O Internato escrita por Rain


Capítulo 20
Vinte


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, sumi né? Tava meio difícil terminar este capítulo, mas ele está aqui. Me desculpem pela demora e n desistam de mim. Boa leitura pra vcs :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772896/chapter/20

A competição está mais próxima do que nunca. Na frente do portão do colégio, o treinador checava se estavam todos presentes. Alguns garotos trocavam palavras e davam conselhos uns aos outros, menos Rafael, ele estava do outro lado da rua calado.

Vou até ele.

— Está tudo bem? — pergunto.

— Está. Eu gosto de me concentrar antes das competições.

— Relaxe um pouco, você parece estar a ponto de explodir.

— Eu poderia relaxar se você me desse um beijo.

— Rafael, já conversamos sobre isso.

Ele sorri.

— Gostaria de saber quando você vai me dar uma chance.

— Somos só amigos, nada mais que isso.

A van que levará o time para na frente do portão do colégio.

— Tudo bem… — Rafael revira os olhos — Mas você vai né?

— Eu queria ir, mas vice-diretora não me deu permissão pra sair do colégio antes do fim da semana.

— Ela é muito chata.

— Concordo com você. Mas estarei torcendo muito por vocês daqui. Vocês vão se sair bem. E me mantenha atualizado nesses dois dias.

— Vou sim.

Nos despedimos com um abraço. Rafael atravessa a rua e entra na van. O treinado acena de longe para mim, e logo o veículo cai na estrada.

Momentos depois, Sebastian se junta a mim na frente do colégio.

— Gostei do seu casaco. — disse.

Estou usando o casaco da equipe de natação. Ele é vermelho vinho, mesma cor do blazer do uniforme escolar, calça jeans e All Star vermelho.

— Valeu, o treinador me deu antes de ir.

Voltamos para dentro do colégio.

— Toni, minha família vai dar uma festa num hotel da cidade. Eles falaram pra eu levar um amigo, quer ir comigo? Já vou avisando que minha família é toda problemática, se não quiser ir eu vou entender.

— Eu vou.

— Ok. — Sebastian ficou tão feliz que não conseguia parar de sorri. — Sábado nós vamos sair do colégio e vamos comprar roupas pra usarmos.

Seguimos caminho para o refeitório. Logo seria o horário do jantar e preferimos esperar lá mesmo, pra não precisarmos dar duas viagens. Mais tarde Alice e Victor se juntaram a nós pra jantar. Eu não estava com tanta fome, por isso acabei comendo pouco, mas acabei comendo uma porção a mais de sobremesa, pois o pudim hoje estava mais gostoso que o normal. Depois ficamos conversando ali mesmo. Hoje o clima está bem frio e ventando, não queríamos ficar passando frio do lado de fora. Depois do toque de recolher voltamos para o dormitório.

 

Nada melhor do que acordar cedo no sábado e sair paras as compras ao lado do namorado. Quer dizer, Sebastian e eu não somos oficialmente namorados. Ainda não conversamos sobre isso, apenas deixamos rolar.

Sebastian me levara a uma loja bem chique no centro da cidade. A loja tinha uma fachada muito chamativa, mas refinada ao mesmo tempo. Quando entramos, me deparei com vários trajes de gala, como smoking, ternos e lindos vestidos de gala.

— Sebastian, por que estamos nesta loja?

— Porque é uma festa de gala, temos que nos vestir a caráter.

— Sério? Sebastian… eu não tenho dinheiro pra pagar uma roupa dessas.

— E quem está dizendo que você vai pagar bobinho? Eu vou te dar.

— Sebastian… não quero abusar do seu dinheiro.

— Pare de bobagem, Toni. É um presente meu. E eu quero que você venha comigo, como meu acompanhante.

Não me sinto bem aceitando um presente caro desses de Sebastian, mas ele não vai aceitar um não como resposta. Então apenas assinto.

Seguimos pela loja. Uma mulher veio nos atender.

Procurei por algo que combinasse comigo, mas achei todas as roupas glamorosas demais para mim. Jamais me vi usando um smoking em minha vida, e agora estou aqui, procurando um pra ir a uma festa da alta sociedade.

— Achou alguma coisa? — perguntou Sebastian vindo em minha direção carregando algumas peças de roupas consigo.

— Não tenho certeza… Este parece bom.

Aponto para um terno cinza que havia no canto

— Toni! É pra escolher algo descente. Esse terno cinza nem combina com você. — Sebastian olha ao redor, procurando por alguma roupa, vai até um smoking azul-escuro no canto da loja e o traz para mim. — Aqui. Experimente esse.

Pego o smoking e me dirijo ao provador. Visto a roupa que Sebastian me deu, e quando me olho no espelho mal reconheço a pessoa que vejo. Estou lindo, coloco a gravata borboleta preta. Pra complementar a vestimenta e saio do provador para a atendente e Sebastian avaliarem.

— Uau. Você ficou ótimo. Se fosse mais velho e mais alto, eu te chamaria pra sair. — disse a atendente em tom de brincadeira.

— Ele não precisa de mais altura, já é perfeito assim. — disse Sebastian se aproximando pra ajeitar minha gravata borboleta. — Ficou muito bem em você.

Nos encaramos em silêncio.

— Vocês fazem um belo casal.

— Não, a senhora entendeu errado. Somos… amigos. — disse Sebastian. Ao falar a última palavra pude sentir um certo desgosto em seu tom de voz.

— Claro. — disse a mulher com uma certa ironia na voz.

— Bom, minha vez agora.

Sebastian entrou no provador lado do meu, enquanto eu fui tirar o smoking e vestir minhas roupas de volta. Fico esperando do lado de fora acompanhado da atendente que ficava puxando papos aleatórios comigo. Momentos depois Sebastian sai com um smoking vermelho.

— E aí, o que achou?

— É… é bonito, mas talvez um pouco chamativo demais pra ocasião.

Ele volta para o provador. Minutos depois reaparece com um traje cinza meio prateado. Era chamativo, mas ao mesmo tempo tão sútil e elegante. Sebastian ficou lindo.

— E esse? O que acharam?

— Está ótimo. Você ficou um gato. — disse a funcionária antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Até porque eu estava muito ocupado apreciando a beleza de Sebastian.

Só depois percebi que ele me encarava esperando por minha opinião.

— É… ficou bom. — digo saindo do meu pequeno devaneio

— Vamos levar os dois smokings.

Sebastian voltou para o provador, enquanto eu acompanhei a atendente até o caixa. Era uma outra mulher quem fazia a soma, mas a atendente ficava ao meu lado me encarando o tempo inteiro de forma abobalhada. É constrangedor. Mesmo depois que Sebastian chegou, ela continuou encarando. Até Sebastian ficou sem graça.

Saímos da loja quase correndo pra sumirmos do campo de visão da atendente. Só depois disso conseguimos respirar aliviados.

— Aquilo foi estranho. — digo.

— Estranho é pouco pra explicar. — complementou Sebastian.

Rimos.

Fomos pra uma sorveteria próxima dali e tomamos um rápido sorvete. Eu pedi uma casquinha de chocolate, enquanto Sebastian pediu uma de maracujá. Sentamos um pouco na mesa pra conversarmos. Mas não durou muito, pois não muito tempo depois o telefone de Sebastian toca. Ele atende.

— O que foi? — disse de modo seco. — Ok. Eu já chegou aí. — disse depois de uns minutos ouvindo a pessoa no outro lado da linha e desligando o celular.

— Quem era?

— Meu irmão. Tenho que ir agora, Toni. — disse Sebastian se levantando da cadeira – Passo na sua casa as 19:30 pra te buscar. Não se atrase.

Sebastian passa no caixa e paga a conta. Depois sai da sorveteria. Pouco tempo depois também vou embora. Fui caminhando pra casa.

Chegando, encontro meus pais assistindo a um documentário sobre cavalos. Sinalizo pra eles que cheguei, e depois subo para o meu quarto. Passo o resto do dia enfurnado dentro do quarto, matando tempo e esperando a hora da tal festa. Estou um pouco ansioso, tenho um certo receio de conhecer o resto da família de Sebastian. Já conheço o irmão dele, e ele não é exatamente a pessoa mais agradável do mundo, embora seja bom no fundo. Mas seus pais são uma incógnita para mim. Sebastian nunca disse um elogio se quer direcionado aos pais. Tenho receio, mas também curiosidade de saber quem são esses dois monstros que largaram os filhos pra focar nos negócios.

As horas vão passando, e logo chega a hora de me arrumar. Tomo banho e depois vou para o quarto me arrumar. Visto o smoking e calço meu par de all star preto. Sei que pode parecer estranho usar uma roupa tão formal sem um sapato social. Mas eu quero um calçado confortável, e meu all star é perfeito. Sem falar que fiquei muito estiloso. Deixo a tipoia de lado também, não quero que aquele negócio feio estrague o meu visual. Mudei o meu cabelo, o penteei para trás, fazendo um topete volumoso na frente. Olhando o resultado no espelho, pareço um garoto rico e rebelde que usa all star, gostei.

Desço as escadas e aguardo Sebastian chegar, ainda faltavam cinco minutos.

— Uau, você está lindo, filho. — disse minha mãe.

— E este tênis? Vai assim, Toni? — questiona meu pai entrando na sala.

— Vou. Eu gostei.

— Adolescentes… eu não consigo entender vocês. — lamentou papai.

A buzina toca do lado de fora.

— Minha carona chegou. Tenho que ir.

— Divirta-se, filho. — disse minha mãe dando um beijo em meu rosto. — Amo você.

— Também amo vocês. Até amanhã.

Entro no carro e me deparo com Otávio apenas.

— Deixa eu adivinhar, Sebastian não pôde vir.

— Meus pais estão exibindo ele pros convidados. Somos apenas nós.

Seguimos caminho sentido ao hotel onde seria a festa. Não falei muito durante o caminho. Ainda me sinto um pouco intimidado de ficar sozinho com Otávio.

— Como está o braço? — Disse Otávio rompendo o silêncio entre nós depois de um tempo.

— Está melhor.

— Desculpa não ter ido te ver no hospital. Meu irmão só me falou do ocorrido na segunda-feira. Ele não me conta nada.

— Tudo bem, Otávio. Eu sei que você é muito ocupado.

Seguimos o resto do caminho em silêncio.

Otávio para o carro na frente do hotel. Descemos e ele entrega a chave para o manobrista. Seguimos para dentro. Quando estávamos quase chegando na entrada do prédio, nos deparamos com Sebastian sentado em um banco. Ele está ainda mais lindo do que de costume, o cabelo bem penteado no mesmo estilo de sempre e acompanhado ao smoking, ficou perfeito. Ao nos ver, ele se levanta.

— Finalmente. — disse.

— O caminho é até a casa de Toni é longe, não queria que chegássemos aqui em cinco minutos né? — disse Otávio.

— Queria. — rebateu Sebastian.

— Tá legal, chegamos. É o que importa. — digo.

Sebastian me abraça. Pude sentir um leve cheiro de canela. Ele andou fumando.

— Bom, Toni está entregue. Agora eu vou entrar, pois preciso beber alguma coisa.

— Você está lindo. — disse Sebastian depois que ficamos a sós.

— Obrigado. Você também está.

— E a sua tipoia? Está tudo bem ficar sem?

— Acho que sim. Já não sinto tanta dor no ombro. Está tudo bem.

Sebastian me deu um rápido beijo nos lábios. E depois entramos.

Se o lugar já era lindo por fora, por dentro se superava. A decoração do salão é refinada e moderna com uma música tocando ao fundo. As mesas bem distribuídas e haviam pessoas bem vestidas por todo o lugar. Tinha mais jovens da nossa idade do que eu pendei que teria numa ocasião como esta.

Sentamos numa mesa vazia, com uma plaquinha com nosso nome. Pude ver o nome de Otávio e mais duas pessoas que não estavam sentadas. Devem ser os pais de Sebastian.

— O que está achando? — perguntou Sebastian.

— É tudo lindo, mas um pouco demais pra mim.

— Entendo. Pra mim também, queria poder sumir, mas preciso manter as aparências de família perfeita.

Otávio vinha em nossa direção.

— Papai e mamãe querem ver vocês.

Levantamos de nossos lugares e seguimos para um canto do salão rodeado por algumas pessoas. Eu seguia Sebastian tocando em seus ombros, e ele nos conduzia até lá. Chegando mais perto, pude ver melhor um casal de meia idade no centro dando atenção a várias pessoas. Entramos no meio das pessoas.

— Pai, mãe. — disse Sebastian sério.

— Aí está ele. — disse a mãe de Sebastian — A senhora Albuquerque queria te ver.

— Olá querido. — disse uma mulher mais velha, provavelmente já beirando os sessenta anos.

— Oi, como a senhora está? — respondeu Sebastian educadamente.

— Muito bem. Você cresceu, está ainda mais bonito. As crianças crescem muito rápido não é mesmo? — disse a última frase direcionada aos pais de Sebastian.

— Este é meu… amigo, Toni. — disse Sebastian me puxando para perto dele.

— É um prazer conhecer todos vocês. — digo corando um pouco por ter virado os centro das atenções.

— O prazer é todo meu, Toni. Você é muito lindo. — disse a Senhora Albuquerque me olhando de cima a baixo — E estiloso também. Se fosse mais alto daria um perfeito modelo de passarelas. Mas ainda pode ser modelo fotográfico, tem interesse? — completou.

— É… muito obrigado pela proposta, mas eu vou educadamente recusar. — responto tentando ser o mais agradecido possível.

— É uma pena, mas o convite ainda está de pé. — Ela me entrega um cartão com seu número. — Agora vou pegar uma taça de vinho branco, vejo vocês depois.

— Ela quem cuida do marketing da empresa dos meus pais. E pelo que você pode perceber, ela agencia uma empresa de modelos também. — disse Sebastian.

As pessoas foram se dispersando, ficando apenas Sebastian, eu e seus pais. Eles eram bem sérios e tinham a áurea de gente importante. A mãe dele era muito bonita e parecia ser bem mais jovem do que realmente é, os cabelos escuros presos em um perfeito coque e um belo vestido marrom. Mas os filhos claramente puxaram ao pai. Ele é alto, e possui traços muito semelhantes aos de Sebastian e Otávio, até mesmo os olhos escuros. Diferente da mãe que tem olhos cor de mel.

— Então este é o amigo que você queria tanto nos apresentar, Sebastian. — disse o pai de Sebastian.

— É sim. E ele é mais do que um amigo.

— Está querendo dizer o que? — falou o pai.

— Toni é meu namorado.

Sebastian entrelaçou sua mão na minha.

O pai dele nos olhou de cima a baixo com uma expressão curiosa.

— Depois conversamos sobre isso. Agora temos que dar atenção aos convidados. Venha Aurora.

A mãe de Sebastian acompanhou o marido, mas não sem nos dar uma piscada com o olho direito.

Voltamos para nossa mesa.

— Viu que eles não deram atenção nenhuma quando falei que você era meu namorado? Eles são péssimos.

— Eu fiquei um pouco aliviado.

— Não precisa se preocupar, Toni. O máximo que meus pais vão dizer é: Não gosto deste garoto.

Dou uma risada sem graça.

— É sério. Eles não se importam com nada da minha vida, e sinceramente, a recíproca é a mesma.

— Não diga isso Sebastian.

Eu ia dizer algo, mas fui interrompido pelo barulho de um microfone. Era o pai de Sebastian em cima do pequeno palanque. Ele começa um discurso, fala de como é difícil cuidar de uma empresa do tamanho da Corporação Ferraz, e que tudo só é possível porque ele tem uma esposa ao seu lado e filhos incríveis.

Fico um pouco chocado com a hipocrisia no discurso, não conheço o Senhor Ferraz pra julgar a conduta dele. Mas falar da família como se fosse a coisa mais preciosa que ele tem, sendo que na verdade ele nem liga pros filhos, me deixou um irado.

Olho para Sebastian, seu rosto estava inexpressível. Toco em sua perna por debaixo da mesa. Ele me olha e sorri.

Depois do pai de Sebastian, era a vez de sua mãe discursar. Seu discurso foi mais rápido e não tão hipócrita quanto o do pai. Mas ainda sim, senti uma dose de insensibilidade da parte dela citar apenas Otávio no discurso. Ao fim do discurso, um pequeno vídeo sobre a empresa passou no telão.

Eu estava ficando entendiado, e a única coisa que não me deixava dormir eram os garçons que não paravam de nos trazer comida. Fora isso, tédio total.

Depois que os discursos acabaram. Foi colocada uma música mais alta e todos voltaram a confraternizar. Alguém chamou Sebastian de longe, ele vai até lá, sem antes dizer que voltaria rápido.

Sebastian não voltou rápido. E depois de um tempo todo o luxo da festa estava me sufocando. Então saio do salão e vou até a parte da frente do hotel tomar um ar. A noite está bem fria. Caminho até um banco próximo dali e levo um susto quando encontro Otávio sozinho encarando o céu. Ele me encara.

— Te assustei?

—Sim, quer dizer, não. Eu… só não estava esperando encontrar ninguém aqui fora.

— Quer sentar?

— Claro.

Sento-me ao lado de Otávio. Ficamos em um silêncio constrangedor.

— Minha mãe me contou da novidade. — disse enfim.

— Que novidade?

— Você e meu irmão.

— Ah…

— Sabe, eu sempre desconfiei de vocês dois. Eu até desejaria felicidade a vocês, mas estou triste demais pra isso.

— Por que? — indago.

— Porque eu perdi você para o meu irmão.

Um arrepio percorre pela minha espinha ao ouvir isso. Não fazia ideia que Otávio gostava de mim.

— Eu… não sei o que dizer. — digo.

— Toni, não precisa dizer nada. Apenas faça meu irmão feliz, ele merece.

— Eu vou fazer.

Nos abraçamos. Depois do abraço, Otávio se levanta.

— Bem, eu vou pegar um drinque, um bem forte. Nos vemos depois.

Fico mais um tempo do lado de fora tentando processar as informações que acabei de receber. Ainda estou muito chocado, e com pena de Otávio. Eu detesto ver as pessoas tristes por minha causa.

Entro de volta no salão. Encontro Sebastian com alguns garotos da nossa idade. Vou até ele.

— Toni, esses são Fábio, Sabrina e João alguns primos meus e a Anna que você já conhece. Gente esse é o Toni.

— Oi. — digo enquanto cumprimento cada um deles.

Passamos boa parte da festa conversando. Fiquei feliz de encontrar pessoas da minha faixa etária e podermos trocar ideias. Fábio e Sabrina são irmãos, já João é filho único e é o mais divertido de todos, fica o tempo todo fazendo piada. Anna e eu ainda temos uma certa dificuldade de interagir. Talvez seja porque somos rivais no amor? É o que sinto.

Ao fim da festa, eu só queria um lugar pra me deitar e dormir. Voltamos pra casa com Otávio. Fomos direto pra casa de deles.

— Finalmente chegamos. — disse Sebastian abrindo a porta e se jogando no sofá.

Ele me puxa para o seu colo e me beija, mas eu imediatamente saio e me recomponho. Otávio está na sala, eu não quero desrespeitar ele dessa forma. Ele me encara triste, e sinto uma vontade de abraçá-lo. Me dói de verdade vê-lo assim.

— Eu estou muito cansado, vou pra cama. Boa noite, crianças. — disse indo sentido as escadas, mas não sem antes pegar uma garrafa de whisky da mesinha próxima ao sofá e levando junto consigo.

— Acho melhor irmos dormir também. — digo.

— Mas já? Está cedo ainda. Podíamos assistir a um filme ou algo assim.

— Eu prefiro dormir. — digo acariciando o rosto de Sebastian.

Subimos as escadas de mãos dadas sentido o quarto. Quando chegamos eu ascendo a luz, mas Sebastian apaga logo em seguida.

— Eu já disse que você está muito lindo com essa roupa? — disse.

— Já. Mas eu gosto de elogios. — digo mordendo meu lábio inferior.

— A é?

Aceno positivamente ainda mordendo os lábios.

— Eu acho você incrivelmente sexy.

Nos beijamos.

Sebastian me levanta e eu entrelaço minhas pernas em seu quadril. Nosso beijo era ardente e excitante. Caímos na cama e continuamos nos beijando. Sebastian começou a beijar meu pescoço me fazendo arrepiar por inteiro. Ele abre meu smoking e desabotoa minha camiseta toda, depois tira minha gravata borboleta. Em seguida consigo mesmo. Voltamos a nos beijar.

Sebastian se levanta e termina de tirar sua roupa e o sapato, ficando apenas de cueca box. Depois vem até mim e desabotoa minha calça, abaixa ela lentamente. Fui ficando cada vez mais excitado, ainda mais que ele massageava minhas coxas enquanto tirava meu all star. Depois volta para a cama e se senta no meu colo e acaricia meu cabelo desfazendo meu penteado. Sebastian me deita e segura minhas mão acima de minha cabeça. Eu podia sentir sua bunda encostando na minha ereção.

Quero muito transar com Sebastian, mas sinto que ainda não estou pronto. Meu coração está batendo muito rápido e eu começo a suar frio.

— Sebastian… acho melhor a gente parar.

Sebastian para imediatamente e me olha preocupado. Me sento na cama cabisbaixo.

— Está tudo bem, Toni? Fiz algo errado?

— Não! O problema não é você… sou eu. Acho que não estou pronto pra dar um passo tão grande ainda. Me desculpe.

Sebastian se senta de frente pra mim. E acaricia meu rosto.

— Tudo bem, Toni. De verdade. Isso é muito novo pra mim também. Quando você tiver pronto, eu estarei aqui.

— Eu amo você. — digo e depois o beijo.

Depois que nos separamos, Sebastian fica com um sorriso de orelha a orelha. Ele não conseguia fechar a boca. Muito fofo.

— Vamos dormir então? — digo.

— Vamos.

Nos arrumamos para dormir. Deitamos de cueca mesmo. Quando eu estava quase pegando no sono pude ouvir Sebastian dizer uma última frase.

— Eu também te amo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou começar a postar um capítulo por semana a partir de agr, o próximo sai no domingo. Um grande abraço a todos :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Internato" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.