Kepler-452 escrita por Doutor
Os robôs entraram em uma espécie de templo feito, aparentemente, de prata. Era bonito e grande, com um teto bastante alto e seguindo algo que parecia arquitetura gótica. Sentada em um trono estava a mulher azul.
—Podem nos deixar a sós! - disse a mulher, e os robôs se retiraram.
—Perdoe-me, majestade...?- começou Vincent.
—Não sou rainha. Sou apenas dona desse planeta. - disse a mulher, em um tom imponente. -Eu me chamo Laren. E vocês? Quem são?
—Eu me chamo Karvatorofopianassamos. - respondeu Vincent.
—Nossa, que nome grande! - disse Laren. Mary ficou confusa por alguns segundos. Achou que fosse comum os nomes grandes em alienígenas. Mas pelo visto o nome de Vincent a assustou tanto quanto assustou Laren.
—Sim... Mas a senhora não é a rainha? Quer dizer, reis são donos de suas terras!
—Não... Me vejo apenas como uma anfitriã... - Laren olhou para Mary. - E quem é você?
—Mary, senhora. - respondeu.
—Vocês dois são do mesmo planeta?
—Não, senhora. - respondeu Vincent. - Apenas as nossas raças que tem semelhanças grandes... Mas todos na minha raça possuem olhos verdes e... alguns lá tem a pele cor de mármore.
—Entendo.- Laren ficou pensativa. -E de qual planeta você é?
—Norzoon.- respondeu.
—E a garota?
—Eu sou da Terra. - disse Mary.
—Terra? Nunca ouvi falar. Mas não importa. - a mulher se levantou de seu trono de dona do planeta. -Por que invadiram o Zarata, meu planeta?
—Estávamos fugindo dos...
—Não! -gritou Vincent, impedindo Mary de falar a verdade. Mas já era tarde demais.
—Fugitivos? Meu planeta não tem espaço para criminosos.
—Senhora, desculpa. Mas não somos criminosos de acordo com a constitui Galática. Somos criminosos apenas em Lamantis.
—Criminosos em apenas um planeta... Não importa! - respondeu Laren. -É lei no meu planeta respeitar as leis de outros planetas. Vocês serão levados para Lamantis!
—Não! Por favor! Eles estão fazendo coisas absurdas naquele campeonato universal. - disse Mary
—Galático. - corrigiu Vincent.
—O que estão fazendo?
—Matando pessoas!
—Hmm... - Laren ficou pensativa.-Não me importa. É a lei deles.
—Mas eles nem colocaram o risco de morte no contrato!- gritou Vincent.
—Não? - aquilo assustou Laren. -Nesse caso, eles estão quebrando a constituição universal e desrespeitando os tratados de leis livres para cada planeta.
—Sim... - disse Vincent, se aliviando. - Estão fazendo isso.
—Nesse caso...- Laren coçou o queixo e se sentou no trono. -Bom, eu preciso provar se é realmente isso que está acontecendo
—E... -disse Mary.-...Como fará isso?
***
Mary, Vincent e uma câmera tridimensional/robô estavam dentro de uma nave. Era uma nave muito menor do que a nave de Vin, que provavelmente continuou orbitando o planeta de Zarata.
—Eu não acredito que ela está nos mandando de volta para Lamantis com um robô idiota! - gritou Mary.
—Ei! Não fale isso do Carl. - disse Vincent.
—Verdade, não fale isso de mim, senhora! - disse o robô em forma de bola voadora.
—Nós só precisamos voltar para Lamantis e filmar o que está acontecendo, não é, Carl?
—Não exatamente, senhor. - disse Carl. -Vocês vão seguir as ordens da senhora Laren.
—Como assim?
—Isso mesmo que o senhor ouviu, senhor.
—Por que está me chamando de senhor? - disse Vincent.
—Eu sou programadk para chamar a qualquer forma de vida orgânica e inteligente de senhor. Inclusive sou obrigado a ser chamado de nomes idiotas que os senhores escolhem, como Carl.
—Ei, não fale isso! - repreendeu Vincent. -Carl é um nome legal.
—Vin...- interrompeu Mary. A garota se aproximou de Vincent e falou no seu ouvido. -Não podemos fugir? - sussurrou.
—Posso ouvir a senhora, senhora- disse o robô, assustando Mary. -E a nave está programada para dar um salto apenas à Lamantis. Falando nisso, já pode dar o salto, senhor.
—Ok, Carl! Pode dar o salto!
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