OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 26
Capítulo XXV - Proposta tentadora


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Muito obrigada Magia por favoritar (e comentar também ♥) e Peh M Barton por comentar ♥

Notinhas lá em baixo...
Espero que gostem do capítulo. Bjs *.*



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Prisão de segurança máxima, Base da S.H.I.E.L.D - Chicago

 

Toc. Toc. Toc. Toc. O barulho irritante era a única coisa que fazia companhia para Johann na prisão. Ele mesmo produzia o som irritante batendo os dedos no chão gelado de sua cela. O dono do rosto vermelho e cavernoso permaneceu deitado no chão, olhando para o teto e reproduzindo o barulho sem parar. Do lado de fora, os agentes não podiam ouvi-lo por conta do vidro à prova de sons. Os homens também não prestavam muito a atenção no que Johann estava fazendo ali. Johann respirou fundo, olhando para cima e esboçou um sorriso ao ver algo se mover como uma sombra.

— Loki! - Ele sentou-se, esboçando um sorriso divertido. - Achei que não viesse nunca! - O deus se aproximou do homem em mais uma de suas ilusões.

— Vamos, Johann. Economize o meu tempo. - Respondeu ríspido.

— Imagino que você já saiba o que está acontecendo com sua querida filha. - Supôs. Loki conteve uma expressão maligna, para não demonstrar a raiva que estava sentindo por dentro.

— O que você sabe sobre isso, seu estúpido? - Perguntou impaciente. Johann sorriu.

— Demorou tanto para a sua filha apresentar os sintomas. É uma menina forte. Não imagina o quanto fiquei feliz quando li as notícias sobre um tal encapuzado misterioso.  - Admitiu.

—Imagino que sim.

— Por onde devo começar? - Sibilou. - Ah! Nosso querido amigo, Professor Enrico Santiago. - Loki franziu o cenho. - Ele criou uma fórmula contra o Venom, você sabe. Obviamente, essa fórmula não deu certo para combater o parasita, mas ainda assim, era uma fórmula muito boa e a H.Y.D.R.A não poderia desperdiçar tal coisa. - Continuou.

— O que quer dizer?

—A H.Y.D.R.A pegou a fórmula, Loki. - Respondeu por fim. - Mas, sozinha ela não sabia como usar, e nem tinha utilidade nenhuma. É aí que entra a Oscorp. Por algum motivo que eu não sei - Semicerrou os olhos, perdido em pensamentos. - a Oscorp concordou em fornecer armamentos químicos para H.Y.D.R.A, em troca da fórmula, com a promessa de que a mesma poderia ser a cura de tudo. - Continuou. - Mas, a H.Y.D.R.A precisava convencer a Oscorp de que a fórmula era eficaz e não mataria quem a usasse. - Pausou.

—Continue! - Exigiu impaciente.

— É aí que entra a sua querida filha. - Continuou e sorriu. - Achou mesmo que a sua traição não traria consequências para você? - Johann estalou a língua. - Quando a H.Y.D.R.A descobriu que a Evie era o seu ponto fraco… Eles uniram o útil ao agradável. Injetaram o vírus na Evie para provar para a Oscorp que a fórmula era segura e aproveitaram a oportunidade para se vingar de você. - Sorriu. - Mas é óbvio que a H.Y.D.R.A enganou a Oscorp, porque esse vírus é mortal.

Loki não se moveu, nem tirou os olhos de Johann.

—Como sabe de tudo isso?

— Acha que só você sabe das coisas, meu caro?

Loki bufou.

—Como eles injetaram isso na Evie?

Johann sorriu ainda mais.

—Pense, meu caro. Tente se  lembrar. Em seu único momento de distração.

O deus ficou em silêncio, sem esboçar expressão alguma, até que em sua mente veio a lembrança. Parecia óbvio para ele agora. Foi no hospital, pouco mais de um ano antes. A Evie ficara sozinha com uma enfermeira que ele achava extremamente suspeita. Loki franziu a testa. Como ele não havia pensado nisso antes? Em sua mente martelava - ele nunca deveria ter deixado a Evie sozinha. Era óbvio que a usariam para atingi-lo. Loki manteve sua expressão sem emoção, apesar de estar gritando de raiva por dentro.

— Foi no hospital. - Sua resposta não era uma pergunta. Johann deu de ombros.

— Claro. - Sorriu. - Você falhou como pai. - Provocou. - No pouco tempo que está com você, olha quantas vezes a Evie já esteve em perigo. Já esteve à beira da morte uma vez, e agora… Não acredito que ela escape desta vez.

— Como tirar o vírus dela? - Perguntou seco, ignorando a provocação de Johann. Loki não daria o prazer de entrar no jogo do midgardiano. Johann balançou a cabeça.

— É impossível. Só quem conhecia totalmente o vírus era o professor Santiago. Mas, ele está morto.  - Suspirou. - A função do vírus é destruir. E é isso que ele faz, destrói a pessoa e tudo que ela vê pela frente, foi para isso que foi criado. Ele não tem consciência e vai tomar contar da Evie completamente, até que a sua filha vire uma besta incontrolavelmente selvagem. - Sorriu de forma sádica. - O único jeito de matar o vírus, é matando a Evie. É claro, se o vírus não matá-la antes. - Loki ficou em silêncio por alguns instantes.

— Por que está me contando isso? - Estreitou os olhos.

— Um pouco pelo prazer de vê-lo sofrendo, é claro. - Confessou quase entre dentes. - E também, essas informações não vão sair de graça. Creio que precisará da minha ajuda. - Loki soltou uma risada amarga.

— Não preciso de você, Johann!

— Acredito que Santiago, ou melhor, o Venom, tinha um laboratório secreto. Que nem mesmo a H.Y.D.R.A tem conhecimento. - Deu de ombros. - Talvez exista alguma informação sobre o vírus lá.

— Você sabe onde é? - Johann sorriu.

— Vamos fazer um acordo. Você me ajuda a fugir da prisão e me entrega o cristal. - Loki franziu o cenho. - Sim, porque eu sei que você jamais destruiria algo tão poderoso quanto aquele cristal. Sei que está com você. E, eu te ajudo a salvar a sua querida filha.

— Você está mentindo, Johann! Pode não haver antídoto nenhum, nem mesmo laboratório secreto.

— Pode ser que não tenha. Mas, você nunca vai ter certeza se não me tirar daqui.

O deus esboçou um sorriso cruel.

— Não vou tirar você daqui. Não preciso da sua ajuda. - Loki deu as costas, mas antes de desaparecer, escutou a voz de Johann nas suas costas.

— Me procure quando o seu desespero bater mais forte, Loki. - Disse por fim. - Quando você ver que sua filha está morrendo diante dos seus olhos e você não pode fazer nada para salvá-la. - E Loki desapareceu dali, deixando Johann sozinho.

 

***

Evie estava sentada no laboratório do dr. Banner. Ela havia passado muito tempo lá nos últimos dois dias, desde que descobrira que estava infectada pelo vírus. Bruce estava numa corrida contra o tempo, em busca de uma solução para tirar o vírus da menina. Agora, com novas informações que o Loki lhe concedera, talvez ele conseguisse desenvolver alguma coisa diferente do que já tinha tentado. O deus havia contado quase tudo que tinha descoberto com Johann, escondendo algumas partes - como sua fonte secreta e a proposta de Johann.

Bruce espalhou mais exames sobre uma mesa, sob os olhares nervosos de Loki, Evie, Nerfi, que estava largado em uma cadeira, completamente inerte, e Thor - o deus havia sido informado sobre o estado de sua sobrinha, e decidiu acompanhar o caso de perto.

— Se essa coisa está na minha sobrinha há tanto tempo, por que demorou tanto para se manifestar? - Thor questionou, curioso. Bruce o encarou, franzindo o lábio.

— Provavelmente, porque a Evie não é totalmente humana. - Explicou. - Pelos meus cálculos, o vírus começou a se manifestar quando a imunidade da Evie caiu e o corpo dela ficou mais fraco. - Loki lançou um olhar discreto a seu outro filho e Nerfi encolheu os ombros, em silêncio. - Bem, a Evie tem andado muito cansada, porque não está dormindo praticamente nada durante a noite, já que o vírus está fazendo ela atacar a cidade como o encapuzado misterioso.

Evie abaixou a cabeça, cansada. Ela sentia-se culpada por ter atacado tantas pessoas. Tinha um peso na consciência que não saía por mais que todos ao seu redor dissessem que ela não tinha culpa daquilo.

— Por que ele só faz a Evie atacar durante a noite? - Nerfi falou pela primeira vez desde que tinha entrado naquele laboratório.

— Porque é quando a Evie vai dormir. É a hora em que está mais vulnerável. - Explicou. - Eu tenho pesquisado e estudado sobre esse vírus. - Acrescentou Banner, de olho em sua papelada. - Ele segue um certo padrão de ataque. O fato dele se camuflar e fazer a Evie esconder o rosto com um lenço faz parte do subconsciente dela. O vírus tem acesso ao cérebro da Evie, e segue alguns costumes dela, como um piloto automático. Por exemplo, o fato dele fazê-la sair pela janela para atacar, ele está apenas copiando um padrão. Quantas vezes a Evie saiu pela janela quando não queria ser vista? - Foi uma pergunta retórica. - Eu continuo estudando sobre isso. Mas, por enquanto, precisa tentar manter a calma. Quanto mais nervosa ficar, mais o vírus tomará conta de você. - Completou. Evie deu um suspiro fraco.

—Banner, podemos falar um instante? - Loki pediu. Bruce apenas assentiu com a cabeça e seguiu o deus para o lado de fora da sala. Loki o encarou, sério. - Quanto tempo? - Perguntou direto, referindo-se ao tempo de vida da Evie. Banner deu um longo suspiro. - Não minta!

—Pelos meus cálculos… - Hesitou, sem jeito. - Um mês. Talvez mais uma semana além, até o vírus tomar conta por completo do corpo dela. - Ele coçou a cabeça. - Depois disso, uma semana até a falência total dos órgãos. Não necessariamente nesta ordem.

— Quer dizer que…

—O corpo dela pode não suportar e parar antes do vírus ter total controle.

Loki assentiu, sem dizer nem uma palavra. Ele olhou de longe, para dentro da sala, e avistou Thor brincando com a Evie, enquanto Nerfi balançava a cabeça em negação, os observando. Tinha pouco tempo.

—Há alguma chance para ela? - Perguntou sem encarar Bruce.

—Eu, o Tony e até mesmo o Peter estamos tentando de tudo. Já testamos várias fórmulas com a amostra do vírus que colhemos, mas não podemos usar qualquer coisa ou o vírus pode ficar ainda mais resistente. - Explicou. O deus assentiu, quase em modo automático, ainda sem encará-lo.  - Nós vamos achar uma solução. Nós vamos ajudar e a Evie vai sair dessa. Por enquanto, não se preocupe.

— Quando devo, então?

Bruce suspirou.

—Quando a Evie começar a perder a consciência enquanto estiver acordada. 

Loki ficou em silêncio, apenas digerindo a informação.

—Obrigado, Banner. - Disse baixo. Bruce deu um sorriso fraco, olhando na mesma direção que o deus olhava.

 

***

—Agora esse coelhinho. - Disse Thor ao colocar mais um bichinho de pelúcia ao lado de Evie.

Deitada no sofá cama, na sala de casa, a menina estava rodeada de bichos de pelúcia de todos os tipos. Ela mal conseguia se mover, coberta dos peludos que seu tio não parava arranjar. Já era tarde da noite, mas ele não parecia estar prestes de ir embora.  Loki cruzou os braços, incrédulo e Nerfi permaneceu no outro sofá, assistindo.

— Agora esse pato. - Ele colocou o brinquedo no último espaço vazio, o rosto de Evie. Ela o tirou rapidamente, dando um espirro. - LOKI! - Thor encarou o irmão, apavorado. - Ela espirrou, está piorando.

—É claro que ela espirrou! - Respondeu impaciente. - Você enfiou um bicho de pelúcia no nariz dela!

—Ah! - Thor deu um sorriso sem graça. Evie tentou se mover embaixo de tantos brinquedos de pelúcia e acabou derrubando alguns no chão. - Não se mexa! Está bem segura e aquecida assim. - Ela franziu o cenho. - Agora durma! Nós vamos ficar bem aqui, para caso alguma coisa aconteça durante o seu sono. - Cruzou os braços. Evie encarou o pai e depois o tio.

—Não posso dormir assim. - Respondeu tentando se mover. - Não consigo dormir com vocês todos aí me olhando.  - Resmungou.

—Já sei. - Thor se virou de costas para a sobrinha. - Pronto.

— Eu ainda posso vê-lo, tio.

Thor se virou e pegou um urso do chão e colocou no rosto de Evie.

— Agora não pode. - Respondeu. Evie tirou o brinquedo rapidamente do rosto e sentou-se.

—Não precisa disso tudo.

—É claro que precisa. Estamos preocupados.

—Sabe o que me deixa mesmo preocupada? - Ela olhou ao seu redor. - A quantidade de bichos de pelúcia que tem nesta casa. - Ela encarou os dois, tentando manter o bom humor. - Qual dos dois assaltou a loja de brinquedos? - Thor e Loki se entreolharam rapidamente.

—Só queria deixar bem claro - Pigarreou Thor. - que foi tudo ideia do seu pai!

—Minha? - Questionou irritado. - Foi você que entrou naquela loja e saiu pegando toda essa tralha! - Acusou.

—É, mas a ideia de sair sem pagar foi sua! - Defendeu-se.

— Você não tem dinheiro, Thor!

—Mas eu ia pagar com ouro Asgardiano.

—E dar o ouro Asgardiano para aquela criatura subdesenvolvida? - Perguntou com desgosto. - Você deveria me agradecer por tê-lo salvo de ter sido enganado por aquele humano. - Evie soltou uma risada fraca.

— Está tudo bem, tio. Não se preocupe. - Disse baixo. - Não é como se eu fosse morrer do dia para a noite. - Ela deu um sorriso fraco. - Vai acontecer pouco a pouco. - Suspirou. Os deuses se entreolharam, preocupados e Thor engoliu seco.

—Não diga isso, Evie. - Respondeu Loki tentando se manter firme. Odiava vê-la daquele jeito.  - Não é o fim ainda. Ainda há uma chance. - Ela encolheu os ombros.

— Eu sei. - Respirou fundo. - É só que… - Disse baixinho. - Tenho que aceitar a possibilidade de que pode ser o fim. - Forçou um sorriso. Thor passou a mão no rosto, cheio de pena, e Loki não conseguiu responder.

Nerfi levantou-se bruscamente do sofá e saiu em passos firmes, batendo a porta com força. Os três se entreolharam, confusos e Loki decidiu seguir o garoto.

Nerfi bufou ao chegar do lado de fora. Ele respirava pesado, explodindo de raiva. O garoto agarrou uma faca em sua cintura e arremessou com toda a sua força em direção ao tronco de uma árvore. Antes de acertá-la, entretanto, uma mão agarrou a faca no ar firmemente.

— Não desconte sua raiva na pobre árvore, Nerfi. - Disse Loki baixo. Nerfi não o encarou e permaneceu com os olhos na árvore. Ele respirou fundo, engolindo o bolo em sua garganta e piscou rápido para dispersar as lágrimas que ameaçavam se formar em seus olhos.

—Isso é culpa minha? - Perguntou baixinho. O deus deu um longo suspiro, apenas fitando o filho. - Eu desejei tanto que a Evie morresse. - Confessou. - Agora ela está morrendo de verdade. Mas eu não quero que ela morra. - Ele finalmente encarou o pai. - Acha que é culpa minha?

—Desejar a morte de uma pessoa não a faz morrer. - Respondeu por fim. - Enfiar uma espada em seu coração sim. - Loki esboçou um meio sorriso.

—O que quer dizer?

—Somente desejar que alguém morra não tem efeito nenhum. Acredite, eu já tentei. - Disse perdido em pensamentos. Nerfi deu um sorriso fraco.

— Eu… - Parou.

— Você? - Arqueou uma sobrancelha. - Diga, Nerfi. Continue. - Encorajou. Nerfi hesitou por um instante.

— Eu sinto que sou culpado. - Respondeu baixinho, sem encarar Loki.

—Não carregue esse peso sobre você, Nerfi. - Suspirou. - Acredite, eu sei onde isso termina, e não é nada bom. - Completou.


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Notas finais do capítulo

Agora já sabemos como a Evie foi infectada. Vocês se lembram do epílogo da 1a. Temporada? O baile da escola, quando a Evie e o Peter estavam dançando e o sentido aranha o alertou? Todo mundo pensou que fosse por causa do Loki, mas na verdade era por causa da Evie. Ela era o perigo.



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