Kier Lucas Alexander, de 24 anos encontrava-se no seu quarto no Palácio na Suécia quando o seu pai entrou no quarto. Viktor, ou mais conhecido por Príncipe Viktor Lucas Alexander, duque de Svealandia, Norlandia e Gotolandia, irmão do Rei. Kier é um rapaz um pouco frio, individualista, desconfiado, custa-lhe a criar amizades, mas também é um rapaz animado, cheio de vida nele, atlético, pontual, e trabalhador. Se precisarem, ele está lá.

Há 29 anos atrás Viktor apaixonou-se por uma rapariga que trabalhava lá no palácio, apaixonou-se e escondeu essa paixão por 5 anos, até que a sua família fez-lhe um pequeno ultimato, um que ele recusou, até saber da gravidez da sua amada. Contou a sua familia e prometeu que nada lhes iria faltar se ele fizesse o que o seu pai queria. O que foi prometido também foi feito. Freja acabou por ir para uma pequena aldeia enquanto Viktor foi forçado a se casar com a filha de um amigo próximo da sua família. Kier nasceu e viveu com a sua mãe durante 12 anos, até que o seu pai decidiu buscar o seu filho, visto que mesmo sendo fora do casamento, um dia poderia herdar o seu titulo, mesmo que o seu irmão estivesse bastante contra essa sua escolha. Viktor ama o seu filho, e odeia-se um pouco mais quando o seu irmão, o rei, acaba sempre por chamar o seu filho de bastardo quando infelizmente ele não pode ir contra o seu irmão.

— Felizmente encontrei um dos meus filhos. - disse Viktor sorrindo para o filho.

— O que é que o Bjorn está a fazer desta vez? - perguntou Kier levantando-se do parapeito da janela.

— Só ele sabe. Jovens de 16 anos o que se há de fazer. - riu-se - Saudades dessa idade.

— Dessa maneira não tinhas conhecido a mãe. - parou e cruzou os braços.

— Acredites ou não, a tua mãe foi um amor epico. - sorriu das lembranças- Mas fiz uma escolha, e estou bem com a Elsa, e tu tens dois maravilhosos irmãos. Mesmo que Bjorn seja, bem, ele mesmo, e a Astrid é ainda nova.

— Eu conheço-te bem o suficiente para saber que não vieste aqui para falar dos meus meios-irmãos.

— Não. - recompôs-se - Não sei se alguma vez ouviste falar de um campo, melhor dizendo, um castelo no meio do nada na Escócia para Realeza.

— Nope.

— O teu tio quer enviar um dos seus filhos, e todos eles vão levar um leal guerreiro para os proteger. E ele lembrou se de ti.

— Ele quer que eu proteja um dos filhos dele? - Kier riu-se - Da maneira que eu o conheço ele é bem capaz de enviar alguém para eu proteger a sua preciosa cria e acabar eu por morrer, assim ele já não teria um bastardo na família.

— Kier...

— Eu tenho ouvidos, e era magrinho quando era novo, escondia me e bem. Eu sei muito bem o que ele sente sobre mim. Mas, sim eu vou. Talvez se morrer ele ira fingir que eu era importante para esta família.

Kier suspirou e saiu do quarto antes que o seu pai pudesse dizer alguma coisa. Mesmo que as suas palavras fossem fortes, Viktor sabia que o filho tinha razão, o irmão nunca gostou do rapaz.

Já na Escócia olhando as voltas dentro do enorme castelo, encontrava-se Kabu Wagner Becker II, um fiel guardião da família Alemã. Tinha sido enviado pelo seu pai para observar o castelo, ver se havia perigo, algo que não prejudica-se a sua família Real, deixando-a sem um dos seus herdeiros. Kabu vem de uma longa família de guerreiros. Kabu, é uma pessoa calma e alegre, cheio de energia, e encontra-se sempre positivo enquanto alguns encontra-se negativos ou pessimistas, é um rapaz alegre, gostando de brincadeiras, mas também pode ter piadas um pouco secas. É atencioso e carinhoso, mas também teu os seus medos como todos, e é um rapaz cheio de determinação e capacidade de tomar certas decisões.

Kabu é de uma antiga família que protege a Realeza há anos, se não mesmo seculos. Protegem a família real, como defendem as suas florestas de caçadores furtivos, espiões e muito mais. Segundo filho mais velho de 4, sendo o mais velho, a sua irmã que um dia iria ser ela a governar o seu legado. 

Kabu olhava a volta no castelo quando de repente ouviu saltos a virem das escadas, pegando no seu arco e apontado em direção do barulho assustando a pessoa que estava a descer.
Valentina, Princesa da Espanha encontrava-se já lá, quando ele pensava que seria o primeiro a chegar. Ela vestia uma saia preta que chegava a meio das suas coxas, e um crop top da mesma cor, sendo os sapatos de salto a unica cor diferente, vermelho. Os seus longos cabelos negros com ondas chegando quase ao fim das suas costas.

Valentina suspirou fundo quando viu que era um guerreiro, não sabia era de que família. Rolou os olhos quando viu que ele nada dizia, mas os seus olhos não largavam o seu corpo, ele não percebendo que a encarava e que ainda segurava o seu arco alto apontando agora para um enorme vazio nas escadas visto que Val as tinha descido, e estalava os seus dedos a frente dos olhos do rapaz.

— Fecha a boca ou se não entram moscas. - disse caminhado a volta do rapaz e baixando o arco - Um arco? A sério? Até os meus saltos são mais mortais que isso. - disse fazendo o rapaz acordar do seu transe.

— Peço desculpa Alteza, eu pensava que estava sozinho.

— Valentina por favor, e eu também pensava que estava sozinha, afinal de contas o meu interessa-se tanto pela filha que a envia para um castelo, sozinha e sem guarda.

— Acredito que o seu pai esteja a procurar alguém que seja o bom suficiente para a guardar.

— Como te disse, até os meus saltos são mais mortais do que alguns guerreiros do meu pai. - disse cruzando os braços e olhando o rapaz, cabelo loiro, olhos azuis claros, e uma barba pequena, que lhe dava um look mais sensual e um pouco mais velho - Alemanha certo?

— Sim sua Alteza.

— Oh Herzlich Willkommen! - sorriu consigo mesma, feliz pela sua mãe lhe ensinar um bocado de alemão - Bem coisinho que ainda não sei o nome, estou a pensar em ir comer alguma coisa, visto que acredito que este sitio só terá comida de mierda. O menino quer vir comigo, ou deixar ir uma princesa indefesa pelas ruas da Escócia sozinha?

Valentina suspirou para si mesma, ao menos não estaria ali sozinha, sabendo que ainda iria demorar alguns dias até que a realeza toda estivesse ali, e Kabu parecia um bom rapaz, e assim ambos teriam companhia.