Razões e Mistérios escrita por Day_siqueira


Capítulo 9
Dia de sol


Notas iniciais do capítulo

Taí o cap.
Espero que gostem!



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Eu acordei sorrindo. Edward tinha me beijado! Ou será que eu sonhei com isso? Merlin, como eu sou paranóica! O dia estava claro como o meu humor. Desci as escadas saltitando, com um sorriso de orelha a orelha. Quando eu vi Charlie fiquei séria.

 

-Belo dia lá fora. -ele comentou.

 

-Sim. -eu concordei com um sorriso e ele sorriu de volta.

 

Comi café da manhã de trouxa sem reclamar. Charlie saiu em sua viatura e eu fui pro meu carro. Cheguei cedo no colegio, então fiquei lendo meu livro de DCAT. Pouco depois, já tinha chegado muita gente desde que eu me sentei.

 

Eu agarrei os meus livros e os enfiei na minha mochila. Mike me encontrou e me chamou pra sair. Fiz de tudo pra ele perceber que a Jéssica era melhor pra ele sem ofendê-lo. Caminhamos em silêncio até a sala de aula, e a expressão dele estava distraída. Eu espero que ele se manque.

Quando eu ví Jéssica em trigonometria, ela estava estourando de entusiasmo. Ela, Angela, e Lauren estavam indo á Port Angeles esta noite pra comprar vestidos para o baile, e ela queria que eu fosse também, apesar de eu não precisar de um vestido. Eu disse que sim. Eu não sabia se daria pra comprar meus livros em Seattle. Podia ser uma boa oportunidade para comprá-los. Jéss tagarelou o tempo todo até chegarmos à cafeteria.

 Não havia sinal de Edward ou de ninguém da sua família. A desolação me atingiu com uma força devastadora. Segui Jess mecanicamente até a mesa até onde os outros estavam, evitando Mike, que se mostrou um cavalheiro com a Jess. Angela disse que seria bom eu ir com elas à Port Angeles e eu concordei. Talvez eu o tirasse da minha cabeça.

O que se seguiu foi uma sucessão de rostos e lugares. A falta dele me alienou. Será que eu tinha sonhado?

Em casa, briguei feio com a TV e perdi. Admiro os trouxas por conseguirem mexer nessas geringonças. Jess ligou dizendo que iria sair com Mike e remarcou a nossa saída.

Fui pra estufa ver minhas plantinhas. Olhei pra um toco nodoso de Arapucoso e vi que estava na hora de colher. Isso realmente iria me distrair. Calcei minhas luvas de proteção e um protetor de gengivas e ataquei o toco nodoso. A planta imediatamente ganhou vida; galhos longos, urticantes e espinhosos saíram do toco e chicotearam o ar. Um deles agarrou em meu cabelo e eu dei um gritinho. No momento seguinte Edward estava do meu lado. Ele cortou o galhos que me prendia e me afastou da planta, que voltou a ficar imóvel. Tirei meu protetor de gengivas e o encarei atônita.

 

-Mais que planta maluca é essa? -ele perguntou irritado.

 

-O que você esta fazendo aqui Edward?

Ele me olhou primeiro com dor, depois com raiva.

 

-Salvando sua vida, talvez. E que planta é essa? Carnívora?

 

-Não. Eu preciso da sua ajuda. Você segura os galhos e eu pego a vagem. Ele me segurou.

 

-Você só pode estar brincando! Aquilo é assassino!

Eu o encarei zangada. Ainda estava recendida por ele ter faltado aula. Damon surgiu nessa hora.

 

-Que romântico! Juntos encarando uma Arapucosa. –ele disse irônico.

 

A diferênça entre os dois é latente. Damon é charmoso de um jeito debochado e assustador. Edward é um cavalheiro completo. Até o modo de se vestirem diz isso. Damon se veste de forma descolada. Edward com estilo. Os dois se encararam por um tempo.

 

-Sei que você pode ler mentes, Então não perca seu tempo. Não vai arrancar nada de mim. –ele sorriu. Eu ignorei o embate.

 

-Damon pode me ajudar? Segura os galhos que eu tiro a vagem.

 

-Tá. –ele disse erguendo as mangas. Eu olhei pro Edward.

 

-Vai me ajudar?

 

-Só uma dúvida. Como você iria conseguir sozinha?

 

Boa pergunta. Eu ia usar algum feitiço. Olhei pro Damon e ele revirou os olhos.

 

-Não olhe pra mim. Estou ocupado mantendo ele longe dos meus segredos.

 

-Iria sei lá...ia desistir. Vamos, quero acabar com isso.

 

Damon foi primeiro. Quando os galhos do toco voltaram a se mecher ele os segurou com facilidade. Edward me seguiu de perto, me protegendo, e eu não pude deixar de me sentir feliz. Ele manteve os galhos que fugiam do Damon longe de mim. Um buraco se abriu no meio dos tentáculos. Então eu fiz algo que o deixou chocado: eu meti minha mão no buraco, que fechou feito uma armadilha em torno dos meu cotovelo.

Damon e Edward puxaram e torceram os galhos, obrigando o buraco a reabrir. Eu desvencilhei o meu braço, trazendo entre os dedos uma vagem. Na mesma hora os galhos urticantes tornaram a se recolher e o toco nodoso se imobilizou, parecendo um inocente pedaço de madeira seca.

 

-Não sei por que você trouxe isso com você. Devia ter deixado em Londres. –disse Dan.

 

-Essa vagem é importante, e eu devia ter ficado em Londres com ela, pra começo de conversa.

Edward ficou tenso e Damon irado.

 

-Claro, aí não existiria mais Isabella pra contar a história.

Eu me assustei e Edward ficou imóvel, especulando. Damon percebeu o erro e se concentrou.

 

-O que é tudo isso Bella? Edward me perguntou.

 

-Eu te conto em Seattle, prometo. –ele me olhou desconfiado.

 

-Damon, você não disse que ia dar um tempo? -perrguntei. Ele me olhou rssentido.

 

-Izy...você quer que eu vá?

 

-Não, só quero saber porque voltou.

 

-Tem vampiros demais em Forks. –ele olhou sugestivamente pro Edward.

 

-Concordo. –ele concordou, frio.

Ok, hora de acabar com isso.

 

-Damon, podemos conversar depois? Edward vai acabar lendo sua mente mais do que deve.

Damon me olhou sorrindo conspiratóriamente, Edward me olhou chateado.

 

-Até mais tarde então. –Damon disse. Ele se virou e foi embora.

 

Eu suspirei aliviada, coloquei a vagem em uma vasília e a lacrei. Tirei minhas luvas e guardei meus protetores de gengivas. Edward me observava em silêncio.

-Então, por que não foi à aula hoje?

 

Tentei ser o mais displicente possível. Eu continuava a ageitar minhas coisas e ele continuava me estudando. Eu corei. Por que ele fazia isso se não estava interressado em mim?

 

-Não gosto de sol forte. Incomoda. Eu fiquei observando você antes da aula.

Eu parei recapitulando o que eu tinha feito. Nada demais, pensei aliviada.

 

-Por que você não falou comigo se estava tão perto

 

-Eu iria se Mike Newton não tivesse se entrometido no meio.

Escondi um sorriso. Ele se aproximou de mim e tocou meu rosto com a ponta dos dedos. Eu senti meu rosto corar e ele sorriu.

 

-Gosto do efeito que eu causo em você.

 

-Mas eu não. Me sinto tão vulnerável. –falei um pouco triste.

 

-Protegerei você.

 

Não discuti. Não queria discutir aquilo com ele. Ele se aproximou mais e me beijou muito calidamente. A sensação de sua boca na minha foi incomparável. Era como se eu estivesse voando sem vassoura, só que bem melhor. Ele se aproximou mais e o beijo ficou mais intenso. Ele pos a mão em minha cintura e eu agarrei seus cabelos. Parei de respirar. Foi nessa hora que a “estraga prazer” da Brida veio voando em minha direção e nós nos separamos.

 

-Só um minuto. –disse controlando a respiração.

Ele também estava arfante.

 

-Como eu pude não ouvi-la se aproximar?

Eu ri e fui na direção dela que trazia uma carta amarrada em si. Disfarcei e guardei a carta no bolso da calça sem a ler.

 

-Preciso ir. Tenho que caçar de novo se vamos passar mais tempo juntos. –abri um sorriso de alívio com essa afirmação. Ele se aproximou de mim e me beijou de novo, dessa vez mais calidamente. Meu coração estava martelando no meu peito. O frio que fazia quando ele se afastava não era do clima. Era quase uma dor física ter que me separar dele. Ele se encaminhou para a porta da estufa e eu me lembrei do que eu ia perguntar.

 

-Edward, o que exatamente você caça?

Ele me olhou divertido e fez uma leve careta.

 

-Leões da montanha.

 

-Pensei que gostasse de ursos.

 

-Emmett gosta.

 

-Ah,tá. Então... tchal. –mordi meu lábio pra reprimir uma queixa. Ele deu um sorriso torto.

 

-Até Bella.

 

Então ele se foi. Droga! O que eu vou fazer agora? Entrei em casa e fui pro meu quarto pra ler a carta que a Brida trouxe. Era do Damon.

 

Izy,

Acho que pensei o que não devia perto do seu PET. Inferno!

Olha, se você vai contar seu segredo pra ele, conta logo droga.

Eu estou planejando curtir um pouco meu irmãozinho e ficaria

Melhor se seu PET pudesse protejê-la pra mim por um tempo.

Estou planejando uma farra com algumas garotas.

Vai ser divertido.

Ps.: Não faça a cara que eu sei que está fazendo.

Damon.

 

Eu fiz uma careta quando li o bilhete e ri a beça com o final. Ele realmente me conhece. O que será que ele pensou perto do Edward. Droga! Eu queria revelar tudo à ele. Peguei o meu exemplar de Árvores do mundo que se alimentam de carne até achar o modo certo de expremer a vagem que eu havia colhido. Dizia que era preciso furá-las com algo afiado, fui pra cozinha, peguei uma faca e a parti a vagem, fazendo a tigela se encher de tubérculos que se torciam como vermes verde-claros. Eu iria precizar delas, quando fosse fazer poções de cura.

            Depois de guardar cuidadosamente os tubérculos, peguei um livro de magia defensiva e fui ler no jardim. O tempo estava ameno e havia raios de sol ultrapassando a barreira das nuvens. Estendi uma manta na grama e comecei a ler. Tinha algumas coisas interressantes que eu testaria no Damon depois. Ri com esse pensamento. Minha cobaia preferida. Eu não conseguiria lutar contra o Edward nem que fosse pra salvar minha vida. Só de pensar nisso dói.

Começou a escurecer e eu fui tentar cozinhar algo pro Charlie. Quando ele chegou, torceu o nariz pra minha sopa de cebola e pediu pizza. Eu teria me ofendido, se eu também não achasse horrível a comida trouxa. Assistimos TV (ele ligou) e eu resolvi falar sobre a saída com as garotas.

 

-Charlie, Jéssica e Angela vão procurar vestidos para o baile amanhã em Port Angeles, e elas querem que eu as ajude a escolher...você se importa se eu for com elas?

 

-Jéssica Stanley? -ele perguntou. -E Angela Weber. -ele estava confuso, mas você não vai para o baile, não é?

 

-Não, tio eu vou ajudar elas a encontar os vestidos, você sabe, vou dar críticas construtivas.

 

-Bem, Ok. Mas é dia de semana.

 

-Nós vamos sair logo depois da aula, assim poderemos voltar cedo.          

 

Fui pra cama cedo e acabei em Hogwarts. No meu sonho, eu estava na grama sentada em baixo de uma árvore na qual eu costumava estudar. Edward estava ao meu lado e eu estava tão feliz... até que um bruxo que eu nunca tinha visto antes chegou e jogou um feitiço no Edward. Eu estava sem varinha e estava desesperada. Ele iria levá-lo e matá-lo e eu estava ipotente. Eu estava gritando para que ele não o matasse, quando mãos frias me acordaram.

 

-Bella, está tudo bem. Eu estou aqui. Shiiiiiiiii.

Aquelas palavras me acalmaram. Eu olhei pra cima e Edward me olhava aflito.

 

-Como você entrou aqui?

 

-Pela janela. –ele riu.

 

-Você costuma fazer isso?

 

-Só nos últimos meses. –eu ri. Era bom tê-lo comigo. Eu me apertei mais contra seu peito tão duro e tentei não pensar em nada.

 

-Sonho ruim?

 

-Não quero pensar nele. Dói. –ele se mexeu, desconfortável com o que eu disse.

 

-Quer que eu cante pra você dormir?

Eu assenti com a cabeça e ele começou a cantar uma música linda que eu nunca tinha ouvido. Deveria  ser trouxa. Dormi sem sonhos dessa vez.


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Notas finais do capítulo

Adorei os útimos rewiens. Eles foram muito construtivos.
Valeu galera!
Mandem seus comentários.
Bejos. :p