OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 19
Capítulo XVIII - Operação Oscorp


Notas iniciais do capítulo

Bom diaa. Muito obrigada Jace Jane por comentar ♥ ♥

Espero que gostem. Bjs *.*



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O sol mal nascera e Norman Osborn já estava acordado. Ele praticamente não pregara os olhos durante a noite inteira. Não que ele estivesse realmente acostumado a dormir bem. A doença o fazia sentir dores nos ossos e cada vez ele sentia-se mais incapaz de fazer as coisas sozinho, o que o deixava extremamente irritado, já que em sua juventude, Norman fora arrogante o suficiente para não querer a ajuda ou companhia de qualquer pessoa. Menos, é claro, de sua falecida esposa, a qual ele amara, apesar de todas as diferenças.

Norman ajeitou-se na cama e esperou que seu filho aparecesse. Ele ordenara a um de seus empregados para chamá-lo com urgência. Harry bateu na porta com cuidado e esperou que seu pai autorizasse sua entrada. O garoto adentrou no quarto extremamente mal iluminado por causa de tantas cortinas e encarou o pai.

— Mandou me chamar, pai?

— Sim. - Respondeu em meio a tossidas. - Quero que traga o dr. Lowell até a mim. - Pediu diretamente. Normalmente, era só para pedir algo que Norman aceitava a visita do filho. O tratamento era sempre frio e distante. Osborn nunca demonstrava qualquer sinal de carinho pelo filho.

— Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupado.

— Tenho ouvido coisas, Harry. E não gosto nem um pouco.

— Quer que eu ligue para ele? - Sugeriu. Normam balançou a cabeça em negação.

— Não. - Respondeu áspero. - Você tem que trazê-lo até a mim, mas ninguém pode ver ou desconfiar disso, entendeu? - Harry assentiu.

— Você fez algo de errado? - Perguntou cautelosamente.

— Não seja idiota! - Respondeu seco. - Você duvida da integridade de seu pai? - Harry negou. - Não fiz nada de errado. - Tossiu.

— O que vai fazer com o dr. Lowell?

— Vamos apenas conversar. - Suspirou. - Somente isso. - Deu de ombros.

 

Evie

 

Eram quatro horas da manhã quando eu simplesmente acordei e não consegui dormir mais. As horas passaram e eu simplesmente fiquei sentada em minha cama, esperando o dia amanhecer para eu me levantar. A visão que eu tivera com Peter tinha me tirado o pouco de paz que ainda me restava para alguns momentos. Eu estava preocupada. Peter não podia morrer. Tudo parecia estar prestes a desmoronar a qualquer momento, inclusive eu mesma. Parecia uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer hora e eu não fazia ideia de como desarmá-la. Quando o relógio despertou, eu apenas o desliguei e fui direto para o banho. Tomei um banho gelado para me despertar, por mais que eu já estivesse bem acordada, e lavei meus cabelos como de costume. Me vesti e fui direto para frente ao espelho para secar as madeixas molhadas. Quando vi meu reflexo, no entanto, um grito escapou de minha garganta.

— Mas que merda é essa? - Eu praticamente gritei. Meu cabelo estava verde. Verde. Olhei o meu vidro de shampoo e cerrei os punhos. Nerfi. Aquela peste tinha colocado alguma coisa no meu shampoo. Isso era demais para mim. Para a minha sanidade e para a minha paciência. Senti meu sangue ferver e eu desci até a sala batendo os pés no chão. - Nerfi, eu vou te matar, seu desgraçado, idiota, seu filho da mãe! - Eu gritei quando o encontrei, comendo tranquilamente à mesa da cozinha. Ele apenas levantou o olhar, cínico, e deu um sorrisinho.

— Bom dia para você também, irmãzinha. - Ele respondeu com um sorriso debochado nos lábios.

— O que significa isso? - Apontei para o desastre que estava o meu cabelo.

— Que você está virando o Hulk? - Arqueou uma sobrancelha, rindo. - Ou está fantasiada de samambaia?

— Eu vou te matar, peste! - Grunhi, agarrando uma espátula que estava no escorredor e saí correndo na sua direção. Nerfi levantou-se rapidamente e correu em volta da mesa, fugindo de mim. - Não adianta fugir! - Rosnei, pulando em cima da mesa. Nerfi agarrou uma panela para se defender.

— Mas que inferno está acontecendo aqui? - Loki apareceu, quase gritando, e me tirou de cima da mesa de uma vez só. Balancei minhas pernas para me soltar, mas foi em vão. Eu já estava no chão, e Loki se pôs entre mim e meu irmão, parando a briga e tomando a espátula da minha mão. - Já disse que não quero ver vocês dois brigando! Quantas vezes eu vou ter que repetir a mesma coisa? - Perguntou irritado.

— Olha o que o Nerfi fez! - Loki reparou pela primeira vez no meu cabelo verde. Ele abriu a boca surpreso e depois de dois segundos, soltou uma gargalhada alta. Nerfi o acompanhou nas risadas. - Pai! - Cruzei os braços, indignada.

— Desculpa - Loki tentou parar de rir, mas não conseguia. - Isso tá engraçado. - Ele colocou as mãos na barriga, controlando as lágrimas de tanto rir. - Por Odin, isso foi tão criativo. - Ele encarou Nerfi, que sorriu, satisfeito. - Queria ter tido essa ideia para fazer com o Thor.

— PAI!

— Tá bom, tá bom. - Ele tentou engolir as risadas. - Eu vou tentar não rir. Pode voltar para onde estava e vir para a sala de novo? - Pediu. - Vou ficar sério desta vez, prometo. - Revirei os olhos, irritada, e caminhei até o corredor, voltando para a cozinha de novo.

— Pai, o Nerfi jogou algo no meu shampoo para o meu cabelo ficar verde. - Falei com a voz monótona. Loki me encarou, mas soltou uma gargalhada novamente.

— Desculpa, eu não consigo. - Disse entre as risadas. Bufei. - Nerfi! - Ele encarou o meu irmão. - Pare de rir! - Exigiu.

— Mas, é você que tá rindo. - Se defendeu. Loki fez uma carranca, mas não durou por muito tempo já que ele voltou a rir de novo.

— Meu cabelo está verde. - Choraminguei. - Não posso sair assim.

— Está tudo bem. - Meu pai tentou me acalmar. - Nerfi vai fazer voltar ao normal.

— Não vou não!

— Nerfi! - Loki o repreendeu entredentes. Meu irmão revirou os olhos.

— É só lavar o cabelo de novo. A tinta vai sair. - Deu de ombros. Dei um suspiro fraco e dei as costas para os dois, indo em direção ao meu quarto. - Um pouco de luz e você vai poder fazer fotossíntese! - Provocou.

Parei antes que estivesse fora da cozinha. Eu me virei, furiosa. Nerfi deu um sorriso debochado e eu agarrei uma faca que estava largada em cima da bancada. Lancei a faca com a toda a minha força na sua direção e ele abaixou na mesma hora. A faca voou no ar e acertou em cheio no relógio pendurado na parede, ficando agarrada bem no centro. Meu irmão levantou, rindo porque eu havia errado o meu alvo principal. Loki me encarou, pasmo. Ele tirou o relógio da parede, analisando-o. A faca havia atravessado o objeto. Encolhi os ombros, esperando uma bronca.

— Ótima jogada! - Meu pai elogiou, animado. - Essa é a minha garotinha! - Exclamou. Dei um sorrisinho, enquanto meu irmão nos encarava, chocado.

 

***

Depois de muito trabalho, eu finalmente consegui remover a tinta verde melequenta do meu cabelo e fui direto para a aula. Meu dia na escola passou rápido, para a minha sorte. Passei a maior parte do tempo com a mente vagando muito longe dali, tentando juntar as minhas últimas visões numa só. No entanto, nenhuma delas parecia ter qualquer conexão uma com a outra. Talvez isso não aconteça. Tentei pensar. Eu sabia que o futuro dependia das ações das pessoas e que ele sempre estava mudando. Isso significava que aquilo poderia não acontecer com o Peter. E era nessa esperança que eu precisava me segurar. Eu precisava manter o pensamento positivo até o fim. Mas, minha tranquilidade quase se foi  por completo quando vi Peter com um corte enorme na testa. Ele apenas me respondeu rapidamente que estava bem e que aquilo não tinha sido nada. Como se isso realmente fosse fazer eu me sentir melhor.

Quando minhas aulas finalmente se encerraram, eu segui direto para a S.H.I.E.L.D, onde encontrei Mary mais animada do que o normal. Ela praticamente me arrastou para a sala do agente Nolan, onde o próprio, e mais alguns agentes, estavam concentrados. Algo estava acontecendo.

— Já estamos todos aqui. - Ele concluiu. - Nós vamos a uma força tarefa. - Anunciou. Mary quase deu um gritinho do meu lado. - Foi confirmado que a Oscorp está envolvida com a H.Y.D.R.A. E, algumas evidências nos dizem que um funcionário, dr. Lowell é um dos criminosos. Ele está desenvolvendo uma fórmula proibida que pode contaminar pessoas.

— E o que vamos fazer? - Um dos agentes perguntou.

— Nós vamos fechar a Oscorp e apreender tudo que possa ser uma prova. - Respondeu sério. Alguns agentes urraram, animados, enquanto outros ficaram em silêncio. - Agora, quero todos prontos. Em dez minutos, nós partiremos. - Anunciou e deixou a sala.

Eu e Mary nos entreolhamos e saímos direto para a sala de armas, onde pegamos três tipos de armas diferentes cada uma. Era nossa primeira força tarefa e eu só não estava mais animada por causa de Peter. Isso poderia trazer problemas. Depois de prontas, tivemos que ouvir uma série de instruções e recomendações antes de sairmos. O caminho até a Oscorp foi curto e pegamos a empresa ainda em seu pleno funcionamento. Todos os agentes pararam na porta da empresa. Éramos um total de trinta, contando com o agente Nolan.

— Estejam prontos para tudo. - Foi a última instrução do agente Nolan antes de finalmente adentrarmos na empresa.  Os seguranças do lugar nos receberam com armas apontadas, mas logo que perceberam quem éramos, desistiram. A recepcionista do lugar correu até nós com os braços levantados em forma de rendição.

— O que está acontecendo? - Perguntou apavorada, enquanto os agentes se espalhavam pelo local.

— É uma operação da S.H.I.E.L.D. - Anunciou. - Onde está o dr. Lowell? E Norman Osborn? - Perguntou.

— E-e-eu não sei, senhor. Sou só uma recepcionista.

— Muito bem. - O agente Nolan encarou a mim e a Mary. - Vocês duas, cubram os andares de cima. - Ordenou. - Vocês - Apontou para três agentes perto de nós. - Cubram o lado esquerdo. - Vocês cinco, venham comigo. Eu quero esse lugar cercado!

Eu e Mary saímos em passos apressados para o andar superior. Eu reconheci logo de cara. Era a ala em que Peter trabalhava. Engoli em seco, contendo minha tensão. Ao chegarmos no corredor repleto de funcionários, todos nos encararam, assustados.

— Atenção, todos! - Mary chamou a atenção, assim como fora instruída antes de partirmos. - A Oscorp, a partir de agora, está interditada por agentes do governo. Vocês têm quinze minutos para pegarem seus pertences e abandonarem o prédio. Se tentarem levar qualquer coisa que pertença a empresa, ou esconder qualquer evidência, serão detidos! - Os funcionários rapidamente se moveram aos comandos de Mary.

— Vamos! Temos que levar a tal substância. - Sussurrei. Mary assentiu. Viramos o corredor ao lado, e demos de cara com Peter e a garota loira que eu conhecera quando fui na Oscorp pela primeira vez. Seu nome era Gwen, eu não tinha esquecido. Eles tinham rugas de preocupação na testa. Ela me encarou por um longo período, parecendo me reconhecer também.

— O que está acontecendo? - Perguntou Peter tenso.

— É uma operação da S.H.I.E.L.D. - Mary respondeu cautelosamente. - Vocês têm quinze minutos para desocupar o prédio.

— O que? Mas, por que?

— Norman Osborn e o dr. Lowell estão envolvidos com a H.Y.D.R.A e outras organizações terroristas. - Respondi por fim. - Vamos levar todos os experimentos químicos. Parece que o dr. Lowell está desenvolvendo uma fórmula proibida.

— O que? Não. - Peter respondeu rápido. - O dr. Lowell jamais faria isso. Ele é um homem bom.

— Então, onde ele está agora? - Questionei. Peter balançou os ombros, perdido.

— Nós não sabemos. - Gwen respondeu baixo. - Ele não apareceu hoje. Mas, temos certeza que ele é uma boa pessoa e jamais faria qualquer coisa de ruim. Essa fórmula pode salvar centenas de pessoas.

— Sim. - Concordou Peter. - Esse antivírus vivo pode ser a cura para centenas de doenças. - Dei um suspiro fraco. Era essa uma das situações que eu mais temia enfrentar.

— Sinto muito informar - Disse Mary em um tom malicioso. - mas esse dr. Lowell enganou vocês. Ele provavelmente fugiu. E, se fugiu, é porque tem algo a esconder. - Peter me encarou, com um olhar suplicante.

— Evie, você precisa confiar em mim.

— Espera, vocês se conhecem? - Perguntou Gwen confusa, mas Peter ignorou a pergunta. Mary bufou.

— Peter, o dr. Lowell está envolvido. - Respondi com cautela. - Eu sinto muito. Mas não há nada que possamos fazer. Estamos cumprindo ordens. - Acrescentei. - Precisamos da fórmula agora.

— Evie, você precisa falar com o dr. Lowell. - Insistiu. - Se você falar com ele, vai ver que ele é inocente porque ninguém consegue mentir para você. Eu tenho certeza que ele é inocente. - Soltei um suspiro fraco.

— O dr. Lowell fugiu. - Repeti. - Você está sempre tentando ver o lado bom das pessoas, eu sei. Mas, às vezes, esse lado bom simplesmente não existe, Peter.

— Certo. - Mary tomou a palavra, impaciente. - Agora, se vocês nos dão licença, temos orderns a serem cumpridas. - Ela tentou seguir em frente, mas Peter se colocou no caminho, impedindo-a.

— Não posso deixar vocês passarem. - Respondeu. A expressão de Mary se fechou imediatamente, dando lugar a uma imagem sombria.

— Se não me deixar passar, vou ter que atirar em você. Acredite, minhas mãos estão coçando para isso. - Disse baixo. No entanto, Peter não cedeu.

— Gente, não há outra forma de resolver isso? - Perguntou Gwen, nervosa, tentando acalmar os ânimos.

— Eu sinto muito. - Respondi. - Mas temos que fazer isso. Seguimos ordens. - Gwen deu um sorriso fraco com resposta. Dei um passo à frente, empurrando Peter de leve para o lado. Ele não se moveu e cruzou os braços, irredutível.

— Estou fazendo isso pelo bem da ciência. - Respondeu baixo, me encarando. Assenti com a cabeça.

— É melhor você sair da frente, Peter. - Falei séria, em um tom quase fúnebre, por mais que me partisse o coração. - Você não quer entrar numa briga comigo. - Ele estreitou os olhos, mas não se moveu.

— Isso não será um problema para mim. - Deu de ombros, mas sua voz vacilou totalmente. Soltei uma risada sem vontade.

— Você está blefando. - Respondi baixo.

— Ah, você vai ver que eu não estou, Evie.

— O que está acontecendo aqui? - Uma voz familiar ressoou atrás de nós. Ela vinha de Harry Osborn. Ele nos olhava, perdido.

— Chegou quem faltava. - Mary murmurou. - Harry Osborn - Ela sorriu, venenosa. - Onde está seu querido papai? Sabe que ele está sendo acusado, não é?

— Meu pai jamais faria algo de ruim. - Respondeu sincero. Verdade ou não, Harry parecia realmente acreditar na inocência do pai. - Ele está em casa, agora. Está à disposição para esclarecer tudo. Foi aquele dr. Lowell. Foi ele quem armou tudo. - Peter soltou uma risada sem humor, incrédulo.

— Você não pode acreditar nele, Evie. - Suplicou. Olhei para Harry e depois para Peter.

— Não acredito na inocência de nenhum deles. - Respondi áspera. - Para mim, todos são culpados, até que se prove o contrário. - Aproveitei a deixa e passei por Peter, seguindo pelo resto do corredor.

Senti vários passos atrás de mim, mas não me importei. Abri a porta em frente, e adentrei no local que aparentemente era um laboratório. Mary me seguiu e começou a guardar em algumas caixas seguras todas as substâncias químicas que estavam no refrigerador. Os três, ficaram do lado de fora, apenas nos observando. Poucos minutos depois, quatro agentes apareceram, e carregaram as caixas para fora. Mary deixou o laboratório primeiro e eu fui logo em seguida, sentindo o olhar decepcionado de Peter sobre mim.

Deixamos o prédio ao mesmo tempo que os outros agentes. Outros ficaram para garantir que ninguém entrasse na Oscorp. O agente Nolan deu a ordem para que as substâncias químicas fossem armazenadas nos carros blindados, e os agentes obedeceram. Estávamos prestes a partir, diante dos olhos de dezenas de funcionários curiosos, quando uma criatura de roupa vermelha pulou do céu, em cima de um dos carros, com as pernas agachadas. Cruzei os braços.

— Eu não acredito que você está fazendo isso, Peter. - Murmurei baixinho.

O homem-aranha,  lançou as teias em três agentes ao mesmo tempo, os amarrando uns nos outros. Senti meu coração falhar de pavor, quando outros agentes dispararam ao mesmo tempo na direção de Peter. Eu só conseguia pensar numa coisa - a minha visão. Entretanto, Peter pulou no ar, bem mais rápido que as balas, e desviou de todas. Suspirei aliviada. Ele acertou outros dois agentes com um soco, e os mesmos caíram no chão.

— Olha só, Evie. - Mary se aproximou de mim, irritada. - É melhor você dar um jeito no seu namorado e no seu caso! Caso contrário, eu vou esfolar os dois. - Bufou. Ela saiu batendo os pés e entrou em um dos carros que deu partida antes que eu tivesse tempo de responder um “a”.

Peter arrancou a porta de um dos carros e acertou dois agentes com a mesma, antes de pular por cima de outro carro. Saí correndo na direção que ele estava indo. Peter precisava parar com aquilo. Avistei o agente Nolan engatilhando uma arma e apontando na direção dele. Nolan disparou e nenhum som foi emitido. Estava com silenciador. Sem nem pensar duas vezes, acertei Peter com magia, fazendo-o cair com tudo no chão, e, passando longe da bala que o agente Nolan disparara. Corri até o agente Nolan, esbaforida.

— Eu posso resolver isso. - Disse por fim. Ele me encarou, com uma sobrancelha arqueada.

— Tudo bem. Confio em você. - Ele deu as costas para mim e entrou em um dos carros, dando partida. Ele estava tentando levar as substâncias o mais rápido possível para a base da S.H.I.E.L.D. Me aproximei de Peter, que já estava de pé. Ele me encarou e agradeci mentalmente por seu rosto estar coberto por aquela máscara. Não aguentaria ver sua expressão desapontada.

— Jogando baixo como sempre, não é? - Ele soltou uma risada amarga.

— Estava tentando salvar a sua vida. - Respondi baixo para que ninguém nos ouvisse. - Que aliás, você está arriscando por nada. A S.H.I.E.L.D não é a vilã da história! - Disse quase entre dentes.

— Você pode estar errada!

Você pode estar errado!

— Será que é tão difícil acreditar na inocência de alguém?

— Será que é tão difícil assim acreditar em mim? - Minha voz quase falhou. Ele não respondeu, mas, seu silêncio foi o suficiente para mim. - Se não acredita na minha palavra, por que você não investiga por conta própria? Já que eu sou uma mentirosa.

— Eu não disse isso.

— Mas, foi o que pensou.

— Não jogue isso para cima de você! - Respondeu irritado. - Não é sobre isso. - Cruzei os braços. Ele bufou, não sabendo o que dizer. - Talvez o sr. Stark tenha razão, afinal. - Bufou. Foi como levar um choque e eu quase caí para trás. Ele não tinha dito isso, tinha? Peter soltou um grunhido baixo, parecendo arrependido. Mas, se se arrependeu ou não, ele não retirou o que disse.

— Talvez o meu pai tenha razão, afinal. - Rebati no mesmo tom. Ele ficou em silêncio, respirando pesado.

— Ó-otimo!

— Ótimo!

— Então, estamos oficialmente em guerra? - Perguntou por fim. Um bolo se formou em minha garganta, quase me impedindo de responder. Mas, a minha raiva no momento era bem maior.

— Pode acreditar que sim, homem-aranha! - Respondi firme.


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