Kepler-452 escrita por Doutor


Capítulo 4
O que acontece em Lamantis, fica em Lamantis!




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A nave de Karvatorofopianassamos pousou em um planeta comercial e neutro. Esses tipos de planetas eram abertos para qualquer espécie entrar e não tinham um governo em específico.  O dono dele era um empresário vendedor de combustível para saltos hiperespaciais e outras coisas ilegais. Mas ele se concentrava em dizer que era apenas vendedor de combustível.

Mary ainda usava a roupa de vampira, mas já havia tirado a maquiagem havia algumas horas. Vincent pegou uma espécie de colar e entregou pra ela.

—Use isso. Vai fazer seu corpo suportar gravidades diferentes, composições e pressões atmosféricas diferentes, radi...

—Tá,  já entendi. - Mary pegou o colar e vestiu. Ela olhou para Vincent, se perguntando se algo iria acontecer ou já aconteceu. 

—Você tem que apertar esse botão. - ele apertou o botão na pedra do colar e um campo fino e transparente surgiu em toda superfície da pele da garota. Vincent então pegou uma bolinha de metal.

—Coloque na seu orelha, como um brinco. Traduzirá os milhões de idiomas existentes na galáxia para você. - Mary pegou aquela bolinha e colocou.

—Essas jóias são um tanto feias.

—Fiz o máximo que pude para deixá-las familiares para você.- respondeu o garoto,  colocando algo que, literalmente, parecia uma coleira de metal no pescoço e, em seguida,  colocando algo parecido com um óculos de realidade virtual nos olhos. As ponteiros desse óculos tinham grandes fones que ficavam no ouvido. Depois que viu como Vincent ficou, a garota agradeceu por estar usando as jóias. 

—Foi você que essas jóias?  - perguntou ela.

—Sim. Eu consegui diminuir o tamanho do adaptador anatômico...- ele apontou para a coleira metálica no seu pescoço. -... e do comunicador universal... - ele apontou para o conjunto de fones e óculos. -... e fiz algo que vocês, humanos, tem o costume de usar.- ele ligou seu adaptador e levantou os óculos,  deixando-os na testa.

—E pra que servem esses óculos?

—Eles me permitem ver quase todas as frequências de ondas eletromagnéticas. Eu posso usar para ver todas ou só um espectro em específico. Basta configurar o limite máximo e mínimo de frequência que desejo enxergar.

—O ápice da engenharia. 

—Nem tanto... Vamos. - a nave se abriu e, quando Mary viu todo um mundo novo, ela ficou emudecida.

A vegetação era avermelhada, combinando com o céu que, na maior parte do dia, se mantinha amarelado. Os dois saíram da nave e a mesma voou para o céu e entrou em órbita. 

Após algum tempo de caminhada, os dois chegaram na cidade comercial. Mary viu várias espécies, de vários tamanhos e aparências totalmente diferentes. Aquilo trouxe a sensação de ser pequena perante o universo. A Terra estava longe de ser o centro de algo. 

Mas então,  ao se lembrar da Terra, a garota se entristeceu. Sua família, a Jessica... Ela temeu pelo pior. 

—Nós vamos comorar combustível e comida.  Vai querer comprar algumas roupas? Ou vai continuar com essa aí? - perguntou Vincent. Mary não respondeu,  pois ainda estava imaginando o que poderia te acontecido com a Terra. Vincent olhou para ela. -Oi?

—Oi! Desculpe. - respondeu a garota,  em um susto.

—Você quer comprar umas roupas? - Vincent perguntou. Aquela pergunta mataria dois coelhos em uma tacada, pensou o jovem. Ele tinha que comprar roupas para Mary e, ao mesmo tempo, cuidar da tristeza dela. Depois de tanta observação que fez dos humanos, ele percebeu que, enquanto os machos da espécie adoravam fazer coisas idiotas que poderiam acabar matando-os, as fêmeas adoravam comprar roupas. 

—O,  vamos. - respondeu a garota.  Mas, aparentemente, a notícia de que compraria roupas não havia a animado muito. E depois que viu as roupas alienígenas,  Mary ficou menos animada ainda. No fim, ela acabou comprando uma camisa cinza antimanchas e uma calça preta(ambas as roupas com uma aparência muito excêntrica).

Após tudo isso, voltaram para a nave. E quando já ectrenstavam partindo, Mary perguntou:

—Vin, há alguma chance de podermos salvar a Terra? - perguntou a garota. Karvatorofopianassamos engoliu o seco.

—Acredito que não, a essa altura. - respondeu. Mary ficou mais cabisbaixa.

—Entendo. - respondeu a garota.

—Mas... Podemos visitar Lamantis, se você quiser. É um planeta que vai te fascinar! - tentou o jovem. Mary apenas concordou com a cabeça,  então Vincent foi até o computador da nave, colocar as coordenadas do próximo salto.

***

Após o salto, os dois chegaram em Lamantis. Pelas primeiras impressões,  Mary deduziu que era um planeta, parque de diversões e cassino de apostas.  Também era um planeta comercial e neutro.

—Vamos! - Vincent segurou a garota pelo braço e os dois foram para uma máquina.  Havia uma tela nessa maquina e, aparentemente, duas cadeiras e dois capacetes.  Dois alienígenas já estavam usando ela e Mary pode ver, na tela, que uma batalha de robôs acontecia dentro de uma arena.

—O que é isso? - perguntou. 

—É divertido. Os capacetes são detectores de pulsos elétricos cerebrais. Quando colocamos eles, nossa consciência "entra" dentro de um robô e a gente luta. Essa luta realmente está acontecendo em uma arena no outro lado do planeta. 

—Não parece tão divertido. - quando Mary disse isso, Vincent se desanimou.

—Bom... tem outras coisas que podemos fazer! - disse. 

—Eu não quero me divertir, Vin. Eu tô triste. Eu não posso me divertir enquanto sei que os humanos estão sendo escravos ou... Talvez estejam mortos.- Mary se segurou para não chorar.

—Mas você deveria dar uma chance. - pediu Vincent. De repente, uma idéia passou por sua cabeça após ver um cartaz. -Olha! Podemos participar do Campeonato Galático! 

—O que? - questionou Mary. Vincent apontou para o cartaz. 

—Um campeonato com várias etapas! Qualquer um pode participar e, quem sobreviver até a última etapa,  ganha um prêmio. Cada participante representa seu planeta! Será a primeira vez terá uma representante da Terra. - Mary viu a animação nos olhos do jovem e decidiu dar uma chance.

—Ok. Vamos participar. - ela disse, tentando forçar um sorriso.

Em seguida,  os dois foram se inscrever no campeonato.

 


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