OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 18
Capítulo XVII - Prelúdio


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Muito obrigada Derek Stefan por favortitar ♥ (e também comentar) e Jace Jane por comentar ♥

Estamos no meio da história praticamente. Espero que gostem. Bjs *.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/773481/chapter/18

O sol mal apontou no horizonte e Gwen já estava de pé. A loira tomou seu banho e se vestiu antes de descer para tomar café. Ela encontrou seu pai e sua mãe, sentados à mesa, tomando o desjejum. Sua mãe parecia distraída com uma revista, enquanto seu pai estava mais sério do que o normal, lendo o jornal. Ela sorriu consigo mesma e se aproximou de sua família. Gwen sentou-se à mesa e se serviu.

— Bom dia, mãe. Bom dia, pai. - Ela disse, chamando a atenção dos dois. Helen deixou a revista de lado e sorriu para a filha.

— Bom dia, querida.

George continuou concentrado nas notícias e bebericou seu café, com uma ruga de preocupação na testa.  

— Pai, está tudo bem? - Perguntou preocupada. George percebeu a presença da filha e fechou a folha de jornal, largando-a de lado rapidamente. Ele deu um sorriso.

— Está sim. Desculpe, eu estava distraído. - Sorriu. No entanto, Gwen conhecia muito bem o seu pai e não se convenceu.

— É alguma coisa do trabalho? - Insistiu. George e Helen trocaram um olhar rápido, até que ele suspirou.

— São esses ataques misteriosos pela cidade. - Explicou. - Toda noite, a mesma criatura com poderes aparece e sai destruindo coisas por aí. - Ele engoliu mais um pouco do café quente. - Vários policiais já se feriram. E, agora, a tal S.H.I.E.L.D não quer deixar a polícia fazer o seu trabalho. - Bufou. Helen tocou o ombro do marido de forma carinhosa.

— Talvez eles tenham razão, querido.

— E o que eles fizeram até agora? Não chegaram nem perto de pegar essa coisa. - Murmurou. George encarou a filha e esboçou um sorriso. - Mas, não se preocupe, querida, nós vamos pegar quem é que esteja fazendo isso. Com autorização ou não da S.H.I.E.L.D. - Ele estava decidido.

— Pai, não é melhor deixar isso nas mãos da S.H.I.E.L.D? - Gwen estava preocupada. - Não é perigoso? - George soltou uma risadinha para acalmar sua família.

— Esses super-heróis - Disse com certo desgosto na voz. - Às vezes mais atrapalham do que ajudam. Agora, temos uma tal de mulher-aranha. Não sei se é confiável. - Confessou. Gwen engoliu em seco.

— Acho que ela não é do mal. - Gwen deu de ombros e mordeu seu pão com geleia. - Acho que pode ser bom. - Acrescentou. Desta vez, George deu de ombros.

— Eu espero que seja. - Respondeu por fim. - Se não, teremos de caçá-la também.

***

O turno de Peter no laboratório do dr. Lowell, na Oscorp, estava quase no fim. Ele se concentrou em guardar cada potinho com as substâncias químicas dentro de refrigerador, enquanto seu chefe estava distraído em sua mesa, fazendo intermináveis cálculos. Ele tinha um prazo para terminar de consertar a tal fórmula do antivírus vivo e este estava acabando. Gwen parou um instante, observando o dr. Lowell com curiosidade e por um instante, sentiu um arrepio na espinha. Peter também sentiu a mesma coisa e encarou Gwen rapidamente, desconfiado de algo que  ele nem mesmo sabia o que.

—Está tudo bem, Gwen? - Ele arqueou uma sobrancelha. Ela deu de ombros e semicerrou os olhos, o fitando, também desconfiada.

— Sim. Você parece preocupado.

Peter endireitou sua postura rapidamente e disfarçou.

—N-não estou preocupado. - Deu de ombros. Mas, nenhum dos dois se convenceu com a resposta um do outro.

—É isso! - O dr. Lowell urrou, chamando a atenção dos dois. Eles se aproximaram de Lowell, curiosos.

—O que houve, dr. Lowell? - Perguntou Gwen.

— Acho que consegui. - Respondeu com um sorriso. - O antivírus vivo. Acho que está quase pronto.

— Que ótimo, dr. Lowell. - Peter esboçou um sorriso sincero.

— Sim. Se estiver certo, milhares de vidas poderão ser salvas. - Respondeu por fim. - E isso é o mais importante. - Suspirou.

 

***

Evie acordou cedo pela manhã, caindo de sono, e passou toda a sua manhã e parte da tarde na escola. Suas aulas pareciam se arrastar mais do que o normal e ela lutou com todas as forças para se manter desperta durante todo o período. Quando saiu da escola, mal teve tempo de comer algo antes de seguir direto para a S.H.I.E.L.D, onde treinou por mais algumas incansáveis horas. A maior parte do treinamento do dia foi com luta corporal, o que a deixou com os ossos moídos de cansaço. Depois de tantos pontapés e socos, os treinos finalmente se encerraram e Evie tomou um banho em um dos banheiros de lá mesmo antes de sair. Ela tinha marcado de assistir um filme com Peter, então, pegou seu carro e seguiu direto para a casa dele. Não eram nem seis da tarde quando finalmente chegou. Evie tocou a campainha e foi atendida por Peter com um sorriso.

— Você veio! - Exclamou. Evie assentiu, com um sorriso fraco. Quase tão cansada que mal conseguia se mover. Os dois entraram em casa e Evie sentou-se no sofá, enquanto Peter ligava a TV, tentando escolher algum filme. Evie agarrou uma almofada, um tanto preocupada.

— Eu vou comprar alguma coisa para o jantar. - Anunciou May para os dois. - Eu já volto. - Os dois assentiram. Ela deu um meio sorriso e fechou a porta logo após de sair. Evie se encolheu no sofá.

— O que quer assistir? - Peter a encarou, tirando-a do transe. Ela arqueou uma sobrancelha. Precisava de algo que realmente prendesse a sua atenção e a distraísse. Mas nada que fosse assustador ou lhe deixasse com medo. Evie temia sentir aquela sensação de pânico novamente.

— Qualquer coisa que não seja terror.- Deu de ombros. Peter franziu o cenho, surpreso.

— Mas você nunca teve medo de filmes de terror.

— É! Mas, eu não quero ver você chorando no meio do filme como da última vez. - Ela usou uma desculpa tão perfeita, que até ela mesma se surpreendeu com a própria mentira. Peter cruzou os braços, lembrando-se da última vez que assistira um filme de terror e quase vomitou de tanto medo.

— Nah, eu não chorei. - Se defendeu rapidamente. Ela soltou uma risada.

— Uhum...Sei. - Respondeu cética. - Que tal alguma comédia? - Sugeriu.

— Que tal Star Wars?

— Tudo bem. - Concordou. Peter sorriu e colocou o filme na TV, antes de jogar do sofá. O filme começou e Evie se concentrou em prestar a atenção na história e, uma vez ou outra, jogando uma almofada da cabeça de Peter só para implicar.

Depois de alguns minutos de filme, ela já estava sentindo-se relaxada, deitada com a cabeça no braço do sofá e as pernas encolhidas, e ao ponto de apagar completamente de sono. Peter também estava cansado, deitado do outro lado do sofá, e lutava para manter seus olhos abertos. Não demorou muito tempo e ele também se rendeu ao sono. Já estava escurecendo e nenhum dos dois parecia estar perto de acordar. A TV permanecia ligada sozinha quando May entrou em casa com sacolas de supermercado.

— Eu acho que vou preparar uma massa… - Disse ela animada sem perceber que ambos estavam completamente apagados. May parou de falar quando viu que os dois estavam dormindo. Ela conteve uma risada e pegou o controle para desligar a TV. May não pôde conter mais uma risada e apenas seguiu para cozinha sem dizer mais nada.

Peter se mexeu no sofá, puxando uma almofada para si, de forma involuntária. Evie, no entanto, não se moveu. Ela estava como uma pedra. Seu sono não estava tranquilo, entretanto. Seus sonhos a perturbavam.

Evie estava nas ruas de Nova York e algumas pessoas gritavam palavras inaudíveis para ela. Todos estavam com muita raiva e ela com muito medo. Sua visão estava um tanto embaçada e ela deu alguns passos para trás, assustada. Ao olhar para trás, Evie viu o corpo de pessoas feridas no chão. Carros de polícia fechavam o local formando um círculo e sirenes tocavam de forma ensurdecedora. Evie abraçou seus braços, nervosa. Uma explosão próxima fez todos se abaixarem e cacos de vidros caíram em cima de todos como chuva. Ela se encolheu no chão, protegendo sua cabeça. Mas, nada a atingiu. Evie abriu os olhos e percebeu que estava dentro de uma caixa de vidro, presa, onde podia assistir tudo o que estava acontecendo. Do lado de fora, haviam feridos e mortos. E dentre os rostos desconhecidos caídos no chão, ela reconheceu um único - era o rosto de Peter Parker.

Evie levantou-se num pulo, e quase gritou quando despertou. Sua respiração estava ofegante e seu coração disparado. Peter também acordou assustado. O sentido aranha o fez despertar, por uma sensação de perigo. Ele encarou Evie, também respirando pesado.

— O que você viu? - Ele perguntou baixo, ofegante. Evie agarrou uma almofada, apertando-a contra o seu corpo. Sua respiração estava descontrolada e o pânico tomando conta de seu corpo. Ela vira Peter morto. E, Peter sabia que Evie vira algo ruim. Ele sentia.— O que você viu, Evie? - Insistiu, preocupado. Ela abriu a boca para falar, mas sua voz não saía. Estava em choque. - Evie, tem a ver comigo? - Ela não respondeu, mas, Peter encarou seu silêncio como um sim. - Eu sabia! Estou sentindo essa sensação de perigo há um tempão. - Confessou angustiado.

Evie o encarou, sentindo que aquilo se aproximava. Ela levantou-se do sofá rapidamente, largando a almofada de lado. Ela não queria que ele a visse numa crise. Não queria que ninguém descobrisse.

— Eu. Preciso. Ir. - Arfou.

— Evie, você precisa se acalmar. - Pediu calmamente. - Você não está bem. - Ele respirou fundo. - O que você viu? - Insistiu uma última vez. Ela o olhou no fundo dos olhos. Não tinha coragem de contar para ele que o vira morto. Suas mãos começavam a ficar trêmulas e ela sentiu que precisava ir embora.

— Por favor, não vem atrás de mim. - Pediu, seguindo em direção à porta.

— Evie, espera.

Não venha! - Evie saiu correndo para fora da casa sem nem olhar para trás.

Peter não atendeu ao seu pedido, no entanto, e saiu atrás de Evie em passos rápidos. Não foi difícil para ele alcançá-la. Peter passou a frente de Evie, fazendo-a parar de correr. Ele segurou seus ombros com cuidado, enquanto ela não conseguia o encarar.

—Evie…

— Eu o vi morto! - Disse de uma vez só. Um nó se formava em sua garganta ao ponto dela sentir falta de ar. Peter deu um passo para trás, alarmado. A informação o acertara como um golpe.  - E eu estava lá. E foi real porque não foi um sonho comum. - Seus olhos se encheram de lágrimas. - Foi uma visão, Peter. E, se for como das outras vezes que eu tive visões…

— Eu não vou morrer. - Ele interrompeu baixo. - Não se preocupe com isso. Está tudo bem. - Peter a puxou para um abraço apertado, que Evie retribuiu na mesma intensidade, afundando o rosto em seu ombro. Apesar do que disse, Peter sabia que havia algo errado. Ele sentia a morte o rondando e ele sabia que não era por causa da implicância de Loki. Havia algo pior. Muito pior.

***

A noite estava nublada e não possível ver a lua no céu, muito menos as estrelas. Já passava da meia-noite quando Peter, em seu traje de homem-aranha, como de costume saiu para a vigia que estava fazendo nos últimos dias. Ele sentia algo diferente, entretanto. Depois do que Evie lhe dissera, Peter estava mais cuidadoso e atento para todos os lados. Evie vira a sua morte. Ele queria que ela estivesse errada, mas, não podia arriscar ser tão imprudente. Evie lhe confidenciara o segredo das visões alguns meses antes e ele achou aquilo tudo incrível. Principalmente, pelo fato da maioria das premonições terem se cumprido. Peter suspirou e lançou as teias para o alto de uma ponte, equilibrando-se nas bordas. Estava decidido a capturar a criatura misteriosa e daquela noite não passaria.

Ele olhou no relógio, conferindo a hora de forma ansiosa. Seus olhos estavam atentos a qualquer movimento suspeito e pela celular, Peter tinha acesso a todas as câmeras de segurança da cidade. Ele deu um longo suspiro, preocupado.

—Preocupado, menino aranha? - Uma voz feminina o fez virar a cabeça. Com um traje rosa e bem ajustado ao corpo, ela se equilibrou ao lado de Peter de forma habilidosa.

— Você? - Perguntou surpreso.

—Pode me chame de Mulher-Aranha, menino aranha. - Disse bem-humorada.

—É Homem-Aranha. - Corrigiu ainda tranquilo. Ela soltou uma risadinha. - Do que está rindo?

—Nada. - Deu de ombros. - Só tenho a impressão de que você ainda é um pirralho. - Confessou. Se Peter não estivesse com a máscara, ela veria como suas bochechas ficaram vermelhas.

— Não sei porque acha isso. - Pigarreou tentando mudar o tom de voz. - Por que acho que conheço você? - Mudou de assunto rapidamente.

—Talvez conheça. - Deu de ombros. - Também acho que o conheço. - Admitiu.

—Talvez seja coisa de aranha.

—É! Talvez seja coisa de aranha.

—O que faz aqui? - Peter a encarou.

—O mesmo que você. Quero pegar essa coisa que está atacando a cidade.

—Ah! Não acho que vá ser tão fácil, sabe. Tenho bastante experiência no caso e sei que é…

—Uhum… Tá bom. - Ela se levantou, preparada para saltar. - Vejo você lá embaixo, sr. Super Experiente. - Ela lançou a teia em direção ao prédio em frente e saltou de uma vez só.

—Droga! - Murmurou. Peter pulou na mesma direção que ela seguiu, avistando algo diferente no chão. Ela pulou para o chão e ele parou ao lado da garota, a uma certa distância. Os olhos dos dois pararam no que estava a sua frente. A uma distância considerável, eles avistaram a curiosa criatura, e, ao redor de seu corpo, havia um campo de energia. - Aquilo é um campo de força?

— Vamos descobrir isso agora! - Ela não esperou mais nada para praticamente voar na direção da coisa. Antes que chegasse perto o bastante, a criatura a acertou com uma onda de energia, fazendo-a voar longe. Ela levantou-se rapidamente, enquanto Peter passava à sua frente, lançando as teias ao redor do ser desconhecido. Eles não conseguiam ver o rosto da criatura, mas sabiam que a mesma tinha forma humana.

Preso nas teias, o ser se movia como um animal encurralado para se soltar. Peter estava se aproximando quando sentiu uma dor tomando conta da sua cabeça de forma tão forte que ele caiu no chão. A mulher-aranha correu na direção do ser, mas foi atingida novamente, antes de chegar perto o suficiente para prendê-lo. Peter se arrastou pelo chão, sentindo seu cérebro ser pisoteado de dor, e foi atingido por mais uma onda de energia, sendo arremessado contra a vidraça de uma mercearia. Ele caiu no chão, completamente inconsciente, enquanto a criatura desaparecia sem deixar pistas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.