With all the love escrita por SouumPanda


Capítulo 21
Pleasure




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Tudo caminhava bem, Walter entendeu toda situação com as crianças e resolvemos apenas continuar a se ver, não se apresentar como namorados, mesmo ele tendo começado a participar de casa nos encontros que fazíamos para socializar, nos comportávamos perto das crianças pelo menos. Matteo estava próximo do seu aniversário de 4 anos e as meninas o de 2 anos e eu prometi uma festa a eles, que estavam empolgados, minha madrinha insistia que Aidam deveria comparecer, eram filhos dele, mas Aidam não confirmou apenas disse que se não vier, logo acaba a especialização e voltaria para Dallas e isso era o que me preocupava. Eu após dois anos não era a mesma, o que esperar de Aidam em dois anos?

Estava terminando o plantão quando recebi notificação de um final de semana totalmente festivo entre meu mais novo grupo de amigos, Brie solicitou reservar o karaokê para o aniversário dela e Brian reservou um camarote em uma balada para o dele, eu apenas confirmei que iria em ambos e Walter em seguida também confirmou, a porta do consultório se abriu e Craig entrou e eu sorri ao vê-lo.

— Tudo bem doutora sumida? – Ele veio até mim e me abraçou ternamente e beijou meu rosto e fiz o mesmo. – A vida anda agitada?

— A vida anda uma loucura. – Comentei se sentando com ele no sofá que tinha no consultório e rimos um para o outro. – Eu tento ser a mãe de três crianças, uma chefe centrada e as vezes ter espirito jovem. – Respirei fundo. – Mas confesso que estou perdendo o pique.

— Não está nada, está até se envolvendo com Walter Kavalkin não está? – Ele me olhou e eu pisquei algumas vezes e ri confirmando. – E ele tem sido bem corajoso em ficar com você a tanto tempo e não assumir nada.

— Estou em outro momento da vida Craig. – Falei mordendo os lábios e sorri de nervoso e ele me olhava ternamente.

— Eu te conheço Camille, tive a chance de namorar você e sei que está com medo por não ter visto mais o Aidam e se ver não saber como se sentir e ter o Walter e ficar no mesmo ciclo que ficamos. – Ele comentou de forma delicada e eu nem conseguia olhar para ele, mas eu no fundo sabia que Craig tinha toda a sua razão. Após uma longa conversa duas xicaras de café Craig se foi e conversar com ele me fez enxergar muita coisa, que Aidam sempre será alguém na minha vida, pai dos meus filhos e um fantasma entre qualquer relacionamento se eu não livrar dos sentimentos reprimidos, que mesmo do outro lado do mundo ele ainda estava presente comigo. Marquei com Walter de jantar em casa já que as crianças iriam para a fazenda e estaríamos mais à vontade em casa e assim poderia conversar com ele esclarecer tudo que estava sentindo ultimamente. O jantar estava pronto, após fazer o mesmo as empregadas foram dispensadas e logo Walter chegou, abri a porta e quando me viu ele abriu um sorriso que mostrava os dentes brancos e perfeito dele, logo foi entrando passando o braço na minha cintura e me puxando para ele, selando intensamente nossos lábios e eu rindo com nossos lábios selados enquanto fechava a porta com a ponta do pé. Após o jantar sentamos na sala tomando vinho e sentados próximos e apenas nos olhávamos em silencio por um breve instante, quando Walter repousou a taça sobre a mesinha e me olhou intrigado.

— Tem algo a me dizer? – Ele comentou calmamente e eu sorri ternamente dando um grande gole no vinho. – Antes de dizer qualquer coisa que possa se arrepender, preciso fazer uma coisa. – Ele pegou minha taça e colocou ao lado da dele, se aproximando o suficiente para sentir o hálito quente dele, engoli seco ao sentir a mão dele na minha nuca e logo os lábios dele sobre o meu. Walter intensificou o beijo entrelaçando nossas línguas e puxando lentamente meu lábio inferior e voltando ao beijo, colando nossos corpos. Eu tinha que conversar com ele, mas naquele momento, acho que poderia esperar. Logo me sentei sobre ele passando minha mão pelo seu cabelo macio enquanto a outra acariciava sua nuca, Walter sorrio entre o beijo intenso e logo me ajudou a tirar a blusa que vestida, sentia seu volume entra minhas pernas e ele pressionava meu quadril para baixo enquanto o dele fazia leves movimentos raspando seu pau em mim. Meu coração sabia que era errado, mas eu não conseguia sair de cima dele, minha cabeça estava focada demais querendo ele naquele momento, em um breve movimento, Walter me virou no sofá deitando e assim entrando no meio das minhas pernas, podia sentir o quão molhada já estava, ele foi beijando meu pescoço e descendo para meus peitos, que tirou do sutiã para chupar, ali ele ficou brincando com meu mamilo e mordiscou o mesmo que me fez gemer, puxei o ar entre os dentes cerrados e o olhei e ele riu ao ver minha cara de misericórdia e desceu os beijos para minha barriga, mordiscando e passando a ponta da língua na mesma, parando e desabotoando meu jeans e me ajudando a tirar o mesmo, a calcinha acabou saindo junto, ele começou a beijar minha coxa e a parte de dentro da mesma mordiscando, passou a língua na minha virilha e se colocou a brincar com meu clitóris, não contive em não gemer alto, com a casa vazia os gemidos ecoavam e Walter se divertia me olhando se contorce, elevei meu quadril e o pressionei contra o rosto dele, logo a língua desceu e brincou na entrada da minha vagina e eu mordi forte o lábio sentindo que cortava o mesmo. Podia sentir meu corpo pedir clemencia e que eu iria gozar a qualquer momento, mas Walter parou, logo tirou a camiseta, e desabotoou a calça tirando a mesma e seu pau saltou para fora, engoli seco nessa pausa eu deveria parar tudo e conversar, mas tarde demais, Walter selou nossos lábios abraçando meu corpo ao dele enquanto o seu pau entrava em mim, joguei minha cabeça para trás e gemi, quando tornei a olhar ele que estava com um riso satisfatório no rosto, nos beijamos intensamente. Os movimentos eram gentis e suaves, ele mantinha o contato visual e beijava meu ombro enquanto aumentava os movimentos, logo em um movimento sentei nele, sem perder o ritmo continuávamos a se beijar, abracei ele e senti um beijo carinhoso em meu ombro eu não queria olhar ele, eu queria estar com ele, mas não devia estar, logo ele puxou meu cabelo e nos encaramos, continuei a rebolar em seu colo, cada vez mais lubrificada, ele sorrio ternamente e gemeu enquanto eu sentava nele, parecia que ele queria também me dizer algo e eu estava torcendo para não dizer, aumentei os movimentos e tornei a abraçar ele perdendo o contato visual, podia sentir espasmos pelo meu corpo, sabia que iria gozar meu abdômen rígido, meus gemidos altos e Walter tentava se segurar para não gozar, gemia comigo, nossos corpos suados estavam grudados, nossas respirações pareciam as mesmas e logo inclinei para trás e não me contive, gozei. Meu coração parecia estar explodindo, meu corpo pesado relaxou e Walter continuou os movimentos com riso satisfatório no rosto, ele me fodia de baixo para cima com força e rápido o que não demorou para tirar seu pau para fora e começar a gozar, cai no sofá e fiquei ali por uns instantes em silencio e nos olhamos e rimos. Após um breve banho, desci para a cozinha e Walter terminava o banho dele, coloquei uma camiseta grande apenas e sentei no balcão tomando um pote de sorvete quando ele desceu e parou no meio das minhas pernas e coloquei a colher com sorvete na boca dele.

— Acho que agora podemos conversar. – Falei sorrindo ternamente e ele sorrio beijando a ponta do meu nariz com a boca gelada.

— Eu vi o que fez Camille. – Ele comentou. Walter estava apenas de toalha enrolada na cintura com o cabelo molhado e o corpo tão sarado eu tinha que manter o foco. – Eu ia dizer que te amava e você tirou todo encanto do momento, mas olha só eu falei.

— Que forma sutil de se dizer algo assim. – Comentei deixando o sorvete no balcão e descendo do mesmo, indo atrás de Walter que estava vestindo a roupa. – Não acho que eu seja digna de alguém como você amar. – Sentei no braço do sofá e ele parou o que fazia para me olhar.

— Quem deve decidir isso sou eu, o que esperava. Após mais de um ano com a pessoa acho que nutrir sentimentos é normal. Sou um humano, não um android como você. – Ele disse em tom ríspido e eu arregalei os olhos por um momento.

— Eu gosto de você Walter, mas não posso fazer com você o que fiz com Craig, me permitir a ter algo e depois simplesmente terminar porque Aidam voltou e eu não consegui resolver o que sentia por ele.- Falei exaltada e depois respirei profundamente voltando a me acalmar. – Não é justo com a gente, muito menos com você, Aidam é pai dos meus filhos e ele sempre estará por perto e quando eu estiver pronta para me relacionar, esclarecer tudo que sinto, quero não deixar mais ele me afetar, mas para isso preciso ficar sozinha, apenas comigo e entender tudo isso. – Respirei fundo e Walter quase vestido, pude ver seus olhos marejados. – Eu sinto algo por você, sinto mesmo. Por isso quero te poupar de se magoar.

— Adivinha só, já estou magoado Camille. – Ele disse em tom triste e abaixou a cabeça respirando fundo e ficamos em silencio até ele juntar as coisas dele. - Acho melhor eu ir, se quer ficar sozinha, melhor começar. – Ele disse com riso triste no rosto, pegando o que faltava e indo em direção a porta. O acompanhei, e encostei na mesma enquanto ele passava, nos olhamos e ele beijou ternamente meu cabelo e me abraçou. – Éramos amigos antes de qualquer coisa, vamos manter as coisas assim, já que temos os mesmos amigos. – Ele saiu e entrou no elevador e fiquei olhando ele ir. – Até o karaokê. – E as portas se fecharam e eu desabei, respirei fundo algumas vezes, mas a adrenalina e o choro entalado saiu. Era difícil, eu insistia em negar sentimentos, mas eu sentia. Eu gostava do Walter, mas não podia fazer isso com mais ninguém, comigo e principalmente com ele, pelo ser humano incrível que ele é, ele merecia muito mais e isso eu não poderia mais oferecer.

Após duas semanas chegou o aniversário de Brie, apesar de continuar indo aos mesmos lugares que Walter, agora tudo era mais frio e os assuntos eram limitados já que todo mundo tinha que parar de usar nós como referência de casal, mas continuávamos a conversar, rir e se respeitar e se olhar com ternura. Quando Brie me contou que ele estava questionando em sair com uma enfermeira dei o maior apoio, mas no fundo fiquei ressentida com isso, mas depois de dois encontros, acho que não deu muito certo e Brie disse porque ele trocou os nomes e a chamou de Camille e me senti mal por ele, porque realmente queria que ele encontrasse alguém e fosse feliz.

Passei pegar Eliza e mais uma amiga dela e fomos para o karaokê, quando chegamos o lugar já estava lotado e todo mundo tinha chegado, cruzei meu olhar com de Walter e sorri em cumprimento e ele fez o mesmo, entreguei o presente e sentei pedindo uma dose de whisky. E pude ouvir o DJ do karaokê elogiar uma apresentação que tinha sido feita no começo da noite.

— O DJ não para de falar disso, precisamos mostrar o que é uma apresentação para esse povo Camille. – Brie gritava ao invés de falar empolgada e alterada já.  – E antes que diga que tem vergonha, iremos ser suas backvocals. – Ela disse apontando para todas as mulheres e rindo.

— Como quiser. – Eu disse virando todo meu whisky e pedindo mais um duplo e virando, em si eu era tímida em cantar, mas essa noite tinha que ser diferente e Walter fazia careta e ria a cada dose que eu virava, mandei o número da minha comanda para o DJ e a música que escolhi e logo fui chamada pelo número. – Vamos lá meninas. – Eu falei animada, subindo no palco e pegando um microfone e as meninas dividindo microfones já que não tinha para todas. A música escolhida era da Carrie Underwood - Before He Cheats e comecei a cantar retraída a música, mas Walter para me animar, batia palma e começou a agitar todo bar e assim soltei a voz no refrão. - Oh, maybe next time he'll think before he cheats oh, before he cheats. – Quando acabou a música todos aplaudiram e assoviavam eu e as meninas e aquilo me passava confiança, agradecemos e saímos abracei Walter forte e ficamos assim, quando percebemos todos olhando nos afastamos sem graça e ele me olhou sorrindo. E ouvi o DJ chamar mais alguém e ele virou o copo e foi subindo no palco pegando o microfone, era uma música lenta Lewis Capaldi – Someone You Loved, ele sentou em um banquinho e eu que estava próxima ao palco, cantou a música olhando para mim, sem tirar ou piscar os olhos, eu sentia as lagrimas escorriam pelo meu rosto, mas permaneci imóvel até ele acabar, quando ele ia descer do palco e vir na minha direção sai me desviando na multidão e entrei no banheiro, me olhei no espelho e respirei fundo, me recompus ficando ali alguns minutos, quando sai Brie e Eliza descia do palco após um dueto que não escutei. Walter veio na minha direção, mas desviei indo até o DJ e pegando microfone passando na frente de algum desconhecido que iria cantar. Cochichei com o DJ e logo fui para frente do palco e começou os toques da música da Kelly Clarkson – Because of you, enquanto eu cantava até caprichava nos agudos o bar estava mergulhado em um silencio, todos estavam me olhando cantar, mas apenas fechei os olhos e mesmo com as lagrimas rolando no meu rosto e quando vi tinha mais gente chorando, não desafinei quando a musica acabou Walter estava com os olhos marejados fixo em mim, Brie abraçada com Eliza aos prantos e olhei todos e uma imensidão de palmas imundo o lugar, assovios e desci e olhei Walter e sorri ternamente que espero que tenha entendido tudo que sinto em relação a ele ao Aidam e peguei meu copo e virei me sentando encolhida e recuperando os sentidos aos poucos. 

No final da noite, todos do bar cantou os parabéns a Brie e eu estava querendo ir embora, pois Eliza estava já muito ruim, eu comecei a tomar água para recuperar tudo que tinha bebido, realmente todos estavam se divertindo, Walter conversava com Brie e me olhava e eu sorria, não podia ficar com ele então tinha me controlar.

— Bom, já está quase no final da noite, e quem está com a gente desde que o bar abriu, sabe qual é nossa tradição, pegar as duas melhores atrações da noite e montar um dueto ou grupo para encerrar a noite no nosso bar. E todos concordamos que aquela da Kelly Clarkson fez todos chorar, mas preciso enfatizar que antes de toda agitação da noite tivemos uma apresentação cantando Incomplete do Backstreet boys de doer o coração. Então essas duas pessoas, poderiam subir e cantar a música que vamos sortear? – Eu realmente fui pega de surpresa e após o efeito do álcool já estava retraída, mas o foco de luz me achou e me cegou também, a assistente do karaokê me trouxe um microfone e levou o outro para o fundo do bar que não vi com quem iria cantar, enquanto subia para o palco o DJ tornou a falar. – E a música sorteada é. – E começou a tocar a música Need You Now do grupo Lady Antebellum e comecei cantando a primeira parte sem saber quem iria cantar comigo, no refrão pude ouvir a pessoa e a voz era familiar demais para ser verdade, tentei não perder o ritmo da música, até Eliza começou a olhar em volta e procurar e quando começou a segunda parte da música ele se materializou ali, com um sorriso sem jeito, me olhando e eu engoli seco, meu coração ia saltar pela boca, porque isso sempre acontecia comigo? Porque tinha que ser ele e essa música? Porque eu não paro de cantar e saiu correndo? Continuamos a cantar sem perder o contato visual, não existia mais ninguém ali, eu lembrava dessa música, nós juntos, antes de tudo e como sempre cantávamos quando ele tocava o violão. Aidam, quanto tempo. Não era conhecidencia ele estar ali, não mesmo. Mas cantarmos, por sorteio, isso foi. Ele foi se aproximando cada vez mais, minhas mãos tremiam, não sabia se continuaria a cantar, quando eu terminei a música, ele estava próximo a ponto de sentir sua respiração e sorrio torto para mim, engoli seco e me virei lembrando a onde estávamos e sorri de nervoso enquanto ouvia os aplausos, vi Walter que estava sem expressão e a boca aberta de Eliza para nós, fui em direção ao bar, pedi um whisky e logo o senti chegar por trás e encostar do meu lado, virei a dose e o olhei. Ele sorria e eu fiz o mesmo, tinha se passado tanto tempo e era sim para eu me sentir diferente, mas não sentia, Aidam sempre possuiria meu coração e no meu coração eu já tinha perdoado ele por tudo, então acho que estava na hora de respirar fundo e encarar e aceitar tudo que ele é para mim e juntos nos conhecer novamente.

— Prazer, meu nome é Camille. – Eu disse sorrindo, com os olhos brilhando pela emoção, estiquei a mão para um aperto e ele me acompanhou sorrindo e mordeu os lábios.

— E o meu nome é Aidam, alguém já disse que seu sorriso é lindo? – Ele disse pegando na minha mão me puxando para ele e selando nossos lábios. – O prazer será todo meu. – Ele sussurrou enquanto me beijava e nos perdemos um no outro ali. Ele sempre seria o meu Aidam e quem falava isso era meu coração.

 

 

 

 


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