OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 7
Capítulo VI - Seja paciente!


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaaaaaa!

Obrigada Thay Paixão, Yumi Carvalan, Peh M Barton e Violet Lestrange por comentarem ♥ ♥

Mais um cap. Bjs *.*



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O sol já havia apontado no horizonte quando o despertador de Peter tocou, muito mais cedo do que o de costume.  Peter tinha uma entrevista na Oscorp antes de ir para a escola. Ele levantou-se com preguiça e se arrumou rápido. O garoto desceu correndo e passou pela cozinha como um furacão, pegando uma maçã antes de correr em direção a porta.

— Peter, não vai tomar café? - May gritou quando viu o sobrinho.

— Não, tia May. Tô atrasado. - Respondeu apressado.

— Boa sorte, querido. - Ela desejou.

— Obrigado! - Peter saiu apressado, torcendo para que nada de ruim acontecesse no meio do caminho. Nada que o fizesse parar.

O caminho era longo, então, Peter resolveu pegar um ônibus para andar mais rápido. Ele colocou os fones no ouvido, tentando relaxar ao máximo possível, por mais que isso fosse impossível. Os minutos passaram, e Peter chegou ao prédio da Oscorp no horário marcado. Ele adentrou no local, não deixando de reparar em seu interior exuberante e moderno. O lugar era iluminado e haviam pessoas uniformizadas passando para todos os lados. Peter foi direto até a recepção.

—Bom dia. Eu tenho uma entrevista hoje. - Ele disse para a recepcionista, que tinha os olhos vidrados na tela do computador.

—Qual o seu nome? - Perguntou calmamente.

— Peter Parker. - Ela digitou seu nome no computador até que encontrou. A jovem pegou o crachá de acesso a empresa e entregou a Peter.

—Aqui está.

—Obrigado. - Sorriu. Peter seguiu pelos corredores da empresa, impressionado com a grandeza do lugar. Ele seguiu em frente até um grupo de pessoas, parando ali para escutar.

— Bom dia. - Disse uma jovem, vestida com um jaleco branco por cima da roupa. Seus cabelos loiros estavam presos num rabo de cavalo, e a franja levemente puxada para o lado. Todos presentes pararam para prestar a atenção. - Eu sou Gwen Stacy. Por favor, quem tem entrevista para estágio, vem comigo! - Ela fez um sinal para que eles a acompanhassem. Peter seguiu o grupo até uma sala vazia. - O sr. Osborn, dono da empresa, está aqui hoje. Ele decidiu que quer entrevistar ele mesmo vocês. - Avisou, antes de sair da sala.

Peter sentiu-se mais nervoso ainda. Ele se sentou em um banco vazio, esperando a sua vez. Ele tentou não pensar muito enquanto o tempo passava, até que chegou a sua vez.

—Sr. Parker. - Gwen o tirou do transe. Ele se levantou rápido, quase tropeçando. - É a sua vez. Por favor, me acompanhe. - Peter seguiu a garota até uma sala ao lado. Gwen abriu a porta para que ele entrasse. - Boa sorte. - Sorriu.

Peter respondeu um “obrigado” baixo e entrou na sala. O sr. Osborn era grisalho e tinha uma barba por fazer. Ele estava sério, sentado em sua cadeira, atrás de sua mesa espaçosa.

—Sente-se! - Ele fez um sinal para que Peter se sentasse na cadeira de frente para ele. O garoto apenas obedeceu. Osborn voltou sua atenção para uma ficha, onde haviam informações sobre os candidatos. - Peter Parker, huh? - Ele encarou o garoto. - Tem um ótimo currículo. Vejo aqui que tem uma carta de recomendação de Tony Stark. Como conseguiu tal façanha?

—Ah! O sr. Stark foi muito generoso. - Tagarelou. Osborn arqueou uma sobrancelha.

—Aqui diz que foi estagiário dele. O que você fazia exatamente?

Peter quase engasgou com a própria saliva ao ouvir a pergunta. “Eu lutava com os Vingadores”, pensou. Mas não poderia dizer isso. Para todos ele era apenas um estagiário do Tony Stark.

—Ah, eu estagiava na Indústria Stark. Fazia de tudo um pouco. - Mentiu, forçando um sorriso, nervoso. - Na área de robótica e outras coisas.

—Deve ter sido um funcionário exemplar para ter uma recomendação assinada a punho pelo próprio Stark. - Comentou, curioso. - Isso é algo raro. Só para heróis. - Brincou. Peter engoliu seco e forçou um sorriso. - Gosto do seu currículo garoto. Por que não vem amanhã para fazer uma experiência?

—Sério? - Ele quase respondeu animado demais. - O senhor não vai se arrepender, sr. Osborn. - Sorriu.

—Ah. - Esboçou um sorriso. - Creio que não!

 

Evie

Presságio. Perigo. Acorde. Algo me fez acordar sobressaltado pela manhã, com a respiração agitada e o corpo alarmado. Eu tinha quase toda certeza que tivera um sonho durante a noite. Mas, eu não conseguia me lembrar dele. Meus músculos doloridos resmungaram quando eu me arrastei para fora da cama.

—Hoje vai ser um bom dia, Evie. - Repeti para mim mesma.

Tinha que me arrumar para a escola. Lutei contra a minha preguiça e fiz o que tinha que fazer, antes de descer para tomar café-da-manhã. Loki estava tomando um copo de suco. Procurei algum sinal de raiva ou tensão nele, mas não encontrei. Ele estava estranhamente calmo para alguém que tinha tido uma crise histérica e não parecia surtado como no dia anterior.

—Bom dia. - Balbuciei. Me sentei à mesa, numa cadeira vazia. Meu pai me encarou.

— Bom dia. - Respondeu me analisando. - Você parece preocupada. - Comentou.

— Não é nada. - Dei de ombros e me servi com uma torrada e um copo de leite. - Só acho que tive um pesadelo. Mas não é nada importante.

— Tudo bem. - Disse calmo. - Evie, preciso falar com você. É sobre o Nerfi.

— O que tem ele? - Franzi o cenho. Ele deu um longo suspiro.

— Ele vai fazer de tudo para tirá-la do sério. - Respondeu de uma vez só. - Só tente não cair nas provocações dele, está bem? - Assenti com cabeça, mesmo sabendo que isso seria praticamente impossível. - Só tenha paciência. Eu sei que ter um irmão é difícil, mas… - Ele hesitou. - Não faça nada que possa se arrepender depois.

— Tudo bem. - Respondi por fim. - Eu vou tentar ser mais calma com ele.

— Sei que vai. - Ele esboçou um sorriso. Ele mal terminou de falar para Nerfi aparecer, apressado.

—Anda! Você vai me dar uma carona para escola! - Disse Nerfi, mandão. Cruzei os braços.

—Não sou sua empregada! - Respondi áspera. Loki pigarreou, lançando-me um olhar para me lembrar o que ele acabara de dizer. Respirei fundo. -Tudo bem. Eu te dou uma carona. Mas, se me provocar, jogo você para fora do carro e passo com ele por cima de você! - Ameacei. Ele revirou os olhos e Loki conteve uma risadinha, que disfarçou com um falso engasgo.

***

Quando chegamos à escola, Nerfi seguiu o seu caminho e eu segui o meu. Encontrei Peter logo de cara, no corredor. Ele estava com um sorriso largo no rosto. Estava feliz, era evidente.

— Por que está tão feliz? - Perguntei curiosa. Ele deu um suspiro e sorriu ainda mais.

— Eu consegui o estágio na Oscorp. - Sussurrou. Eu quase dei um grito, mas me controlei e apenas dei um abraço apertado nele, que retribuiu.

— Isso é maravilhoso. - Sorri e o soltei. Ele assentiu.

—Quem ganhou na loteria? - Ned apareceu nos interrompendo.

—Pete conseguiu um estágio na Oscorp. - Contei. Ned sorriu, impressionado.

—Cara, isso é demais! - Ele deu alguns tapinhas no ombro do amigo.

—Obrigado! - Nós três caminhamos até os nossos armários, ainda tagarelando sobre o ocorrido. Na verdade, Peter mais assistia enquanto eu e Ned falávamos sobre como aquilo era incrível. Peguei um livro no meu armário e Peter fez o mesmo no dele.

— Isso é ótimo, Peter. - Ned continuou. - Agora além de homem aranha…

—Ssssssh! - Peter repreendeu rápido, olhando para os lados para ter certeza de que ninguém ouvira. - Ninguém pode saber desse meu segredo.

—Foi mal. - Sussurrou e deu um sorriso sem graça.

—Comemorações? - A voz de Mary interrompeu nossa conversa. Ela cruzou os braços, esperando uma resposta.

—O Peter conseguiu um estágio na Oscorp! - Ned praticamente gritou para todo mundo ouvir. Mary soltou uma risada fraca por causa disso. Os alunos que passavam perto apenas nos encararam, curiosos.

—Acho que o Ned está mais animado com a ideia do que você, Peter. - Comentou Mary ainda de braços cruzados. Soltei uma risada. Ned estava realmente mais animado.

Meu sorriso se fechou quando vi Flash se aproximando. Irritante como sempre, e andando como se tivesse papel higiênico preso nos pés. Ele passou a mão no topete com uma mão, já que com a outra ele segurava uma bola de futebol, e parou perto de nós.

—Nerd Ned, gatinha de gelo, mané… - Ele olhou para nós três. Revirei os olhos. Flash encarou Mary. - Mary, princesa… - Disse com deboche. - Você já andou em companhias melhores, né? Vejo que está bem decaída. No fundo do poço, eu diria. - Bufei. Como conseguia ser tão chato? Mary sorriu, e como resposta lhe mostrou um dedo feio. Flash soltou uma risada, indiferente.

—Qual é a mentira da vez? - Ele encarou Peter com desdém.

—Mentira nenhuma. - Ned respondeu primeiro. - Só a verdade. Que o Peter tem um estágio na Oscorp. E você? O que tem? - Completou orgulhoso. Flash fez uma careta.

— Eu não preciso de um estágio. Eu sou rico. - Revirou os olhos. Mentira. Foi o que eu detectei quando ele falou. Dava para sentir uma ponta de raiva se formando em Flash. Sorri comigo mesma.

—Cuidado, Flash. - Sussurrei. - Inveja mata, viu! - Dei um sorriso debochado. Ele fechou a cara. A convivência com Nerfi estava me ensinando a me comportar como uma pequena víbora também.

—Inveja? Do Peter? - Flash soltou uma risada gutural. - Inveja eu teria de alguém como o homem aranha, que é incrível, de vocês eu tenho dó. - Desdenhou. Ned, Peter e eu contemos uma risadinha e tanto Flash quanto a Mary pareceram confusos. Flash nem imaginava que estava diante do próprio homem aranha, em carne e osso. Minha língua coçou para despejar essa informação na cara de Flash. Como ele reagiria se soubesse que o garoto que ele mais zoava era na verdade o herói que ele mais admirava? Eu me segurei para não falar nada. Mas só por Peter.  - Eu já vou. Não vou mais perder meu tempo com fracassados. - Cantarolou. Cerrei os punhos. Ah, como eu queria o ver nos chamando de fracassados depois que eu desse uma surra nele. Mas, Flash seguiu em frente antes que eu resolvesse ou tivesse tempo para fazer isso.

—Ah! Um dia eu ainda quebro a cara desse garoto! - Disse Mary por fim. Dei uma risada, entendendo completamente o que ela sentia.

Nós quatro continuamos observando Flash enquanto ele andava pelo corredor, distraído. Mais a frente vinha Nerfi, com um copo de café na mão. Em questão de segundos, vi Flash dando uma trombada em Nerfi e derrubando o copo de café em sua roupa e a bola de futebol no chão. Flash deu passo para trás, assustado. Nerfi fechou a cara, quase explodindo de raiva. Flash derrubara café na roupa do meu irmão, e eu já podia ver Nerfi tendo um chilique por causa disso. Ele encarou Flash com um olhar ameaçador que eu só vira em nosso pai uma vez. Se eu era considerada intimidadora para alguns alunos, Nerfi era dez vezes pior.  

—Você derramou café na minha roupa. - Disse baixo, quase entre dentes, e deu um passo à frente. Flash gaguejou. Nerfi pegou a bola de futebol do chão e segurou firme com uma mão. Sem tirar os olhos de Flash, ele amassou a bola com facilidade e deu um sorriso. - Da próxima vez, eu vou fazer você limpar com a língua antes de cortá-la fora, eu fui claro? - Flash assentiu, nervoso. Nerfi empurrou a bola amassada em cima de Flash, que balançou para trás por causa do impacto. - Agora, some da minha frente antes que eu resolva fazer com a sua cabeça o mesmo que eu fiz com essa bola. - Rosnou. Flash quase saiu correndo, sem olhar para trás. Eu quase ri. Nerfi sacudiu a camisa e fez surgir uma nova, antes de seguir em frente. Quando estava passando por nós, Mary soltou:

—E aí, gatinho… — Eu sabia que ela estava usando no sentido literal da palavra. Eu tive que contar a ela toda a história se não ela não me deixaria em paz. Era óbvio que Mary não iria perder a oportunidade de zoar com a cara do meu irmão por causa disso. Nerfi parou, sem encará-la. - Então, você é do tipo que arranha. - Ele revirou os olhos, impaciente. Peter, Ned e eu abafamos uma risada. - Precisa esfriar a cabeça… - Sorriu. Ele a encarou. - Se bem que gato não gosta muito de água, né? - Nerfi bufou.

—Vocês humanos são tão patéticos. - Disparou. Ned fingiu uma tosse engasgada e nós o encaramos.

—Foi mal. É que é muito veneno no ar. - Ned pigarreou. - Fiquei intoxicado. - Peter soltou uma risada. Nerfi o fitou. Seus olhos pararam em mim antes de voltarem para Peter e ele esboçou um sorriso. - Nossa, você ainda tá vivo! Depois do ataque de nosso pai, isso sim é um milagre! - Disse venenoso. Peter franziu o cenho, confuso.

—Do que ele tá falando? - Me encarou.

—Ah, ela não te contou que o nosso pai já sabe do namoro de vocês? - Nerfi se fez de desentendido. Cobra peçonhenta. Peter ficou pálido como papel no mesmo instante, e por um momento achei que ele fosse desmaiar.

— Peter - Ned riu, tenso. - Que cor você prefere para o seu caixão?

—Relaxa, Peter. Está tudo bem. Ele aceitou. - Tranquilizei. Peter respirou fundo. Nerfi arqueou uma sobrancelha, com um sorriso malicioso nos lábios.

— Eu não teria tanta certeza. - Cantarolou Nerfi. Eu o encarei séria.

— Nerfi, vai procurar alguma coisa pra fazer… - Eu o empurrei, mas ele nem se moveu. - Tipo brincar com uma bola de lã ou coisa do tipo. - Ele cruzou os braços.

— Você não me diz o que fazer!

— Bem, talvez eu devesse chamar o nosso tio… - Nerfi descruzou os braços e endireitou a postura, incomodado.

— Eu vou para a aula. - Ele deu as costas e foi embora. Sorri satisfeita.

— Evie, você é má! - Sorriu Ned.

— E só agora você percebeu isso? - Todos rimos.

***

Eu fui direto da escola para o trabalho. Eu peguei uma pilha de papel velho e joguei numa caixa. Aqueles eram documentos já digitalizados e que iriam ser incinerados. Normalmente, esse era o meu trabalho na S.H.I.E.L.D - arquivar documentos. Entediante, mas melhor do que nada. Ouvi Mary bufar, entediada, antes de empacotar mais um bloco de papéis. Ela também não gostava muito disso. Peguei meu copo de água e beberiquei, diante do olhar minucioso da minha colega de trabalho. Ela estreitou os lábios e semicerrou os olhos antes de fazer um som de julgamento. Eu a encarei e ela suspirou. Ela estava querendo falar alguma coisa, eu sabia.

—O que é, Mary? - Perguntei de uma vez só. Ela estalou a língua e deu de ombros.

—Olha, eu não tenho nada a ver com a sua vida, mas precisa ser mais cuidadosa.

—Do que está falando? - Franzi o cenho e bebi um pouco mais da água. Ela revirou os olhos.

— Eu não sei como é a relação sua e do Parker. - Deu de ombros. - Vocês são esquisitos, então deve ser algo esquisito…

—Vá direto ao ponto, Mary!

—Se você quer traí-lo, seja mais discreta! - Disse tranquila. Oi?

—Do que você…

—Não faz a sonsa! - Me interrompeu. - Eu vi você beijando o homem aranha outro dia. - Contou. Eu engasguei com água, cuspindo um bocado que estava em minha boca. - Como eu disse, não tenho nada a ver com isso… Você faz o que quiser e eu não vou pagar de fofoqueira. - Continuou. - Mas, como fui eu, poderia ter sido o Peter. E, a não ser que o relacionamento de vocês seja aberto, acho que ele não vai gostar muito não. - Forcei um sorriso. - Então, sei lá, seja mais discreta. Ou não seja, o problema é seu! - Deu de ombros. Apenas assenti com a cabeça, incapaz de de responder.

Mary me vira com o homem aranha, mas não sabia que ele era o Peter. Isso poderia me trazer problemas futuros. Nat adentrou na sala, para o meu total alívio, quebrando o clima constrangedor que tinha ficado no ar.

— Como vai o trabalho? - Perguntou tranquila. Mary suspirou.

— Entediante. Quando vamos poder ir para missões? Eu não aguento mais arquivar papel!

— Não estão prontas ainda para missões. Não se preocupem, o momento vai chegar. - Respondeu Nat calmamente. Resmunguei. - Mas, por enquanto, só arquivar papéis. - Ela deu um meio sorriso e saiu da sala, nos deixando sozinhas de novo.

O silêncio voltou a prevalecer na sala. Apenas o barulho de folhas de papel sendo guardadas. Eu murmurei baixinho quando uma folha de papel fez um corte fino em meu dedo, o fazendo arder. Cortes feitos por papel podiam ser mais doloridos do que cortes com faca. Segurei o papel que tinha me cortado. Ele estava na pilha de documentos de casos para serem adiados/arquivados/não solucionados. Não pude me conter e comecei a lê-lo. Era sobre a investigação do assassinato do professor Enrico Santiago. O relatório apontava para uma única testemunha - Franklin Denver, um funcionário desertado da H.Y.D.R.A que estava trabalhando escondido em um cassino em Las Vegas. No documento também dizia que o caso era delicado e que talvez fosse melhor arquivá-lo, mesmo sem solução. Franzi o cenho. Aquele caso não poderia ser arquivado. Não quando uma nova onda de ataques misteriosos estava acontecendo, e possivelmente com ligação com aquilo. Olhei de relance para Mary. Ela estava distraída. Peguei meu celular discretamente, e tirei uma foto do do documento, antes de guardá-lo na pasta. Se ele iria ser arquivado, não teria problema se outra pessoa investigasse. Contive um sorrisinho.

— O que está fazendo? - Perguntou Mary, desconfiada. Dei de ombros.

— Trabalhando.

Ela não se convenceu e se aproximou, tomando o celular da minha mão. Não tive tempo de me defender. Ela olhou direto na foto que eu tirara e arqueou uma sobrancelha.

— O que você vai aprontar? - Perguntou. - É proibido tirar fotos dos documentos daqui. Poderia ser presa. -  Ela esboçou um sorriso maléfico, enquanto lia a foto. - A investigação da morte do professor Santiago. Vai investigar por conta própria, né? - Tomei o celular da mão dela.

— Não é da sua conta!

— Ah, mas é da conta da S.H.I.E.L.D. - Rebateu. - Me fala logo o que é, se não eu vou te dedurar! - Ameaçou. Mordi o lábio inferior, relutante. Ela cruzou os braços, esperando.

— Eles querem arquivar o caso, sem recolher o depoimento desse tal Franklin Denver. - Sussurrei. Ela franziu o cenho. - Acho que tem coisa aí. Quero ir atrás dele. - Contei. Ela assentiu.

— Legal. Eu vou junto. - Disse decidida.

— O que? Não! É arriscado!

— Não pedi sua opinião.

Cruzei os braços, emburrada.

— Se não me contar tudo e me levar, vou informar à S.H.I.E.L.D! - Ameaçou. Bufei.

— Tudo bem, Mary. - Respondi por fim. Ela sorriu, vitoriosa. - Mary, é melhor fazer suas malas. - Aconselhei. - Porque nós vamos para Las Vegas! - Sorri.  


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