OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 10
Capítulo IX - A briga


Notas iniciais do capítulo

Bom diaa! ♥
Mais um capítulo. Esse ficou um pouquinho maior. Espero que gostem. Bjs *.*



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Peter chegou na Oscorp no horário certo. Estava quase roendo as unhas de preocupação com a Evie, mas seguiu em frente para o seu primeiro dia no estágio. Ele pegou seu crachá, e seguiu pelos corredores da empresa, que era grande demais, ao ponto de mesmo um funcionário experiente se perder ali dentro. No meio do caminho, Peter encontrou Gwen. Ela segurava um ficha nas mãos, e franziu o cenho quando viu Parker.

— Você é Peter Parker, certo? Funcionário novo? - Perguntou calma. Peter assentiu, um pouco perdido. - Eu sou Gwen, não sei se lembra de mim.

— Ah, eu me lembro. - Respondeu Peter tentando não transparecer o quanto estava distraído e nervoso.

— Bem - Ela encarou a folha de papel em sua mão. - Na minha ficha está falando que você vai ficar na mesma ala que eu, com o Dr. David Lowell. - Sorriu. - Ele está esperando! - Peter deu um sorriso fraco e os dois seguiram para a ala do Dr. Lowell. Se fosse em outra situação, Parker estaria tagarelando, mas a sua preocupação não o deixava relaxar. Peter pegou o celular, conferindo para ver se não havia nenhuma mensagem. - Está tudo bem? - Gwen o encarou.

— S-sim! - Mentiu. - Não é nada! - Ele forçou um sorriso e Gwen não insistiu. Parker sentiu o celular vibrando e o olhou discretamente. Era uma mensagem de Evie. “Estou bem, Pete. Te explico depois. Boa sorte no estágio.” O garoto deu um longo suspiro, aliviado. Não demorou muito e Peter e Gwen chegaram no laboratório de Lowell. O cientista vestia um avental branco e estava distraído com um experimento quando os dois adentraram no local.

— Dr. Lowell. - Gwen pigarreou, chamando a atenção do cientista. Ele se virou, encarando os dois.

— Ah, você deve ser Peter Parker. - David se aproximou, com um sorriso nos lábios. - O sr. Osborn falou de você! É um funcionário novo!

— Sim! - Peter sorriu. - É um prazer conhecê-lo, dr. Lowell! - Cumprimentou.

— Ah, o prazer é todo meu! - Respondeu amigável. - Bem, mas chega de enrolação! Sr. Parker, pode pegar um avental e vamos começar a trabalhar. Você também, senhorita Stacy. - Sorriu.

— Claro, Dr. Lowell. - Responderam praticamente em coro.

Evie

 

Eu fiquei calada quase o caminho inteiro, tirando algumas vezes que abri a boa para resmungar sobre o meu braço machucado. Estava ardendo e queimando, e o meu curativo improvisado não estava adiantando de nada. “Seu braço não estaria doendo se não tivesse me desobedecido!” , respondera meu pai quando murmurei mais um pouco. Alguns segundos depois, ele fez o machucado desaparecer como se não fosse nada e meu braço parou de latejar. Quando chegamos em casa, encontramos meu tio, para variar, sentado no sofá, enquanto Nerfi estava do outro lado da sala, à uma distância segura de Thor. Meu tio sorriu quando me viu.

— Ora, se não é a minha sobrinha fujona! - Disse em um tom brincalhão. Meu pai balançou a cabeça negativamente e eu me sentei no sofá vazio, exausta demais até para brincar. Era como se eu não dormisse há dias. - Onde estava, afinal?

— Las Vegas! - Dei um sorriso sem graça.

— Por Odin! - Thor riu. - Você ainda mata seu pai do coração! - Loki fez uma carranca, ofendido. - Loki, o que vai ter para o jantar? - Perguntou.

— Qualquer coisa que não seja eu! - Murmurou Nerfi ressentido. Thor deu um sorriso sem graça.

— Já sei! Podemos pedir aquela comida redonda chamada pizza! - Sugeriu.

—E como pretende pagar? - Nerfi arqueou uma sobrancelha.

—Podemos sequestrar o entregador! - Meu pai esboçou um sorriso maléfico e Thor o olhou feio. Dei um suspiro.

—Nosso pai vai pagar! - Respondi decidida, contendo um sorrisinho. - Com o dinheiro que tomou de mim! - Loki semicerrou os olhos, quase protestando.

— Eu posso pedir então? - Perguntou Nerfi com o celular na mão.

—Se não há outro jeito! - Meu pai bufou.

Decidi tomar um banho antes do jantar. Me levantei do sofá com preguiça e me arrastei até o meu quarto. Tomei um banho quente para relaxar os músculos doloridos. Quando desci, a pizza ainda não havia chegado e meu tio estava bebendo refrigerante de canudinho como se nunca tivesse visto um antes na vida. Loki estava entediado e Nerfi usava o celular. Me joguei na poltrona. Não demorou muito, e alguém tocou a campainha.

—Deixa que eu atendo! - Disse Loki mal-humorado e foi até a porta, abrindo-a. Peter ficou parado como uma estátua quando deu de cara com meu pai. Ele não esperava que fosse Loki a abrir a porta e até meu irmão largou o celular para observar o clima tenso e constrangedor que se formava. Meu pai encarou Peter por um longo tempo, enquanto segurava a porta entreaberta.

—Pete. - Sorri.

—A-acho que ta-talvez eu tenha vindo numa má hora. - Peter estava quase entrando em colapso. Loki não tirava os olhos dele, como se fosse voar em seu pescoço a qualquer momento. Era hora de intervir. Antes que uma tragédia acontecesse. Me levantei da poltrona e fui até a porta, mas Loki colocou o braço na frente para que eu  não me aproximasse tanto de Peter.

— Não é um mau momento, Pete. - Respondi enquanto lançava um olhar de repreensão ao meu pai. - Entre! - Os olhos de Peter passaram de mim para Loki, nervoso.

—É, Peter - Disse Loki entre dentes. - Entre! - Forçou um sorriso e abriu passagem para que Peter entrasse. Nerfi soltou uma risada baixa enquanto assistia a situação.

O silêncio tomou conta do lugar quando Peter sentou-se na beirada do sofá vazio, em alerta para fugir se fosse necessário. Nerfi também se aproximou quando Loki sentou-se em outro lugar vazio. Meu pai nem mesmo disfarçava o olhar pesado sobre Peter e o único barulho no ambiente era do refrigerante que meu tio sugava pelo canudinho, enquanto observava Peter e Loki com um olhar de pura diversão.  Os segundos pareciam se arrastar quando eu notei algo estranho em Loki. Eu e Thor nos entreolhamos. Eu sabia o que ele estava tentando fazer.

—PAI! - Eu gritei, indignada. - Não acredito que está tentando entrar na mente do Peter! - Peter franziu a testa e Loki me encarou, fingindo-se de desentendido.

— Eu não diz nada!

—Fez sim que eu vi! - Acusou Thor. Loki fez uma carranca como resposta. Levantei do sofá num impulso e puxei Peter pela mão, antes que qualquer um protestasse.

—Vamos conversar lá fora! - Peter não teve nem tempo de reclamar, e apenas me seguiu para o lado de fora,  trôpego. Respirei fundo, sentindo a brisa da noite no meu rosto. - Podemos conversar melhor aqui. - O encarei. Ele deu um longo suspiro.

—Seu pai não gosta mesmo de mim. - Comentou.

—É! - Dei um sorriso fraco. - Mas pelo menos ele não tentou te matar! - Tentei ser positiva e ele fez uma careta.

—Ainda. - Brincou, mas em seguida seu tom ficou um pouco mais sério. - Fico aliviado de saber que está bem. Fiquei preocupado quando seu irmão disse que você tinha fugido!

— Eu precisava fazer aquilo. Não podia contar para ninguém. - Expliquei. - Mas, conseguimos pegar a única testemunha do assassinato do professor Santiago e de bônus, fomos promovidas. - Sorri, animada. Ele deu um sorriso e me deu um abraço apertado. Mas não era um abraço de comemoração, e sim um abraço ansioso. Como se estivesse com medo. Apenas retribuí, confusa, abraçando sua cintura, enquanto ele acariciava as minhas costas, com o queixo sobre a minha cabeça. - Por que está me abraçando assim? - Perguntei curiosa. Ele permaneceu em silêncio. - Pete?

—Só quero ter certeza de que está viva mesmo. - Respondeu baixo, ainda me segurando no abraço. - Eu nunca duvido da sua capacidade, Evie. Mas, eu não consigo evitar de ficar preocupado. - Ele hesitou. - Desculpa. - O encarei. - Já vi você morrendo uma vez e foi um dos piores momentos da minha vida. - Toquei seu rosto carinhosamente. Não sabia que aquele momento tinha o afetado tanto.

— Não vou morrer, Pete. - Dei um sorriso fraco. - Não precisa se preocupar.  Nem pedir desculpa por isso. - Ele suspirou e assentiu. Sorri e me inclinei para beijá-lo. Nossos narizes estavam prestes a se tocar quando ele segurou meus ombros e me afastou um pouco, cautelosamente. Franzi o cenho, confusa.

—Foi mal. - Pediu sem graça. - Seu pai está observando… - Sussurrou, forçando um sorriso. Olhei de relance para as janelas e podia jurar que vi as cortinas se mexerem. - Tenho amor a minha vida e não quero abusar da minha sorte. - Completou brincalhão. Ele tinha razão, afinal.

— Tudo bem. - Cruzei os braços. Peter soltou uma risadinha.

***

Eu dormi durante a noite inteira, como uma pedra. Apesar disso, ainda me sentia cansada demais. Meu corpo estava dolorido, mas eu tinha certeza que isso iria passar. Viajar horas seguidas sem dormir não era algo que dava bons resultados, principalmente lutar contra mafiosos logo em seguida. Eu me arrastei para a escola e a minha primeira aula foi de física, seguida de literatura e matemática. Eu mal conseguia prestar a atenção. Na hora do almoço, eu segui direto para o refeitório, onde encontrei Ned, Mary e Peter. Peguei minha bandeja e me sentei à mesa, de frente para eles. Ned tagarelava algo sobre um novo filme.

— Oi, Evie. - Ned e Peter falaram praticamente em coro.

— E aí, princesa de gelo? - Mary perguntou. Tomei um pouco do chá gelado.

— E as novidades? - Perguntei.

— Mary já nos contou tudo que vocês fizeram em Las Vegas. - Respondeu Ned animado. - Da próxima vez que forem a Vegas, me chamem, por favor! - Pediu. Peter franziu o cenho.

— Não vai poder fazer nada em Vegas, Ned. Você só tem dezessete anos! - Respondeu Peter quase rindo.

— Cara, não estraga! - Ned resmungou. Mary revirou os olhos, com a cabeça apoiada na mão.

— É! Mas, eu peguei um castigo de tempo indeterminado. - Mary suspirou.

— E eu perdi todo o dinheiro que ganhei. - Contei. Eles riram. Mary estreitou os olhos, séria, olhando para algo acima do meu ombro.

— E lá vai o seu irmão encrenqueiro, Evie. - Sibilou.

Olhei para trás, não me preocupando em ser discreta. Nerfi entrou na fila, e pegou seu almoço, sozinho. Não esboçou nenhum sorriso, ou expressão quando seguiu em direção a uma mesa vazia e sentou-se, em silêncio. Reparei bem no lugar que ele havia escolhido e mordi o lábio inferior, ansiosa. Aquele lugar era reservado para o time de futebol. E, ele não era do time. Senti problemas se aproximando quando vi os jogadores entrando no refeitório. Os olhos do capitão pararam diretamente em Nerfi, e ele fechou a cara. O grupo se aproximou e parou próximo a mesa onde meu irmão estava. Nerfi nem mesmo se moveu ou expressou qualquer reação, e simplesmente, continuou a comer tranquilamente como se não visse nada.

— Esse lugar é para o time. - Disse o capitão, áspero. Nerfi levantou os olhos, o fitando.

— Não vi seu nome aqui! - Nerfi respondeu no mesmo tom. O moreno bufou e olhou para seus companheiros de time e riu, sem humor.

— Saia! - Ordenou. Meu irmão gargalhou, mas não se moveu. Os outros alunos passaram a ficar em silêncio, observando a briga que ameaçava a começar.

— Eu não vou sair! - Nerfi sustentou o olhar como forma de provocação. O capitão fechou a cara e empurrou a bandeja de meu irmão no chão, de forma agressiva. Eu quase parei de respirar, temendo a reação dele. Os jogadores do time pareciam não se importar com o fato de Nerfi ser ameaçadoramente perigoso, ou bem mais forte que todos eles. Eles não tinham noção do perigo.  Nerfi não pareceu ficar com raiva, no entanto, e apenas sorriu. - É o máximo que pode fazer, humano? - Vi a fúria se acender nos olhos do garoto e ele empurrou a mesa de Nerfi para o lado, derrubando-a no chão. Meu irmão se levantou lentamente, ficando da altura do capitão.

— Sabe que eu poderia matá-lo, não é? - Perguntou baixo e calmo.

— Duvido muito, aberração! - Debochou. Nerfi cerrou o punho, pronto para acertá-lo. Senti algo se revirar dentro de mim e, num ato de impulso, eu me levantei.

— Deixa ele em paz! - Os dois me encararam, sem saber de quem exatamente eu estava falando. Senti o silêncio invadir o refeitório. Nem um mísero barulho de alguém mastigando era possível de se ouvir. Pronto. Eu já estava envolvida na confusão. De novo. Esse devia ser o meu talento especial. Eu devia ter ficado calada, mas a minha boca devia ser maior que minha cabeça. - Deixa o Nerfi em paz! - Fui mais específica. O capitão sorriu.

— Cara, precisa da sua irmãzinha para te defender? - Debochou, encarando meu irmão. Nerfi fechou a cara. Eu me aproximei um pouco, cautelosamente.

— Deixa ele em paz, Jhonny! - Eu disse diretamente ao capitão. Os outros jogadores permaneceram em silêncio, até que um deles cochichou algo no ouvido de Jhonny, que bufou.

—Beleza! - Deu de ombros. - Mas isso não vai ficar assim, Lokison! - Ele apontou um dedo para o meu irmão e deu as costas, sendo seguido por seus colegas. As conversas voltaram a preencher o ambiente e todos pareciam mais aliviados. Nerfi me encarou.

— Você tinha mesmo que se meter, não é? - Perguntou irritado.

—Só estava tentando ajudar! - Rebati seca. Ele sorriu com escárnio.

— Não pedi sua ajuda! Posso me defender sozinho! - Ele disse entre dentes.

—Devia ter deixado você apanhar, idiota! - Eu falei alto demais e todos perceberam que estávamos discutindo.

—Idiota é você! - Rebateu no mesmo. - É mimada e acha que pode controlar o mundo! - Continuou. Cerrei os punhos, irritada. Peter se levantou da cadeira, encarando Nerfi.

—Hey, não pode falar assim com ela! - Peter disse extremamente sério, enquanto Ned permaneceu imóvel, com uma expressão de tensão. Mary estalou os dedos, entretida demais na confusão. Meu irmão arqueou uma sobrancelha.

— Por que? Você vai fazer o que, Peter? - Desafiou. Peter olhou ao redor, observando todos os alunos daquele refeitório. Se ele entrasse numa briga com meu irmão, a identidade secreta do homem aranha poderia ficar em risco e eu não podia deixar isso acontecer. Não por causa do Nerfi. Até porque, o meu sangue estava fervendo demais para que eu deixasse que alguém lutasse no meu lugar.

— Ele eu não sei. - Respondi por fim. - Mas, se falar assim comigo de novo, vou arrastar seu belo rosto no chão daqui até em casa. - Sorri. Nerfi riu, incrédulo.

—Você só ameaça, Evie. - Debochou. - Mas nunca faz. Não merece ser chamada de Lokison. - Ele deu de ombros e deu as costas, indo em direção à saída, em passos pesados. Se ele queria uma prova do que podia fazer, ele teria. Peguei uma bandeja cheia na mesa próxima sem nem mesmo olhar a quem pertencia e arremessei com toda as minhas forças na direção de Nerfi.

—Hey, javali! - Chamei. A bandeja foi de encontro às suas costas e o impacto da batida fez um barulho alto. Nerfi parou, respirando pesado. Sorri comigo mesma.

— Agora deu merda! - Ouvi Ned exclamar. Peter me encarou, preocupado e eu fiz um sinal com a mão para que ele recusasse. Ele apenas assentiu. Aquela era uma briga minha.

Nerfi se virou, cerrando os punhos. Seus olhos brilhavam de raiva, e algo me dizia que era mais por causa do apelido do que pela bandeja de comida que eu jogara nele. Ele estendeu uma mão na direção de uma mesa, e com magia, fez ela flutuar e voar com tudo na minha direção. Eu mal tive tempo de projetar um campo de força ao meu redor e a mesa o acertou, fazendo voar talheres e bandejas para todos os lados antes de se partir ao meio. Ouvi alguns gritinhos esganiçados dos alunos por causa disso. Tirei o cabelo do rosto, me recuperando do impacto. Com as mãos trêmulas por causa da adrenalina, eu lancei toda a energia pelo meu corpo e acertei meu irmão no peito, fazendo-o ser lançado contra uma outra mesa, que se partiu. Nerfi se levantou rápido e veio na minha direção.

—Quem não merece ser chamado de Lokison agora? - Provoquei. Nerfi engoliu seco e fez magia azul dançar em suas mãos, ao mesmo tempo que eu fazia a minha em minhas mãos. Ele lançou a sua magia contra mim, ao mesmo tempo que eu joguei a minha contra ele. Os dois poderes se chocaram como uma explosão e nós dois fomos arremessados para trás. Resmunguei quando bati com minhas costas no chão.

—O que está acontecendo aqui? - Perguntou uma voz feminina, irritada. Me sentei, fazendo uma careta de dor e Nerfi fez o mesmo. Olhei para o lado e vi a diretora, de braços cruzados, esperando uma resposta. Olhei ao redor e vi o estrago que tínhamos feito no refeitório. Resmunguei. - Os dois! - Ela apontou para Nerfi e eu. - Para a minha sala, agora! - Exigiu.

 

***

— É inaceitável que dois irmãos briguem assim! - Disse a diretora, senhorita Lencase, extremamente séria. - Que exemplo estão dando? - Ela juntou as sobrancelhas. Loki e Thor permaneceram calados nas cadeiras de frente para ela. Meu pai acabara de acertar um grampeador de metal na cabeça do meu tio. Na frente dela. Thor cruzou os braços e assentiu. Eu e Nerfi, que estávamos sentados perto da porta, nos entreolhamos rapidamente. - Bem, agora eu consigo entender o comportamento agressivo de seus filhos, sr. Laufeyson! - Ela encarou meu pai. Loki levantou-se num pulo, ofendido.

— A midgardiana está insinuando que eu sou um pai violento? - Perguntou indignado. Thor o puxou pelo braço com brutalidade, fazendo-o se sentar de novo.

— Sente-se e cale a boca, Loki! - Disse meu tio. Loki cruzou os braços, mal-humorado. A diretora deu um longo suspiro, ponderando como lidar com a situação.  

— O que eu quero dizer - Ela continuou. - É que os filhos têm a tendência a copiar o comportamento dos pais! E, se eles vêem você, sr. Laufeyson, agredindo seu próprio irmão, como acham que vão reagir? - Indagou. Loki deu uma risadinha.

— Ora, isso nem foi uma briga de verdade. - Respondeu tranquilo. - Algum dos dois deu uma facada no outro, tentaram arrancar a cabeça, ou um pedaço do corpo? - A diretora negou com a cabeça, pasma. - Eles só estavam brincando - Sorriu e nos encarou. - Não, é? - Perguntou entre dentes. Meu irmão e eu assentimos rapidamente. Mas nós três bem sabíamos que isso não era verdade.

— Sim! - Forcei um sorriso.

— Claro! - Nerfi concordou no mesmo tom. - Eu e minha irmãzinha peste nos adoramos! - Loki voltou a encarar a senhorita Lencase.

— Viu? - Meu pai esboçou um sorriso. - É só forma de demonstrar carinho e afeto! - A diretora estava pasma demais para dizer qualquer coisa.

—Eles destruíram parte do refeitório! - A diretora acusou. Engoli os ombros. Loki ficou em silêncio, segurando o riso.

— Não se preocupe, dona diretora! - Thor tomou a palavra. - Meu irmão vai resolver a situação! - Loki revirou os olhos.

— Assim espero, ou serei obrigada a acionar o conselho tutelar! - Respondeu séria. - E, eu vou mandar a conta do prejuízo!

Os dois se levantaram e meu tio cumprimentou a diretora com um aperto de mão, enquanto meu pai apenas deu as costas e seguiu em direção a porta, entediado. Nós nos levantamos e o seguimos também. Nos quatro permanecemos em silêncio até deixarmos o prédio da escola, quando Loki falou antes de todos.

— O que eu disse sobre vocês dois brigarem? - Perguntou carrancudo enquanto continuávamos o nosso caminho.

— Disse que não queria nos ver brigando. - Repetiu Nerfi quase rindo.

—É! - Concordei. - Não disse que não podíamos brigar! Só disse que  não queria ver.  - Meu pai nos encarou, incrédulo. Thor franziu o cenho, pensativo.

—Faz sentido, irmão!

Loki bufou.

—Vocês são bem engraçadinhos. - Loki respondeu irônico. Nós dois rimos. - Vamos ver se vão continuar engraçadinhos assim quando chegarmos em casa e colocar vocês de castigo!

—Ah, não! - Resmungamos ao mesmo tempo. Thor riu.

—Se ferraram! - Cantarolou.

—A culpa é dela! - Nerfi me acusou. - Foi ela quem começou!

—Mentiroso! - Rebati. - Foi você que começou!

—Calem a boca! - Loki exigiu. Continuamos a andar em silêncio. Avistei uma figura ruiva vindo na nossa direção, apressada. Era Natasha. Ela parecia tensa e uma ruga de preocupação se formava em sua testa. Ela parou na nossa frente.

—Natasha! - Meu tio sorriu. - O que faz por aqui?

—Que bom que encontrei vocês aqui! - Ela me encarou. - Franklin Denver, a única testemunha do assassinato do professor Santiago, está morto! - Anunciou.


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