Não Tão Estranha Assim escrita por Débora SSilva


Capítulo 16
Capítulo 15 — DNA PERFEITO


Notas iniciais do capítulo

OIII, não desistam de mim.
Capítulo dedicado a todos os leitores e leitoras, esse especialmente a Carina, que veio me procurar e aqueceu meu coração com sua mensagem!! Obrigada à todos que me procuraram!!!!!!



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Capítulo 15
DNA PERFEITO
BlairIII Montello



O sinal do almoço toca finalmente, e eu me arrasto para fora da sala de pré-calculo, uma das poucas aulas que faço sem a companhia de nenhum dos meus amigos. Mas Brenda é claro que faz essa aula junto comigo, e pelo seu sobrenome começar com L, sentamos bem próximas uma da outra pelos lugares marcados, e senti seu olhar me asfixiando por uma hora e pouca, a morte!

Me arrasto em direção a meu armário e já descarrego os livros que não irei precisar e pego os das próximas aulas. Assim que tranco o armário, braços longos me envolvem e eu sorrio com as cócegas em minha cintura.

— Não começa, Carter! — resmungo, empurrando meu amigo, enquanto ele ri de mim.

— Como está sendo sua volta às aulas? — ele perguntou, largando o braço por cima de meus ombros.

Ao contrário de mim, Carter está sem mochila, ele carrega apenas os livros com um fino caderno e uma caneta no bolso. Recupero o fôlego pelas cócegas terem me afetado e feito rir como uma hiena no meio do corredor, e seguimos em direção ao refeitório.

— Só umas olhadas mais exageradas de certas pessoas e tudo mais — dou de ombros, balançando Carter, que ia me desviando das pessoas, me trocando de lado toda vez que alguém passava muito rápido, como se eu fosse uma criança andando do lado da pista na rua.

— E o Max, imagino, deve estar sendo algo diferente em certas aulas — sussurra em minha direção.

O olho de lado, tentando identificar algo que estivesse escondendo. Aquela curvinha de seu sorriso era o suficiente para eu saber que guardava algo.

— Fala! — exijo me virando para ele e beliscando sua barriga. Sempre é difícil fazer isso com Carter, ele tem tanquinho, preciso admitir, mas acho que depois que comecei a beliscá-lo a pele se desenvolveu para fora o deixando vulnerável no canto esquerdo, onde estou.

— Eu odeio quando você faz isso — ele reclama, tentando bater em minha mão, o que não adianta.

— O que você sabe, Carter?!

— Tá bem, eu digo! — ele bufa e eu o solto, então ele corre.

— Seu traiçoeiro — grito batendo o pé e correndo atrás dele, com minha mochila balançando em minhas costas.

Alguns me olham com cara feia, e Carter já desapareceu, enquanto meu pulmão morre graças a meu grande sedentarismo. Suspiro e me apoio nos joelhos assim que alcanço o refeitório, respirando o máximo que posso e com uma dor latejando na coluna.

— Tá tudo bem, Gatinha? — escuto a voz rouca de Stella, ainda estou com minha cabeça curvada, mas a vejo abaixada com os braços envolvendo os joelhos bem ao meu lado, me observando.

— Na medida do possível — digo e me recomponho, apontando para a fila do almoço, que é onde o esfomeado deve estar. — Aquele mau caráter tá me escondendo algo!

Stella se levanta e olha na direção em que aponto, vendo Carter acenando com um frango frito na boca e pegando mais alguns em sua bandeja.

— Deve estar escondendo que Max ameaçou aquela tal de Brenda, caso ela mexa com você novamente e saiu meio pensativo do tipo "o que tô fazendo pela garota que mal conheço" — diz num fôlego só e depois suspira dando de ombros.

— Espera, o quê? — pergunto, a segurando pelos ombros.

— Nada demais, Blair — ela diz, com indiferença. — Quem não se encanta com você no momento em que te conhece de verdade? Ele nem serei gente, tipo o Carter.

— Pois é, eu concordo e estou shippando realmente! — é Amélia quem fala dessa vez, nos alcançando e se apoiando em meus ombros.

— Vocês todos já sabem disso? — questiono, emburrada.

— Eu compartilhei no grupo de mensagens, mas eu sabia que você não leria durante as aulas. — responde Stella, pegando o celular em seu bolso na calça e me mostrando.

— Nerd! — Amélia exclama, caminhando em direção a fila do almoço.

— Droga — Exclamo pegando meu celular na mochila.

— Tão nerd que o celular fica na mochila, nem no bolso deixa — Amélia comenta e Stella concorda enquanto me concentro em ler as mensagens rapidamente.

 

Stella, dama de preto: Acabei de ver Max ameaçando aquela Brenda caso ela ataque a Blair de novo, gostei, devo admitir.

Amélia Florzinha: SINTO CHEIRO DE SHIPPE!!!!

Carter BFF : Eu tô sentindo é cheiro de vergonha alheia, certeza que a Blair vai ficar vermelha quando souber disso! QUERO FOTOS!

David, O fofo: Alguém sabe o que é o almoço?

Amélia Florzinha: FOCO, DAVID! A BLAIR TÁ SENDO PAQUERADA NA NOSSA CARA!

David O fofo: Max vai ter que passar por muita coisa pra merecer a Blair.

Stella, dama de preto: Ui!

Carter BFF: tão super protetor!!!! TÃO ADORÁVEL!!!

 

— Meu Deus — bato em minha própria testa, enquanto Amélia segura uma bandeja em minha frente. — Vocês são umas pestes!

— Tipo isso — Stella concorda, enquanto coloco meu celular no bolso da calça e pego a bandeja de almoço que Amélia segura para mim.

Vamos caminhando na fila, até que pagamos a comida e nos direcionamos a mesa do fundo, próximo a saída do refeitório para os outros prédios. É aí que normalmente sentamos todos juntos, David já está lá com sua bandeja cheia.

— Eu realmente quero entender direito essa história sobre o Max — digo assim que me sento com meus amigos.

— Eu curti ele tentar te proteger, já tava mais que na hora de alguém chegar na Brenda, garota chata — Amélia diz, revirando os olhos enquanto dá uma garfada em sua salada.

— Temos que impor limites — Carter concorda com sua namorada.

— Mas por quê ele se meteu, gente?! — pergunto, confusa. Apoio meus cotovelos na mesa, e olho ao redor.

Por coincidência, Max entra no refeitório, e o sigo com o olhar enquanto ele ajeita a mochila no ombro e segue seu caminho para a fila da comida.

— Ele tá tentando provar pra você que é um cara de confiança — David se pronuncia pela primeira vez. Dou de ombros e continuo a olhar Max, que conversa com um cara ao lado e enche sua bandeja, quase o dobro dos meninos que estão em minha mesa.

— Não, não é isso — Stella fala, e eu me viro para ela. Não só eu como todos na mesa, é quase um fato histórico quando Stella e David não concordam em algo. — Ele não fez pra impressioná-la, é mais como um instinto protetor, é mais como…

Stella não prossegue, fica quieta e desvia a atenção para David que continua a comer.

— É mais como o quê? — é Carter que quase grita, mexendo as mãos em direção a Stella.

— Posso sentar aqui? — é a voz de Max perguntando, exceto nosso casalzinho de preto, os três pares restantes de olhos o encaram.

— Pode, DNA perfeito — Stella responde, enquanto pigarreio e Max se senta ao meu lado.

— Quem, Stella? — questiono, tanto curiosa como também tentando dispersar o assunto sobre o cara ao meu lado.

— Minha avó chama todo cara bonito, simpático e que troca o pneu dela de graça de DNA perfeito — Stella me responde, dando de ombros e arrancando um palito de cenoura de sua bandeja —, diz que é como se o homem tivesse nascido com o DNA certo, mas que precisa da mulher certa também para repassar sua boa genética.

Ela morde sua cenoura, e me encara. Eu entendi o recado, mesmo sendo aluada. Pisco e desvio o olhar para minha bandeja. Stella quer dizer então que Max está procurando mais do que amizade em mim, então. Que ele não tá tentando me provar nada, mas que essa proteção que ele tá demonstrando é totalmente natural...Ok, eu posso lidar com isso.

— Uma teoria bem legal — Max diz com uma risada escapando durante a sua fala, e me encara, e eu, boba, encaro de volta.

Minhas bochechas esquenta e ele sorri pra mim. E eu gosto disso, meu coração que bate acelerado também. É tão bobo e estúpidos, mas eu gosto.

Volto minha atenção para a bandeja, e continuamos nosso almoço. Eu tento comer logo e termino tomando meu suco de caixinha, prestando atenção na conversa que Amélia está tendo com David sobre a aula de música que eles fazem juntos. 

— Eu não consigo aprender aqueles acordes, David, é difícil demais — Amélia exclama, angustiada. — Tirando que acaba com minha unhas te acompanhar no violão.

— Eu disse que era pra você ficar com o triângulo — David fala e sorri de lado, me deixando com vontade de gargalhar.

— Você disse isso porque duvidava que eu conseguisse tocar o violão! — a loira raivosa o olha bufando.

— Você é uma criança se fez isso so pra provar o contrário, Amélia — digo com um sorriso.

— Esse é o ponto, Blair — David me explica e eu gargalho dessa vez.

— Preciso ir até a secretária entregar algumas coisas — Max se levanta com sua bandeja, e me encara parecendo esperar uma resposta minha, mas ele não tinha feito nenhuma, então prossigo tomando meu suco. Ele sorri e pergunta — Você pode ir comigo?

Engulo em seco. Não consigo responder de imediato, até parece que ele tá me pedindo em casamento. A resposta é meio difícil de sair, porque com Max parece que eu acompanha-lo é muito mais intenso do que realmente é. Amélia cutuca meu cotovelo, para que eu responda logo.

— Acho que sim — digo me levantando e batendo na mesa, como uma destrambelhada.

Pego minha bandeja e olho ao redor da mesa, Amélia está fingindo olhar as unhas, Carter está escrevendo freneticamente algo em seu celular e Stella e David estão seguindo o próprio ritmo, porque eles simplesmente não sabem nem fingir prestar atenção em algo.

— Nos vemos na aula de biologia — digo pra Amélia e ela assente, sem nem olhar pra mim.

Max me segue até onde deixamos as bandejas para serem lavadas, e saímos do refeitório pela saída que dava para os outros prédios, pois a secretária ficava no prédio A, enquanto o refeitório permanecia conectado com o prédio B.

— Acho que preciso começar a contabilizar isso — Max diz, enquanto arruma a mochila no ombro e me encara de canto.

— Isso o quê? — pergunto, confusa ao entrarmos no prédio que precisávamos.

— Esses momentos — ele dá de ombros e se vira para mim —, me fazem bem, Blair.

É tudo que diz antes que alcancemos a secretária e ele entre. Fico aguardando do lado de fora, olhando para meus próprios pés, pensando no que esse garoto tá me fazendo enfrentar, porque meu coração não para de acelerar.

 

*****

 

Tive mais duas aulas com Max durante o restante do dia, mas não foi nenhum problema, na maior parte do tempo fiquei fazendo anotações. Depois da última aula de Saúde, que era com Max, o sinal do final do dia finalmente bateu.

— É, a fome me chama — digo enquanto pego meus livros da mesa.

— Nem me fale — Max reclama, parecendo realmente cabisbaixo.

— Você tá com fome de verdade, né?! — eu pergunto ao sairmos da sala. 

— Sim, isso é minha Kryptonita! Eu preciso comer,  e rápido — Max diz com os ombros caídos e eu rio.

Assim que chego ao meu armário ele para ao meu lado, então deixo os livros que não precisarei e pego os que irei usar para fazer algum exercício, no armário acho um saquinho de barrinhas de cereais.

— Ei, eu achei isso aqui, você quer? — as barrinhas são arrancadas da minha mão, e Max já está prestes a abrir um delas. — Calma, vê a data de validade, já faz meses que…

Mas ele já está comendo uma e faz uma careta.

— Isso é de uva? — ele pergunta e eu dou de ombros.

— Vai saber qual o gosto de algo fora da validade — resmungo, e fecho o armário.

— A validade é só um detalhe imposto para te impedir de comer — ele resmunga, ainda fazendo careta enquanto termina a barrinha e já inicia outra.

— Tipo, não, Max — discordo com uma careta. — Vai saber do que você ja se alimentou na vida.

— Tá vendo, é desse tipo de conversa que eu gosto com você — ele dá de ombros e mais uma mordida na barrinha, ou seja, outra careta.

— Sobre data de validade?

— É, espera, não! — ele nega mastigando e fechando um dos olhos, o que pareceu um movimento involuntário, me fazendo rir. — Eu tenho esse tipo de conversa com todo mundo, mas com você é diferente, qualquer conversa com você é diferente e, cara, isso está tão ruim!

— Você deveria mesmo jogar isso fora! — comento rindo de sua cara franzida com o gosto da barrinha, fingindo mal dar atenção ao que ele falou.

— É comida, Blair, não se joga comida fora! — ele contraria terminando a barrinha r iniciando outra o que gera mais uma rodada de caretas.

— Vamos pra casa? — escuto o grito de Amélia vindo pelo corredor junto de Carter, Stella está vindo do corredor a nossa frente com David.

— Claro — balanço a cabeça concordando e começamos a caminhar para a saída.

— Hey, gente — Dan chega correndo ao nosso lado. — Vou fazer o teste que está rolando para o time de basquete da escola, vou ficar mais um ano inteiro aqui, melhor fazer valer a pena!

— Você tá com dinheiro pra voltar de ônibus? — Max pergunta, e Dan concorda.

— Eu posso levá-lo — uma voz fina fala atrás de mim e eu dou um pulo.

— Meu Deus, o que foi isso? — digo, assustada com a mão no coração.

— Sempre soube que ela era meio maligna — Stella diz, passando por nós.

— Ela surgiu do nada — Amélia diz, e vejo que ela também levou um susto, ela está atrás de Carter com a mão no coração também.

— Desculpa, é que eu tô me escondendo, enfim, eu levo o Dan pra casa, tô de carro! — ela diz e depois acena se afastando.

— O que será que o Jake tem contra ela? — Carter pergunta enquanto a vemos se afastar e se reunir com um grupo de garotas.

É óbvio que sabemos que Jake tem algo contra sua irmã, afinal, ela é um amorzinho e vive sorrindo e acenando para todos, a própria rainha do baile. Mas ela sempre está correndo escondida de Jake e quando é pega fica ao lado dele, como se ele fosse o único certo no mundo.

— Também gostaria de saber — Dan comenta e depois também acena para nós se afastando —, até amanhã!

— Até, e boa sorte no teste — digo e ele sorri.

— Lá vai mais um apaixonadinho — Amélia diz e eu sorrio.

— Ridícula — a cutuco e ela manda um beijinho no ar para mim.

— Isso é barra de cereal do armário da Blair? — David pergunta a Max, assim, do nada, como se meu armário fosse marca de comida.

— É — Max concorda e entrega a última barrinha para David, que para para ler o que diz a embalagem.

— Sabor abóbora — ele lê e eu bato na mão do Max, onde tem ainda metade de uma barrinha. 

— Chega, isso tá nojento — eu reclamo e ele me olha decepcionado. — É sabor abóbora, você disse que tava com gosto de uva, cara, uva!

— A validade foi até um mês atrás — David continua informando.

— Viu, uma pessoa sensata e…

— Ele tá comendo — Stella informa, me interrompendo, enquanto David já está mastigando a barrinha.

— Vocês são nojentos!

 

*****

 

— Vai direto para o trabalho daqui? — pergunto a Carter quando desço do carro. Todos já foram deixados em casa, e sou a última da lista.

— Sim, meu turno começa daqui a pouco — ele informa, olhando o relógio no carro que informa já passar de 15:50.

— Quer entrar e comer algo?

— Não, valeu, Blair — ele sorri e acena em despedida quando arranca com o carro.

Corro para minha varanda e destranco a porta rapidamente. Sun Hee vem ao meu encontro com latidos e a língua de fora.

— Olá, meu amorzinho — digo jogando a mochila na sala e me abaixando para acariciar Sun Hee, depois de me cumprimentar ela corre para a cozinha.

Logo descubro o motivo, meu pai parece estar trabalhando em casa hoje, em seu laptop na cozinha, e Sun Hee o acompanha deitada em baixo da mesa, com a cabeça apoiada em seus pés.

 — Oi, pai — me aproximo dele, dando um beijo em sua bochecha. Ele tem um leve delay em me responder, ainda escreve algo no computador quando já estou lavando as mãos e enchendo um copo de água.

— Como você está, meu bem? — ele finalmente desgruda os olhos da tela e sorri para mim, ajeitando seus óculos de grau. — Tudo bem na escola?

— Na medida do possível — termino de beber a água e vou até ele para abraçá-lo. — Minha mãe está em casa?

— Sim, na lavanderia — Ele diz, dando uns tapinhas em meu braço.

O solto e vou até a lavanderia, que é no porão de casa, desço a escada que fica no corredor e chego até minha mãe que está resmungando algo enquanto dobra um montante de roupas.

— Mãe?! — a chamo e ela me olha de esguelha, meu mal humorada. — O que foi?

— Eu fui assaltada! — ela diz e bufa, já eu dou um pulo de susto.

— Meu Deus, mãe — me aproximo dela, a abraçando — A senhora está bem? Falou pro meu pai, e chamou a polícia?

— Eu estou bem, mas meu alface não! — ela resmunga, me dá um abraço e depois se volta para as roupas que mexia.

— Mas o quê? —pergunto, confusa pra caramba.

— Eu tinha o alface perfeito na mira, Blair, era perfeito! E do nada ele virou fumaça — Ela mexeu as mãos e arregalou os olhos —, foi o tempo em que virei para pegar um saco e poder guardá-lo e a ladra do alface atacou com tudo.

— Era essa a história triste do roubo? — pergunto revirando os olhos.

— E verídica — ela diz com uma mexidinha no nariz, como se fosse chorar.

— Certo — suspiro tentando superar o susto que ela me deu. Vou para mais próximo dela e começo a ajudar a dobrar as roupas.

— Como foi na escola? — ela pergunta e eu suspiro. Ok, hora de abrir a boca.

Assim eu conto tudo, parecendo que tirei um peso das costas. Desde pequena eu sempre compartilhei tudo com meus pais, hoje em dia, quando eu deixava de contar algo, era como se eu estivesse escondendo. Não por me sentir culpada, mas porque eu queria contar, era bom dividir com as pessoas que estavam ao meu lado sempre, reconfortante. Então narro tudo que aconteceu durante a viagem deles, e hoje no colégio, ela sorri para mim e faz beicinho.

— Minha menininha tá crescendo — ela tenta fazer piada, mas a encaro, virando minha cabeça para baixo. Eu dos meus 1,70 de altura e ela com seus quase 1,60m e sorrio para ela— Muito engraçadinha você, Blair.

— A senhora quem começou — dou de ombros, rindo.

— Esse Max parece ser legal — ela diz como se me desse sua aprovação, eu a observo e ela dá de ombros. — Eu e seu pai já te ensinamos tudo, você é completamente competente para arranjar um homem que te trate bem, que te respeite e que te ame.

— Ninguém me pediu em namoro, muito menos em casamento — comento rindo e ela dá de ombros com um sorriso no rosto. 

— Quando as pessoas decidem ser tão intensas em suas palavras, normalmente é por esse caminho que a coisa anda.

Minha mãe e eu terminamos de dobrar as roupas e fico repassando cada conversa que eu e Max tivemos desde então.


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Notas finais do capítulo

Tem mais capítulo hoje ♥ Espero amanhã consegui postar mais!!



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