OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 25
Capítulo XXIV - O vírus


Notas iniciais do capítulo

Boa tardee! Obrigada Peh M Barton por comentar ♥ ♥

Espero que gostem do capítulo. Estamos chegando na fase final. Bjs *.*



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Torre Stark, NY

 

Era tarde de sábado, mas Tony e Rhodey estavam trabalhando sem parar. Não haviam parado nem um minuto desde que começaram. Stark estava empenhado em descobrir quem era o misterioso encapuzado que já atacara tantas vezes a cidade. Eles haviam recebido imagens novas das câmeras de segurança, do último ataque na noite anterior.

Tony ligou um holograma no meio da sala e tomou um gole de café. Estava ansioso demais para solucionar o caso, que, ao seu ver, era simples mas, apesar disso, estava demorando demais para ser resolvido.

— Eu não saio daqui hoje enquanto não solucionar este caso. - Stark disse para Rhodey, que se aproximou do holograma também. - Me mostre as últimas imagens de segurança. - Ele pediu ao software da casa. O holograma, imediatamente, exibiu as novas imagens.

Essas são as novas imagens, chefe.” , o software respondeu.

—Tá escuro demais. - Comentou Rhodey ao observar as imagens do ser encapuzado destruindo a fachada de uma loja. Estava noite, e, por essa razão, as imagens não estavam nem um pouco nítidas.

—Limpe as imagens. - Pediu ao software. As imagens do vídeo clarearam um pouco, mas ainda não era possível ver precisão.

Imagens limpas, chefe.”

—Agora, faça um retrato de corpo, de acordo com essas imagens, de como seria a aparência exata dessa pessoa.

“Erro. As imagens não são nítidas o suficiente.”

—De novo. - Rhodey murmurou. - As imagens estão sempre ruins. Nunca conseguimos sair disso. - Stark bufou. - Esse ser sempre ataca à noite. Se fosse durante o dia seria mais fácil.

Stark deu zoom nas imagens, parando no segundo em que o encapuzado virou o rosto para frente.

—Tente agora. - Insistiu para o software.

“Retrato corporal em andamento.”

—Isso! - Tony comemorou, enquanto um holograma em tamanho real se formava no centro da sala. Conforme a imagem era criada, Rhodey franziu o cenho.

—Ô Tony! Eu estou ficando maluco ou esse encapuzado parece com a filha do Loki?

Stark estreitou os olhos ao ver a imagem.

—Não parece. - Respondeu por fim. - Porque o encapuzado misterioso é a Evie. - Completou.



Evie

 

O dr. Banner espalhou todos os exames que eu tinha feito em cima da mesa, no centro da sala. Até agora, ele não havia dito o que ele tinha descoberto ali. Loki esperava de braços cruzados e Nerfi nem se moveu do sofá onde estava. Eu, no entanto, permaneci em pé, quase roendo as minhas unhas enquanto Peter segurava meu ombro com cuidado. Algo em mim dizia que não coisa boa. Não poderia ser. O dr. Banner estava aflito demais. Ele conferiu mais algumas vezes os exames e me encarou, com um ruga de preocupação.

— Tem alguma coisa em você. - Ele disse por fim. Meu pai franziu o cenho. - Eu não sei ao certo o que é, mas está em todo o seu organismo. Está no seu sangue, no coração, e até mesmo numa parte do cérebro. - Suspirou. - Parece uma espécie de vírus, eu nunca vi nada parecido antes. Isso está se espalhando cada vez mais. - Ele pegou um dos exames onde haviam imagens do meu cérebro. - Percebe? - Ele apontou para uma das imagens. - Está se espalhando pelo seu cérebro. Tomando conta dele como uma massa escura.  

A notícia me acertou como uma pedrada na cabeça. Pisquei rápido algumas vezes, tentando me situar. Eu não estivesse a mão de Peter firme em meu ombro eu poderia jurar que meu corpo não estava mais naquela sala e estava vagando por algum outro lugar do universo. Meu pai tomou o exame da mão do dr. Banner de uma vez só.

— O que quer dizer com isso, Banner? - Perguntou nervoso. Bruce balançou a cabeça, confuso demais.

— Eu não sei. - Respondeu rápido. - Mas, de qualquer forma. Tem que tirar isso dela. Essa coisa está consumindo o corpo dela cada dia mais.  - Engoli seco, sentindo minha respiração ficando pesada e meu corpo fraco. Peter passou uma mão pelo rosto, tão chocado quanto eu. Eu sabia que havia algo mais. Eu sentia. Eu não conseguia falar e mal respirava pela boca.

— O que vamos fazer? - Foi Nerfi quem perguntou. Sua voz era calma. Ele deve estar muito feliz. Pensei comigo mesma. A fala do dr. Banner foi interrompida por um barulho esquisito do lado de fora.

— O que é isso? - Loki perguntou irritado e saiu em disparado para o lado de fora. Nós todos, imediatamente, o seguimos.

O sr. Stark e Rhodey desceram do céu, vestindo suas armaduras do Homem de Ferro e do Máquina de Combate de costume. Os dois posaram na grama do quintal da minha casa, abrindo as suas armaduras ao mesmo tempo e saindo de dentro delas. Suas expressões não eram nem um pouco boas e o sr. Stark estava muito mais sério do que de costume. Seus olhos passaram de meu pai para mim.

— Nós descobrimos. - Anunciou. - O encapuzado misterioso que tem atacado a cidade há semanas é, ninguém mais, ninguém menos, que a Evie. - Ele apontou para mim. Eu abri a boca, pasma diante da acusação. Eu? O encapuzado misterioso? Isso era impossível. Eu nunca fizera nada deste tipo.

— Não é verdade. - Eu rebati. - Eu nunca fiz nada disso. Eu nunca ataquei a cidade. - Eu conseguia ouvir o desespero em minha voz.

— Você atacou sim. - O sr. Stark respondeu diretamente para mim e deu um passo à frente. - Nós temos provas. - Continuou. - Olha, não sei porque fez isso. - Disse baixo. - Talvez, você quisesse descontar a raiva, eu não sei. Mas, falar a verdade é a melhor opção agora.

— Como se atreve a vir até aqui e acusar a Evie? - Meu pai perguntou irritado. O sr. Stark soltou uma risada sem humor.

— Eu não estou a julgando. Mas não adianta mentir mais. Já sabemos de tudo e vai ter que encarar as consequências de seus atos.

— Eu não fiz nada. Eu juro. - Respondi em desespero. - Pai, por favor, precisa acreditar em mim. - Eu o encarei. - Eu jamais faria algo assim. - O dr. Banner franziu o cenho, tentando entender a situação.

— Mas fez! - Respondeu Rhodey, sério. Loki deu um passo na sua direção de forma ameaçadora.

— Saia daqui! - Disse entre dentes. Rhodey deu apenas um passo para trás, alarmado.

— Isso não faz sentido. - Peter estava perdido em pensamentos. - Eu lutei com o encapuzado misterioso. Não era Evie. - Ele me olhou rapidamente.

— Alguma vez você viu o rosto da criatura? - Questionou Tony. - Ou chegou perto o suficiente? - Peter abriu a boca para falar, mas logo se calou.

— Não. - Respondeu baixinho. - Mas eu sei que a Evie jamais me machucaria. - Dei um sorriso fraco para ele, que retribuiu.

— Não se ela não estivesse consciente disso. - Meu irmão disse algo pela primeira vez. Todos o encaramos, confusos.

— O que quer dizer com isso, Nerfi? - Meu pai arqueou uma sobrancelha. Nerfi suspirou.

— Você se lembra aquela vez na escola? - Perguntou para mim. Era a primeira vez que ele falava comigo desde nossa briga. - O Jhonny! Você quase o matou, mas não sabia, nem se lembrava do que tinha feito. Você perdeu a consciência de seus atos. - Todos me encararam novamente.

Então, eu me lembrei da briga na escola. Eu não tinha lembrança alguma de ter entrado na mente do Jhonny e tê-lo atacado daquele jeito. Era como um vazio em minha mente. Eu quase perdi as forças nas pernas. E se isso tivesse acontecido outras vezes sem que eu percebesse? Seria possível? Eu realmente era o monstro que andava atacando a cidade? A criatura que havia destruído tantas coisas e atacado tantas pessoas? Por Odin! Eu não queria ter atacado ninguém. Senti meu coração se apertar.

— Isso é verdade, Evie? - Perguntou o dr. Banner baixo. Eu assenti vagarosamente, sentindo minhas mãos ficarem trêmulas.

— Mas eu não lembro. - Choraminguei. - Eu juro que eu não fiz isso. Por favor, precisam acreditar em mim. - Minha voz saiu mais trêmula do que deveria.

— Ah, Evie. Vai ficar tudo bem. - Resmungou Peter com os olhos cheios de compaixão.

— Sinto muito. - O sr. Stark disse por fim. - Você já mentiu várias vezes antes. Acho que não dá para acreditar na filha de um mentiroso. - Loki fechou a cara numa expressão sombria.

Antes que pudéssemos perceber, meu pai acertou Tony com magia e o mesmo foi lançado no ar numa velocidade impressionante. Com apenas um click do Sr. Stark, sua armadura voou ao seu encontro antes que ele caísse no chão. Rhodey também voltou para sua armadura, preparado para atacar e voou ao lado do Sr. Stark. Tony voou sobre nossas cabeças e mirou na direção do meu pai, que se preparou para um contra-ataque.

—PAREM! - Um grito feminino ressoou. O Sr. Stark parou, ainda sobrevoando acima de nossas cabeças. Natasha se aproximou de nós com a respiração quase ofegante. - Eu descobri uma coisa importante. - Contou.

 

***

Eu me acomodei no sofá, ao lado de Nerfi e Peter. Havíamos, finalmente, conseguido fazer com que todos ficassem em silêncio e que meu pai e o Sr. Stark parassem de discutir. Minha cabeça latejava de preocupação. O teto parecia estar desabando em minha cabeça. E, eu não sabia o que estava acontecendo. Tudo estava virando de ponta cabeça. Nat dissera que tinha algo para nos contar, mas não tinha dito nada ainda. Ela deu um longo suspiro antes de começar a falar.

— Eu descobri algo na S.H.I.E.L.D hoje. - Nat parecia preocupada. Todos a ouviam atentamente. - Nos arquivos coletados na Oscorp - Peter enrijeceu os ombros do meu lado ao ouvir o nome da empresa onde ele trabalhara. - eu descobri que o antivírus vivo, que estava sendo desenvolvido lá, foi testado na Evie. - Contou. A minha respiração falhou junto com a de Peter.

—O que? - Perguntou tenso. - Mas como isso é possível? O antivírus nunca foi testado.  - Peter passou a mão no rosto, quase em desespero.

—Bem, ele foi testado. - Natasha respondeu baixo. - Estava nos arquivos da Oscorp, então, foi alguém de lá que testou e registrou isso. - Concluiu.

—Então, é isso que eu encontrei no corpo da Evie. - O Dr. Banner disse mais para si mesmo. - Esse vírus que está consumindo o corpo dela.

—Mas como essa coisa veio parar em mim? - Meus olhos ardiam e um bolo se formava em minha garganta.

—Só o dr. Lowell tinha acesso à essa fórmula, mas você nunca nem o viu. - Peter suspirou.

—E tem como tirar isso dela? - Perguntou Rhodey.

—É impossível. - Murmurou Peter baixinho.

—O que quer dizer? - Era possível ouvir a impaciência na voz de meu pai. Peter se levantou, quase entrando em colapso. Ele parecia estar tão desesperado quanto eu.

—Não tem como tirar isso dela. - Respirou fundo. - Esse era um dos problemas da fórmula. Depois que está dentro do corpo de alguém, não tem como tirar de lá. - Ele hesitou. - Depois de matar as células doentes, o que nunca foi o caso da Evie, ele começa a matar as células saudáveis e não para até tudo que está vivo esteja finalmente morto. - Completou. Meu pai sentou-se no sofá, completamente sem expressão. Parecia em choque.

— Não tem um antídoto? - Tony cruzou os braços. Peter negou com a cabeça, desesperançoso.

— Esse era justamente o maior problema.

Um silêncio se fez.

—Acha que é esse vírus que está fazendo a Evie atacar a cidade como o encapuzado? - Nerfi perguntou baixo.

—É possível. Como a fórmula nunca tinha sido testada, não sabíamos quais seriam os efeitos colaterais. - Deu de ombros. - Isso explicaria o fato da Evie não lembrar se  nada. Bem, eu não sei.

—Quer dizer que eu vou morrer? - Perguntei baixo. Todos ficaram em silêncio.

—Nós podemos achar um jeito. - Respondeu Bruce quase gaguejando. - Vamos estudar mais sobre isso, vamos encontrar uma solução.

—Tem mais uma coisa. - Acrescentou Natasha. - Essa informação não pode sair daqui. - Bruce franziu o cenho.

—O que você fez, Nat?

— Eu apaguei essa informação do sistema da S.H.I.E.L.D antes que outro agente visse. - Confessou. - Se eles descobrirem que a Evie está com esse vírus e é isso que está causando os ataques… - Pausou. - Eles vão prendê-la ou usá-la como cobaia. - Estremeci. - Não creio que nenhuma das opções seja agradável.

—Tem noção da responsabilidade que está tomando para você, não é? - Tony a encarou, sério.

— Eu sei, Tony. Eu sei exatamente o que eu estou fazendo.

Meu pai se levantou em silêncio e passou no meio de Rhodey e Dr. Banner, seguindo em direção a porta.

—Loki, onde você vai? - Natasha perguntou impaciente. Ele se virou, um tanto perturbado.

—Vou falar com alguém. - Respondeu por fim.


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