Entre a terra e o mar. escrita por Cherry


Capítulo 27
O lado Agreste da força....


Notas iniciais do capítulo

Oieeee (Peguei essa mania de falar OIE, com a FunBabe, culpem ela kkk) capítulo novo e gente eu juro que estou surpreendida, eu decorei nomes de manobras de surf e detalhe: EU NUNCA SURFEI ( Sem ser pela internet) NA VIDA!
Talvez quando eu terminar essa fic eu me mude pra uma cidade litorânea e aprenda a surfar, o que nunca vai acontecer porque eu não tenho dinheiro próprio e minha mãe não é fã de praia....
—Boa leitura!



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Adrien e Nino ainda estavam na praia, ainda sobre as ondas treinando as clássicas manobras de surfistas.

Adrien estava fazendo uma que era sua especialidade: A rasgada. Você deve estar se perguntando o que essa manobra. A rasgada consiste em dar uma guinada de 180° na parede da onda, levando a ponta da prancha na direção da zona de ruptura, ou seja, onde a onda quebra e isso cria um efeito de spray na água.

As pessoas que ainda estavam na praia aplaudiram Adrien, mas logo começaram a aplaudir outra pessoa, era quem ele mais temia Luka Couffaine, ele havia feito uma batida vertical perfeita. O nome da manobra é justamente batida por você praticamente bater na onda com a prancha, você projeta a prancha e tenta verticalizar ela, faz uma volta e retorna a sua posição normal.

O loiro não negava que aquela manobra não era complicada, mas ele poderia fazer igual e assim fez, aquilo claramente era mais uma competição entre os dois.

Luka não poupou esforços para fazer um 360°, ele sabia que era oura manobra que Adrien sabia executar e o loiro não perdeu tempo repetindo os movimentos do concorrente.

O de cabelos azuis queria acabar com aquilo de uma vez, então fez a manobra do Superman, uma manobra que necessita de muita técnica, na qual você tira os pés da prancha, segura ela com as mãos e imita a pose do super-herói na hora de voar, e depois traz a prancha de volta e continua sua vida de surfista.

O loiro não sabia fazer aquela manobra e mesmo que tentasse, nunca ia ficar tão boa quanto a de Luka. Ele só tinha uma chance de vencer, mas era arriscado.

Nino estava atrás de si, surfando e fazendo manobras pouco radicais, o loiro gritou:

—Nino, eu vou tentar!

—Adrien, não faz isso, da última vez você quase morreu afogado! Aprende com o erro!

—Eu já aprendi, e é a minha chance de ganhar dele! Qualquer coisa você me socorre!

Respirando fundo, o loiro se abaixou e colocou as mãos no meio da prancha e deu o impulso para fazer a manobra handstand, ou seja, plantar uma bananeira e voltar ao surf normal depois. O seu impulso não foi forte o suficiente, ele não conseguiu fazer a manobra, caiu com metade do corpo na prancha e o restante na água.

O amigo rapidamente foi ajudar, dessa vez não tinha sido tão ruim, da última vez que isso havia acontecido eles estavam em uma parte muito funda do mar e Adrien havia caído com o corpo inteiro na água e como era um dia com muitas ondas foi difícil retornar à superfície, quase foi o dia em que ele bateu as botas.

 O loiro conseguiu retornar a prancha com a ajuda do moreno, já estava bom de surf por hoje, foram para a praia, e ao mesmo tempo Luka fez o mesmo, sendo recebido por um monte de aplausos pela manobra.

Adrien só queria ir embora para que o seu concorrente não viesse tirar sarro dele, infelizmente não fora rápido o suficiente, Luka já havia chegado:

—Não foi dessa vez que você conseguiu, não é? Mas não se preocupa, na próxima você consegue... ou morre tentando!

—Vou fingir que isso não foi uma torcida pra minha morte. Aquela manobra foi boa, meus parabéns!

—Obrigada, quando nascemos com talento...

—Realmente parecia uma lombriga seca!

—Lombriga seca?

—Não foi aquilo que a manobra quis representar uma lombriga seca?

—Muito engraçado! Pena que você nunca vai conseguir fazer igual e nunca vai conseguir fazer o Handstand, Agreste!

Adrien apenas se virou e saiu, não aguentava mais as pessoas dizendo que nunca conseguiria. Se despediu de Nino e foi para sua casa.

Depois de um caminho longo de carro, ele só queria tomar um banho, digamos que ficar com água do mar no corpo não é a melhor sensação do mundo. Foi para o banheiro e tomou um banho simples.

Retornou a sala e só tinha uma preocupação: Ele ia ter que preparar o jantar?

Não! Estava cansado demais para isso, pegou seu telefone e discou um número de uma pizzaria local e pediu uma pizza de quatro queijos e um refrigerante, a sua combinação preferida!

Deitou na sala e ligou uma série de comédia na televisão para descontrair um pouco, ainda sentia um pouco de dor na barriga na região em que a prancha havia batido. No momento só pensava em relaxar e esquecer a dor.

Ria com as piadas que o personagem principal da série fazia. Era um policial que não se dava muito bem com seu superior, pois ele era rígido demais. Se identificava com o personagem, pois ele já passara por uma situação parecida, mas diferente do policial, na época ele não tinha coragem de fazer piadas com o seu superior, apenas abaixava a cabeça e fazia tudo que ele mandava.

Seu celular tocou, e falando no antigo chefe rígido, era o próprio ligando, o que era algo incomum já que empurrava todo o trabalho para a secretaria dele:

—Alô?

—O que você quer, pai?

—Eu só quero saber se meu filho está bem...

—Acredito, agora me fala o que você quer de verdade!

—Um pai não pode se preocupar com o bem-estar do próprio filho?

—Não quando o pai impediu de realizar um dos meus maiores sonhos! Me fala logo o que você quer!

—Peço que reconsidere a proposta de voltar a ser modelo da minha marca! Você ganharia bem mais do que ganha trabalhando nesse lugar!

—Estou feliz na loja de pranchas.

—O que sua mãe diria se te viste neste estado?

—Eu não sei, pai! Caso você não esteja lembrado ela morreu! Provavelmente ela aprovaria minha ação de estar trabalhando em um lugar com pessoas que eu gosto e conseguindo me manter com o meu próprio dinheiro!

—Dinheiro? Trabalhando comigo você ganharia o triplo e não precisaria morar no lugar que mora hoje.

—Adoro o lugar que moro! E sabe o que eu mais gosto daqui? Não tem você para ficar controlando a minha vida.

Ele desligou a ligação, não queria ouvir mais nenhuma palavra vinda de seu pai.

Como Gabriel havia se tornado um homem tão rígido? Antes fora sempre adorável com o filho e a esposa, mas depois que Emilie faleceu tudo mudou! Desde o modo com que tratava o filha até as suas interações com o mundo exterior.

Adrien foi até a janela e começou a mexer em seu anel, Plagg havia lhe dado aquilo dizendo que fazia parte de uma lenda que a sua cidade de origem acreditava, nunca tivera curiosidade de saber de onde viera aquela joia. Se sua mãe ainda vivesse pesquisaria tudo sobre a lenda, ela sempre era curiosa e amava muito o filho. Como ele queria que ela ainda estivesse ali, tudo seria tão mais fácil, principalmente a parte de como agir com Marinette e outras garotas, como agir quando alguém o repreendia:

—Por que você partiu, mamãe? – Disse enquanto encarava as estrelas e uma lágrima escorria pelo rosto.


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Notas finais do capítulo

Escrevendo isso a minha raiva pelo Gabriel só aumentou, não tem como gostar desse cara!
Alguém sabe qual é a série que eu me referi no capítulo?
—Obrigada por ler!!!
—Beijinhos de cereja ♥



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