With all the love escrita por SouumPanda


Capítulo 9
Holidays, baths and a garbage spy.




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Tinha se passado dois dias que eu vi alguém no meu quarto e desde disso não tenho nenhuma paz de espirito, o plantão do domingo estava acabando comigo, por conta das noites mal dormidas, em si não fui solicitada a prestar socorro, mas o fato de não ter nada para fazer era pior.  Já tinha criado mil e uma teoria do caos, Aidam olhou tudo, não havia ninguém no apartamento, Matteo desde então passou a dormir comigo. Minha maior preocupação, Florence disse não ter visto ninguém, quando descemos revistar o apartamento, ela estava chegando, e todas duvidas me atormentavam. 12hrs de plantão, o relógio andava para trás, literalmente. Não tinha se passado nenhum segundo aparentemente. O ruim dos plantões na neurocirurgia era essa parte nada a se fazer, graças a Deus logicamente.

Quando o plantão acabou, fui para casa de taxi, meu carro ainda não havia chegado, entrei o mais rápido que pude no edifício, já solicitei a mudança de todas as trancas e alarmes do duplex. Eu estava paranoica que sempre alguém estava me perseguindo, me sentia tão indefesa, que isso apesar dos pesares me fez se aproximar mais de Aidam, não o deixei ir embora desde o ocorrido e ele claro que não reclamou de nada. Abri a porta e o vi brincando no tapete com Matteo e Florence sentada no sofá mexendo no celular.

— Olá pessoal. – Cumprimentei eles cordialmente e me abaixei para abraçar e beijar Matteo. – Se comportou meu rapazinho? – Ele afirmou com a cabeça brincando com bonecos que tinha na mão. – Aidam obrigada por ficar aqui com eles, ando um pouco neurótica.

— Não tem que agradecer Camille, quero a segurança de todos vocês. – Ele sorrio ternamente. – Matteo é minha preocupação tanto quanto é sua. E qualquer coisa pode me ligar, sabe disso.

— Onde você vai? – Perguntei exaltada que fez Florence me encarar com uma careta de desaprovamento e Aidam sorrir pela minha reação.

— Tenho que ir para casa, por mais que eu goste de ficar aqui com vocês. – Ele disse sem graça. – Não tem muito sentido na verdade.

— Fica aqui só até instalarem o novo sistema de segurança. – Comentei com suplica.

— De todo jeito, tenho que ir para casa. Não posso ficar sem roupas. – Ele disse sem graça e eu afirmei. – Se quiser que volto, apenas vou tomo um banho e pego algo para colocar amanhã.

— Por favor, faça isso. Eu iria dormir muito melhor. – Eu sorri grata e ele sorrio ternamente e logo saiu.

— Patética toda sua preocupação. – Comentou Florence sem olhar diretamente para mim, olhando algo no celular que não conseguia ver o que era.

— Eu estar preocupada com nossa segurança, não é patético. Patético é você não estar agindo como se não tivessem entrado aqui. – Comentei indo em direção a cozinha pegar água.

— Se quisessem te matar, teriam te matado. Você não deu falta de nada importante. Então já passou. – Ela finalmente me olhou e sorrio ironicamente. – Mas colocando todo esse sistema de segurança te deixa mais aliviada coloque.

Florence subiu para o quarto e eu fiquei refletindo tudo que ela tinha dito, realmente não fizeram nada, não pegaram nada de valor. E impossível que alguém conseguiria sumir tão rápido de dentro do apartamento, considerando as escadas, abrir a porta, elevador ou até mesmo escadas. E ninguém viu nada, nem as câmeras.

Não demorou muito para Aidam voltar, ele estando ali já me deixava mais calma e isso que eu precisava, ele ficou com Matteo e pude tomar um banho e logo deitamos os três para dormir, Aidam dormia comigo e Matteo no meio de nós dois. Um ser tão pequeno conseguia ocupar a maior das camas. Era no meio da noite mal dormida, meu corpo doía por Matteo me empurrar para beirada da cama e não estava aguentando mais, peguei um o colchão e o coloquei no chão e assim o coloquei lá. Ele teria mais liberdade para dormir e eu também conseguiria dormir. Aidam quase nem percebeu a movimentação, apenas quando voltei a me deitar ocupando meu devido espaço e ele se aproximou me abraçando e ficando de conchinha. Assim eu pude me virar e ficar observando Matteo até pegar no sono, que era ainda mais impossível, pois sentia respiração de Aidam na minha nuca e podia perceber ele rindo da minha reação, quando me virei imediatamente começamos a se beijar intensamente, e quando dei por mim, ele já estava em cima de mim, e nossos corpos em frenesi, um ciclo vicioso que era delicioso. Aquele dia foi apenas o mais puro amor, toques e beijos suaves. Me senti acolhida, me senti amada, sim ele me amava e eu o amava. Mas não sei se era exatamente isso que queria. Naquele momento, ele em cima de mim se me perguntasse se eu o queria, seria obvio a resposta positiva, mas sabia que isso acabaria no mesmo instante em que ele saísse de cima de mim.

O dia amanheceu, olhei para o lado e não vi Aidam, mas Matteo dormia ainda no colchão. Entrei no banheiro e ele tomava banho, e assim que me viu ele sorriu e eu retribui o sorriso entrando no banho com ele. Quando descemos com Matteo que havia acordado, Florence já estava comendo, e a babá de Matteo estava tomando café sorrio pegando ele do colo do Aidam.

— Bom dia. – Eu disse sorrindo e pegando café na cafeteira. – Norma, não deixe ele comer cereais, de frutas para ele. E muito vegetal, ele está ficando muito mal-acostumado. E hoje o cara da seguradora vem instalar o novo sistema de segurança, se puder recebe-lo. – Passei por ela e Matteo e o beijei, tomando a xicara. Peguei minha bolsa que sempre deixo no balcão e vi Aidam vindo atrás de mim. – Já vamos, estamos atrasados. – Florence sorriu apenas por educação e a vi olhando para a escada enquanto fechava a porta.

O dia se arrastou, analisei os dados da paciente do Craig, mandei um espairecer por e-mail a ele, e pedi que conversássemos sobre possíveis diagnósticos e possíveis exames que ele liberaria ela a fazer. Até na hora do almoço eu já tinha feito que precisava, as visitas, os relatórios, deixando tudo ajeitado para meu substituto para quando tirasse férias, o RH já tinha me notificado sobre a licença e que mandaria logo alguém para que eu pudesse orientar a fazer o melhor trabalho nesse tempo. E eu não via a hora, queria poder viajar, me curtir e curtir meu filho. Almocei no escritório, acabando a refeição, Aidam entrou sem ao menos bater e eu fiz careta ao vê-lo ali. Não queria ver ninguém e a dica disso era eu almoçando no escritório.

— O que aconteceu agora? – Perguntei sendo sarcástica.

— Nada, apenas vim saber se está tudo bem. Não apareceu no refeitório, pensei que estivesse passando mal. Fiquei preocupado. – Ele retrucou e foi se sentando na cadeira que era destinado a pacientes.

— Aidam, agradeço como ficou em casa até esse meu surto com a segurança passar. – Respirei fundo. – Foi maravilhoso, dormir com você, ficar com você. Mas espero que não tenha pensado que isso significava que ficaríamos juntos. – Engoli seco e sorri o melhor que eu pude.

— Eu não estou pensando nada, você que está sugerindo. – Ele disse em bom humor. – Relaxa Camille, se quiser que as coisas sejam assim, tudo bem. Só pensei que estivesse passando mal mesmo. Vamos saber chegar a um meio termo, pelo Matteo. – Ele logo se levantou e sorrio e eu sorri afirmando com a cabeça. 

Aidam saiu, saiu com aquele sorriso bobo e lindo na cara e eu fiquei rindo feito uma idiota. O que eu na verdade era. Pude me reunir com Craig e com a minha substituta a tarde e ela era linda, bom pensei que fosse ser um homem a me substituir, mas me mandaram uma linda mulher, negra, com lábios carnudos, um corpo escultural, Craig não conseguia tirar os olhos dela e percebi que aquilo a deixava sem jeito.

— Craig, essa é Katarina Wilson. – Eles deram as mãos e eu sorria ao perceber o ligeiro interesse de Craig nela, seria ótimo para ele depois de todo drama que o fiz passar. – Como pedi uma licença do hospital, ela vai ficar no meu lugar e queria passar o caso da sua paciente pessoalmente para ela. – Eu disse entusiasmada. – Ela pelo currículo é bem capacitada e sei que você Craig vai ajudar ela no máximo a se sentir em casa e bem e quem saiba ela não fique junto comigo quando eu voltar.

— Seria uma honra Dra Davis. – Katarina comentou e eu sorri, eu realmente estava empolgada com o encontro dos dois, esperando o melhor para Craig. – O que o Dr poderia me deixar a par? Acha que seria muito arriscado pedir uma ressonância dela?

Deixei os dois bem à vontade no meu consultório conversando quando fechei a porta e fui conversar com a secretária, ela ria ao ver minha cara de empolgada.

— Vou ir pegar um café Elizabeth, trate Katarina com carinho enquanto eu não estiver. – Eu comentei e ela riu negando com a cabeça. A minha ida pegar um café cheia de empolgação chamou atenção do meu fã número um Aidam, que insistia em sempre estar por perto, com um hospital enorme, com diferenças de andar da cardiologia para a neurologia, ele se aproximou de mim e da maquina de café com um olhar desconfiado. – O que foi? Eu hein.

— Está empolgada, para quem não quis nem sair do consultório para almoçar. – Ele comentou me encarando.

— Minha substituta chegou, é linda e está em uma reunião me substituindo já. – Respirei fundo pegando o café. – Sim, estou empolgada para minha licença. Desde que Matteo nasceu e eu voltei a trabalhar não tirei nenhumas férias, licença nem nada. Fora as folgas semanais. – Bebi um gole do café e sorri. – Mais uns dias e estou oficialmente apenas para meu filho. – Ele sorrio e eu fiz o mesmo saindo andando animada pelo corredor, por mim dançaria ali mesmo.

Quando acabou o dia, peguei um taxi e fui para casa, Matteo estava assistindo desenho, Norma sentada no sofá e Florence chegou logo depois de mim toda animada, não falou com ninguém, apenas subiu para o quarto e ficou por lá mesmo. Eu não suportava quando ela fazia isso, dispensei a babá e subi para ver o que estava acontecendo, bati algumas vezes na porta, que ela havia trancado até ela abrir.

— Qual é dessa empolgação que tira toda sua educação? – Falei sendo totalmente grossa. – Oi Florence, tudo bem? Como foi seu dia? – Falei e ela deu risada da minha tentativa falha em lhe passar um sermão.

— Me desculpe por isso, irmãzinha. – Ela estava empolgada. – Fui para a terapia, e depois passei em uma boutique e me contrataram. – Ela falava com tamanha excitação, que me fez ficar tão animada.

— Parabéns Florence, fico tão feliz por você. Só que isso é algo que se divide com a família, não se tranca no quarto. – Suspirei. – Vou preparar o jantar, desça daqui 1h30m. – Ela confirmou com a cabeça e sai fechando a porta, desci e fui encher Matteo de beijos, prendi meu cabelo em um coque mal feito e logo depois me coloquei a preparar o jantar.

Todos tinham ido se deitar, terminei de arrumar a cozinha e desliguei tudo acionando o novo sistema de segurança e subi para o quarto, dei um beijo no Matteo que dormia já na sua cama e fui para meu quarto, indo direto tomar um banho. Demorei um pouco a mais que o normal, coloquei umas músicas calmas para me ajudar a relaxar, mas sempre era interrompida com varias mensagens de Aidam.

“ Você não pode me acostumar a dormir ai e depois me jogar fora assim. :/”

Dei risada lendo o que ele escreveu e meu corpo tremeu imaginando ele naquela banheira comigo.  

“ Estou tomando banho e realmente queria você aqui comigo. Pena que está longe ;D”

Respondi e novamente tentei relaxar, adormeci na banheira, perdendo a noção do tempo. Logo escutei a campainha tocar e pulei de susto, era mais de 00:00 quem poderia ser? E logo imaginei o louco do Aidam batendo na minha porta, o que seria totalmente normal para ele. Me enrolei em uma toalha e desci, desativei o alarme e abri a porta e ele estava ali com aquele sorriso patético e foi entrando. Acionei novamente e logo ele jogou a pequena bolsa que havia trazido no chão e se colocou a me beijar, intensamente, passando uma das mãos no seu rosto indo para nuca e a outra na minha cintura puxando meu corpo para o dele, a toalha caiu e ele sorrio entre o beijo. Logo subimos para o quarto e ao invés de me levar para a cama, ele me arrastou para o banheiro e me colocou na banheira, eu sabia que se ele entrasse iria transbordar e neguei com a cabeça, mas era tarde, ele tirou toda a roupa, expondo todo seu corpo, entrando e vindo por cima de mim. Água por todo banheiro, aquilo me fez rir e para abafar a risada ele me beijou enquanto colocava seu pau já tão rígido dentro de mim. Os movimentos faziam a água alagar todo banheiro, mas não queria que ele parasse. Cravei a unha nas costas dele, enquanto ele apertava a lateral da banheira. Eu estava excitada demais, ele não parava apenas intensificava ainda mais os movimentos, nem a água conseguiria tirar toda lubrificação por toda excitação que estava. Ele me beijou intensamente e eu sentia meus músculos dar espasmos.

— Não queria eu aqui, tomando banho com você. – Aidam falava entre os beijos que distribuía no meu pescoço descia para o peito, eu apenas gemia, mesmo tentando me segurar o que era impossível, principalmente quando ele passou a língua pelos meus mamilos e mordiscou o mesmo, aquilo me fez gritar, mas de total prazer, e ele se pós a chupar meus peitos, deixando com algumas marcas roxas. O quadril dele, parecia grudado ao meu, sentia seu pau, sentia como raspava por dentro. Com um movimento, ele me girou para cima dele, e mais água para o chão, aquilo estava me deixando louca. Sentia ele dentro de mim, ao mesmo tempo sentia meu clitóris raspar nele, os beijos no meu pescoço e as mordidas no peito. Meu corpo sucumbiu e entrei em frenesi, gozando. E ele ria, enquanto sentia meu corpo dar espasmos e eu apertar seu pau dentro de mim, mais alguns movimentos que ele fez, pude sentir seu pau pulsar, eu estava deitada no peito dele, dentro da banheira. Ficamos ali por uns instantes até eu conseguir me mexer, e logo saímos e fomos para o chuveiro, nos lavando e tomando um banho de verdade e deitamos para dormir.

Acordei antes de Aidam e desci para tomar um café, mas Florence já estava tomando seu café e trocada, estranhei de primeiro e depois eu lembrei que ela tinha arrumado um emprego, ela me encarou e depois olhou para a tolha no chão, próxima a porta. E eu sorri sem graça colocando a cafeteira para fazer mais café e indo pegar a toalha e levando para a lavanderia.

— Bom dia para você também irmãzinha. – Ela disse rindo, e eu revirei os olhos, agora me servindo de café e subindo para me trocar.

Quando Aidam acordou eu estava terminando de me trocar, ele sorrio e olhou para o relógio. Pulou da cama e foi tomar um banho e não demorou para sair, logo estava pronto também, passamos os dois no quarto do Matteo que ainda dormia, demos um beijo nele, e descemos.  Florence arregalou os olhos ao ver Aidam, como se fosse surpresa em ser ele ali, mas para ela foi, até engasgou com o suco.

— Está tudo bem? – Perguntei pegando minha bolsa e a chave. – Ela apenas afirmou e sorrio sem graça. – Já vamos, a babá do Matteo já vai chegar, se importa de ficar com ele um pouquinho?

 - Não, podem ir tranquilos. – Ela sorrio e eu retribui. Mas Aidam a encarava desconfiado. Abri a porta e Norma estava ali, e sorri ainda mais aliviada.

— Ele está dormindo ainda Norma, aproveita e toma um café tudo bem? – Eu disse passando por ela e entrando no elevador. Cheguei na garagem onde ia de carona com Aidam, e olhei na bolsa e tinha esquecido meu celular. – Preciso subir pegar, espera rapidinho. – Ele sorria e selei nossos lábios em agradecimento, subi o mais rápido que consegui, abri a porta do apartamento e Norma tomava café, sorri apressada e subi para o meu quarto, que a porta estranhamente estava aberta, sabia que estava no banheiro, foi onde deixei ontem. Entrei e vi Florence mexendo no lixo como se procurasse algo. – O que está fazendo no meu banheiro e mexendo no lixo? – Ao ouvir minha voz, senti que ela congelou, se virando sem graça e deixando o lixo no chão. – Sabe que isso é nojento, não é?

— Eu vim passar seu batom e meu anel caiu no lixo acredita? – Olhei para ela que estava branca pelo susto, passei por ela e peguei meu celular próximo a banheira. – Precisa limpar seu banheiro, está uma bagunça.

— Sim, vou limpar assim que chegar. – Comentei a observando. – Então vai ficar aí procurando seu anel? – Mordi os lábios e a olhei com desconfiança.

— Não, já achei, olha. – Ela me mostrou um anel, mas que achei que já estivesse no dedo dela, mas melhor não questionar, apenas sorri e afirmei. – Bom já vou, obrigada pelo batom. – Ela passou por mim, e eu abri o lixo. Que não tinha nada demais, apenas algodão com demaquilante que usei na noite passada, desci e quando contei para o Aidam, ele foi pensativo até o hospital, não tocando no assunto, mas o conhecia e sabia quando algo o atormentava e a Florence conseguia atormentar ele como ninguém.


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