— Está tudo bem com o bebê, o exame está marcando oito semanas. Os batimentos estão normais, o tamanho está dentro do esperado. – A Dra Layla dizia enquanto realizava o ultrassom. – Em algumas semanas já poderão saber o sexo.

— Será uma menina. – Reade disse enquanto segurava a mão de Tasha.

— Como você pode saber disso, Reade? – Tasha ficou curiosa pela maneira como ele afirmou.

— Apenas acho que será uma garotinha linda como a mãe. – Ele beijou a mão dela sorrindo.

— É bom cuidar da sua alimentação e tentar não ganhar muito peso, vou passar um remédio para ajudar a aliviar os enjoos, mas o mais importante é escolher alimentos leves e naturais. Vou passar uma vitamina, pois seu exame está mostrando uma leve anemia, é bom cuidarmos disso.

— Pode deixar que vou cuidar dos dois, doutora. – Reade estava encantado após ter visto o pequeno ser no ultrassom.

Alguns sintomas da gravidez incomodavam Tasha, como os seios doloridos, desconfortos abdominais, o sono e a fome também estavam mais intensos. Mas ela estava tentando passar despercebida para não preocupar Reade. Ele estava muito atencioso com ela, era puro cuidado, uma rosa deixada em sua mesa no trabalho, uma mensagem de carinho a qualquer momento, dentre outros mimos.

— Bom dia! Que surpresa! – Reade a despertou com café da manhã na cama com algumas coisas que ela gostava mas sem exageros procurando seguir as recomendações da Dra Layla.

— Você merece o mundo por carregar e cuidar do nosso bebê. É bom se alimentar pra que ele cresça saudável e você continue forte. – Reade disse depositando um beijo suave nos lábios dela.

— Não posso exagerar Reade, você sabe, mas sinto tanta fome, que chega a ser incontrolável. – Ela confessou já tomando seu café da manhã.

— Como você está se sentindo hoje?

— Bem. – Ela baixou os olhos pra sua xícara de chá.

— Não me convenceu. O que tá te incomodando? – Ele estava todo preocupado.

— Não é nada, são os sintomas normais da gravidez, meus seios que estão doloridos, minha barriga já está redonda, algumas roupas já estão apertando. É tanta coisa acontecendo no meu corpo. Será que vou conseguir passar por isso? E quando eu estiver enorme. Ai, Reade, não sei se dou conta. – Ela parou de falar e haviam lágrimas escorrendo em seu rosto.

— Meu amor, eu estou aqui com você. Eu acho que é normal tudo que você está sentindo, mas você não está sozinha, está bem? – Reade a pegou nos braços e a confortou.

— Eu sei. É só que às vezes fico com medo. Desculpa, queria ser forte pra nós.

— Não se preocupe. Você quer ficar em casa hoje? Descansar um pouco? - Ele a confortou.

— Não. Vou me arrumar e já vamos. Me dê só um tempinho pra tomar um banho.

O dia passou normalmente. Após o almoço Tasha encontrou um bombom de e uma flor em sua mesa junto com uma mensagem que dizia: “Vocês dois são o meu maior motivo para viver. Amo te ver sorrindo”. Ela que ultimamente se emocionava com facilidade já se viu chorando.

Reade queria ver Tasha feliz e faria o possível pra que ela passasse bem por toda a gravidez. Ela era o seu mundo e, principalmente, depois de tudo que passou ele não desejava que nada a fizesse sofrer. Vê-la sorrindo era tudo pra ele.

— Reade, Patterson vai comigo ao shopping me ajudar a comprar algumas roupas. – Tasha disse ao entrar na sala dele no final do expediente. – Nós vamos comer algo por lá e ela vai me deixar em casa quando terminarmos.

— Tá bom. Vou preparar algo especial pra te esperar. – Ele lhe deu um beijo e ficou observando enquanto ela saía.

Tasha foi ao shopping com Patterson e compraram algumas roupas mais leves e soltas pra ela, mas não muitas, pois seu corpo ainda passaria por muitas mudanças. Comprou também algumas lingeries, pois as suas já começavam a incomodar e ela estava muito dolorida ultimamente e não queria nada lhe apertando.

— Olha que gracinha, Patterson! – Tasha mostrou enquanto passaram pela vitrine de uma loja de roupas para bebês.

— Que lindos! Quer dar uma olhada?

— Não ainda está muito cedo e nem sabemos o sexo do bebê. – Ela respondeu meio desanimada.

— O que foi? – Patterson percebeu que Tasha mudou a expressão.

— Sei lá, Reade afirma que será uma menina, mas eu sinto que é um menino. Você acredita em intuição?

— Um pouco. Só o exame para ter certeza. Mas eu sei algumas simpatias que o pessoal costuma fazer para saber se é homem ou mulher. Quer fazer?

— Não – Tasha riu. – Prefiro esperar o exame.

— Tudo bem. Se quiser depois a gente faz.

As duas terminaram as compras, lancharam e Patterson deixou Tasha em casa. Ela estava muito cansada e sentia que precisava começar a diminuir o ritmo, pois por mais que a gravidez estivesse no início ela não tinha mais a mesma disposição.

— Que bom que você chegou! Estava com saudades. – Reade a cumprimentou com um beijo doce.

— Que exagero, só fiquei longe por algumas horas. – Tasha jogou as compras no sofá e se jogou nos braços dele.

— Preparei algo pra você. Quer guardar as coisas, ou deixa pra depois?

— Só vou deixar no quarto e amanhã coloco tudo no lugar. Hoje estou muito cansada.

— Então venha. – Reade a levou pro banheiro onde havia preparado a banheira com água bem morna pra que ela relaxasse.

— Que delícia. Como você adivinhou o quanto eu precisava disso?

— Eu sei o que você precisa. - Ele a ajudou a retirar a roupa e entraram juntos na banheira.

Reade começou massageando os pés dela e depois massageou as costas na tentativa de diminuir toda tensão acumulada. Tasha conseguiu relaxar todo o cansaço daquele dia e aos poucos sentiu diminuírem as dores no seu corpo. Eles passaram bastante tempo naquele banho e só saíram quando a água começou a esfria.

Aos poucos eles iriam se adequando à gravidez enquanto preparavam suas vidas e seu lar para receberem o bebê que estava a caminho.