Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 5
Flowers For You Grave.




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Quando Penelope foi levada para a outra sala, o que ela viu a fez gelar seu sangue. A banheira cheia de água a sua frente era um sinal que as coisas ficariam feias antes de ficarem boas.

Penelope foi empurrada até a banheira e segurada mal conseguindo se sustentar. Hotch foi algemado a parede, distante de poder ajudar. Ele sabia porque estava aqui. E isso o machucou ainda mais.

— Você foi uma garota má, senhorita Garcia. – Tommy riu. – Hora de pagar.

Ele empurrou seu rosto para dentro da banheira gelada. Penelope tentou se debater, tentou se libertar, mas era tudo inútil. Hotch não podia olhar. Ele queria quebrar a parede e libertar Penelope disso.

Tommy puxou a cabeça dela para cima. Seus pulmões queimavam agora e ela tentava recuperar o ar quando ele a pressionou outra vez na agua.

Ela ficou completamente congelada na água, cabelos flutuando e Hotch gritando para que ela sobrevivesse.

Quando ela foi retirada de dentro da água, ela foi jogada no chão e suas pernas pareciam geleia. Ela começou a tossir e vomitar água.

Tommy olhou para a imagem de uma Penelope praticamente doente. Ele queria que ela sofresse tudo o que ele passou durante o tempo na cadeia. Pegando Hotchner, ele o submeteu ao mesmo tratamento que Garcia. No entanto, o chefe da unidade parecia muito melhor que Penelope em sobreviver embaixo de água.

Tommy ficou nervoso demais. Ele não conseguiu o que queria com Hotchner.

— Leve-os de volta. – Tommy ordenou. – Deixa a moça solta. No momento ela está completamente doente para fugir.

Hotch olhou para o corredor, buscando uma chance de fugir dali. Ele notou a porta da saída que ficava sempre aberta e as arvores que não pareciam acabar.

Ele olhou para Garcia. A garota não era a garota de sempre, brilhante e feliz. Ela tinha machucados e tudo isso por ela se envolver em pegar ele.

Tommy Weller era um jovem problemático. Ele colocou fogo em lugares da cidade por causa de sua irmã Tina. Em um deles, matou seu então marido. Ele havia sido identificado por Penelope e preso por Hotch durante uma situação de reféns em um prédio.

Ele teve acesso ao processo com todas as provas recolhidas e viu o nome de Penelope escrito em alguns deles. Procurando o nome da garota ele descobriu que ela era analista técnica do FBI.

Era ela quem ele queria agora. Ele queria vingança. Ele a queria. E Hotchner seria seu espectador.

Ele havia feito a cena perfeita. 

Sede da polícia da Califórnia...

São Francisco, Califórnia...

— Onde está o agente Rossi? – Carlos perguntou apressado. – Diga que Carlos Garcia está aqui, por favor.

O oficial foi em busca de Rossi. O agente parecia cansado. Ele não havia ido embora a noite toda na noite anterior.

Derek estava dormindo em um dos sofás, enquanto JJ convenceu Emily a ir dormir no hotel. Ela sabia que seria difícil.

Entrando no quarto, Emily chutou os sapatos e tirou a camisa. Seu coração batia devagar ao imaginar se Penelope e Hotchner teriam camas nessa noite, como eles estavam agora ou se eles estavam machucados.

Ela desbloqueou o telefone e começou a chorar em uma foto com Aaron e Pen e ela no meio de ambos.

Foi no aniversário de Penelope e Emily havia garantido que havia dado o melhor presente. Um filhote de gato chamando Hurricane. Ele veio já grande de um abrigo. Porém como ele era velho, ele acabou falecendo. E foi uma das poucas vezes que ela viu Penelope chorar.

— Onde vocês estão? – Ela perguntou. – O que ele está fazendo com vocês?

Derek entrou no quarto de hotel. Hotch havia mudado eles por um quarto de casal. As malas de Garcia estavam arrumadas no canto da sala. Abrindo uma delas, ele tirou uma das blusas dela e deitou abraçado.

— Ei Morgan. – A lembrança daquele aniversário lhe bateu fundo. – Eu sei que você teve um caso ruim, mas eu estava pensando em ir jantar com você.

— Nada disso, mamãe sexy. – Derek a puxou para ele. – Eu tenho uma surpresa lá no bullpen.

— Sério? – Pen a olhou. - Surpresa?

— É seu aniversário, Pen. ­– Ele abriu as portas de vidro. – Não esqueceríamos por nada.

— Surpresa!! – A equipe toda, incluindo um sorridente Hotch gritaram.

Eles comeram bolo e riram. Emily lhe presentou com Hurricane e Derek a beijou na bochecha. Kevin não estava por aqui e isso a deixou chateada.

Derek sabia o quanto ela havia ficado chateada por Kevin não estar na festa. Foi no dia que ela descobriu que ela a estava traindo.

Derek havia consolado Penelope naquela noite. E nunca havia sido tão certo, segurar sua menina perto.

— Morgan? – Era Reid batendo. – Morgan, acorde. Nós temos um corpo.

Isso o fez pular da cama. Não, isso não poderia estar acontecendo.

Ele abriu a porta e pela expressão de Reid a coisa era realmente séria. Eles não falaram uma palavra quando passaram pelo quarto de Emily. A agente morena estava deprimida e eles queriam que ela dormisse.

Todos sabiam que no fundo, ela e Hotch eram um casal, mas ninguém disse nada contra. Ambos se mereciam e Hotch estava sendo feliz pela primeira vez depois da morte de Haley.

— Você sabe de quem é o corpo? – Derek viu Reid hesitar. – Spencer?

— É de mulher. – Spencer estava em derrota. – Eles nos pediram para olhar. Eles sabem sobre o sequestro de Pen e Hotch.

— Mais cedo você disse que sabia quem era. – Derek parou o elevador. – Quem é?

— É apenas uma especulação. – Spencer se preparou. – Tommy Weller.

— Do caso em Royal? – Derek estava confuso. – Mas não houve incêndio.

— Uma das mulheres era a agente de condicional dele aqui em São Francisco. – Spencer explicou. – A outra era a nova empregadora dele. Os advogados dele conseguiram provar incapacidade mental e ele foi solto e prometeu nunca mais voltar para Royal.

— Mas o método mudou. – Derek se perguntou o que perdia. – Acha que ele fez isso de propósito?

— Sequestrar duas mulheres e tratar elas bem, pode ser uma parte do método que não sabíamos na época. – Spencer deu de ombros. – Se eu estiver certo, então temos um rapaz mentalmente instável solto, com dois dos nossos amigos.

Rossi lidava com os irmãos Garcia. Eles apareceram em peso na delegacia. Ninguém queria dar o braço a torcer.

— Ela é nossa irmã. – Carlos exigiu saber. – Sabemos que fomos uns putos, mas queremos ajudar.

— Vocês podem se sentar lá no canto. – Rossi precisava de álcool agora. – Eu vou ficar com o agente Alvez. Vocês são civis, não podem se infiltrar nisso.

Carlos, Eddie, Manny e Rafe se sentaram em um canto da delegacia, ainda sem vontade de sair. Rossi observava os homens.

Depois que eles resgatassem Garcia ele contaria a verdade a ela. Que ele era seu pai.

Luke pegou os arquivos de Hotch e Pen e se sentou com Rossi, afim de ajudar encontrar ambos.

Sua esposa lhe mandou uma mensagem que ele ignorou. Lisa estava sendo extremamente ciumenta agora.


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