Kepler-452 escrita por Doutor


Capítulo 5
Qual é o problema com esse campeonato? - parte 1




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Mary e Karvatorofopianassamos entraram na nave. Os dois pareciam exaustos e estavam sujos e bagunçados.

—Que droga foi aquela,  Vincent? Campeonato saudável? - Mary começou,  quebrando o silêncio. - Pessoas morreram lá!  E nós quase morremos também.

—Não tem motivos para gritar. Graças a mim, nós fugimos. - Vincent manteve a calma. -Isso não deveria ter acontecido. Há algo estranho acontecendo com aquela competi... OPA! - a tela de comando que duas naves estavam seguindo-os.

—O que? Eles ainda estão nos buscando?

—Sim! - Vincent se levantou e começou a tentar comandar a nave.

—O que vamos fazer?

—Vamos ter que dar dois saltos! - Vincent disse.  Sua voz demonstrava bastanto preocupação. 

—Então dê dois saltos, ue!

—Não é tão simples!  - respondeu o garoto,  escrevendo vários números em uma tela. - A tecnologia de saltos cria uma fenda no espaço-tempo que nós faz atravessar longas distâncias em uma fração de segundos...-Vincent parou de falar,  se concentrando nos números. 

—E? - disse Mary, chamando a atenção do garoto,  para a vida real. Logo, um tremo absurdo fez a garota cair no chão. 

—Droga! Eles vão penetrar nos escudos! Se prepara! - Vincent terminou de escrever e apertou um botão.  Eles deram um salto hiperespacial.

Quando o salto terminou, Mary achou que tudo havia terminado, mas logo, em uma fração de segundos, ela sentiu a sensação de ser comprimida novamente, mas dessa vez foi diferente.

Seu corpo foi diminuindo e ela sentiu como se seus braços e pernas saíssem de seu tronco, mas sem nenhuma dor. Ela percebeu que ainda era capaz de controlá-los.

—O que? - a voz da garota soou assustada. Ela olhou ao redor e viu que estava em um local estranho.  Flutuava no vácuo,  aparentemente, mas ainda era capaz de respirar e... ao invés do escuro pontilhado por estrelas, tudo estrelas savana alaranjado e pontilhado por pontos pretos.

—Vincent! - gritou ela. -Cadê você? 

—Aqui! - respondeu o garoto.  Quando Mary percebeu, seu corpo estava inteiro novamente, e ela estava ao lado de Vincent. Mas os dois estavam em um local estranho. Parecia que estavam pisando na superfície do Sol, mas não eram queimados.

—O que está acontecendo? - perguntou Mary, olhando para o garoto. Quando ela viu o rosto de Vincent, se assustou. O jovem estava com seu corpo normal,  mas com a cabeça de Mary.

—Euq o? - soou a voz do Vincent com cabeça de Mary.

—O que? Eu não consigo de entender!- gritou ela. Logo, os dois sentiram que estavam diminuindo mais.

—Yram! - disse Vincent, cujo a cabeça já havia voltado ao normal.

—O que voc... - a voz de Mary parou de sair, como em um sonho.

Tudo estava ficando estranho. Parecia que estava sob efeito de alguma droga muito pesada. Mary olhou para os lados e viu centenas de clones dela e de Karvatorofopianassamos.

Os clones se afastavam uns dos outros lentamente, como se estivessem se repelindo. Mas, quando já estavam há certa distância,  os clones de Mary começaram a se aproximar da garota,  enquanto os corpos de Vincent se aproximaram de sua verdadeira versão.  Os corpos se aceleravam e, segundos antes de se chocarem com a verdadeira Mary, a garota sentiu seu corpo se expandido!

Ela sentiu um baque, como se tivesse caído no chão da nave... A nave! Estavam de volta daquele efeito. Mary se segurou para não vomitar. Vincent também estaba muito enjoado.

—O que foi isso? - perguntou a garota.

—Foi o efeito do... - Vincent vomitou, mas como só havia comido wuantidades absurdas de kenor, seu vômito saiu como uma gelatina rosa.

—Você está bem! - disse a garota, ainda tentando se levantar, mas estava tonta.

—Estou. - ele limpou os lábios. 

Após algum tempo, os dois conseguiram se levantar e, com ambos se ajudando, conseguiram sentar nas cadeiras.

—Nós fizemos dois saltos seguidos... - disse Vincent, quando já estava se sentindo melhor.  -O primeiro deles foi para uma região próxima ao planeta Keveuse. Naquela região ocorrem muitos saltos... - Vincent parou para respirar.  Ainda estava enjoado. -... hiperespaciais. - o jovem parou, respirando e tentando resistir ao enjôo.

—E então? - perguntou Mary.

—A tecnologia de saltos cria uma espécie de fenda no espaço-tempo. Essa fenda demora pouco tempo para se fechar.  Mas se há alguma nave te seguindo,  ela também pode dar um salto usando essa fenda. Tipo uma carona. - continuou. -Assim, elas podem ir para as mesmas coordenadas da nave que estão seguindo. 

—Então... As naves que estavam no perseguindo...

—Sim. Muito provável que usaram que nossa fenda no primeiro salto e foram para Keveuse. Porém,  quando eu cheguei lá,  peguei carona em uma das milhares fendas que se formam lá a cada segundo. Então entramos em uma espécie superposição de estados.

—Tipo... estados de um sistema quântico? - perguntou Mary. 

—Sim. Mais ou menos. Haviam várias fendas... Em cada estado, entramos em alguma delas. Quando houve a superposição, estávamos meio que entrando em todas... ao mesmo tempo. - Vincent já estava melhorando do enjôo.  -Dar dois saltos seguidos só piora o enjôo e a tontura. Mas fazer uma... "superposição de saltos"? Foi algo novo para mim!  

—Nem me fale! - disse Mary. -Mas aonde estamos?

—Eu não sei. - respondeu o garoto. - Vou ver se tem um planeta por perto. 

Karvatorofopianassamos começou olhar para uma tela e a buscar algum planeta. 

—Tem um aqui perto... Mas eu não conheço ele.

—E o que faremos? - perguntou Mary.

—Vamos até ele!

***

Quando pousaram e saíram da nave, a mesma voou e começou a orbitar aquele planeta. 

—Sua nave faz isso sempre? 

—Sim...- Vincent parecia surpreso.  Foi então que Mary decidiu olhar para o local aonde entaostavam. Parecia que estavam na Terra. A vegetação era verde, o céu azul e tudo mais. Mas era uma Terra muito mais bonita.

—Fique por perto. - disse Vincent, entrando na floresta.  Mary o seguiu.

Era uma floresta densa e, por mais que os dois não tenham percebido, haviam várias câmeras tridimensionais voando por cima da floresta.

*** 

—Então esses são os invasores? -  soou uma voz feminina, que olhava para um holograma da floresta. A dona da voz era uma mulher alta, bonita, com pele azul, olhos totalmente pretos e cabelos roxos.

—Sim, senhora! Deseja que eu dê ordem de execução? - perguntou um homem, com mesma cor de pele e cabelo,  porém mais alto e mais musculoso.

—Não!  Estou curiosa pra saber o que trouxe esses seres para cá. - a mulher fez um movimento com as mãos e o holograma se expandiu, focando em Mary e Vincent. -Traga-os para mim!

—Sim, senhora!

***

Quando Vincent e Mary já estavam chegando estavam uma região com vegetação menos densa, Mary percebeu a existência das câmeras tridimensionais, pois as mesmas se aproximavam. 

—O que são essas coisas? 

—O que? -Vincent olhou para o alto r viu as câmeras.  - Merda!  Corre!

Mas não tiveram tempo de correr. As bolas caíram no chão e se transformaram em robôs grandes... Era até estranho robôs com o dobro da altura de Vincent serem capazes de se transformar em bolas flutuantes do tamanho de bolas se basquete. 

—Parados, intrusos! Levantem as mãos!  - disse um dos robôs.  Mary e Vincent levantaram as mãos. Os robôs colocaram braceletes metálicos nos pulsos dos dois e apertaram um botão.  Os braceletes se grudaram uns nos outros, fazendo com que Vincent e Mary, ambos com os pulsos grudados, ficassem em uma posição desconfortável para caminhar. E isso piorou quando tiveram que caminhar, guiados pelos robôs. 

—Pense pelo lado bom... - disse Vincent. 

—E qual é? - perguntou ela. -Nós fugimos de uma possível prisão em acabamos sendo presos em outra.

—Bom... É, você tem razão. - concordou o garoto, enquanto os dois eram levados para algum lugar. 


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro, peço me que avisem nos comentários. Meu corretor automático é uma merda



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