não podia ganhar? - Respondeu no mesmo tom. Mary revirou os olhos, impaciente. - Fica em alerta, ao meu sinal! - Franklin endireitou sua postura ao ouvir os comandos da garota.

— Ora, ora, se não é a ragazza que acha que pode vencer o poderoso Giovanni e sair assim! - Disse o italiano olhando diretamente para Evie, que sustentou o olhar, tomando coragem para não vacilar em seu medo. Giovanni ficou a centímetros de distância dos três. - Nós vamos dar um passeio. Nós quatro. - Ele deu um sorriso ameaçador.

Evie engoliu seco antes de contar até três e fazer um sinal discreto para Mary. A morena assentiu com a cabeça, e antes que o italiano pudesse fazer qualquer coisa, Evie o acertou com magia, derrubando-o do outro lado do corredor. Mary chutou o revólver de um dos seguranças, enquanto Franklin lutava com outros dois. Ele ainda se lembrava muito bem dos treinamentos da H.Y.D.R.A. Um dos seguranças prendeu Evie em uma chave de braço, mas ela deu uma cotovelada em sua costela, se desprendendo dos braços do homem e arrancando o revólver de sua mão, antes de derrubá-lo no chão. Giovanni levantou-se do chão, ainda tonto. Nem Mary, nem Franklin perceberam pois estavam ocupados demais lidando com os seguranças insistentes. Giovanni agarrou a arma em sua cintura e atirou bem na direção do coração de Evie. Em um instante de reflexo e adrenalina, Evie fez com que a bala pairasse no ar, a centímetros de distância de atingi-la. Com as mãos na direção da munição, só então ela percebeu que tinha parado a bala com a mente. Evie ficou surpresa consigo mesma, nunca fizera nada assim antes. Ela sorriu antes de derrubar a bala no chão.

Dio mio! - Disse Giovanni boquiaberto com o que acabara de ver. - É uma bruxa! - Acusou. - Peguem-na! - Ordenou para seus capangas.

— Corram! - Evie gritou para Mary e Franklin e os três saíram em disparada pelos corredores do hotel. Evie forçou suas pernas a correrem mais rápido do que podiam, enquanto Mary atirava em direção aos seguranças de Giovanni, que corriam atrás deles. Um dos capangas mirou em Evie, e a acertou de raspão com um tiro no braço. Ela resmungou ao sentir sua pele arder e queimar como fogo em brasa, e o sangue escorrer. Nenhum dos três parou de correr, no entanto. Mary acertou dois dos capangas nas pernas, e eles caíram. Evie olhou para trás rapidamente, e viu que Giovanni e mais dois seguranças ainda estavam em sua cola. Ela parou, com a respiração ofegante. Mary e Franklin pararam também, confusos.

— O que está fazendo? Eles vão nos alcançar! - Disse Mary respirando pesado.

— Chega de fugir! - Arfou. Evie esperou para Giovanni e os homens estivessem próximos o suficiente, para concentrar-se totalmente em suas mentes. Ela não sabia se conseguiria mexer na mente de tantas pessoas ao mesmo tempo, mas estava disposta a arriscar. Evie respirou fundo e entrou na mente dos três homens, sentindo como se estivesse em meio de uma multidão. Ela não podia ler seus pensamentos, mas podia senti-los completamente. Ela sentia que poderia controlá-los de qualquer forma que quisesse e que poderia esmagar suas mentes com apenas um sopro. “Sono profundo.” , ela sussurrou em suas cabeças, e os três caíram no chão, apagados. Evie cambaleou, exausta pelo o que fizera.

— Como você… - Franklin estava pasmo demais para completar sua pergunta.

— Vamos para casa! - Respondeu Evie, baixo.

***

Peter saiu do prédio da Midtown High School, pronto para ir para o seu primeiro dia de estágio na Oscorp. No entanto, ele estava preocupado com a Evie. Ele não a vira na escola, e a menina não havia respondido nenhuma de suas mensagens. Peter estava com um mau pressentimento. Ele caminhou em passos apressados pela calçada, até que avistou Nerfi. Ele correu até ao irmão de Evie, para perguntar se ele sabia algo sobre a irmã.

— Hey, Nerfi! - Peter o alcançou. O garoto, parou, o encarando. - Você sabe se a Evie está bem? Eu não a vi na escola hoje! - Nerfi mordeu o lábio inferior, tenso. Ele achava que sua irmã falara com o namorado para onde estava indo.

— Ela não te contou onde estava indo? - Perguntou por fim. Peter negou. - Droga, Evie! - Murmurou para si mesmo. Nerfi parou, sem saber o que dizer para Peter. - Eu não sei! - Deu de ombros. - Eu achei que ela tivesse te dito. Ela saiu ontem à noite, com uma mala e não voltou até a agora! - Suspirou. Peter franziu o cenho.

— Espera, ela deve estar com a Mary, porque ela também não veio à aula hoje. - Concluiu. - Deve ser algo da S.H.I.E.L.D! - Ele tentou tranquilizar a si mesmo.

— Pode até ser. - Nerfi concordou. - Mas com certeza ela não tinha autorização. Caso contrário, ela não teria fugido! - Concluiu. Peter assentiu.

—Acha que ela se meteu em confusão?

—Confusão é o nome do meio dela!

— Nerfi, estou começando a ficar preocupado. - Peter confessou, enquanto pensamentos negativos preenchiam a sua mente. Nerfi fez uma careta.

—É… Nerfi passou uma mão pelos cabelos. - Eu também! - Admitiu. Peter arqueou uma sobrancelha, surpreso. Ele achava que Nerfi não gostasse nem um pouco de Evie.

— Está preocupado? - Perguntou desconfiado.

—Meu pai me mata se alguma coisa acontecer com ela! - Respondeu seco, percebendo o que tinha acabado de admitir. - Olha só, eu tenho que ir! Se tiver notícias da Evie, eu te aviso. - Antes que Peter pudesse dizer qualquer outra coisa, Nerfi saiu andando em passos apressados.

Peter respirou fundo tentando não ser negativo. Ele confiava em Evie e sabia que ela capaz de se defender muito bem sozinha. No entanto, o sentido aranha o alertava para o perigo. Ele conferiu seu celular mais uma última vez antes de seguir em direção à Oscorp.

***

Evie e Mary chegaram com Franklin no prédio da S.H.I.E.L.D no horário que esperavam. As duas estavam exaustas demais por tantas horas de voo e pelas lutas. Evie fez um curativo improvisado com Band-Aids onde tinha levado o tiro de raspão. Os três mal adentraram no prédio, e já foram recebidos pela agente Harrison. Ela já sabia exatamente o que as duas tinham feito, e não estava nem um pouco satisfeita. Ela ordenou para que levassem Franklin a uma sala especial para que o depoimento dele fosse recolhido. Harrison levou as duas para a sala de treinamentos. As meninas praticamente se jogaram em dois bancos vazios que haviam no local. Natasha as esperava, séria. A ruiva cruzou os braços, encarando Evie e Mary, que apenas deram sorrisinhos sem graça.

— Agiram como duas irresponsáveis! - A agente Harrison andava de um lado para o outro, irritada. Evie cruzou os braços, cansada. - Colocaram a missão em risco! Se envolveram onde não deveriam! - Acrescentou. - Se comportaram como crianças estúpidas! E é o que vocês são! Imprudentes e estúpidas!

— Fizemos em menos de vinte e quatro horas o que você não fez em meses! - Mary rebateu, impaciente.

— Mary! - Natasha a encarou, com um olhar de repreensão.

— É verdade, Natasha! - Respondeu Mary por fim. - Trouxemos o tal Franklin! Não está satisfeita, agente Harrison?

— Deixaram uma bagunça em Las Vegas! - A agente Harrison estreitou os lábios, com raiva. - Deveriam ser demitidas!

— Eu discordo! - O Agente Nolan adentrou na sala, chamando a atenção de todos. O homem era alto e não devia passar dos quarenta anos, apesar das olheiras escuras e profundas ao redor dos olhos. Ele estava sério e se aproximou das duas garotas. A agente Harrison endireitou a postura diante de seu superior. - Fizeram um ótimo trabalho! E, a partir de agora, não são mais estagiárias! São oficialmente agentes da S.H.I.E.L.D! - Mary e Evie sorriram, animadas, para o desgosto da agente Harrison. - Agente Harrison, por favor, me acompanhe até a sala onde está o Franklin. O interrogatório vai começar. Precisamos da sua presença lá! - A mulher assentiu com a cabeça e seguiu Nolan para fora da sala. Evie e Mary comemoraram a promoção, mas Natasha permaneceu séria.

— O que as duas fizeram foi errado. - Disse tranquila, apesar de sua expressão ser rígida. As duas ficaram em silêncio, apenas ouvindo.  - Se vão ser agentes, não podem agir assim. - Suspirou. - Espero que não façam nada assim de novo!

— Não vamos, Nat! - Evie respondeu baixo.

— Eu posso ir para a casa agora? - Mary fez uma careta, massageando o próprio pescoço. - Estou quebrada!

— Pode! - Natasha deu um sorriso fraco. - Mas amanhã quero você aqui no horário! - Exigiu. Mary assentiu e se despediu das duas antes de deixar a sala em passos preguiçosos. Natasha encarou Evie. - Eu já volto!

A ruiva deixou a sala de treinamentos e seguiu pelo corredor até uma outra sala vazia. Ela abriu a porta vagarosamente e encontrou Loki sentado em uma poltrona, de pernas cruzadas, e bebericando uma taça de vinho. Natasha cruzou os braços, séria.

—Elas chegaram! - Avisou. Loki a encarou. - Estão bem. Você estava certo, a Evie realmente foi numa investigação por conta própria! - Ele esboçou um sorriso.

— Eu sabia! - Respondeu tranquilo, quase orgulhoso. - Conheço a filha que tenho! Não nega o sangue…

—Loki! - Ela disse séria. - Precisa conversar com a Evie! O que ela fez foi muito arriscado! - Loki revirou os olhos, entediado. - Se envolveu numa luta com um mafioso! - O deus soltou uma risada e Natasha fechou a cara numa  carranca.

—Um humano subdesenvolvido nunca será um perigo para uma Lokison. - Respondeu despreocupado. - A Evie poderia acabar com todos eles em um estalar de dedos! - Ele bebeu mais um pouco do vinho.

—Você fala isso como se estivesse orgulhoso!

— Ah, mas eu estou! - Sorriu. Ele se levantou, quase animado. - Ela entrou na mente daqueles midgardianos, já estou sabendo de tudo! Isso é incrível! - Natasha bufou, impaciente. - Não sabia que os poderes dela já estavam tão desenvolvidos assim… - A ruiva bufou e bateu com a mão na taça de vinho que Loki segurava, arremessando-a contra a parede. Loki quase se assustou com o golpe.

— Natasha, você é sempre tão gentil! - Respondeu irônico. Natasha cruzou os braços.

—Você vai falar com a Evie! - Disse autoritária. - Conversar com ela sobre isso! Você é o pai, deve dar o bom exemplo. - Loki fez uma careta.

—Você falando de bom exemplo? - Ele riu, incrédulo. - Quer que eu te lembre de seu passado, Natasha?

—Como é que é? - Natasha fez uma cara feia.

—Já estou saindo! - Loki apertou os passos e saiu da sala sem nem ouvir os palavrões e xingamentos que a ruiva soltou.

Loki simplesmente apareceu na sala onde Evie aguardava, quase deitada no banco. Ela não se assustou ao ver o pai ali. Ela já esperava por ele, e deu um longo suspiro, tendo certeza da bronca que iria levar pelo que tinha feito. Loki se aproximou, sério, e colocou os dois braços na cintura, batendo um pé no chão.

—Já sei! - Disse Evie baixo, antes que o pai falasse qualquer coisa. - Evie Swart Lokison— A menina imitou o tom de voz de Loki. - O que pensa que estava fazendo?— Continuou. - Agiu de forma impulsiva e irresponsável! Colocou sua vida em risco… — Loki fez um sinal com a mão, encorajando para que ela continuasse. - Mentiu para mim! Falsificou documentos e me desobedeceu! — Completou. O deus assentiu, sério.

— Fico satisfeito que tenha me poupado de ter que repetir isso… - Disse quase entre dentes. - PELA CENTÉSIMA VEZ! - Rosnou. Evie desviou o olhar.

—Como se você estivesse contando! - Evie murmurou baixinho. Loki franziu o cenho.

— Ah, pode ter certeza que eu estou sim, mocinha! - Cruzou os braços, sério. Evie o encarou.

—Qual vai ser o meu castigo? - Perguntou por fim. Loki arqueou uma sobrancelha, pensativo, até que deu um sorrisinho.

—Fiquei sabendo que ganhou dinheiro em um jogo midgardiano. - Sibilou. - O dinheiro é meu! - Disse decidido. Evie abriu a boca, inconformada.

—O que? Não! Isso não é justo, pai! - Protestou. - Eu ganhei aquilo!

— Não me interessa! - Rebateu seco. - Você nem devia estar lá, então, tecnicamente o dinheiro não é seu! Sem contar, que você é menor de idade!

—Isso não é justo! - Ela fez uma careta.

— Eu não quero ouvir nem uma palavra! - Exigiu.

—Mas… Isso…

—Nenhuma palavra, Evie!

—Mas...

—O que? - Loki fingiu não ter entendido. - Eu realmente estou ouvindo uma reclamação aqui? Eu espero que não! - Disse sério.

—Isso…

— Eu ouvi uma reclamação aqui, Evie Stwart Lokison?— Evie cruzou os braços, emburrada.

— Não. - Murmurou.

— Eu não ouvi direito! - Insistiu. Evie revirou os olhos.

— Não, pai!

—Ótimo! - Loki respondeu satisfeito consigo mesmo. - Agora pegue suas coisas! Nós vamos para casa! - Ela se levantou do banco com preguiça e tocou no ferimento coberto em seu braço, resmungando. Evie pegou sua mala e se arrastou até a porta, onde Loki esperava, de braços cruzados, observando a lerdeza da filha. Ela passou por ele, em silêncio, e o deus a seguiu. - Falsificou documentos? - Sussurrou, enquanto caminhavam pelo corredor. Evie assentiu com a cabeça, envergonhada. Loki conteve um sorrisinho. - Estou orgulhoso por isso! - Evie sorriu. - Mas isso não vai livrá-la do castigo! - Loki tentou ficar sério de novo. A menina fez uma careta, prestes a murmurar, mas ele interrompeu. - Eu disse nem uma palavra, criança tola! - E eles seguiram para casa.


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