Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Because Of You.




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1981...

— Essa não é a questão Barbara. – Rossi se defendeu. – E eu não quero brigar na frente de Penny. Ela é uma menina pequena.

— Deus David, você é tão idiota. – Barbara saiu, deixando Penelope com David.

— Você está triste papai? – A pequena Penelope perguntou. – Sabe que vai passar.

— Eu te amo tanto minha menina. – Ele a abraçou. – Eu sinto muito pela briga. Você quer vir comigo e tio Gideon tomar sorvete?

— Ele vai trazer o bebê? – Penelope perguntou inocente. – Ele parece um boneco em tamanho real.

— Vamos ver. – Ele a pôs em seu colo. – Sorvete de chocolate.

Barbara olhou para os dois brincando e saindo juntos. Ela nunca diria a ele que essa seria a última vez que ele a veria.

Hoje...

David caminhou até os irmãos adotivos de Penelope. Ele não estava feliz por Carlos ainda tentar tomar o controle da vida de Pen para si mesmo.

— Agente Rossi. – Carlos se aproximou. – Por que quando não foi nos chamar para aguardar se Pen iria sair viva ou não, você não nos contou?

— Não me diga o que te contar. – Rossi não pegaria leve. – Quando eu cheguei lá, você só faltou me expulsar.

— Bem, ela matou nossos pais. – Carlos parecia irredutível. – Queria que déssemos flores?

— Não é o que quis dizer. – Rossi o olhou. – Queria que a ouvissem dando sua própria versão.

— Nada iria mudar os fatos. – Carlos fechou os braços ao redor de sim. – E o fato em questão é que você é o pai dela e não contou a ela.

Rossi se sentou, um pouco longe de Carlos e perto dos outros. Ambos pareciam compreensíveis a David.

— Barbara e eu tivemos outra briga sobre meu trabalho. – Rossi começou. – Em um dia, eu saio com Pen para tomar sorvete com Gideon e Stephen e no outro dia, chego a uma casa vazia.

— Ela levou Pen embora? – Manny perguntou. – Por que?

— Não tínhamos quase nada quando eu e Gideon começamos a unidade. – Rossi explicou. – Quando cheguei em casa, havia uma carta explicando que ela me odiava e que a minha Penelope nunca mais seria minha.

— Quanto tempo você a procurou? – Rafe tinha lágrimas. – Digo, você a procurou logo depois disso, não é?

— Foram cinco anos buscando as informações sobre elas. – Rossi olhou para o medalhão. – Eu as encontrei, mas elas estavam felizes com seu pai.

— Emergência sala 101. – A voz os tirou da conversa. – Emergência sala 101.

Rossi correu pela sua vida quando reconheceu o número. Ele chegou a tempo de ver Derek ser posto para fora do quarto.

Ninguém conseguiu falar com quase cinco minutos. Emily e JJ e Luke correram para o quarto e observaram dois homens quebrarem suas barreiras.

— Ela estava lá. – Derek falou robótico. – E no seguinte, ela começou a morrer.

JJ soltou um grito e começou a chorar. Spencer a abraçou e Emily precisava sentar. Ela olhou para o quarto de Hotch e viu os irmãos dela congelados.

A porta se abriu, revelando o Dr. Colson bastante abalado. Ele se sentou com as mãos no rosto e suspirou.

— Ela está de volta agora. – Ele respirou. – Mas eu devo avisar que pode ou não acontecer de novo.

— O que podemos fazer? – Derek pedia uma solução. – Tem que haver algo.

— Eu gostaria que houvesse. – Ele lhe passou alguns documentos. – Pode ser um consolo saber que ela está sem sofrer.

Derek o olhou e Rossi e Emily o seguraram para que ele não batesse no médico.

— Enfia a porra do documento no seu cú! – Derek gritou. – Eu não vou matar minha menina. Nem tente, ok?

— Se acalme, Derek. – Rossi falou. – Escute doutor. Eu sou o pai dela e eu não vou autorizar isso.

— Certo. – O médico desistiu. – Mas ela vai ficar em coma até que o corpo dela aguentar e a cada dia que ela fica em coma, é um dia amenos que ela pode acordar.

Ele se levantou e saiu. Intimamente, ele admirava o amor pela mulher, mas por outro, ele sabia as chances de ela sobreviver ou até mesmo de acordar.

Hotch estava ansioso depois de ouvir o código de emergência no alto falante. Emily entrou, com uma expressão de derrota e se sentou em um sofá longe dele. Ele entendeu. Ela precisava de um tempo.

— Amor. – Ele a chamou. – O que houve com Penelope?

— Ela está em coma. – Emily sabia que ele já sabia. – O coração dela parou uma vez e eles a trouxeram de volta.

— O que houve com ela? – Hotch insistiu. – Depois do anuncio.

— O médico a trouxe de volta. – Ela realmente estava evitando. – E deu a Derek os papeis para desligar os aparelhos. Então Rossi entrou no meio da história.

— Rossi? – A realização o atingiu. – Ele disse a vocês, não é?

— Não parece surpreso. – Ela balançou a cabeça. – Quando descobriu?

— Eu sempre soube. – Hotch respondeu. – Ele me contou sobre sua filha que ele nunca mais via. Por isso o aceitei na BAU porque Pen trabalhava por lá e ao menos ele ficaria perto dela.

— Droga Hotch. – Emily parecia chateada. – Pen sente a falta de seu pai para caramba. Eu nunca a vejo tão triste quando chega o aniversário de morte da mãe dela.

Hotch apenas começou a chorar. Emily estava certa. E se Pen nunca acordasse seus sonhos seriam interrompidos.

Derek se sentou ao lado de Penelope outra vez no seu quarto de hospital. Rossi conseguiu que ela fosse levada para um quarto particular. A casa dele, toda equipada com equipamentos médicos.

Luke ganhou uma transferência a seu pedido. Ele queria estar por perto. Ele falou com Lisa e terminou tudo quando ela o acusou de estar dormindo com Penelope. Era tão estupido que ele nem se dignou a responder.

Lisa jogou um tamanco contra ele e ele se abaixou no tempo certo.

Derek precisava apenas que Penelope ficasse bem. Hotch pediu que Emily o levasse a ver sua amiga. Ele foi em uma cadeira de rodas e parou na porta do quarto.

O agente mais escuro era apenas uma sombra do homem forte que ele sempre foi e Penelope tão quieta e imóvel na cama. Se aproximando deles, Hotch colocou uma mão no ombro de Derek.

— Ela precisa voltar, cara. – Derek quase implorou. – Não posso seguir minha vida sem ela.

— Há gente que passa até dez anos em coma. – E Hotch queria se chutar naquele momento. – Penelope adoraria viver a vida dela com você e vocês vão. Quando ela acordar, vocês podem finalmente contar comigo para um casamento.

— E se ela não acordar? – Derek pedia uma resposta alegre. – Como eu vou viver sem ela?

— Não vai. – Hotch o abraçou. – Nenhum de nós vai.

Rossi ficou do lado de fora. Ele ainda precisava cuidar de algo.

Indo até um cartório, ele arrumou um dos erros da certidão de Penelope. E ele estava cansado de esconder isso. Ele contaria a ela.


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